Andrée Geulen-Herscovici fazia parte do Comitê para a Defesa dos Judeus, instituição clandestina que ajudava a proteger grupos perseguidos.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO YAD VASHEM E CRESCER
Andrée Geulen com um de seus sobreviventes durante uma visita ao Museu de História do Holocausto Yad Vashem, 2007. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)
Andrée Geulen-Herscovici, conhecida por ter salvado centenas de crianças do Holocausto morreu, em 1º de junho, aos 100 anos. A professora belga impediu que elas fossem enviadas a campos de concentração nazistas na Segunda Guerra Mundial.
A professora tinha apenas 20 anos quando foi confrontada com a perseguição aos judeus. Lecionando em uma escola em Bruxelas, na Bélgica, viu alguns de seus alunos chegaram para estudar com a estrela amarela obrigatória na roupa.
Andrée Geulen era professora em uma escola belga. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)
Ao se deparar com a discriminação de seus alunos, ela decidiu agir. Andrée ordenou que todos usassem aventais na escola, cobrindo assim a humilhante marcação imposta aos judeus.
Escola invadida
Durante o ano de 1943, a escola onde Andrée dava aulas foi invadida pelos alemães.
Durante a ocupação nazista na Bélgica, Andrée fazia parte do Comitê para a Defesa dos Judeus, uma instituição clandestina que ajudava a proteger os grupos perseguidos. Ela era responsável por entrar em contato com as famílias judias e oferecer acolhimento. Para isso, atuava para conseguir documentos e identidades falsas com famílias e instituições católicas.
Salvando 300 crianças
Junto com a diretora Ida Sterno, ela tentou esconder 12 crianças. Mas logo os alunos foram encontrados e as duas foram pegas.
Andrée Geulen [à esq.] com Ida Sterno [à dir.], sua parceira judia no CDJ. (Foto: Reprodução / Yad Vashem)
Apesar dos riscos, a professora escapou da prisão continuou trabalhando para impedir que mais famílias judias morressem nos campos de concentração. Andrée procurava estudantes para alertá-los a não voltar à escola.
Durante dois anos, Andrée alugou um apartamento e tirou crianças judias do convívio com os pais e as enviou para mosteiros cristãos, onde estariam a salvo das tropas alemãs.
Para mantê-los em segurança, nem mesmo os pais sabiam onde a professora escondia seus filhos.
Andrée conseguiu salvar a vida de 300 crianças.
Em 2 de agosto de 1989, Andrée Geulen foi reconhecida como “Justa entre as Nações”.
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