segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Extremistas dominam grande parte de cidade na Síria

Desde 2016, não havia conflitos dessa proporção em Alepo. O grupo rebelde é apoiado pela Turquia

Fonte: Portas Abertas

Cristãos locais estão cercados sem poder fugir da cidade de Alepo na Síria

Um grupo de guerrilheiros extremistas islâmicos sírios do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um grupo de oposição apoiado pela Turquia, chegaram ao centro de Alepo, na Síria, na noite de sexta-feira, 29 de novembro. O ataque inesperado e bem-sucedido levou a um êxodo da cidade de Alepo e afetou negativamente o trabalho dos parceiros locais e igrejas parceiras da Portas Abertas na Síria.

Os cristãos em Alepo estão novamente vivendo com medo, após anos de guerra e recentemente, os efeitos dos terremotos. Vários treinamentos da organização estavam planejados na cidade nas próximas semanas, mas serão cancelados por causa do atentado. De acordo com nossas fontes locais, “os rebeldes tomaram grande parte de Alepo. Eles divulgaram vídeos dizendo que não pretendem prejudicar os civis e decretaram um toque de recolher até as 8h de sábado, 30 de novembro”.

“Uma fonte me disse que a boa notícia é que agora há mais eletricidade. Parece que os rebeldes assumiram a central de distribuição de eletricidade e deram mais horas de energia elétrica às pessoas junto a uma mensagem de que não pretendem prejudicar os civis”, conta outro contato. Como no resto da Síria, as pessoas em Alepo estavam acostumadas a ter apenas algumas horas de eletricidade por dia como consequência da crise econômica gerada pela guerra.

Cristãos sem ter para onde fugir

Mas a garantia de energia não significa segurança e esperança para os cristãos em Alepo. “As pessoas estão com medo. Falei com cinco pessoas que não conseguiram sair da cidade. Elas estão com medo e não confiam no que os rebeldes dizem, mas não têm escolha a não ser ficar em suas casas e esperar pelo melhor”, relata o contato local.

O HTS e outras facções apoiadas pela Turquia nomearam sua ofensiva, que começou na quarta-feira, de Repelindo a Agressão. É uma resposta aos bombardeios incessantes do exército sírio e seus aliados nas áreas controladas pelo HTS na cidade de Idlib e seus arredores nas últimas semanas. Na opinião deles, o governo sírio quebrou a trégua que estava em vigor há quatro anos e essa ofensiva é uma resposta a isso.

De acordo com agências de notícias, cerca de 50 vilarejos foram tomados pela milícia na Síria nos últimos dias, seguindo o avanço que começou na fortaleza do grupo em Idlib. Os rebeldes também controlam parte da rodovia que conecta Alepo com Hama, Homs e Damasco.

Em 2016, o grupo foi expulso de Alepo. Desde então, essa é aprimeira luta desse nível na região. Várias fontes dizem que o exército sírio recuou de Alepo e estaria aguardando apoio militar de sua aliada, a Rússia.

A Síria ocupa a 12ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024 e enfrenta perseguição extrema contra cristãos.

Pedidos de oração 

* Ore pela situação em Alepo, para que não haja mais derramamento de sangue.

* Interceda pela segurança de nossos irmãos e irmãs em Cristo na região.

* Clame pelo trabalho de nossos parceiros na Síria, que têm enfrentado impacto direto do conflito.


sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Arqueólogo visita local do julgamento de Jesus por Pilatos e faz conexão com a Bíblia

O arqueólogo Joel Kramer visitou o local onde se acredita ser o cenário do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos para explicar sua conexão com a Bíblia.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Learning

Joel Kramer, do canal Expedition Bible, no antigo palácio de Pôncio Pilatos. (Captura de tela/YouTube/ Expedition Bible)

O arqueólogo Joel Kramer, do canal Expedition Bible, visitou o local que se acredita ser o cenário do julgamento de Jesus por Pôncio Pilatos e detalhou as ligações entre sua descoberta e os relatos bíblicos.

Kramer é um arqueólogo bíblico, escritor e ex-expedicionário. Segundo seu canal, ele trabalha com ensino, "levando você para dentro da Bíblia, mostrando locais bíblicos e seu contexto, evidência e experiência para entender as Escrituras mais profundamente”.

Com esse intuito, Kramer expõe a evidência para a historicidade, autenticidade e autoridade da Palavra de Deus.

Durante a análise das Escrituras e do mapa da antiga Jerusalém, Joel e sua equipe conseguiram identificar o tribunal de Pôncio Pilatos.

Ilustração do palácio. (Captura de tela/YouTube/ Expedition Bible)

“Era aqui que Pôncio Pilatos falava ao povo, onde ele se sentava em seu tribunal”, explicou Joel sobre o lugar onde Jesus foi julgado e depois açoitado pelos soldados romanos.

Evangelho de João

O Evangelho de João foi o texto utilizado para explicar essas descobertas.

Alguns dos versículos utilizados para explicar este local foram João 18:28-29, 33, 38, João 19:1-2, 4-6, 8-9, 12-13, 16 e Lucas 23:26. Além de identificarem o tribunal de Pôncio Pilatos, os arqueólogos também descobriram uma seção do palácio de Rei Herodes, onde Jesus Cristo foi açoitado.

“Outro lugar incrível que ninguém vem. E ainda assim, é claro, não é sobre os judeus crucificando Jesus, não é sobre os romanos crucificando Jesus. É sobre todos nós, que crucificamos Jesus. Porque todos nós ficamos aquém da glória de Deus. Somos todos pecadores que precisam do perdão e da expiação do sangue de Jesus.”

O importante sobre essa descoberta é o fato de que ela faz parte da jornada de Jesus para salvar a todos nós.

“Ele não foi crucificado contra Sua vontade, contra a vontade de Deus. Ele se rendeu a esse tipo de punição para levar nossa punição sobre Si mesmo para que pudéssemos receber o que não merecemos e que é Sua graça.”

Assista (original em inglês):

Veja como foi o Fim de Semana da Igreja Perseguida em João Pessoa

Igrejas receberam representantes da Portas Abertas na capital da Paraíba no último fim de semana

Fonte: Portas Abertas

Nas visitas, as igrejas em João Pessoa puderam se aproximar da Igreja Perseguida

Entre 21 e 24 de novembro, igrejas em João Pessoa/PB celebraram o Fim de Semana da Igreja Perseguida (FDSIP). O evento aproxima a igreja brasileira da Igreja Perseguida por meio de uma agenda intensiva de visitas, nos quatro dias do fim de semana, em cidades de todo o Brasil.

Nos encontros, os representantes da Portas Abertas compartilham a realidade dos cristãos perseguidos e como podemos socorrer nossos irmãos na fé usando a liberdade que temos no Brasil.

Igreja Evangélica Betel em João Pessoa/PB

Os participantes ouviram informações atualizadas da Igreja Perseguida em mais de 60 países, uma breve apresentação da Portas Abertas, reflexão bíblica e informações práticas sobre como fazer a diferença na vida dos cristãos perseguidos.

Igreja Casa para as Nações em João Pessoa/PB

Nossa próxima parada será em Ribeirão Preto/SP entre 5 e 8 de dezembro. É o último Fim de Semana da Igreja Perseguida em 2024! Inscreva agora sua igreja no link.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Cristã sequestrada há seis anos foge de cativeiro na Nigéria

A mulher de 42 anos e seu filho podem enfrentar discriminação da família e comunidade

Fonte: Portas Abertas

Mulheres e meninas cristãs nigerianas são alvo de grupos extremistas na Nigéria. Foto: Portas Abertas

A cristã e enfermeira Alice Loksha conseguiu fugir do cativeiro do grupo extremista ISWAP (sigla em inglês usada para denominar o grupo extremista Estado Islâmico da Província da África Ocidental). Alice foi sequestrada há seis anos, quando trabalhava pela Fundo das Nações Unidas para a Infância (da sigla em inglês, UNICEF) em um campo de deslocados no nordeste da Nigéria. A seguidora de Jesus foi levada junto com outras parteiras nigerianas que colaboravam com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

As duas parteiras foram mortas porque “eram muçulmanas e deveriam saber as consequências de trabalhar para agências internacionais, relata o jornal Businesse Day Nigeria. Alice foi poupada, mas foi forçada a se casar com dois comandantes do grupo extremistas. Com o primeiro “marido”, a cristã teve um filho chamado Mohammad, que acompanhou a mãe na fuga.

A mulher de 42 anos era casada e tinha dois filhos quando foi sequestrada, mas com a sua fuga ela descobriu que o esposo se casou novamente, pensando que ela estava morta. Uma fonte da ONU na região explicou que Alice e seu filho podem enfrentar um estigma, porque caso ela volte à sua família, dificilmente a criança seria aceita.

De acordo com um parceiro local da Portas Abertas, a história de Alice é comum e muitas das cristãs libertas não conseguem retornar a vida que levavam. “Às vezes, elas não apenas enfrentam a rejeição de seus maridos, mas muitas vezes de suas comunidades.”

O parceiro local completa: “Alice e seus filhos precisarão de apoio emocional, físico e espiritual contínuo se ela quiser ser integrada novamente à sociedade”.

Um problema crescente

Desde o sequestro de 276 meninas em Chibok, a Nigéria viu mais de 1.700 crianças serem sequestradas, garantem os dados da Anistia Internacional. Muitas meninas são forçadas a se casar com seus sequestradores. Ao menos 20 garotas de Chibok foram forçadas a se casar com combatentes do Boko Haram.

Segundo a pesquisa que resultou na Lista Mundial da Perseguição 2024, a Nigéria é o país com o maior número de sequestros relacionados à fé no mundo, com pelo menos 3.300 casos. Famílias, comunidades e igrejas são severamente enfraquecidas quando mulheres e meninas são sequestradas.

Quando as mulheres e meninas escapam ou são libertas elas enfrentam vergonha e rejeição da família e comunidade, pois perderam a “pureza sexual” e geraram filhos de guerrilheiros. Assim, elas precisam conviver com os traumas do tempo em cativeiro e da discriminação dos parentes e da comunidade.

Diante dessa necessidade, a Portas Abertas promove a campanha global Desperta África com o objetivo de mobilizar 4 milhões de cristãos para apoiar física, emocional e espiritualmente os cristãos da África Subsaariana até 2027.

Apoie cristãs como Alice

Participando desta campanha, você apoia Alice e outras cristãs sequestradas com cuidados pós-trauma. Assim elas serão curadas dos traumas que sofreram enquanto estavam cativas e conseguirão superar a discriminação das famílias e comunidades. Saiba como e ajude!

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Coreia do Norte restringe ainda mais a liberdade de pensamento

Cristãos são alvos de tortura e violações por causa da pressão

Fonte: Portas Abertas

                  
Campo de trabalhos forçados na Coreia do Norte / foto: Portas Abertas

*António Guterres, Secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), quer responsabilizar a Coreia do Norte e seus representantes por graves violações dos direitos humanos. Em um relatório divulgado recentemente, ele sugere o uso de “medidas de reparação e de busca da verdade”. Há mais de 20 anos, o país ocupa o primeiro lugar na Lista Mundial da Perseguição, documento publicado anualmente pela Portas Abertas que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

O relatório destaca o aumento da repressão à liberdade de expressão, pensamento e acesso à informação, o controle rigoroso sobre o deslocamento interno e externo dos cidadãos e o uso de trabalho forçado em condições extremas na Coreia do Norte entre julho de 2023 e maio de 2024.

António Guterres observa uma escalada significativa na repressão, com novas leis que restringem severamente o acesso a mídia e informações estrangeiras. Especialmente devido a leis como a Lei do Pensamento e Cultura Reacionários, que impõe penas severas, incluindo prisão perpétua e até pena de morte, pela disseminação do que o governo considera conteúdo “reacionário”, como filmes e músicas da cultura sul-coreana e notícias estrangeiras.

“Não deixem de orar”

A pressão faz parte de um esforço mais amplo para controlar a população e limitar sua exposição a influências externas. “A lei é uma ameaça para todos os cidadãos. Ela visa especificamente os cristãos e proíbe a Bíblia e outros materiais religiosos”, observa Simon Lee (pseudônimo), coordenador do ministério da Portas Abertas com norte-coreanos.

No texto oficial, a lei não menciona o cristianismo ou a religião, mas fala de “materiais supersticiosos. Todo norte-coreano sabe o que significa essa frase”, acrescenta Simon. Entre as principais recomendações do relatório internacional, o governo norte-coreano está sendo intimado a cessar o uso de tortura e trabalho forçado, libertar todos os prisioneiros políticos e abolir a pena de morte, que atualmente é aplicada para uma ampla gama de crimes não violentos.

“Esperamos que os cristãos ao redor do mundo não deixem de orar pela Coreia do Norte. Se não orarmos, significa que perdemos a esperança. Mas os cristãos norte-coreanos ainda têm esperança de que um dia a situação em seu país melhorará”, conclui Simon.

Fuga para China

Muitos cristãos têm perdido as esperanças de ficar na Coreia do Norte e seguem em fuga para China.

A China não reconhece norte-coreanos como refugiados, mas como imigrantes ilegais que podem ser repatriados. Cada pessoa que é presa na China e mandada de volta para a Coreia do Norte será torturada e interrogada.

Os refugiados norte-coreanos que têm contato com igrejas ou pastores na China enfrentam punições ainda mais severas. Eles terão que responder se já viram uma Bíblia, se estiveram em uma igreja ou se já encontraram algum missionário. Se a resposta for “sim” para qualquer uma das questões, eles tentarão descobrir se a pessoa se tornou cristã. Quanto mais tempo a pessoa tiver de conversão ao cristianismo, mais pesada é a punição, podendo ser mandada para um campo de trabalho forçado.

Você pode ajudar

A Portas Abertas mantém um projeto de ajuda emergencial para cristãos norte-coreanos que se refugiam na China, com ajuda socioeconômica, abrigo, medicamentos e apoio espiritual. Para saber mais e ajudar nessa campanha, acesse este link.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Pastores são pressionados por gangues na Colômbia

Entenda os desafios da igreja no estado de Buenaventura

Fonte: Portas Abertas

A igreja está exposta à violência em meio ao conflito na Colômbia (foto representativa) Crédito: Portas Abertas

Buenaventura é o principal porto da Colômbia. Mas as vantagens que uma vez lhe fizeram um dos dez portos mais importantes da América Latina – como seu acesso ao Oceano Pacífico ou seu grande número de rios – agora são fatores que aumentam a presença de gangues criminosas que buscam o controle das rotas de tráfico de drogas e armas.

A Colômbia é o 34º país da Lista Mundial da Perseguição 2024, documento publicado anualmente pela Portas Abertas e que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

De acordo com a Defensoria Pública do país, há pelo menos 39 grupos armados no distrito colombiano. A violência se estende por toda região, conhecida como departamento do Valle del Cauca e é classificada como a 24ª cidade mais violenta do mundo. Apenas em abril deste ano, houve um ataque de carro-bomba a um batalhão do exército, um massacre de cinco pessoas e o assassinato de dois vereadores.

As áreas urbanas e rurais de Buenaventura enfrentam lutas constantes entre as gangues, com assassinatos, extorsões, confrontos e deslocamentos constantes. “Temos a sensação de que as pessoas não querem sair porque têm medo de serem mortas. Não há lugar seguro”, disse Pedro*, um pastor que vive na região.

O que isso significa para a igreja?

Em geral, a igreja está exposta a violência e restrições causadas pelo conflito. Isso complica o trabalho com os cristãos perseguidos. Moisés*, um pastor local explica: “Nossos líderes tomaram a decisão de reduzir o apoio aos pastores porque é muito arriscado enviar trabalhadores às zonas de conflito. Cuidar dos irmãos é complicado com esses grupos.”

Em algumas regiões, os cultos da igreja precisam ser realizados mais cedo ou mais rapidamente. Em algumas áreas, é muito difícil fazer vigílias e as atividades podem ser suspensas quando os grupos armados impõem bloqueios. As igrejas cristãs também estão sob constante cerco e vigilância, especialmente os líderes e membros que se envolvem em ministérios voltados para jovens.

De acordo com a Portas Abertas, entre 2023 e 2024 houve pelo menos 35 casos de perseguição na região, afetando 960 cristãos. Dez desses incidentes foram relatados apenas este ano, e seis deles foram de Buenaventura. Devido a isso, muitos cristãos deixaram a região, o que afeta as igrejas.

“Deus está aqui, mas humanamente nos sentimos sozinhos. É por isso que pedimos que continuem nos acompanhando e fortalecendo”, acrescenta o pastor Pedro*. Juan*, outro pastor local, acrescenta: “Orem para que Deus levante trabalhadores e envie recursos físicos e espirituais para este trabalho. Nosso objetivo é continuar a expandir o Reino”.

Você pode ajudar

A Portas Abertas fortalece a Igreja Perseguida na Colômbia por meio da distribuição de Bíblias, treinamento, cuidados pós-trauma, projetos de desenvolvimento comunitário, ajuda emergencial e abrigo e educação para crianças. Para saber mais acesse www.portasabertas.org.br/doe

*Nomes alterados por segurança.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Cúpula do G20 aprova declaração que menciona guerras, mas ignora reféns do Hamas

Declaração conjunta dos líderes das 20 maiores economias globais pede Estado Palestino para o conflito Israel-Hamas.

Fonte: Guiame, com informações da CNN Brasil e AP

Cúpula do G20, Rio de Janeiro, Brasil. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A declaração final da Cúpula de Líderes do G20, composta pelas 20 principais economias do mundo, foi divulgada nesta segunda-feira (18), abordando temas que vão desde as mudanças climáticas até os conflitos armados.

O encontro, realizado nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, resultou em uma declaração elaborada coletivamente pelos chefes de Estado e de governo dos países membros.

O Brasil, na qualidade de país anfitrião, desempenhou um papel central na coordenação e facilitação do processo.

O documento contém 85 tópicos que abordam uma ampla gama de questões globais; todos os países membros assinaram o documento, com a Argentina de Javier Milei fazendo oposição a vários pontos.

Em comunicado, o governo argentino informou que, pela primeira vez desde sua adesão ao G20, assinou a declaração do bloco “se dissociando parcialmente de todo conteúdo relacionado à Agenda 2030”. O texto faz referência ao programa da ONU com metas para o desenvolvimento sustentável.

Guerras e terrorismo

A declaração final do G20 abordou os conflitos armados em duas regiões de grande preocupação internacional envolvendo a Ucrânia e Israel.

No contexto da Ucrânia, que foi atacado pela Rússia há quase três anos, os líderes expressaram grande preocupação com a situação humanitária, enfatizando a urgência de uma resolução pacífica e justa para o conflito.

Em relação à Faixa de Gaza, a declaração também abordou a grave situação humanitária, pedindo um cessar-fogo abrangente e imediato.

Reféns israelenses

O documento do G20 reforça a importância da proteção dos civis e enfatiza a necessidade de um esforço coletivo para promover a paz na região, reconhecendo as dificuldades enfrentadas pelas populações locais.

Além disso, propõe uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e o Hamas.

No entanto, o documento não menciona a libertação dos reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023.

A guerra entre Israel e o Hamas, especificamente em Gaza, é objeto de um único parágrafo da declaração final. Outros trechos falam sobre conflitos de uma forma geral, reiterando “posições nacionais” e resoluções adotadas no âmbito das Nações Unidas.

Os próximos encontros do G20 ocorrerão sob novas presidências nos próximos anos. Em 2025, a África do Sul assumirá a liderança, e em 2026, o encontro será realizado nos EUA, onde os líderes se reunirão novamente para discutir questões globais.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Crianças cristãs também são perseguidas

Entenda os desafios da futura geração da Igreja

Fonte: Portas Abertas

Milhares de crianças cristãs vivem entre refugiados e deslocados internos. foto: Portas Abertas

Todos os dias, Moryom, de nove anos, lida com pessoas em sua comunidade que são contra sua família porque eles são seguidores de Jesus. As pessoas no vilarejo a conhecem bem, principalmente porque seu pai é pastor em uma região de maioria muçulmana e sua mãe é professora do projeto de alfabetização para adultos, em Bangladesh.

Por fazer parte de uma família cristã, ela é forçada a caminhar três quilômetros para ir e voltar da escola, pois seus colegas muçulmanos não a deixam andar no riquixá, o meio de transporte tradicional, com eles. Não importa quantas coisas dolorosas as pessoas digam e façam, Moryom leva tudo a Deus em oração e escolhe perdoá-los.

Já em Burkina Faso, quando sua vila foi atacada por extremistas, Combary, de 13 anos, e sua família fugiram de casa. Vivendo como pessoas deslocadas, a escola não era mais uma opção para a jovem. Nesse contexto, a educação muitas vezes fica em segundo plano, depois do abrigo e alimentação para famílias deslocadas.

Desafios para o futuro da igreja

Na Ásia Central, Ailin é a única ouvinte em sua família, pois seus pais são surdos. Na região, muitas pessoas veem a surdez como uma maldição, por isso, famílias surdas ficam vulneráveis a abusos. Além disso, ser cristã vai contra a identidade regional, que diz que nascer na Ásia Central significa ser muçulmano. A menina e sua mãe foram interrogadas por policiais apenas por possuírem literatura cristã.

Moryom, Combary e Ailin representam milhões de crianças e famílias cristãs em todo o mundo que são alvo de perseguição em suas escolas e comunidades porque seguem Jesus. As crianças são frequentemente os cristãos perseguidos mais vulneráveis e também são o futuro da Igreja.

Como igreja global, temos a responsabilidade de orar por essas pequenas vozes de perseguição e suas famílias, especialmente à medida que se aproximam do Natal e das festas, um momento em que as crianças são particularmente vulneráveis e podem se sentir isoladas de suas comunidades.

Todos esses países fazem parte da Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os países onde os cristãos são mais perseguidos. O número de cristãos que enfrentam níveis elevados de perseguição por causa de sua fé ultrapassa 365 milhões. Isto é, em cada sete cristãos no mundo, um é perseguido.

Compartilhe a causa da Igreja Perseguida com as crianças

Na próxima quarta-feira, 20, comemora-se o Dia Internacional da Criança. Confira a página Kids da Portas Abertas, onde você encontra atividades para crianças até 12 anos. Baixe agora e descubra com os pequenos a esperança que abençoa a Igreja Perseguida e abençoará vocês também.

sábado, 16 de novembro de 2024

Cristãos alertam pais sobre filme “Arca de Nóe” com tema LGBT: “Não levem seus filhos”

Em cartaz no cinema, a animação distorce a narrativa bíblica do dilúvio e faz apologia à ideologia LGBT.

Fonte: Guiame

(Foto: Acervo/Globo Filmes).

O novo filme de animação “Arca de Noé” entrou em cartaz nos cinemas de todo Brasil. Nas redes sociais, diversos cristãos estão alertando os pais que a produção não é bíblica, contém apologia LGBT e não é indicada para o público infantil.

A palestrante e educadora cristã, Karina Lit, explicou em uma publicação no Instagram que o filme não se trata da história de Noé da Bíblia, mas é baseado nas músicas de Vinícius de Moraes.

“Não é um filme cristão. Precisamos estar atentos, pois nem tudo que tem nome bíblico realmente é. Queridas, não se deixem enganar! Quando você vê um filme/desenho com nome cristão, aí mesmo que você precisa pesquisar sobre”, ensinou Karina às mães cristãs.


A animação brasileira, produzida pela Globo Filmes, foi dirigida por Sérgio Machado e Alois di Leo. O roteiro contou com a colaboração de Heloisa Périssé e Ingrid Guimarães.

Uma mensagem, que está sendo amplamente compartilhada entre os pais no WhatsApp, cita os trechos do filme com ideologias não cristãs e que deturpam o relato bíblico do dilúvio:

“Noé comunica sua esposa e neta que Deus mandou levar na arca um casal de cada espécie. Sua neta questiona a Deus, dizendo: ‘Deus não deve estar bem da cabeça; isso é um absurdo. E as famílias LGBTQIA+?”.

“Noé é retratado como um bobalhão; eu diria até lunático. Ele usa uma roupa parecida com a de um mago. Os animais fazem chacota de Noé, chamando-o de velho incompetente. O leão diz que a única lei Divina é a ‘do mais forte’”.

“Um animal, que não me lembro agora, fala amigues e incentiva nudes. Os animais falam para cantarem uma música para animar os espíritos. Outra fala faz um incentivo à insensatez: ‘Um pouco de loucura não faz mal a ninguém’”.

Críticas

Nas avaliações do Google, a animação recebeu muitas críticas de pais que levaram seus filhos ao cinema, achando que a trama era inocente e bíblica.

“Achei que seria algo que teria ligação com a Bíblia. O que vimos, eu e o meu filho de 8 anos, foi palavreado impróprio, com duplos sentidos eróticos e muita agressividade e confusão. Pelo jeito é a ideia que a Globo quer implantar. Confundir as crianças e deturpar a Palavra de Deus”, escreveu um pai.

Uma mãe também afirmou: “Assisti aos 10 primeiros minutos e saí do cinema com meu filho. Uma blasfêmia, total distorção de valores, manipulação. Na cabeça do meu filho não entra esse tipo de filme. Para quem é cristão e pensa em ir por ser uma história bíblica, nem perca seu tempo. Esse filme não tem nada de Deus”.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Trump indica o pastor e ex-governador Mike Huckabee como embaixador em Israel

Mike Huckabee é declaradamente pró-Israel e já visitou o país mais de 100 vezes, ao longo de 50 anos.

Fonte: Guiame, com informações da Baptist News e Jerusalem Post

Mike Huckabee, futuro embaixador em Israel. (Foto: Instagram/Mike Huckabee)

O ex-governador e pastor batista Mike Huckabee foi escolhido por Donald Trump como embaixador dos EUA em Israel, segundo o The New York Times.

Eleito duas vezes para servir mandatos completos de quatro anos como governador do Arkansas, Huckabee foi recentemente classificado como o segundo sionista cristão mais influente da América, de acordo com o The Jerusalem Post.

“Tudo o que eu abraço como cristão está enraizado nas promessas que Deus deu ao povo judeu”, é uma das várias declarações de Huckabee a favor de Israel.

Dos muitos amigos cristãos da “Irmandade Internacional de Cristãos e Judeus” (IFCJ, sigla em inglês) e do Estado judeu, nenhum tem paixão e chamado mais forte do que Mike Huckabee, teria afirmado o rabino Yechiel Eckstein, fundador do IFCJ.

Elogiando Huckabee na época, ele justificou: “Suas realizações – governador do Arkansas, candidato presidencial, pastor batista do sul ordenado e apresentador de televisão – certamente mostram que ele é um homem de ação e um homem de Deus”.

Pastor batista

Huckabee se formou na Universidade Batista de Ouachita e participou brevemente do Seminário Teológico Batista do Sudoeste.

Ele abandonou o seminário para servir como televangelista, e construiu sua carreira como pastor antes de entrar na vida pública.

Huckabee serviu como pastor de duas igrejas Batistas do Sul no Arkansas.

Como político, ele já se manifestou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra o aborto, exceto em casos de risco à vida da gestante, e declarou não acreditar na teoria da evolução das espécies de Darwin.

Sua filha é Sarah Huckabee Sanders, ex-secretária de imprensa de Trump e atual governadora do Arkansas.

Pró-Israel

Trump tem adotado uma postura fortemente pró-Israel na formação de sua equipe, o que explica sua escolha por Huckabee, apesar de ele não ter experiência em política externa ou serviço diplomático. No entanto, Huckabee é visto como um aliado evangélico fervoroso de Israel.

"Mike tem sido um grande servidor público, governador e líder na fé por muitos anos", disse Trump.

“Ele ama Israel, e o povo de Israel, e também o povo de Israel o ama. Mike vai trabalhar incansavelmente para trazer a paz no Oriente Médio!”

Em uma entrevista de 2017 à CNN, Huckabee declarou: “Há certas palavras que me recuso a usar. Não existe tal coisa como uma Cisjordânia. É a Judeia e Samaria. Não existe tal coisa como um acordo. Eles são comunidades, são bairros, são cidades. Não existe tal coisa como uma ocupação.”

Nessa linha, na segunda-feira (11) Trump anunciou a deputada Elise Stefanik como embaixadora dos EUA na ONU.

Stefanik é conhecida por seu apoio incondicional a Israel e por suas críticas à abordagem do governo Biden em relação ao Oriente Médio.

Huckabee visitou Israel pela primeira vez há cinquenta anos. Ao longo dessas cinco décadas, esteve no país mais de 100 vezes, levando dezenas de milhares de visitantes para Israel.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

CCJ da Câmara começa a analisar PEC que restringe o aborto legal no Brasil

Atualmente, o aborto é permitido no Brasil em três casos: anencefalia fetal, gravidez resultante de estupro e risco de morte para a gestante.

Fonte: Guiame, com informações do UOL e Gazeta do Povo

PEC tem argumentos a favor e contra. (Imagem ilustrativa criada por IA)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados começa a analisar nesta terça-feira (11) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa restringir o aborto legal no Brasil.

A PEC foi apresentada por deputados da bancada evangélica e propõe a alteração do artigo 5º da Constituição para garantir o direito à vida desde a concepção.

A análise da PEC gerou debates acalorados entre os parlamentares, com argumentos tanto a favor quanto contra a proposta.

Atualmente, o aborto é permitido em três casos no país: anencefalia fetal, malformação congênita grave do cérebro que impede qualquer possibilidade de o bebê sobreviver; gravidez resultante de estupro; e risco de morte da gestante.

A PEC, proposta em 2012 pelo então deputado Eduardo Cunha, inclui a expressão “desde a concepção” no artigo que trata dos direitos e garantias fundamentais, estabelecendo a “inviolabilidade do direito à vida”.

“A discussão acerca da inviolabilidade do direito à vida não pode excluir o momento do início da vida. A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção”, justificou Cunha ao protocolar o texto.

‘Aborto legal apenas não é punível’

Críticos ao aborto, o jurista Ives Gandra da Silva Martins e o conselheiro federal de Medicina Raphael Câmara escreveram no artigo Não existe direito adquirido ao aborto “legal”:

“A mídia e os defensores do aborto, por meio da insistência em repetir falácias, fizeram todos acreditarem que há um direito natural em realizar o aborto quando apenas não é punível, exigindo de médicos e gestores que o realizem para quem queira, mesmo sem risco de morte materna. Inclusive ameaçando e intimidando, por meio de ações judiciais, os médicos a realizarem o homicídio uterino.”

“Caso recente é o da prefeitura de São Paulo que optou por fechar serviços de aborto ‘legal’ e é denunciada diariamente pela mídia de que está restringindo direitos. Não há esse direito previsto em nenhuma lei ou na Constituição Federal. A nosso ver, é absolutamente lícito que o gestor se negue a disponibilizar serviços para realização de abortos, salvo, obviamente, os de risco de morte materna.”

E Continuam: “Mesmo o direito do médico não realizar o aborto baseado na objeção de consciência já vem sendo questionado, inclusive por meio de projetos de lei propostos pelo PSOL. Nosso entendimento legal evitaria esse absurdo que é o de matar bebês de oito e nove meses por meio da assistolia fetal. Temos certeza que em caso de sedimentação desta ideia os gestores deixariam de medo da prisão, e praticamente não haveria serviços realizando essa barbárie.”

Descriminalização do aborto no Brasil

O aborto é considerado crime no Brasil, e a legislação estabelece que a mãe e os demais envolvidos no procedimento podem ser processados.

Em setembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de uma ação que busca descriminalizar o aborto realizado por mulheres até 12 semanas de gestação.

A ministra Rosa Weber, relatora do processo, votou a favor da descriminalização do aborto. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, pediu destaque no julgamento, que foi suspenso.

Em fevereiro passado, Barroso afirmou em entrevista que o STF não julgará a ação neste momento. Para ele, não é adequado o Supremo decidir sobre uma prática que a maioria da população e o Congresso se opõem.

Relatório e trâmite

Relatora e vice-presidente da comissão, deputada católica Chris Tonietto (PL-RJ) protocolou um parecer favorável à admissibilidade do texto.

“Não se vislumbram, outrossim, quaisquer incompatibilidades entre a alteração que se pretende realizar e os demais princípios e regras fundamentais que alicerçam a Constituição vigente e nosso ordenamento jurídico”.

Após a leitura do parecer, os deputados governistas devem pedir vista, solicitando mais tempo para a análise do projeto, o que resultará no adiamento da votação para a próxima semana.

Se aprovada na CCJ, a PEC ainda precisará ser analisada por uma comissão especial e, em seguida, pelo plenário. Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se irá pautar a proposta. Para que uma PEC seja aprovada na Câmara, são necessários, pelo menos, 308 votos favoráveis.

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Mais de 278 mil cristãos foram obrigados a fugir de casa

A violência contra cristãos gera o deslocamento de milhares de pessoas em todo o mundo. O DIP 2025 tem como tema os deslocados pela violência

Fonte: Portas Abertas

Campo de deslocados na África Subsaariana. Foto: Portas Abertas

A violência no mundo já causou o deslocamento de 68 milhões de pessoas, segundo os dados da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR). Muitos deles são cristãos e agora vivem em acampamentos improvisados sem comida, água, saneamento básico, cuidados médicos e esperança.

Apenas no período de 1 de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023, 278.716 cristãos foram obrigados a fugir de casa por seguirem a Jesus. Isso equivale a um crescimento de 120% em relação ao período anterior. Os dados são da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, documento publicado anualmente pela Portas Abertas e que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

Essa necessidade urgente ditou o tema do Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2025: Forçados a fugir: cristãos deslocados por causa da violência pedem socorro. Em 15 de junho, igrejas brasileiras e de outros países da América Latina se unirão para orar em favor dos seguidores de Jesus deslocados em países como Nigéria, Índia e Mianmar.

Quem são os cristãos deslocados?

Os cristãos deslocados são todos os seguidores de Jesus que precisaram fugir de sua comunidade por causa da violência e vagam dentro de seus países em busca de um local seguro para viver. Há três anos, Abraham mora em um campo de deslocados na Nigéria com sua família de cinco pessoas.

No acampamento, há cerca de 3 mil cristãos que foram forçados a fugir por causa de ataques violentos de extremistas islâmicos. Eles esforçam-se para ter o que comer e água para beber, dividem 15 banheiros e oram para não ficarem doentes.

“Tenho lutado para permanecer vivo. A vida no campo é muito difícil, pois não temos trabalho. Se continuarmos assim, seremos forçados a nos mudar para qualquer lugar que não esteja sendo atacado”, testemunha Abraham.

A necessidade dos cristãos é urgente e apenas a oração e a ação do corpo de Cristo podem mudar a realidade dos deslocados. “Irmãos e irmãs, apelo a todos vocês para que nos ajudem orando por nós e por esses ataques. Nosso maior problema agora é que Deus toque as mentes de nossos assassinos e reduza nossos sofrimentos. Temos passado por muita coisa”, pede o cristão nigeriano.

Assista ao vídeo e saiba mais sobre como vivem os cristãos perseguidos deslocados pela violência.

Organize o DIP 2025

Com a autorização da liderança de sua igreja e um coração disponível para Deus, é possível organizar o DIP 2025. Faça a inscrição agora e mobilize seus irmãos na fé a intercederem pelos cristãos deslocados como Abraham.