De
sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. (II Cor.
5,20)
Quando
aconteceu a tragédia no Jardim do Éden, nossos primeiros pais foram logo em
seguida, expulsos do Paraíso. Devido à desobediência do primeiro casal, foi
cortado o relacionamento único que este tinha com Deus. Houve uma ruptura, uma
separação tão grande entre o homem e seu Criador, que a Bíblia chegou a denominar
de morte, separação eterna de Deus. Acabou tão logo, o que tão pouco tempo
havia se iniciado: a comunhão com Deus.
O
pecado separou o homem de Deus. Afastou o homem da presença gloriosa de seu
Criador. Fê-lo distante de Deus, uma medida entre o Céu e a Terra, imensurável.
Este foi o maior mal que o pecado causou no ser humano. Acabou a comunhão pessoal,
íntima, especial, santa, que o homem houvera com Deus. Não havia mais
relacionamento do homem com seu Deus. Ficaram inimigos, e sem paz! O homem não
podia mais amar seu Criador.
E
assim, todos os homens de todos os tempos e lugares separaram-se. Uma separação
sem tempo e sem espaço.
O
homem perdeu a cidadania celestial e passou a ser um peregrino em terra
estranha. Começou a viver no exílio. Passou a ser um forasteiro, um adventício.
Vê-se
a necessidade de uma reconciliação com o seu Deus Criador. Um reencontro. Um
novo encontro, uma nova amizade, intimidade, comunhão, reaproximação. Necessita
de um ponto de união, um traço entre; uma ponte, um mediador, um intercessor,
que o ligue de volta a Deus, o Criador. Este é JESUS!
A
novidade é esta: é um fato ter Jesus Cristo, o Filho de Deus, reconciliado a
humanidade com Deus. Não é um assunto de somenos, a ser tratado com leviandade.
É caso seriíssimo. De responsabilidade
tamanha, que envolve Céus e Terra!
Nesse
tempo da Graça, vivemos a Era do Retorno. Do retorno do homem que se afastou
para Deus. A volta do filho pródigo. De volta para o futuro. Para as origens.
Para o Jardim do Éden, para o Paraíso, para o lugar de onde nunca deveríamos
ter saído. Do Paraíso perdido ao Paraíso recuperado.
A
sabedoria divina implantou uma Embaixada na Terra: a Igreja. Cada Igreja estabelecida
é uma Embaixada de Cristo, representando a pessoa de Deus, com a missão de reconciliar
o homem com seu criador. Esta Embaixada é comissionada a trazer paz e fazer a
reconciliação entre a criatura e seu Criador, por meio do seu Filho Redentor.
Deve-se tornar para Deus, nos céus. Haja uma conversão do homem para o seu Deus.
O
homem é um Embaixador dos Céus. Da Pátria verdadeira. Do Paraíso. Da nova
Jerusalém. Da Salém de Melquizedeque. Pátria, pela qual anseia ardorosamente
ingressar, fazer parte, adentrar!
Esta
Pátria Celestial, o homem nem sequer chegou a conhecê-la totalmente. Não teve
tempo de fixar residência ali. É uma Pátria completamente diferente desta na
qual vive.
Embaixadores
de Cristo! Saibam de antemão, que o Senhor chama a cada um de volta àquele Lar!
O poderoso chamado continua a retinir retumbante aos ouvidos: “_Adão, onde estás?”.
Se
olharmos para a situação do nosso mundo atual hoje, vemos que vai de mal a
pior, principalmente nas relações entre nações. Guerras e ameaças de guerras
pululam aqui e ali, por toda a parte do globo terrestre. E, quando duas nações
entram em guerra, os primeiros a serem recolhidos daquele lugar são exatamente
os Embaixadores.
O Armagedom vem chegando...
Falo
do arrebatamento! Nós, cristãos, seremos os primeiros a sermos arrebatados para
viver na verdadeira Pátria que é os Céus de Deus. Está profetizado nas Sagradas
Escrituras, que os justos serão levados deste mundo, antes que venha o dia mal.
Aleluia! Falo de quem serve a Deus. Convém lembrar que, quando os Embaixadores
de Cristo forem retirados deste mundo, de nada vai adiantar alguém querer
cumprir essa missão. Tarde será! Tarde demais! A missão de um Embaixador só
pode ser cumprida enquanto ele está em terra estranha.
Os
embaixadores devem permanecer, constantemente, preparados para partir, contudo,
trabalhando intensamente na missão que lhes foi dada, sabendo que o tempo pode
extinguir-se, precisamente, a qualquer momento. Enquanto não somos chamados de
volta, temos esta missão, “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo,
como se Deus exortasse por nosso intermédio”. Reconciliem-se com Deus!
“Buscai
ao Senhor, enquanto se pode achar, invocai-o, enquanto está perto”. (Is. 55,6)
Pb.
Maurício Fazenda do Job