Durante anos, antes da morte de Khalid, a família cristã
teria sido assediada por Majors que supostamente os chamou de "árabes
sujos". (Foto: Reprodução).
O vizinho de Khalid acreditava que ele era muçulmano e por
isso perseguiu sua família durante anos. Até que no início do mês, o árabe —
que era cristão — foi morto com tiros no abdômen.
Khalid Jabara, um homem árabe cristão de 37 anos, foi rto a tiros em
frente à sua casa pelo seu vizinho. Embora ele tenha sido alvo de várias balas
que perfuraram seu abdômen, a vítima conseguiu salvar a vida de três pessoas
enquanto morria. O fato aconteceu em Oklahoma, Estados Unidos, no dia 12 de
agosto.
O atirador de 61 anos, Stanley Vernon Majors, teria sido
motivado pelo preconceito racial e religioso quando ele atirou e
matou Khalid. O vizinho acreditava que Khalid era muçulmano.
A mãe da vítima, Haifa Jabara, disse que Majors está sendo
julgado atualmente por um episódio no ano passado. Ela informou que, na época,
seu filho a chamou quando estava sendo atacado e alertou para que ela ficasse
longe de casa.
"Ele me ligou e disse: 'Mãe, fique onde está! Esse cara
tem uma arma. Por favor, fique longe'", disse Haifa Jabara. Ela explicou
que ainda estava no telefone quando ouviu Majors ameaçar Khalid. "Eu ouvi
pelo telefone que ele estava indo para minha casa para atirar em mim”,
completou.
Anos antes da morte de Khalid, a família cristã teria sido
assediada por Majors, que supostamente os chamou de "árabes sujos".
Embora ela não estivesse em casa durante o ataque, Haifa acredita que as ações
de seu filho também impediram que seu marido, Mounah Jabara, fosse atacado por
Majors.
"Meu filho salvou minha vida. Porque se eu estivesse
lá, definitivamente eu seria atingida, porque ele já tentou me matar
anteriormente", disse Haifa, recordando o incidente de setembro de 2015,
quando Majors quis atacá-la.
A fatalidade
Khalid chamou as autoridades no dia 12 de agosto para
informar que Majors tinha uma arma na mão e que ele estava com medo do que poderia
acontecer. Foi o que disse Victoria Jabara-Williams, sua irmã, em uma
declaração para a mídia local. A polícia, no entanto, disse que não havia nada
que eles pudessem fazer, porque Majors tinha voltado para casa.
Assim que a polícia deixou o local, Khalid saiu de casa e
Majors atirou nele. Haifa disse que ouviu Khalid pedir ajuda várias vezes. A
prima de Khalid, Tania Jabara, disse que Khalid foi ferido quando ele entrou em
cena para salvar seus familiares.
"Ele disse a ela: ‘Vá embora, vá embora! Ele tem uma
arma! Ele tem uma arma!'", Tania Jabara disse. "Ele foi baleado e, em
seguida, Majors que estava escondido atrás de Khalid, veio para me matar".
Kirsten Evans, diretora executiva da Defesa dos Cristãos, disse
que a morte de Khalid é um reflexo de tensões étnicas e mortais em crescimento
na América. "Aqui nos Estados Unidos, o Sr. Jabara e sua família
tornaram-se alvos da violência e do ódio também por causa da sua identidade de
cultura do Oriente Médio", disse.
"Infelizmente, no Oriente Médio, os cristãos ficam em
um fogo cruzado no conflito sectário que assola a região. Eles se tornam bodes
expiatórios vulneráveis para o ódio e a violência oriunda de tensões
políticas e culturais", acrescentou. A irmã de Khalid, Victoria, acredita
que a morte de seu irmão poderia ter sido evitada.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST
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