FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO FAITHWIRE
Franklin Graham em discurso no hospital de campanha no Central Park. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)
Depois de mais de um mês no Central Park, o hospital de campanha do Samaritan's Purse está encerrando suas operações, restando apenas dois pacientes internados.
A organização humanitária abriu um hospital de campanha na cidade de Nova York em 1º de abril, depois que funcionários do Sistema de Saúde Mount Sinai procuraram ajuda, informou o Rev. Franklin Graham, que atua como presidente do Samaritan's Purse, em entrevista à Faithwire.
No total, o grupo cristão atendeu mais de 300 pacientes.
A Faithwire conversou com Graham na tarde de segunda-feira (4) para falar sobre o trabalho que o Samaritan's Purse fez na cidade de Nova York e a reação que eles enfrentaram.
Quando perguntado sobre como viu Deus se mover no Central Park, o pastor respondeu que não apenas a cidade de Nova York, mas o mundo mudou nessas quatro a seis semanas. “Nunca tivemos uma situação em que o mundo fosse fechado. Nova York nunca se fechou na memória de ninguém”, disse.
“Acho que o que aconteceu é que as pessoas sentem que algo está mudando, e não sabem o que é e as pessoas têm medo”, declarou Graham.
Sobre o funcionamento do hospital de campanha no coração de Nova York, Graham disse que “nos deu a oportunidade de apresentar o Evangelho a pessoas ansiosas para ouvi-lo. Então, sou grato por isso”.
Protestos
Questionado sobre algumas reações, ainda que de uma minoria, sobre a instalação do hospital no Central Park, Graham disse que o fechamento não se deve a isso, mas a decisão se deu após planejamento com o Monte Sinai nas últimas duas semanas. “Seria baseado na quantidade de pacientes e nada mais”, afirmou.
“Reduzimos a dois pacientes no hospital e acreditamos que eles terão alta até o final desta semana. Certamente não fecharemos o hospital se ainda tivermos alguém. Mas acreditamos que sexta-feira deve ser nosso último dia em Nova York”, observou.
Sobre protestos e críticos pró-LGBTQ irritados com a instalação do hospital da Samaritan's Purse em Nova York, Graham responde:
“Bem, nós estávamos sendo pressionados pela comunidade gay por causa de nossa declaração de fé, e parte dessa declaração de fé é que uma pessoa tem que dizer que concorda com os princípios bíblicos de um casamento entre um homem e uma mulher. Isso deixou a comunidade gay muito chateada. E a delegação do congresso do estado de Nova York escreveu ao governador querendo que ele investigasse por que estávamos no Central Park”, explicou.
Graham disse ainda que isso não influenciou o trabalha que a organização estava realizando junto aos doentes. “Apenas sentimos que era importante seguir em frente e tratar as pessoas. Nós estávamos lá para salvar vidas. Não estávamos lá para discutir com as pessoas. Teremos uma discussão após o término desta pandemia, mas, no momento, temos que salvar vidas e achamos que isso era importante”, afirmou.
Ao ser perguntado sobre alguma história que chamou a sua atenção no Central Park, ele diz que “é difícil responder, porque temos muitas histórias incríveis”.
Mesmo assim, o pastor destacou que “as histórias mais impactantes são as pessoas que agradecem quando saem, algumas delas com lágrimas escorrendo pelo rosto”.
“Conheço uma senhora que entrou no hospital de campanha - era à noite - e ela estava com medo. E ela disse que, assim que entrou no hospital, experimentou a paz em seu coração. Ela disse: ‘Eu me senti segura’”, contou.
Ele conta que “muitas pessoas disseram que não queriam ir para casa porque se sentiam seguras no hospital de campanha. Para mim, isso é um testemunho para nossa equipe, para o cuidado e o trabalho que eles fizeram, fazendo isso com Jesus Cristo. Eles estão fazendo isso em nome dele.
O Faithwire pergunto a Graham o que os enfermeiros e médicos da Samaritan´s Purse aprenderam sobre o coronavírus no tempo em que estiveram no Central Park.
O filho de Billy Graham respondeu “que nossos médicos e enfermeiros provavelmente estão melhor preparados do que qualquer pessoa no país, porque lutamos contra o Ebola. O coronavírus não é nada como o Ebola; é perigoso e, para certas classes de pessoas - pessoas com problemas de saúde subjacentes - pode ser mortal. [Mas] tivemos experiência em tratar o Ebola. E assim, todas as doenças infecciosas, tratamos como se fosse o Ebola”.
Graham testemunha que “nossos médicos e enfermeiros estão seguros. Na cidade de Nova York, ninguém ficou doente. Mas isso não era verdade nos hospitais ao nosso redor. Muitos funcionários ficaram doentes. Tivemos um cuidado maior na forma como tratamos a doença”.
O reverendo disse que toda a instalação e funcionamento do hospital de campanha foi custeado por pessoas solidárias. “Todos os nossos serviços foram pagos pelo povo de Deus”, afirma.
Sobre o impacto do Evangelho ao sair do Central Park, Graham disse que todo mundo na cidade de Nova York conhece o hospital de campanha. “Nós estamos lá em nome de Jesus. É apenas algo que Deus fez e nos deu a oportunidade de ampliar Seu nome no meio de uma crise”, respondeu.
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