Leland Bohannon foi suspenso e luta para que a queixa seja retirada de seu registro.
Grupos de defesa social de linha conservadora enviaram petições assinadas por mais de 77 mil pessoas às forças armadas em apoio a um coronel da Força Aérea punido por não apoiar o casamento gay.
Leland Bohannon foi manchete em outubro deste ano, depois de ser suspenso por se recusar, por motivos religiosos, a assinar um certificado de agradecimento ao cônjuge de um militar. A Family Research Council e a American Family Association entregaram 77 mil petições assinadas em apoio a Bohannon para o Pentágono, na última quarta-feira (6).
"Exorto-vos a restaurar e proteger o direito constitucional do Coronel Leland Bohannon, de exercer livremente suas crenças religiosas ao reverter a queixa contra ele e ao remover quaisquer observações desfavoráveis de seu registro relacionado a esta denúncia", lê a petição.
Liberdade religiosa
O tenente-general Jerry Boykin, vice-presidente executivo do Conselho de Pesquisa da Família, disse em comunicado que "não vamos recuar na defesa da liberdade religiosa daqueles que estão no comando militar. Mais de 77 mil americanos se juntaram nesta petição para dizer que não defenderão que os membros do serviço sejam punidos e expulsos simplesmente por viver de acordo com suas crenças religiosas", afirmou Boykin.
"A ação tomada contra o Coronel Bohannon é inaceitável, e a política da Força Aérea deve ser corrigida para garantir que isso não aconteça novamente. Além disso, a queixa contra Bohannon precisa ser revertida e retirada de seu registro", complementou.
O incidente envolvendo Bohannon ocorreu na Base Aérea de Kirtland, no Novo México em maio, de acordo com a Associated Press. Ele foi convidado a assinar um "certificado de apreciação do cônjuge" para um aviador homossexual. "O certificado é um documento não oficial tradicionalmente dado aos cônjuges dos militares que se aposentam e não é legalmente obrigado a ser dado", informou a AP.
Violado
Bohannon pediu uma acomodação religiosa, dizendo que não podia assinar o documento devido a suas crenças sobre o casamento. Mais tarde, o aviador apresentou uma queixa junto ao escritório da Igualdade de Oportunidades e Bohannon foi acusado de "discriminação ilegal com base em sua orientação sexual". Ele foi suspenso.
Alguns, incluindo o veterano transgênero Navy e a advogada Paula Neira, argumentaram que a recusa de Bohannon em assinar o certificado equivale a "fanatismo". "O exército é uma instituição secular e se as convicções religiosas de um indivíduo impedem que eles façam seu dever, tratando todos os seus subordinados igualmente, então precisam renunciar", disse Neira ao site military.com.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST
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