quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Superlua, Lua Azul e Lua de Sangue coincidem e pastores comentam significados bíblicos

A junção denominada pela Nasa de "Superlua Azul de Sangue" poderá ser vista nesta quarta-feira (31) em alguns países, exceto o Brasil.


A junção denominada pela Nasa de "Superlua Azul de Sangue" poderá ser vista no céu. (Foto: Alan Dyer/VW PICS/UIG/Getty Images)


Os fenômenos da Superlua, Lua Azul e Lua de Sangue poderão ser coincidentemente vistos no céu nesta quarta-feira (31), em uma junção denominada pela Nasa de "Superlua Azul de Sangue" (Super Blue Blood Moon, em inglês).

O eclipse não será visto no Brasil, com exceção de algumas localidades do extremo norte do país. Portanto, resta à maioria dos brasileiros apenas observar a Superlua, que ocorre quando a Lua cheia está em seu ponto mais perto da Terra (perigeu), quando o satélite aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu, quando está mais distante.

Já a Lua Azul — apelido dado à segunda lua cheia que acontece em um mesmo mês — por ser apenas uma referência ao calendário, não tem de fato uma relação com alguma alteração de cor ou aparência do satélite. A Lua de Sangue, no entanto, adquire uma tonalidade avermelhada.

A coincidência da Superlua com um eclipse não acontece desde 1982, segundo o Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC, sigla em espanhol). Ele poderá ser visto melhor na América do Norte, Oriente Médio, Ásia, Rússia Oriental, Austrália e Nova Zelândia.

Significado espiritual?

Em 2014, uma rara série de quatro luas de sangue que coincidiam com feriados judaicos despertou um intenso interesse pelos cristãos ao redor do mundo. Na época, os pastores americanos John Hagee e Mark Biltz defenderam que estes eram sinais do fim dos tempos.

“Há uma sensação no mundo que as coisas estão mudando e Deus está tentando se comunicar com a gente de uma forma sobrenatural”, disse Hagee ao site CBN News na ocasião.

Na época da tétrade, Hagee declarou que entre 2014 e 2016 algo dramático aconteceria no Oriente Médio envolvendo Israel, “mudando o curso da história e impactar o mundo inteiro”. Alguns argumentam que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia fazer parte disso.

Na visão do rabino Yosef Berger, que atua no Túmulo do rei Davi, o fenômeno é um sinal para aqueles que são inimigos de Israel. “O Talmude (coletânea de livros sagrados dos judeus) afirma que Israel é julgado por nossas ações, pelo nosso compromisso com Hashem (Deus) e não por sinais astrológicos. De fato, o Talmude afirma que um eclipse lunar é um mau sinal para aqueles que odeiam Israel”, disse ele ao site Breaking Israel News.

Já para o pastor Jack Wellman, de Kansas (EUA), as Luas de Sangue não são sinais apocalípticos. “Nós provavelmente vamos ouvir falar de outras profecias da Lua de Sangue prenunciando um desastre, mas o desastre virá sobre aqueles que tentam usar esta profecia como um sinal certo da volta de Jesus”, disse ele ao site Patheos.

“Não podemos saber o dia, hora ou ano da volta de Jesus, e as Luas de Sangue não podem nos ajudar a saber quando isso vai ocorrer”, ele acrescentou. “O que sabemos, com certeza, é que Ele virá num momento em que ninguém espera, como ‘o senhor daquele servo chegou num dia em que ele não esperava, e numa hora que ele não sabia (Mateus 24:50)’”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE G1

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