segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Candelabro e óleo para o Terceiro Templo estão prontos, anuncia Sinédrio

A construção do Terceiro Templo é apontada como um sinal profético para os últimos dias. Segundo o livro de Daniel, o local já existirá em Jerusalém durante a Grande Tribulação.

Judeus oram em frente a um menorá no Muro das Lamentações. (Foto: Miriam Alster/Flash90)
Judeus oram em frente a um menorá no Muro das Lamentações. (Foto: Miriam Alster/Flash90)
O óleo e a menorá (candelabro de sete braços) foram cuidadosamente preparados pelo Sinédriopara fazerem parte do Terceiro Templo, local que os judeus aguardam para ser construído em Jerusalém. A menorá será acesa pelo óleo durante o Chanucá, festa judaica também conhecida como o Festival das Luzes, que começa no dia 24 de dezembro.

"O óleo está pronto, por isso, se o governo decidir permitir, nós estaremos prontos para ir até o Monte do Templo e acender a menorá", disse o rabino Yaakov Savir, nomeado pelo Sinédrio para supervisionar o processo de produção do óleo.

Segundo Yaakov, o ato de acender a menorá é considerado uma oferta a Deus. "O óleo é queimado como um sacrifício animal e é considerado uma das ofertas diárias do Templo", explicou o rabino ao site Breaking Israel News.

Curiosamente, o Templo físico não é necessário para cumprir o mandamento de acender a menorá. Diante dos atuais conflitos que envolvem o Monte do Templo, seria difícil realizar este tipo de ritual no local, que atualmente proíbe qualquer tipo de oração judaica. No entanto, o Sinédrio continua esperançoso.

"Nós podemos fazer esta parte do ritual no Monte do Templo, sem a construção de um templo. Estamos preparando o óleo agora para que, se a situação mudar, possamos estar prontos para executar este mitzvah (mandamento da Torá)", disse o rabino Yaakov.

De acordo com a Torá, a menorá do Templo deve ser produzida com ouro. Na ausência deste tipo de candelabro, o objeto feito com qualquer tipo de metal também é permitido dentro do Templo.
No entanto, o óleo será aceso na noite de sexta do Chanucá, no dia 29 de dezembro, com a réplica da menorá em madeira. A cerimônia acontecerá em Jerusalém; nela os cohanim (homens da linhagem sacerdotal) estarão vestidos com seus trajes sacerdotais e acenderão o óleo, conforme seus antepassados fizeram no Templo.

Produção do óleo
Orientado pela Bíblia, o processo de produção do óleo é complicado e levou alguns anos, relata o rabino Yaakov. "A Torá especifica que as azeitonas devem ser trituradas. Nenhum outro meio de extrair o óleo é permitido pela Torá", explicou.

Homens da linhagem sacerdotal em reconstituição ao ritual Páscoa. (Foto: Instituto do Templo)
"Depois de bater as azeitonas individualmente, elas são colocadas em descanso por vários dias, sem qualquer pressão, para que o óleo possa escorrer para fora delas. O rendimento é muito baixo, apenas cerca de 2%, mas a qualidade, medida pela acidez do óleo, é muito superior a qualquer outro método", Yaakov observa.

Na última quarta-feira (16), auxiliado por um grupo de voluntários, o rabino preparou 20 quilos de azeitonas, que deve produzir um pouco mais dois quartos e meio de óleo.

"O Templo será reconstruído. Pode acontecer mais cedo ou mais tarde, mas as pessoas estão cada vez mais conscientes do Templo, estudando sobre isso, e o número de visitantes ao Monte do Templo está aumentando rapidamente. É inevitável que a vontade do povo, o seu desejo de construir o Templo, se torne uma realidade", disse Yaakov,

Quando isso acontecer, a menorá e seu óleo estarão prontos.

Significado profético
O Monte do Templo é um local sagrado para muçulmanos, cristãos e judeus, sendo também um dos locais mais disputados do mundo. Neste local foi construído o Primeiro Templo pelo Rei Salomão, posteriormente destruído em 586 a.C.

Anos depois foi reconstruído o Segundo Templo, que voltou a ser destruído em 70 d.C. pelos romanos — com a exceção do muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações.

A Bíblia aponta que o Terceiro Templo existirá durante a Grande Tribulação. Daniel se refere a este templo quando diz que "o príncipe que há de vir" (Anticristo) irá cessar os sacrifícios no local em meio à Tribulação (Daniel 9:27). De acordo com o apóstolo Paulo, o "homem do pecado" se assentará no templo como se ele fosse Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4).

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