Vladimir Putin assiste a missa em igreja ortodoxa russa.
(Foto: BBC)
No início do mês de julho, o presidente russo, Vladimir
Putin aprovou a "lei anti-terrorismo", que também acaba proibindo a
evangelização fora das igrejas. Mas os cristãos locais estão lutando contra
esta imposição.
Os cristãos na Rússia disseram que estão determinados a
pregar o Evangelho e cumprir a Grande Comissão, apesar das novas leis rígidas, assinadas
pelo presidente Vladimir Putin que proíbem a evangelização fora das igrejas.
O Centro eslavo para Lei e Justiça (SCLJ) - filial do Centro
Americano para Lei e Justiça (ACLJ) - disse que uma nova maneira de realizar o
trabalho missionário na Rússia terá de ser estabelecida.
A lei proíbe todas as atividades missionárias em áreas residenciais
e exige que os cristãos que querem compartilhar sua fé com os outros, mesmo na
internet, obtenham documentos de autorização de uma associação religiosa. A lei
também impõe uma multa de 75 a 765 dólares, se o infrator for um cidadão russo.
Porém essa multa pode chegar 15.265 dólares, caso a 'infração' tenha sido
cometida por uma organização e poderia levar a deportação, caso os infratores
sejam estrangeiros.
"Uma série de restrições sobre o trabalho missionário
foi introduzida e uma responsabilidade legal foi posta em prática pela violação
destas novas leis", explicou a SCLJ, promovendo um 'webinário' (seminário
online), nesta quinta-feira (4), com o objetivo de resolver esta questão.
A organização está buscando para rever as alterações à lei
da Rússia, quando se trata da liberdade de consciência e as atividades da
instituições religiosas; os direitos dos cidadãos estrangeiros em realizar
atividades missionárias na Rússia; e como realizar o trabalho missionário no
maior país do mundo sem infringir a lei.
"Por favor, orem por nossos irmãos e irmãs em Cristo na
Rússia e repassar as informações sobre este webinar ao seu pastor e quaisquer
outras pessoas que podem saber sobre missionários na Rússia, que podem
considerar útil", o ACLJ acrescentou em um comunicado. "Vamos
continuar a defender os cristãos ao redor do mundo para garantir os seus
direitos para compartilhar sua fé estão protegidos."
Milhares de igrejas em toda a Rússia se uniram em uma grande
corrente de oração e jejum no último mês de julho, contra a lei de Putin, que
pune eficazmente qualquer tipo de evangelização religiosa fora das igrejas.
A lei destina-se a "impedir a propagação do terrorismo
e do extremismo", mas também acaba punindo aqueles que buscam compartilhar
sua fé em lugares de culto que não sejam sancionados pelo Estado.
Hannu Haukka, presidente de mídia da Grande Comissão de
Ministros da Rússia, disse no Enconto Nacional de Comunicadores Cristãos, nos
EUA que a nova legislação é a ação mais restritiva da Rússia na "história
pós-soviética".
"Esta nova situação assemelha-se à União Soviética em
1929. Naquele tempo, a confissão de fé só era permitida na igreja", disse
Haukka. "Em termos práticos, estamos de volta na mesma situação. Essas
leis anti-terroristas são algumas das leis mais restritivas na história
pós-soviética."
Thomas J. Reese, presidente da Comissão dos Estados Unidos
sobre Liberdade Religiosa Internacional, também criticou a lei, avisando que a
alteração iria "intensificar a repressão das comunidades religiosas por
parte das autoridades russas, sufocando a dissidência pacífica e prendendo
pessoas".
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST