Linda Owens, de 78 anos, tem sido uma mãe adotiva temporária por 34 anos na Califórnia.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA KPIX-TV
Linda Owens, de 78 anos, é uma mãe adotiva temporária na Califórnia.
(Foto: Reprodução/KPIX-TV)
Uma idosa da cidade de Hayward, na Califórnia, foi mãe de mais de 80 bebês nos últimos 34 anos através de um sistema de adoção temporária nos Estados Unidos.
A última criança que recebeu os cuidados de Linda Owens, de 78 anos, é uma menina de 7 apenas semanas de vida, que se tornou a 81ª bebê a receber seus cuidados como mãe de recursos.
Mãe ou pai de recurso é um termo usado na Califórnia para se referir a pessoas que são treinadas e habilitadas para fornecer cuidados a crianças e adolescentes órfãs.
Existem mais de 55.000 crianças em orfanatos na Califórnia, cerca de 34 % das quais são colocadas com pais de recursos. A maioria volta para casa para morar com a família assim que os problemas que motivaram sua entrada no programa são resolvidos.
“É um trabalho desafiador, mas muito gratificante”, disse Owens, uma gerente de mercearia aposentada, à emissora KPIX-TV.
Owens mantém um estoque de roupas e acessórios para os bebês à mão; alguns, comprados com seu próprio dinheiro. Às vezes, ela cria dois bebês por vez. Embora ela seja paga por seu trabalho, é um trabalho de amor.
“Foi para isso que Deus me deu um dom”, disse Owens, que cuida de bebês desde a infância.
Vários recém-nascidos chegam a ela expostos a drogas já no útero. Alguns apresentam atrasos no desenvolvimento e muitos não dormem a noite toda.
“A experiência dela, o cuidado e o amor que ela oferece aos bebês são incomensuráveis”, reconhece Mia Buckner-Preston, diretora da divisão de Colocação do Departamento de Serviços para Crianças e Família do Condado de Alameda, que coloca crianças em lares adotivos.
Linda Owens, de 78 anos, é uma mãe adotiva temporária na Califórnia.
(Foto: Reprodução/KPIX-TV)
Entre os 500 pais cadastrados no programa de adoção temporária do condado, Owens é uma das mais antigas. “Ela está quase sozinha em uma categoria”, disse Buckner-Preston.
Uma das testemunhas do cuidado de Owens é a pediatra Mika Hiramatsu, que tratou muitos de seus bebês ao longo dos anos. “Ela sempre foi muito otimista, sempre determinada a dar a esses bebês o melhor início de vida possível”, disse a Dra. Hiramatsu.
Erica adotou uma menina criada por Owens há 12 anos e recebeu bons conselhos sobre o bebê, que ela ensinou a dormir durante a noite. Hoje, Erica e sua filha ainda visitam Linda e compartilham os marcos da adolescência.
“Ela ficou linda”, diz Owens, sorrindo. “Faz eu me sentir bem por ter cumprido meu trabalho.”
Quando seu trabalho é concluído, Owens entrega os bebês às famílias biológicas ou adotivas, embora deixá-los partir seja doloroso. Quanto chega a hora da despedida, a idosa diz: “Dou um beijo na testa e desejo o melhor a eles e digo ‘eu te amo’”.
Por seu amor e carinho por mais de 80 bebês em mais de 30 anos como mãe de recursos, Linda Owens recebeu o Prêmio Jefferson de Serviço Público na semana passada.
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