quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Sula Miranda crê que não haverá próxima geração: ‘É o fim dos tempos, vejam os sinais’

Para a cantora esse é um tempo especial de comunhão com Deus e as pessoas precisam de arrependimento e decisão.


FONTE: GUIAME, CRIS BELONI



Sula Miranda em entrevista ao podcast Positivamente. (Foto: Captura de tela/YouTube Positivamente Podcast)

Sula Miranda crê que não haverá próxima geração: ‘É o fim dos tempos, vejam os sinais’

Para a cantora esse é um tempo especial de comunhão com Deus e as pessoas precisam de arrependimento e decisão.

Em entrevista ao podcast “Positivamente”, publicado no sábado (12), Sula Miranda, que já foi muito conhecida como “rainha dos caminhoneiros” e, recentemente, atuou na novela Gênesis da Record, diz que tem “total certeza de estar vivendo no fim dos tempos”.

Ao ser questionada pela apresentadora Karina Bacchi sobre quais os sinais percebidos nos dias atuais, a cantora sertaneja responde: “Os que estão em Apocalipse são evidentes”.

“Tem gente que lê a Bíblia toda, só não lê Apocalipse. Basta ler o livro, avaliar e tirar as conclusões. A Palavra se revela”, disse ao compartilhar que tem certeza de que não verá os netos.

“Eu tenho essa convicção. Para mim, não terá outra geração”, comentou. Sula também disse que sua única preocupação é com a salvação. “Não tenho ansiedade por mais nada. Ele está às portas e é a comunhão com Ele que me dá essa certeza”, afirmou.

“Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça”

“Deus não tem que provar nada, nem para mim e nem para você. E ele ainda tem sido misericordioso por mandar os sinais. Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça”, disse a cantora.

Sula fala aos ouvintes que sua ida ao programa não aconteceu por acaso. "Uma das minhas músicas diz: ‘Nada de ficar dizendo que para o seu caso não tem jeito. Chega de ficar dizendo, ninguém pode arrancar essa dor do meu peito. Chega de ficar pensando, eu fui derrotado pela vida afora. Hoje Deus pode mudar a sua história”, ela cantou.

Depois enfatizou que para que haja uma mudança de vida é necessário arrependimento, decisão e escolha.

“Fala pra Ele [Deus] que você quer conhecer Ele. Que esse Deus que a Karina conheceu, e que eu conheci do meu jeito, te dê uma oportunidade. Diz que você quer uma nova chance. Diz que você quer vê-lo face a face”, continuou.

Para quem esfriou na fé

“Para quem se sente frio na fé, mais distante… Volte ao aconchego com Deus, com aquela proximidade. Busque essa constância nesses dias difíceis”, Karina acrescentou.

Para a apresentadora é só através da comunhão, restauração e amor que se pode ter uma parceria com Deus. “Não deixe sua fé enfraquecer, não se afaste pouco a pouco de Deus”, aconselhou.

“Não pereça por falta de comprometimento ou por falta de entrega. Entregue-se para Deus para que Ele preencha você com coisas divinas. É tão valioso ser preenchido dessa graça, dessa misericórdia e desse amor”, disse.

“Não tenha medo de perder coisas materiais, de perder pessoas ou de se afastar do mundo. Se aproxime do que tem de melhor. Viva com essa plenitude e essa paz. Permaneça e não pereça por falta de comunhão”, concluiu a apresentadora.

Assista:

Israel se prepara para receber judeus que fogem da Ucrânia

Em meio a ameaça de invasão russa, o governo israelense ofereceu ajuda às comunidades judaicas ucranianas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS


O governo israelense ofereceu ajuda à comunidade judaica na Ucrânia. (Reprodução/CBN News).

Com a ameaça iminente de invasão russa na Ucrânia, Israel tem se preparado para receber e ajudar os milhares de judeus no território ucraniano.

Seguindo o exemplo de outros países, no domingo (13), o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, pediu que os israelenses na Ucrânia saíssem imediatamente para sua proteção.

"Estou chamando novamente os israelenses na Ucrânia: voltem para casa. Não corra riscos desnecessários. Não espere por uma situação em que você realmente queira voltar, mas será impossível. Seja responsável por si mesmo. Deixe a Ucrânia o mais rápido possível”, afirmou Bennett.

Além de seus cidadãos, Israel também está preocupado com os outros milhões de judeus que vivem na Ucrânia. A nação israelense está se preparando e fazendo planos para receber a população judaica que fugir do conflito.

“Estive em contato com a liderança das comunidades judaicas na Ucrânia. Elas estão confusas sobre seu futuro. Dissemos a elas que as portas de Israel estão sempre abertas para todos os judeus que vierem”, disse o ex-embaixador israelense na ONU, Danny Danon, que está envolvido na preparação.

“Temos a lei do retorno que permite que cada judeu entre no país. Eu disse a elas que podem vir sem precisar imigrar. Podem vir por um curto período e iremos os apoiar e ajudar”, explicou.

Danon ponderou que mesmo diante de uma invasão, sair do país é uma decisão difícil para muitos judeus. “Não é fácil realocar sua família quando você tem suas conexões com seus parentes, trabalho e pais idosos. Então, não é fácil simplesmente fazer as malas e se mudar para Israel”, afirmou.

Yael Eckstein, chefe da Irmandade Internacional de Cristãos e Judeus, concorda com a avaliação do ex-embaixador.

"Visitei as sinagogas e as escolas. E senti todas as incógnitas de como será o futuro lá. Mas o que ficou muito claro para mim é que há uma comunidade judaica próspera e forte na Ucrânia que não vai a lugar nenhum tão rapidamente”, declarou Eckstein.

De acordo com a CBN News, em fevereiro de 2020, 130 judeus ucranianos fizeram Aliyah (imigração judaica) para Israel. "Continuamos nossas operações, faça chuva ou faça sol, não importa o que esteja acontecendo. Há aqueles que sempre sonharam em fazer Aliyah e estão se mudando para Israel e há outros que, por qualquer motivo, não desejam. E assim, estamos os ajudando também”, disse Eckstein à CBN News.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

História dos Apóstolos: João, o discípulo que recebeu a visão extraordinária do Apocalipse

O Evangelho de João é tido como uma das melhores ferramentas de evangelismo que os cristãos têm; até não cristãos recitam suas passagens.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO OVERVIEW BIBLE

O ator George Xanthis interpreta o apóstolo João em "The Chosen". (Foto: Reprodução / The Chosen)

O apóstolo João foi um dos 12 discípulos de Jesus Cristo e um líder proeminente na igreja cristã primitiva. Junto com Tiago e Pedro, João era um dos confidentes mais próximos de Jesus, então ele aparece em mais relatos bíblicos do que os outros discípulos.

João é tradicionalmente considerado o autor de cinco livros da Bíblia: o Evangelho de João, as epístolas 1 João, 2 João e 3 João, e o Livro do Apocalipse, embora alguns estudiosos da Bíblia contestem qual deles (se houver) ele realmente escreveu. Ele também se acredita ser o único discípulo que morreu de velhice (os outros foram supostamente martirizados).

Fontes antigas podem ou não se referir ao apóstolo João por vários outros nomes, incluindo João de Patmos (porque ele foi exilado na ilha de Patmos), João Evangelista, João, o Velho, João Presbítero e o Discípulo Amado, embora não está claro se todos (ou algum) desses nomes de fato se referem a este João. Também vale a pena notar: João, o discípulo de Jesus, não é a mesma pessoa que João Batista, que era primo de Jesus.

Vamos explorar o que a Bíblia diz sobre ele, o que podemos extrair de outras fontes antigas e as coisas que ainda não sabemos com certeza.

Para começar, aqui estão alguns fatos rápidos sobre essa conhecida figura bíblica.

Quem foi João?

A maior parte do que sabemos sobre João vem da própria Bíblia, particularmente dos Evangelhos. Curiosamente, o apóstolo João é mencionado pelo nome em todos os Evangelhos, exceto no que leva seu nome. De acordo com os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), João foi um dos primeiros discípulos que Jesus chamou para segui-lo. Como muitos dos discípulos de Jesus, ele era pescador de profissão.

“Saindo dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Eles estavam em um barco com seu pai Zebedeu, preparando suas redes. Jesus os chamou, e logo eles deixaram o barco e seu pai e o seguiram.” — Mateus 4:21–22

Um pilar da igreja cristã primitiva

Quando Paulo escreveu sua carta aos Gálatas, um falso mestre lhes disse que para seguir a Cristo, eles precisavam seguir a Lei Mosaica. Isso é o oposto do que Paulo estava ensinando a eles. Para provar que estava certo em pregar o Evangelho aos gentios e ensinar que eles não precisavam seguir a Lei para serem salvos, Paulo apelou aos apóstolos. Particularmente, os três apóstolos que tinham mais autoridade: Pedro, Tiago e João.

Paulo faz questão de dizer que mesmo esses três apóstolos não tinham nada a acrescentar ao Evangelho que ele pregava - então por que os gálatas ouviriam outra pessoa e deixariam algum professor aleatório adicionar o peso da Lei às boas novas de Cristo?

“Pelo contrário, eles reconheceram que eu havia sido encarregado de pregar o evangelho aos incircuncisos, assim como Pedro aos circuncidados. Pois Deus, que operou em Pedro como apóstolo para os circuncisos, também operou em mim como apóstolo para os gentios. Tiago, Cefas [Pedro] e João, aqueles estimados como colunas, deram a mim e a Barnabé a mão direita da comunhão quando reconheceram a graça que me foi dada. Eles concordaram que deveríamos ir aos Gentios, e eles aos circuncidados.” — Gálatas 2:7–9

Paulo se refere a Pedro, Tiago e João como pilares da igreja porque eles desempenharam um papel integral no apoio, edificação e manutenção do movimento cristão. A igreja primitiva permaneceu em sua liderança. Quando houve disputas sobre como exatamente os cristãos deveriam se comportar e como era seguir a Jesus, a igreja apelou para esses três discípulos originais de Jesus, que testemunharam mais de seu ministério pessoal do que qualquer outra pessoa.

Parte do círculo íntimo de Jesus

João era um dos três discípulos mais próximos de Jesus. Há três vezes nos Evangelhos sinóticos em que Pedro, Tiago e João testemunham Jesus fazendo coisas que ninguém mais viu.

Jesus ressuscita a filha de Jairo dos mortos e não permite que mais ninguém assista além desses três (Marcos 5:37).

Jesus leva Pedro, Tiago e João ao topo de uma montanha, onde é transfigurado diante deles. Jesus fala com Moisés e Elias, e João é uma das três únicas pessoas a testemunhar sua glória (Mateus 17:1-11, Marcos 9:2-8, Lucas 9:28-36).

Na noite de sua traição, no Jardim do Getsêmani, Jesus leva consigo Pedro, Tiago e João para orar e pede-lhes que vigiem (Mateus 26:36-46).

Esses três momentos capturam o relacionamento especial que João teve com Jesus e, de acordo com o Evangelho que leva seu nome, João pode ter tido um relacionamento ainda mais privilegiado com Jesus (ou talvez esteja apenas se gabando).

Aquele a quem Jesus amava?

João (o discípulo) nunca é mencionado no Evangelho de João. Nos escritos antigos, era comum os escritores se omitirem de um relato ou usarem descrições de terceira pessoa para disfarçar sua identidade. No Evangelho de João, o autor usa “aquele a quem Jesus amava” cinco vezes para se referir a um discípulo que era particularmente próximo de Jesus. Aparece em João 13:23, João 19:26, João 20:2, João 21:7 e João 21:20.

Sabemos pelo contexto que este título não se refere a Pedro (“aquele a quem Jesus amava” interage com Pedro), e os estudiosos acreditam que Tiago morreu cedo demais para ter escrito este Evangelho (ele é executado em Atos 12:2).

O autor posiciona claramente “aquele a quem Jesus amava” como um dos discípulos mais importantes, talvez tendo o relacionamento mais próximo com Jesus. Curiosamente, com uma exceção, sempre que o discípulo amado é mencionado, tende a contrastar com Pedro.

Por exemplo, na Última Ceia, Pedro pede “aquele a quem Jesus amava” que pergunte a Jesus quem o trairá:

“Um deles, o discípulo a quem Jesus amava, estava reclinado ao lado dele. Simão Pedro acenou para este discípulo e disse: 'Pergunte-lhe qual ele quer dizer.' Recostando-se em Jesus, perguntou-lhe: 'Senhor, quem é?'” — João 13:23-24

E uma vez que Jesus é traído e preso no jardim do Getsêmani, apenas dois discípulos seguem Jesus ao seu julgamento à distância: Pedro e o discípulo amado. Enquanto o discípulo amado puxa algumas cordas para aproximar Pedro de Jesus, Pedro nega qualquer associação com o Senhor (João 18:15-17).

Mas talvez o exemplo mais conhecido de “aquele a quem Jesus amava” venha em João 20 depois que Jesus morreu na cruz, quando Maria Madalena descobre o túmulo vazio.

“Então ela veio correndo para Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e disse: 'Eles tiraram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o colocaram!' Então Pedro e o outro discípulo foram para o túmulo. Ambos corriam, mas o outro discípulo ultrapassou Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Ele se inclinou e olhou para as faixas de linho que estavam ali, mas não entrou. Então Simão Pedro veio atrás dele e foi direto para o túmulo. Ele viu as faixas de linho ali, bem como o pano que havia enrolado a cabeça de Jesus. O pano ainda estava em seu lugar, separado do linho. Por fim, o outro discípulo, que havia chegado primeiro ao túmulo, também entrou”. — João 20:2–9

Caso você tenha perdido as três referências a ele, aquele a quem Jesus amava era mais rápido que Pedro. A tradição associa “o discípulo amado” a João desde pelo menos o segundo século, mas nem todos os estudiosos concordam que isso se refere a ele.

Um discípulo de João Batista?

É possível que João fosse realmente um discípulo de João Batista antes de começar a seguir Jesus. O autor do Evangelho de João nunca revela sua identidade, mas há indícios de que poderia ser João, o Apóstolo, e a tradição da igreja aceita sua autoria há mais de um milênio. No relato do Evangelho de João sobre Jesus chamando os discípulos, alguns especulam que o autor se omite da história (como o autor costuma fazer neste Evangelho), enquanto também sugere que eles eram um discípulo de João Batista:

“No dia seguinte, João estava lá novamente com dois de seus discípulos. Quando ele viu Jesus passando, ele disse: 'Olha, o Cordeiro de Deus!' Quando os dois discípulos o ouviram dizer isso, seguiram Jesus. Voltando-se, Jesus os viu seguindo e perguntou: 'O que vocês querem?' Eles disseram: 'Rabi' (que significa 'Professor'), 'onde você está hospedado?' 'Venha', ele respondeu, 'e você verá'. Então eles foram e viram onde ele estava hospedado, e passaram aquele dia com ele. Eram cerca de quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, foi um dos dois que ouviram o que João havia dito e que seguiram Jesus. A primeira coisa que André fez foi encontrar seu irmão Simão e dizer-lhe: 'Encontramos o Messias' (isto é, o Cristo). E ele o trouxe a Jesus”. — João 1:35–42a

De qualquer forma, sabemos que João foi um dos seguidores mais próximos do primo de João Batista (Jesus).

O discípulo João escreveu o Evangelho de João?

No capítulo final do Evangelho de João, o autor afirma explicitamente que “o discípulo a quem Jesus amava” é o autor:

“Pedro virou-se e viu que o discípulo que Jesus amava os seguia. (Este era aquele que se recostou em Jesus na ceia e disse: “Senhor, quem vai trair você?”) Quando Pedro o viu, perguntou: “Senhor, e ele?” Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça vivo até que eu volte, o que é isso para você? Você deve me seguir.” Por causa disso, espalhou-se entre os crentes o boato de que esse discípulo não morreria. Mas Jesus não disse que não morreria; ele apenas disse: “Se eu quiser que ele permaneça vivo até eu voltar, o que é isso para você?” Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e que as escreveu. Sabemos que seu testemunho é verdadeiro.” — João 21:20–24

Este é o único Evangelho que afirma ter sido escrito por uma testemunha ocular. E alguns dos primeiros cristãos afirmaram que essa testemunha ocular foi o apóstolo João.

Em Contra as Heresias, o pai da igreja primitiva Irineu escreveu que o Evangelho foi escrito para abordar antigos ensinamentos gnósticos que circulavam ao mesmo tempo que a igreja. Irineu identifica especificamente o autor como João, o Apóstolo:

“João, o discípulo do Senhor, que também se apoiou em Seu peito [e] publicou ele mesmo um Evangelho durante sua residência em Éfeso, na Ásia . . .”

E Eusébio de Cesareia, conhecido como o pai da história da igreja, citou Clemente de Alexandria (não confundir com Clemente de Roma) dizendo:

“Tendo Pedro pregado a palavra publicamente em Roma e proclamado o Evangelho pelo Espírito, os que estavam presentes, que eram numerosos, suplicaram a Marcos, visto que ele o assistia desde cedo, e lembrava-se do que havia sido dito, que escrevesse abaixo o que foi falado. Ao compor o Evangelho, ele o entregou àqueles que lhe haviam feito o pedido; que chegando ao conhecimento de Pedro, ele não impediu nem encorajou. Mas João, o último de todos, vendo que o que era corpóreo foi estabelecido nos Evangelhos, a pedido de seus amigos íntimos, e inspirado pelo Espírito, compôs um Evangelho espiritual”.

João escreveu o livro do Apocalipse?

O livro do Apocalipse é tradicionalmente atribuído ao apóstolo João (embora também alguns cristãos contestam isso desde o século IV, atribuindo o livro a João de Patmos).

O Livro do Apocalipse é bastante enfático ao dizer que foi escrito por alguém chamado João, e que ele estava na ilha de Patmos quando recebeu a revelação de Jesus Cristo.

“Eu, João, seu irmão e companheiro no sofrimento e no reino e na paciência que temos em Jesus, estive na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. No dia do Senhor eu estava no Espírito, e ouvi atrás de mim uma voz forte como uma trombeta, que dizia: 'Escreve num rolo o que vês e envia-o às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.'” — Apocalipse 1:9–11

No início do segundo século, Justino Mártir foi o primeiro a sugerir que este João era o apóstolo João e, desde então, muitos cristãos presumiram que João, o apóstolo, foi exilado em Patmos por pregar o Evangelho.

Mas mesmo no século IV, alguns historiadores acreditavam que este era um escritor cristão diferente chamado João, que era próximo de Jesus. Eusébio de Cesareia argumentou que essa pessoa era João, o Presbítero, uma figura enigmática que aparece pela primeira vez nos escritos do pai da igreja do primeiro século, Papias de Hierápolis. Eusébio foi o primeiro a distinguir João, o Presbítero, de João, o Apóstolo, com base nos escritos de Papias.

João escreveu 1 João, 2 João e 3 João?

A maioria dos estudiosos hoje acredita que o mesmo autor escreveu 1 João, 2 João e 3 João, mas nem todos acreditam que esse autor foi o apóstolo João. A tradição afirma que ele escreveu todos eles, e 1 João tem muitas correlações de conteúdo com o Evangelho de João (luz, trevas, etc.), mas também há algumas diferenças no estilo gramatical. (Esses são bem complicados, com frases condicionais, pronomes demonstrativos, etc.)

Escritores antigos também contestaram a autoria das epístolas joaninas. Jerônimo, o teólogo do século IV que produziu a Vulgata Latina, concordou com a conclusão de Eusébio sobre João, o Presbítero, e prosseguiu argumentando que enquanto João, o Apóstolo, escreveu o Evangelho de João e 1 João, um João diferente escreveu 2 João e 3 João.

“Parece através deste catálogo de nomes que o João que é colocado entre os discípulos não é o mesmo que o João mais velho que ele coloca depois de Aristion em sua enumeração. Isso dizemos, além disso, por causa da opinião mencionada acima, onde registramos que é declarado por muitos que as duas últimas epístolas de João não são obra do apóstolo, mas do presbítero”. — Sobre Homens Ilustres

Jerônimo e Eusébio também sugeriram que as introduções dessas três cartas faziam parecer que não foram todas escritas pela mesma pessoa. (Em outras palavras, João, o Presbítero, escreveu a segunda e a terceira epístolas.)

Mas Irineu, que viveu antes de Jerônimo e Eusébio, faz referência a 1 e 2 João e afirma estar citando o apóstolo João.

Então, o que fazemos com isso? Algumas das primeiras referências às cartas atribuem-nas ao apóstolo João, e a tradição da igreja o mantém como autor desde então. Pode-se argumentar que ele não os escreveu, mas também há fortes contra-argumentos. No final, não podemos dizer com certeza se ele as escreveu ou não.

Como João morreu?

A tradição da Igreja sustenta que João foi o único apóstolo a morrer de velhice. Os demais foram martirizados por sua fé.

Antes de Jesus morrer na cruz, ele confiou sua mãe Maria aos cuidados de João - assumindo que João realmente é o discípulo amado (João 19:26-27). Quando Maria morreu, João foi para Éfeso e escreveu suas três epístolas. Depois foi exilado para Patmos por pregar o Evangelho, onde recebeu a revelação de Cristo e escreveu o livro do Apocalipse. Eventualmente, ele voltou para Éfeso e morreu uma morte comum em algum momento depois de 98 dC.

Tertuliano, um escritor cristão do final do século II e início do III, escreveu que antes de os romanos banirem João, eles o levaram para um coliseu e o mergulharam em um tanque de óleo fervente. Quando ele saiu ileso, todo o coliseu se converteu ao cristianismo.

Ao longo de sua vida posterior, João também teve alguns alunos significativos. Policarpo (que acabou se tornando bispo de Esmirna) aprendeu com João e depois ensinou Irineu. João também ensinou Inácio de Antioquia, a quem Pedro eventualmente nomeou bispo de Antioquia. E Papias de Hierápolis também aprendeu diretamente com João.

Um pilar sobre o qual a igreja ainda se apoia

O apóstolo João é uma figura evangélica bem conhecida. Fosse ele “aquele a quem Jesus amava” ou não, ele era um dos seguidores mais próximos de Jesus e testemunhou mais do ministério de Jesus do que quase qualquer outra pessoa. É por isso que a igreja cristã primitiva se apoiou em sua visão sobre a vida e os ensinamentos de Cristo, e por que outros líderes como Paulo apelaram para sua autoridade (Gálatas 2:9).

Séculos após sua morte, à medida que a igreja desconstruiu crenças heréticas, os escritos de João ajudariam a ancorar os cristãos em sua compreensão da preeminência de Jesus (Jo 1:1-4) e seu relacionamento com o Pai (Jo 3:16).

Hoje, o Evangelho de João é uma das melhores ferramentas de evangelismo que os cristãos têm — se não a melhor. Passagens de seus escritos se tornaram nossa definição de Deus (1 João 4:8), e outras se tornaram tão onipresentes que até mesmo muitos não cristãos as conhecem de cor.

Talvez nunca saibamos com absoluta certeza quanto o próprio apóstolo João escreveu. E nunca seremos capazes de medir o impacto que ele teve no cristianismo e no mundo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

No corredor da morte injustamente, cristão ganha membro do Ku Klux Klan para Cristo

Anthony Ray passou 30 anos na prisão até ser inocentado e libertado.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GOD REPORTS

Anthony Ray passou 30 anos na prisão, injustamente. (Foto: Reprodução/CBN News).

Um cristão afrodescendente, condenado injustamente à pena de morte, ganhou para Cristo um membro da Ku Klux Klan, no corredor da morte, no Alabama, Estados Unidos.

Em 1985, Anthony Ray Hinton foi acusado de assassinato e tentativa de homicídio em uma série de assaltos à mão armada. Embora as provas contra o cristão fossem escassas e ele tivesse um álibi para pelo menos um dos crimes, Anthony foi considerado culpado.

A promotoria se baseou em evidências forenses, que apontavam que as balas dos ataques correspondiam à arma encontrada na casa de Ray. Nem mesmo o seu próprio advogado acreditava em sua inocência.

“Você é negro. Um homem branco vai dizer que você atirou nele. Você vai ter um promotor branco. Você vai ter um juiz branco. Você vai ter um júri todo branco”, disse um oficial da polícia ao cristão, na época.

E assim aconteceu. Um juri formada apenas por pessoas brancas considerou Anthony culpado e o condendou à pena de morte na cadeira elétrica. “Doeu tanto. Por que eu? O que eu fiz?", se perguntou o homem. “Eu até perguntei a Deus: 'O que eu fiz de tão ruim?' A reação natural foi que acabou. Eu ia ser executado”, contou Ray, ao The 700 Club.

Anthony Ray passou 30 anos na prisão, injustamente. (Foto: Reprodução/CBN News).

Durante os anos seguintes, todos os apelos legais de Anthony foram negados. Com a cadeira elétrica à vista de sua cela, o homem inocente mergulhou na escuridão e na raiva. “Nos primeiros três anos, eu estava em um estágio de ódio. Eu odiava aqueles homens que faziam isso comigo”, disse ele.

Mas, com o passar do tempo, Ray percebeu que sua atitude não agradava a Deus e escolheu perdoar seus algozes. “Pedi a Deus para remover aquele ódio. Para ser livre, não tive escolha a não ser orar por aqueles homens que fizeram isso comigo”, afirmou.

Anthony decidiu viver seus últimos dias como um verdadeiro cristão, servindo ao Senhor. “Se isso é o que Deus planejou para mim, morrer, é aqui que eu morro. Mas enquanto eu estiver aqui, tudo ao meu redor vai viver. Vou trazer o melhor de todos que entrarem em contato comigo”, pensou.

Porém, Deus tinha um propósito planejado para sua provação. Pouco tempo depois, ele conheceu Henry Francis Hays no corredor da morte, um integrante da Ku Klux Klan condenado por linchar um adolescente negro apenas por racismo.

Resgatando um alma da perdição

Henry Francis Hays matou um adolescente negro apenas por racismo. (Foto: Reprodução/CBN News).

Anthony, um homem negro, apresentou o Evangelho ao criminoso e antes de morrer na cadeira elétrica, Henry se arrependeu e aceitou Jesus como seu Salvador.

“Sabe, Ray, tenho lido a Bíblia e mudei meus pontos de vista sobre muitas coisas. Finalmente olhei para você como um ser humano”, disse ele ao cristão, em suas últimas conversas, em 1997. E Ray afirmou: “Henry, eu realmente acredito que você vai para o Céu”.

Hoje, Anthony testemunha que foi usado por Deus para resgatar uma alma da perdição. “Eu realmente acredito que o Senhor me enviou ao corredor da morte para conhecer Henry Francis Hays e mostrar a ele como era o verdadeiro amor. O verdadeiro amor não tem cor”, declarou o cristão.

Em 1998, Ray conseguiu que a Equal Justice Initiative (EJI) revisasse seu caso. Depois de uma investigação, a organização encontrou diversas falhas em seu jugalmente. Um dos três maiores especiaistas em análise forense reavaliou o relatório do governo e concluiu que as balas do crime não eram compatíveis com a arma do acusado.

Em 2014, a Suprema Corte dos EUA concedeu a Ray um novo julgamento e ele foi inocentado de todas as acusações. “Sempre senti que tenho o Supremo Advogado. Não acreditei que o Deus que sirvo me deixaria morrer por um crime que não cometi”, testemunhou.

Após passar 30 anos na prisão injustamente, Anthony Ray Hinton foi libertado. Hoje, o cristão trabalha na EJI, ajudando a combater injustiças como a que ele sofreu. Ray também publicou o livro “The Sun Does Shine”, contando seu testemunho e sua jornada de perdão.

“Jesus não disse: 'Ei, quando um inimigo se deparar com você, eu quero que você o odeie'. Ele disse: 'Ame seu inimigo'. A única maneira de vencermos o ódio é o amor”, ressaltou o cristão.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

O microchip é a marca da besta? Como estudiosos relacionam tecnologias e profecias

Alguns relacionam o implante de microchips em humanos com a marca da besta, enquanto outros acreditam que o texto bíblico seja apenas um simbolismo.


FONTE: GUIAME, CRIS BELONI


Microchip. (Foto: Dan Lane/Flickr)

Alguns textos bíblicos têm sido citados com frequência nos últimos anos. É o caso de Apocalipse 13.16-17 e 1 Tessalonicenses 5.3. O primeiro está relacionado a um governo único e o controle que estará nas mãos de um líder que é anti-Deus. O segundo sobre o anúncio de paz e segurança antes de uma destruição repentina para os que vivem nas trevas.

Sobre o texto de Apocalipse e a chegada do Anticristo, o evangelista Ray Comfort relaciona a “marca na mão direita e na testa” com os atuais microchips que estão sendo instalados nas pessoas.

Numa postagem recente em suas redes sociais, o fundador da Living Waters Publications e do ministério The Way of the Master explica que não é uma vacina ou um vírus. “A escritura nos dá a razão da marca, é para o comércio. Aqueles que não tiverem a marca não poderão comprar ou vender”, disse o pregador de Bellflower, Califórnia.

Tecnologia e marca da besta

Comfort disse ainda que achava um exagero, há 50 anos, quando pastores falavam sobre a tal marca da besta. Hoje, porém, com a presença da tecnologia, ele acha cada vez mais possível que a marca seja de fato um microchip instalado nas costas das mãos das pessoas.

Em dezembro, o Guiame publicou sobre as milhares de pessoas na Suécia que aderiram ao implante de microchips sob a pele por conveniência. Para eles, a vida ficou mais fácil no sentido de não precisar mais carregar identidades ou cartões-chave para entrar no trabalho. Além disso, há questões relacionadas ao passaporte da vacina.

Sobre essa nova realidade, Comfort comentou: “Observe que eles escolheram colocar as informações nas costas da mão, exatamente como a Bíblia predisse”.

“Os governos que querem controlar as massas precisam de uma maneira infalível de garantir que alguém seja vacinado. A única maneira de isso funcionar é ter implantes obrigatórios. Se você não tiver, não poderá comprar ou vender”, disse ainda.

O evangelista Franklin Graham também se pronunciou sobre o controle de governos sobre as pessoas. “Na minha opinião, a vacinação é importante e ajuda a salvar vidas. No entanto, também tenho a preocupação de que os líderes políticos estejam usando a pandemia como uma desculpa para exercer cada vez mais controle”, disse em dezembro conforme matéria divulgada pelo Guiame.

“Muitos já estão marcados”

Outros, porém, pensam de maneira diferente sobre o que será a marca da besta. É o caso do rabino messiânico Matheus Zandona.

O professor na Sinagoga Har Tzion e vice-presidente do Ministério Ensinando de Sião, em Belo Horizonte (MG), disse que muitas são as teorias, mas quando o Apocalipse é estudado dentro do contexto judaico, tudo fica muito mais claro.

É preciso levar em conta as interpretações e simbolismos para buscar as respostas sobre a marca da besta, segundo as Escrituras. “Como será essa marca? É um chip? Uma tatuagem? Um código de barra? Um número? Meu irmão, quando você estuda o livro de Apocalipse, ele fica menos enigmático”, disse em agosto de 2021.

Relacionando ainda Deuteronônio 6, ele explica: “Lá diz que o povo de Israel deve amar e escrever a lei de Deus, e deve estar tão presente na vida do judeu como algo ‘impresso na testa’ e algo ‘atado na mão’. Ou seja, na testa por ser algo que você pensa, que faz parte do seu intelecto e da sua alma, e na mão por ser algo que você pratica”.

Com isso, o rabino simplifica o que pode ser a marca da besta: “Não é um objeto como um tefilin, mas é um símbolo. As pessoas que terão a marca da besta, são pessoas que vão pensar e ter a mente impregnada com conceitos pagãos e de abominação a Deus”.

“As pessoas vão praticar e viver a iniquidade. Isso é a marca da besta. E quem não agir e não seguir a ‘cartilha’, não vai comprar, não vai vender e não vai fazer nada”, destacou.

O rabino ainda questiona: “Isso já não está acontecendo? Não tem gente perdendo o emprego porque não está agindo conforme a cartilha? Se você é uma pessoa midiática, então, e não segue a cartilha, você é cancelado”, disse ainda.

“Me desculpem pelas outras interpretações, mas para mim, isso é a marca da besta. Porque o sujeito é marginalizado, se não age conforme o script. Já está acontecendo! Um monte de gente já tem a marca da besta, na mente e na mão”, resumiu.

Tendência da instalação de microchips em humanos

“Isso vai acontecer com todo mundo”, disse Noelle Chesley, professora associada de sociologia da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, em 2017, conforme a CBN News.

A professora disse em entrevista ao USA Today, que todos serão chipados eventualmente. “Talvez não a minha geração, mas certamente a dos meus filhos”, apontou.

Gene Munster, investidor, pesquisador e analista de tecnologia, também disse ao USA Today, na mesma época, que os implantes de microchips em humanos se tornariam populares em 50 anos.

Por enquanto, especialistas se preocupam com sensores biométricos e escaneamento corporal, dizendo que poderiam colocar as pessoas em risco de hackers ou à mercê daqueles que poderiam tentar controlar a atividade humana no futuro.

Por outro lado, o evangelista Ray Comfort diz que os crescentes sinais do Fim dos Tempos devem ser um incentivo para os cristãos compartilharem o Evangelho como nunca antes.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

EUA executam líder do Estado Islâmico em operação na Síria

O anúncio da morte de Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi feito pelo presidente Joe Biden, nesta quinta-feira (3).


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN E R7


Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto pelas Forças Especiais dos EUA. (Foto: Twitter/The White House).

As Forças Especiais dos Estados Unidos executaram o líder do Estado Islâmico, o iraniano Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, num operação antiterrorismo, na Síria, nesta quarta-feira (2).

O anúncio do sucesso da ação militar foi dada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, na manhã desta quinta-feira (3).

"Durante a noite, sob minha direção, as forças militares dos Estados Unidos no noroeste da Síria executaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados, e tornar o mundo um local mais seguro", afirmou Biden em comunicado.

Pelo menos 13 pessoas foram mortas durante e após o ataque americano, incluindo seis crianças e quatro mulheres, de acordo com a ONG de defesa civil, “Capacetes Brancos”. Segundo o Pentágono, não houve mortes entre os soldados dos EUA.

O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, afirmou em comunicado, na noite de quarta-feira (2), que a missão foi realizada pelo Comando Central dos EUA (Centcom), que controla as operações militares no Oriente Médio.

“Mais informações serão fornecidas assim que estiverem disponíveis”, disse o comunicado. O Pentágono não informou o alvo da operação especial e nem se houve vítimas civis.

Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi foi morto pelas Forças Especiais dos EUA. (Foto: Wikipédia).

Segundo a CNN, testemunhas e equipes de resgate relataram que, antes da chegada das forças americanas, bombardeios e explosões atingiram uma casa na área de fronteira da Síria e da Turquia, chamada Atmeh. A região possui uma forte presença da milícia Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), que era filiada à Al Qaeda.

Uma testemunha em Atmeh, que não foi identificada por razões de segurança, contou que tiros de metralhadora foram disparados de pelo menos três helicópteros e minutos depois houve uma explosão.

“Ouvi de longe uma pessoa que fala árabe com sotaque iraquiano pedindo que as famílias evacuem a área porque assim ficariam seguras. Vi de longe que havia metralhadoras atirando do chão em direção aos helicópteros”, disse a testemunha à CNN.

A testemunha também relatou que ouviu sons como o de ataques de drones e que as forças do HTS estavam impedindo a entrada de civis na área. “Por volta das 3h20, os helicópteros partiram e vi uma luz distante que parecia um incêndio”, completou.

A ação militar foi o maior ataque dos EUA na Síria, desde a operação de 2019 que matou o então líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

China: cristãos perseguidos devem 'se comportar' durante Jogos de Inverno

Os Jogos de Inverno de Pequim começam na próxima sexta-feira (04) e os cristãos no país entendem que trazer o foco da mídia internacional só vai causar mais pressão e perseguição.


Fonte: Portas Abertas


Autoridades chinesas aumentam pressão contra cristãos durante o evento
Crédito: Portas Abertas

À medida que os Jogos Olímpicos de Inverno são lançados nesta semana, os líderes da igreja em Pequim dizem que estão se preparando para manter a discrição para evitar entrar em conflito com as autoridades chinesas, de acordo com a ONG Portas Abertas.

De acordo com Zhang Wei*, um contato local da Portas Abertas, em momentos de grandes eventos como este, os líderes religiosos cristãos são avisados para ‘se comportarem’, ‘ficarem quietos’ e ‘permanecerem invisíveis no domínio público’. Se as igrejas não cumprirem essas regras correm o risco de serem interrompidas. “Até agora, as igrejas de Pequim sabem o que fazer”, diz ele.

“Sabemos que não devemos estar ‘ativos’ durante esse tipo de evento”, diz o pastor Huang* de Pequim. “Sabemos como devemos nos comportar durante esse período. E isso é ficar quieto.”, explica o pastor que é parceiro local da Portas Abertas.

As atividades dos cristãos locais se resumem a cultos domésticos considerados clandestinos por não serem realizados por igrejas registradas e controlados pelo governo.

A maioria de cristãos chineses se encontram em igrejas domésticas, pois são proibidos de frequentar a 
igreja oficial do país Crédito: Portas Abertas

Durante as celebrações do Dia Nacional da República Popular da China no ano passado, houve relatos de autoridades fazendo ligações regulares para pastores de igrejas domésticas para reiterar seus ‘limites’. “Basicamente, esperava-se que eles ficassem quietos e fizessem muito pouco”, diz Zhang Wei. “Reunião em grupos menores pode ser tolerada, mas eventos maiores da igreja são desaprovados”, conclui.

Pastores suspeitos de realizar atividades da igreja além dos cultos regulares de domingo mesmo que com poucas pessoas podem ser forçados a ter ‘uma conversa’ com funcionários locais do partido (Partido Comunista, que rege o país). Sabe-se por fontes da Portas Abertas, que as igrejas, mesmo as registradas e autorizadas pelo governo chinês, mantêm em suas dependências uma sala para a Polícia Religiosa da China, um braço do governo que controla cada igreja cristã chinesa.

“Para os cristãos comuns, as consequências podem ser apenas avisos ou registro de sua identidade”, diz Zhang Wei. “Para líderes e pastores, eles podem ser interrogados por horas, detidos durante a noite e multados. Pode haver consequências mais graves se as igrejas resistirem às autoridades e causarem tumultos ou problemas durante grandes eventos. Se for descoberto que o líder da igreja conseguiu realizar os cultos e reuniões, ele pode receber uma detenção administrativa por alguns dias até ou até duas semanas.

Câmeras são espalhadas em igrejas oficializadas e autorizadas pelo governo chinês
Crédito: Portas Abertas

“Até agora, não recebemos nenhum convite para ‘uma conversa’ ou nenhum aviso”, explica o pastor Huang. “No entanto, está claro o que se espera de nós”, acrescentando que cumprirá os requisitos para evitar riscos aos seus líderes e membros.

Como o governo considera o cristianismo de origem ocidental, eles veem o cristianismo como uma ameaça de infiltração estrangeira. Por isso, as autoridades alertam as igrejas para que minimizem suas atividades.

Enquanto isso, a pressão existente sobre os cristãos está cada vez mais forte, com sanções oficiais e perseguição severa.

As igrejas são instruídas a exibir a bandeira chinesa ao lado da cruz e integrar seus ensinamentos com os “princípios socialistas chineses”. Recebemos constantes relados de igrejas sendo demolidas e centenas de cruzes quebradas de prédios de igrejas com pouco ou nenhum aviso prévio.

De acordo com Marco Cruz, secretário geral da Portas Abertas Brasil, "as autoridades não podem fazer muito, devido ao tamanho da igreja na China - tanto a igreja oficialmente registrada e autorizada quanto as igrejas domésticas não oficiais. Então, o governo está tentando adaptar o cristianismo à sua mentalidade e crenças políticas”.

A China é o número 17 na Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países onde os cristãos enfrentam a perseguição religiosa mais extrema.



*Os nomes foram alterados por motivos de segurança

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Militares tomam o poder em Burkina Faso

O presidente Roch Kaboré saiu do cargo por ineficiência contra radicais islâmicos


Fonte: Portas Abertas

Após ataques, a internet móvel foi cortada na capital (foto: IMB)

Como noticiado esta semana, o presidente de Burkina Faso, Roch Kaboré, foi detido e destituído do cargo por militares. Sob a liderança do tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, as Forças Armadas assumiram o comando do país.

A deterioração da segurança e a dificuldade do presidente em reagir ao crescimento da insurgência islâmica foram os principais motivos que levaram os militares a tomar o poder. Para um canal de TV do país, um oficial do exército contou que o único objetivo é unir forças e fazer com que o país volte aos trilhos.

A população de Burkina Faso apoia o ato militar, e centenas de moradores se reuniram na praça pública Place de la Nation, no Centro de Ouagadougou, para demonstrar apoio aos militares.

Os militares querem a integridade territorial do país e a recuperação da soberania. A declaração do exército emitida em nome de um grupo não ouvido anteriormente, o Movimento Patriótico para a Salvaguarda e Restauração (MPSR, da sigla em francês), disse que o presidente Kaboré não conseguiu unir a nação e lidar efetivamente com a crise de segurança e que isso ameaça fundamentos da nação.

População cansada da violência

Desde 2015 liderando o país com a promessa de tornar prioridade a luta contra os extremistas, o presidente Kaboré estava sendo cada vez mais criticado pela população, farta da violência jihadista e da incapacidade dele de enfrentá-la. Após a tomada de poder do presidente, o fluxo de comunicação ficou lento, já que a internet móvel foi cortada na capital.

Ocupando a 32ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2022, Burkina Faso tem uma população predominantemente muçulmana. O islã é dominante nas partes norte e leste do país, enquanto as comunidades cristãs estão concentradas nas partes central e sul do país. Historicamente, o país tem uma convivência harmoniosa entre os diferentes grupos religiosos. Embora o aumento da atividade jihadista venha mudando essa situação, a maioria ainda quer viver em coexistência pacífica.

Pedidos de oração

Ore para que todas as decisões, leis e decretos que serão feitos sejam para promover a liberdade religiosa e proteger todos os cidadãos.
Interceda pela unidade do país, que as autoridades tenham sabedoria para gerir a situação neste momento e encontrem soluções para restaurar a paz e a segurança.
Peça pelos deslocados internos em Burkina Faso, ore para que Deus continue a suprir as necessidades deles por saúde, comida, roupas e segurança.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

ONU aprova resolução contra negação do Holocausto diante do aumento do antissemitismo

A ação, proposta por Israel, pede às empresas de mídias sociais que combatam conteúdos de ódio nas plataformas.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS E JOVEM PAN


Prisioneiros no campo de concentração de Buchenwald, Alemanha. (Foto: US Holocaust Memorial Museum).

A Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que condena a negação do Holocauto, em resposta ao aumento do antissemitismo online e off-line, e que pede às empresas de mídia social que combatam a discriminação contra judeus em suas plataformas.

O texto, proposto por Israel, foi elaborado com o apoio da Alemanha e patrocinado por 144 países das Nações Unidas. A ação é a primeira promovida pela nação israelense com a aprovação da Assembleia Geral da ONU em 17 anos.

O elemento principal da resolução é a solicitação aos gigantes das redes sociais, como Facebook, Instagram, TikTok e Twitter, que removam qualquer conteúdo antissemita das plataformas.

Na ONU, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, denunciou o fracasso das mídias sociais em lidar com conteúdos ofensivos à judeus, como o Facebook que combateu apenas 11% das postagens de ódio. Segundo Erdan, as empresas são responsáveis ​​pela “pandemia de distorções e mentiras” sobre o Holocausto que está se espalhando na internet.

“Os gigantes da mídia social não podem mais permanecer complacentes com o ódio espalhado em suas plataformas e devem agir agora”, afirmou o embaixador israelense.

A ação pede às empresas das redes sociais que combatam o antissemitismo online. (Foto: United Nations).

E avaliou: “Agora vivemos em uma era em que a ficção está se tornando fato e o Holocausto está se tornando uma memória distante. Isso acontece após o maior crime da história da humanidade, agora vem o maior encobrimento da história da humanidade”.

O Irã se dissociou da resolução e um diplomata do país leu uma declaração, acusando Israel de explorar "os sofrimentos do povo judeu no passado para acobertar os crimes que perpetrou nas últimas sete décadas contra os países da região, incluindo todos seus vizinhos sem exceção”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, e a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, apoiaram a nova resolução através de uma declaração conjunta.

“Temos a obrigação de lembrar, aprender e desafiar o crescimento do revisionismo, negação e distorção do Holocausto, tanto online quanto off-line”, afirmaram.

O Holocausto foi o genocídio de 6 milhões de judeus, pelos nazistas e seus aliados a comando de Adolf Hitler, entre 1939 e 1945.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Olinda Bolsonaro, mãe do presidente, morreu aos 94 anos

Fonte: noticias.gospelmai

Mãe do presidente Jair Bolsonaro morre aos 94 anos

Na madrugada desta sexta-feira, 21 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro comunicou o falecimento de sua mãe, Olinda Bolsonaro, aos 94 anos. Ela estava internada em um hospital do interior paulista.

Por meio de suas contas nas redes sociais, o presidente lamentou a morte de sua mãe: “28/março/1927 – 21/janeiro/2022. Sra. Olinda Bonturi Bolsonaro. Com pesar [comunico] o passamento da minha querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade. Nesse momento me preparo para retornar ao Brasil”.

Em março de 2020, quando sua mãe estava prestes a completar 93 anos, o presidente a homenageou nas redes sociais: “Em nome da Sra. Olinda Bonturi Bolsonaro, minha mãe que fará 93 anos dia 28/março, saúdo todas as mulheres do nosso Brasil. ‘A mulher sábia edifica o lar’. Provérbios 14:1”, escreveu o presidente.

O presidente estava em viagem oficial desde a manhã da última quinta-feira, 20 de janeiro, em Paramaribo, no Suriname. A viagem duraria dois dias, e também incluiria a Guiana, segundo informações do portal G1.

Olinda Bolsonaro estava internada no Hospital São João, em Registro (SP) desde a última segunda-feira, 17 de janeiro. A causa da morte ainda não foi informada. Ela morava na cidade de Eldorado, que fica a 52 quilômetros de distância de Registro, mas não conta com hospital de referência.