Extremistas hindus espancaram um homem cristão por causa das reuniões feitas em sua casa. Mesmo com os golpes, ele não deixou de falar sobre Jesus.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS
Imagem ilustrativa. Na Índia, um cristão não deixou de falar sobre sua fé enquanto era agredido. (Foto: Portas Abertas)
“Eu vi a bondade do Senhor”. O indiano Rupesh* diz essas palavras enquanto descreve a intensa perseguição que sofreu na mão de extremistas hindus. Mesmo que sua casa tenha sido destruída e sua família tenha sofrido agressões, a gratidão a Deus é algo constante em sua vida.
Rupesh pertence à casta mais baixa da Índia, tendo acesso limitado à educação ou emprego. Ele se entregou a Jesus aos 24 anos, quando seu filho mais novo foi curado de uma doença através da oração de um parente cristão.
Quando as pessoas da aldeia começaram a notar sua nova fé, a resposta foi rápida e negativa. Rupesh passou a ser ameaçado pelos vizinhos, mas ele carregava a convicção de sua crença.
Nos próximos seis anos, a perseguição aumentou, mas a pequena comunidade de cristãos na aldeia de Rupesh também cresceu. Isso causou a revolta de extremistas hindus da região, que promoveram um ataque contra sua igreja.
“Os extremistas hindus vieram em uma grande multidão e cercaram a nossa igreja”, disse Rupesh à Portas Abertas dos EUA. “Eles exigiram que parássemos de orar em nome de Jesus e, em vez disso, voltássemos à fé animista. Nós fomos ameaçados com consequências terríveis se não prestássemos atenção. Aproximadamente 50 deles passaram a derrubar a igreja, enquanto assistíamos impotentes”.
Isso não impediu Rupesh e sua comunidade permanecer na fé. “Os extremistas hindus estavam nos observando, sabíamos disso, mas não desistimos”, afirma. “Deus nos chamou para adorá-Lo juntos. Em vez de um grande grupo, passamos a nos reunir entre duas ou três famílias e oramos juntos”.
“Jesus é real”
Não demorou muito para que o próximo ataque ocorresse. “Depois de cerca de duas semanas, de repente, os mesmos homens vieram e cercaram minha casa”, conta Rupesh. “Em voz alta, eles gritaram ameaças pedindo para eu sair. Com profundo ódio, eles disseram: ‘Como ousa desobedecer o que dissemos?’”
“Eu fui puxado para fora da minha casa, e os golpes que senti em minhas costas e barriga me fizeram chorar de dor”, continua. “Minha esposa não foi poupada, e eles também a atacaram. Eu não pude fazer nada para salvá-la. Homens fortes me seguraram de ambos os lados”.
As surras foram dadas por causa da fé do casal em Jesus. “Enquanto davam golpes, eles repetidamente perguntavam por que eu me chamava de cristão”, lembra Rupesh. “A cada golpe eles diziam: ‘Você ainda vai à igreja?’ Através da dor, eu só repeti o que sabia. Eu continuei tentando dizer: ‘Jesus é real. Eu vi a bondade do Senhor. Ele é misericordioso e dá vida’”.
Os homens amarraram Rupesh e destruíram a casa que ele morou por mais de 20 anos — e não tinha recursos para reconstruir. Em seguida, ele foi levado para uma floresta.
“Eu silenciosamente orei por proteção, para que pudesse voltar para minha esposa para consolá-la”, lembra. Depois de uma grande discussão, os extremistas decidiram deixá-lo ir com um aviso.
Rupesh e outros cristãos na aldeia continuam sendo perseguidos por sua comunidade. Atualmente, ele e sua família têm sido apoiados por parceiros locais da Portas Abertas. Mesmo com as dificuldades, ele não pensa em deixar a região.
“Eu não quero sair da minha aldeia para nenhum outro lugar. Eu vou ficar. Só então o nome de Deus será espalhado na minha aldeia”, disse Rupesh.
* Nome alterado por razões de segurança.
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