Pastor Elias Dantas conta à CNN como os ucranianos são recebidos com amor no Brasil: “Vamos cuidar dessas pessoas”.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
Em entrevista à CNN, o pastor
brasileiro Elias Dantas, fundador da Global Kingdom Partnership Network
(GKPN) — uma rede mundial de igrejas e pastores — falou sobre o movimento de
recepção aos ucranianos no Brasil.
Só na semana passada, cerca de 300 refugiados ucranianos chegaram e diversas igrejas se organizaram para dar suporte às famílias. “Mais de 100 mil igrejas espalhadas em 108 países fazem parte desse movimento. Nosso desejo é amar e cuidar dessas pessoas”, disse o pastor.
No caso da Ucrânia,
ao compartilhar como o movimento funciona na prática, o pastor Dantas explica
que há uma seleção de refugiados quando ainda estão em seu país. “Eles decidem
para onde querem ir, então aqueles que estão chegando ao Brasil foi por escolha
própria”, especificou.
Ucranianos recebem apoio dos
cristãos brasileiros
Ao chegarem ao Brasil, a Igreja
providencia uma casa e alimentação. “Não é uma casa compartilhada, mas
separada, com comida, vestimentas, ítens de saúde, recursos para as crianças e
curso de português para os pais”, conta o pastor.
Depois dos primeiros
cuidados, os adultos recebem a oportunidade de trabalhar. “E quando a
guerra terminar e o marido se unir à esposa — já que eles estão lutando lá [na
Ucrânia] — a família poderá decidir se quer ficar no Brasil ou voltar”, disse.
Em caso de querer voltar à
Ucrânia, a família ainda receberá o apoio da GKPN. “Vamos reconstruir a casa
deles lá para que recomecem a vida. Mas, se quiserem ficar no Brasil,
cuidaremos deles aqui”, continuou.
O programa envolve 2.500 famílias
e 2 mil órfãos. “Os órfãos
estão na Polônia e estão sendo cuidados por lá”, explicou.
De onde vêm os recursos?
O pastor explica que o valor para
prestar socorro e sustentar tantas famílias é astronômico. “Apesar de ser um valor
alto, ele é pulverizado em milhares de igrejas. Se cada igreja assumir uma
família fica muito mais fácil”, explicou, deixando claro que não há
participação política no projeto.
“Não estamos buscando nenhum
‘tostão’ do governo.
Nós não queremos. E não há envolvimento político de direita, esquerda ou de
centro. É o amor de Deus. Queremos ajudar as pessoas”, sustentou.
Dantas explica que a chave deste
trabalho é o amor. “Temos que colocar as nossas ações onde as nossas afirmações
dizem estar”, comparou.
“Se Jesus disse que nós
devemos amar, então temos que amar. Senão, caímos no descrédito”, disse
ao enfatizar que os cristãos que estão ao redor do mundo e que fazem parte do
movimento ajudam anonimamente com os custos”, disse ao especificar desde a
passagem aérea até os recursos finais.
‘Infelizmente, nem todos
conseguem chegar’
O pastor conta ainda que o grupo
aguardava uma avó e sua neta. “Mas uma
bomba caiu sobre elas no momento em que estavam saindo. E acabou”,
lamentou.
“Um pai que vinha com a família
enviou um recado dizendo que não poderia vir porque tinha que enterrar
o filho que havia acabado de ser morto”, relatou.
“A guerra é uma tragédia, uma
coisa insana e nociva. Temos que ajudar esse povo, eles sofrem demais”,
enfatizou.
‘Precisamos amar as pessoas’
Sobre as denúncias contra a
desigualdade de tratamento em
meio à guerra, nas filas de refugiados, o pastor disse que “o
preconceito está em todos os cantos”. Há racismo e discriminação.
“Isso faz parte da ‘natureza
caída’ do ser humano, conforme a Bíblia diz. É preciso levar em conta fatores
étnicos e culturais, mas temos que lutar contra isso”, disse ao se referir ao
preconceito por causa da cor da pele, por exemplo.
“Nós não aceitamos isso. Temos
milhares de venezuelanos nas igrejas da rede aqui no Brasil. Temos haitianos e
afegãos. A única
forma de vencer o preconceito é amando essas pessoas. E quem ama
Jesus ‘pra valer’ tem que amar os outros”, mencionou.
“Estamos aqui para servir, pois o
amor de Jesus nos constrange”, finalizou o pastor Dantas ao ser parabenizado
pelo excelente trabalho realizado.
Assista na íntegra:
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