sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Pastores de diversos países oram pelo Brasil em Jerusalém: “Nação que Deus escolheu”

Representando o Brasil, o pastor Joel Engel está na Convocação de Todas as Nações em Jerusalém.

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

Pastores Tom Hess, Cindy Jacobs e Joel Engel. (Foto: Ministério Engel)


Em meio às celebrações do Rosh Hashaná em Israel, líderes de todo o mundo estão se reunindo em Jerusalém para interceder pelas nações — em especial o Brasil, visto como um país com papel importante no propósito de Deus para este tempo.

Desde domingo (25) acontece a Convocação de Todas as Nações, um encontro promovido pela Casa de Oração de Jerusalém para Todas as Nações (JHOPFAN). Até o dia 9 de outubro, líderes estarão buscando a Deus em oração, jejum e adoração.

Entre eles está o pastor Joel Engel, representando o Brasil. Engel estabeleceu na cidade de Faxinal do Soturno, no Rio Grande do Sul, um monte de oração 24/7, onde intercessores têm se reunido para orar pelo destino do País.

“O ambiente mais próximo do céu que eu posso imaginar na terra é aquele onde todos estão com um propósito de oração”, disse Engel ao Guiame. “Nesses dias, durante a Convocação em Jerusalém, tenho visto grupos de nações orando nos corredores, nas mesas e nos quartos. Você ouve o som de oração em todas as línguas. Para mim, isso é o mais próximo do céu que podemos chegar.”

Deus escolheu o Brasil

Engel diz que a primeira vez que Deus trouxe um alerta a respeito da ameaça que o Brasil vivia foi através de um sonho, em 1989.

“Eu via que o Brasil estava prestes a ser tomado pelo comunismo, mas a igreja não estava batalhando, indo às ruas e evangelizando. Era uma igreja muito tímida, até porque havia pouca porcentagem de evangélicos”, relata.

Desde aquele sonho, Engel diz que tem orado pelas igrejas brasileiras. “Eu oro para que possam sair das quatro paredes, ir para as ruas, estabelecer o Reino de Deus e conquistar os sete montes, entre eles o monte do governo”.

Ele esteve na Convocação em Jerusalém pela primeira vez em 2018, durante um período em que estava em oração intensa pelo Brasil. Foi ali que ele conheceu Tom Hess, fundador da JHOPFAN.

“Junto com os líderes das Américas e de outras nações, eu apresentei a situação do Brasil, quanto a questão do comunismo. Vários pastores, principalmente de países vizinhos do Brasil, vieram a mim dizendo que Deus mostrava o Brasil como uma pedra de esquina: aquilo que acontecer com o Brasil, aconteceria com as nações vizinhas, se espalhando pelo mundo”, relatou.

Pastor Joel Engel e Tom Hess, fundador da JHOPFAN. (Foto: Ministério Engel)

“Ou seja, se o Brasil vencesse aquele espírito de comunismo que estava tomando as nações, a mesma bênção viria para as nações ao redor. Então eles colocaram esperança no Brasil”, acrescentou o pastor.

Jesus voltará para governar as nações

O pastor ensina que “no céu, há uma expectativa que Cristo seja o Senhor dentro de nós” e que também há uma grande expectativa em relação às nações.

“Jesus está voltando para governar as nações da terra. Quando Ele chegar, as nações devem estar preparadas para recebê-Lo. Por isso, a pregação de João Batista era: prepare o caminho. Quando Jesus chegou, as autoridades (como Pilatos e Herodes) não estavam ainda preparadas para recebê-Lo, ainda que houvesse profetas preparando o caminho”, diz Engel.

Engel acredita que Deus está levantando pessoas no governo brasileiro que são tementes à Sua Palavra. “Nós nunca vimos algo assim, nesse nível. Já vimos presidentes cristãos e tementes a Deus, mas a proporção que vemos hoje é extraordinária. Deus escolheu a nossa nação para ser um exemplo não só no mundo, mas para despertar admiração no céu”, ele avalia.

E destaca: “O Brasil é escolhido por Deus. Assim como Israel é escolhido por Deus para ter o povo judeu e as leis de Moisés, temos também uma nação que Deus escolheu para de fato entronizar e coroar o Seu filho, o nosso Senhor Jesus, governador do mundo.”

Por fim, Engel acredita que a Igreja pode impactar a cultura do Brasil: “Estamos prestes a cumprir a Grande Comissão de Cristo em nossa geração, de evangelizar e discipular uma nação, onde Jesus tem autoridade e pode se assentar no governo.”

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

“A oração tem poder”, testemunha mulher que teve 45 ossos quebrados em capotamento

Matti Stevenson passou por nove cirurgias e corria o risco de ficar paralítica, mas foi milagrosamente curada e não teve nenhuma lesão.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

Matti Stevenson sobreviveu sem nenhuma lesão a um grave acidente. (Foto: Reprodução/CBN News).

A cristã Matti Stevenson se tornou um testemunho vivo do poder da oração, após sobreviver milagrosamente a um grave acidente de carro, que quebrou 45 ossos de seu corpo.

Certo dia, Matti dirigia nos Estados Unidos quando um carro a mais de 160 km/h capotou, atravessou dois canteiros e se chocou com a frente de seu veículo.

A mulher ficou presa nas ferragens, foi socorrida pelos paramédicos e levada às pressas para o hospital, com ferimentos fatais.

Quando as duas filhas de Matti, Brooks e Lindsey, chegaram ao hospital, ficaram chocadas ao ver a mãe.

“Eles nem me prepararam antes de eu entrar na sala. Eu pensei: ‘Minha mãe está tão quebrada, tudo está quebrado’", lembrou Brooks, em lágrimas, à CBN News.

E Lindsey completou: “Ossos quebrados por todo o corpo, havia fios por toda parte, um tubo de alimentação e tubos de respiração”.

Risco de paralisia

Matti Stevenson sobreviveu sem nenhuma lesão a um grave acidente. (Foto: Reprodução/CBN News).

Com 45 ossos quebrados, Matti precisou passar por uma cirurgia de emergência. Os médicos conseguiram parar o sangramento interno para mantê-la viva e seu quadro foi estabilizado no dia seguinte.

“É um trauma muito grave, um capotamento em alta velocidade; ela quebrou quase todas as partes do corpo”, explicou a neurocirurgiã Dra. Angela Downes, que tratou Matti.

Antes da cirurgia, Angela disse às filhas: “Fiquei muito surpresa que ela não estivesse paralisada devido à gravidade das fraturas. Isso foi muito milagroso, mas os ossos da coluna foram fraturados e pularam para onde deveriam estar”.

A medula espinhal de Matti estava a um milímetro de ser completamente cortada e ela corria o risco de perder algum movimento do corpo.

Intercedendo por um milagre

Então, Lindsey e Brooks começaram uma corrente de oração pela vida da mãe. Em pouco tempo, pessoas em todo o mundo estavam intercedendo por um milagre.

Para realinhar a coluna da mulher, foi preciso colocar parafusos e hastes e a cirurgia foi um sucesso.

“Eu realizei talvez 75 dessas cirurgias e sua mãe é a única a sair sem perda de sensibilidade”, disse a Dra. Angela às filhas.

Enquanto enfrentava uma dor terrível, Matti ainda passou por mais de oito cirurgias para reparar os ossos.

"Foi quase como se Deus me carregasse de cirurgia em cirurgia e me desse a esperança do dia seguinte. Percebi a quantidade de oração que estava sendo levantada. Serei eternamente grata", testemunhou ela.

A fé de Matti em meio a dificuldade impressionou até sua médica. “Matti sempre teve uma atitude alegre. Ela sempre teve fé. Ela irradiava otimismo e esperança”, contou a Dra. Angela.

“Deus poupou minha vida”

Matti Stevenson sobreviveu sem nenhuma lesão a um grave acidente. (Foto: Reprodução/CBN News).

Depois de seis semanas internada, a mulher recebeu alta e começou a reabilitação, que durou vários meses.

Após um ano, Matti estava de pé, totalmente curada e sem nenhuma lesão. "Eu me senti livre, me senti saudável, foi maravilhoso! Deus me ajudou a perceber o que Ele me fez passar. Deus poupou minha vida e me permitiu viver”, declarou a cristã.

A mulher também disse que perdoar o motorista que causou o acidente foi parte do processo de recuperação.

"Foi uma decisão consciente perdoá-lo. Não importa os erros que ele cometeu. Ele está perdoado e pronto", afirmou.

Hoje, Matti vive sua vida cheia de gratidão a Deus e testemunhando o poder da oração. “A oração é poderosa. A use, a abrace, acredite e compartilhe com todos que encontrar”, aconselhou.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

China é contra todas as religiões, diz ex-embaixador da liberdade religiosa nos EUA

A ditadura chinesa vai muito além do monitoramento, incluindo campos de concentração, torturas e estupros, conforme observadores.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Membros do Partido Comunista Chinês cometem atrocidades dentro dos campos de concentração. 
(Foto representativa: Captura de tela/Vídeo CBN News)

Depois da revolução chinesa, em 1949, quando Mao Tsé-tung proclamou a República Popular da China, deu-se início à implantação do comunismo no país. Desde então, a perseguição às religiões tornou-se cada vez mais intensa.

Quem contradiz as ordens dadas pelo Estado está em perigo. Fotos tiradas de arquivos da polícia chinesa mostram alguns dos milhões de uigures que foram mantidos em pelo menos 1.200 campos de concentração chineses.

Eles não são criminosos, eles podem ter “cometido o erro” de ter solicitado um passaporte ou apenas ter parentes em outros países. Ou ainda podem ter tido mais de três filhos e até terem sido flagrados com religiosos.

Qualquer uma dessas ações podem servir para que sejam declarados como “indignos de confiança”. Isso vem acontecendo há anos na província chinesa ocidental de Xinjiang e o mundo não fez quase nada para impedir, conforme reportagem da CBN News.

Estupros e torturas

Tursunay Ziyawundun, uma uigur que foi presa pelos chineses por visitar sua família no vizinho Cazaquistão, revelou: “Nossa cela tinha quatro metros quadrados e havia mais de 20 pessoas. Tinha apenas um balde para ser usado como banheiro”.

“À noite, eles levavam algumas pessoas, especialmente algumas meninas para interrogatório. E podíamos ouvir seus gritos. Algumas das meninas sangravam muito. Uma mulher tinha marcas de mordida por todo o corpo. E, às vezes, elas morriam por causa do sangramento”, relatou.

Tursunay foi estuprada por guardas prisionais e torturada com choques elétricos em seus órgãos genitais. Outros presos enfrentam esterilização forçada, trabalho escravo e lavagem cerebral.

Os prisioneiros são mortos regularmente para que seus órgãos possam ser colhidos. “Todo mundo, literalmente cada prisioneiro, foi submetido a um exame de órgão. E depois do exame, algumas pessoas foram colocadas em um ônibus e levadas para outro lugar” disse Tursunay.

Vigilância total

Se a vida dentro dos campos de concentração é assim, tão violenta, humilhante e mortal, fora dele as pessoas são submetidas a viver em constante vigilância. Cada casa tem um código QR na entrada, para que a polícia saiba quem está dentro, e um aplicativo necessário para telefones registra tudo o que as pessoas fazem.

A polícia chinesa usa um aplicativo que informa tudo sobre a pessoa que está questionando, desde seu tipo sanguíneo até quanta eletricidade ela usa. O aplicativo pergunta ao policial se a reação da pessoa ao ser questionada foi “normal ou anormal” e se a pessoa “requer mais investigação”.

Religiões são proibidas

A China está usando todas as ferramentas à sua disposição em sua guerra contra a fé, seja ela qual for — qualquer crença que possa competir com o estado comunista.

Pequim também está aprisionando um grande número de membros do Falun Gong, uma seita budista e cristãos de igrejas domésticas.

O embaixador-geral do ex-presidente Trump para a Liberdade Religiosa Internacional, Sam Brownback, disse: “Os cristãos são presos. Os pastores são presos. Congregações inteiras são forçadas a ir à clandestinidade. Há câmeras para todas as pessoas”, relatou.

Ele também contou que há uma delegacia de polícia a cada 50 metros nas grandes cidades. “As pessoas são rastreadas constantemente. Eles coletaram amostras genéticas de todos. Há sistemas de reconhecimento facial”, continuou.

Campanha da China para destruir os uigures

Ainda conforme a CBN News, a intenção dos líderes chineses é quebrar linhagens e acabar com as raízes. Pequim está usando esterilização forçada e casamentos forçados para acabar com os uigures como povo e cultura.

“O governo chinês, além de esterilizar nossa população, quer essencialmente nos criar. Então, eles estão forçando as jovens uigures a se casar com homens chineses han”, disse o primeiro-ministro exilado do Turquistão Oriental.

Han é o maior grupo étnico da China, representando quase 92% de toda população. O nome vem da dinastia Han, que governou várias partes da China.

O homem por trás dessa repressão é o membro do Politburo chinês Chen Quanguo, que teve tanto sucesso em esmagar a resistência no Tibete que foi enviado a Xinjiang para implantar um sistema para destruir a cultura uigur. Ele governou lá até o final do ano passado”, disse Salih Hudayar. “Eles levam isso muito a sério. Eles temem a religião”, enfatizou Brownback.

Membros do partido chinês invadem casas

Sob um programa do governo chinês, mais de 1 milhão de membros do partido foram designados para se mudar para casas de uigures e outras minorias étnicas.

Eles passam semanas com as famílias, como “convidados indesejados”, monitorando comportamentos e, às vezes, compartilhando suas camas e tentando convertê-los ao comunismo.

Enquanto isso, as vítimas da repressão chinesa se sentem abandonadas pelos Estados Unidos e pelo mundo. O mundo sabe exatamente o que está acontecendo e não faz nada, conforme o CBN News.

Genocínio, escravização e guerra contra a fé

Um relatório da ONU sobre a repressão da China em Xinjiang absteve-se de usar o termo "genocídio", embora a própria Convenção de Genocídio da ONU defina "genocídio" como o que a China está fazendo com os uigures.

O primeiro-ministro Hudayar suspeita que a ONU cedeu à pressão da China. A Casa Branca alegou que Joe Biden levantou o tema do genocídio e da escravização de muçulmanos uigures em um telefonema com o líder chinês Xi Jinping. Mas, recentemente, o governo chinês insistiu que não, que não houve tal conversa.

E as sanções dos EUA e de outras nações ocidentais não funcionaram. Brownback diz: “Você pode olhar para isso [perseguição aos uigures] e dizer: 'Olha, eu sou um cristão. Isso realmente não se aplica a mim.' Mas isso se aplica a você porque assim como eles vão atrás de um grupo religioso, eles vão atrás de outros”.

O alvo são as pessoas de fé, a guerra é a guerra da China contra a fé e são todas as fés”, ele acrescentou. Tursunay Ziyawundun disse: “O governo americano sabe exatamente o que a China está fazendo com os uigures. O mundo sabe exatamente o que está acontecendo”, concluiu.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Cristãos afegãos enviam cartas à canal de TV revelando o terror do Talibã e o agir de Deus

“A situação de segurança para alguém que aceitou o cristianismo é extremamente preocupante”, escreveu um deles.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GOD REPORTS


Afegãos cristãos estão sendo perseguidos até a morte pelo Talibã. (Foto: Portas Abertas)

Em meio ao terror vivido pela Igreja no Afeganistão, depois que o Talibã tomou o poder, cristãos enviam cartas para o canal de TV SAT 7, responsável por levar programação cristã em todo o país.

A rede de televisão por satélite, que transmite mensagens de encorajamento em 25 países do Oriente Médio e Norte da África, juntamente com cerca de 50 países na Europa, compartilhou as cartas, conforme o God Reports.

Alguns dão detalhes sobre a forma como o novo governo, que é guiado por terroristas islâmicos, está impondo certas regras à sociedade, enquanto outros relatam experiências sobrenaturais.

“A situação para quem aceitou o cristianismo é extremamente preocupante”

Um dos cristãos, chamado Amin, disse que “funcionários de departamentos governamentais, que não foram expulsos de suas funções, receberam ordens para deixar crescer a barba e usar roupas e turbantes tradicionais”.

“Aqueles que não o fizerem serão removidos de seus cargos. Fome e desemprego estão ganhando força, e os impostos aumentaram. A situação de segurança para alguém como eu que aceitou outra fé — o cristianismo — é extremamente preocupante. Para resumir, a maioria das pessoas ficaria feliz em morrer.

“Nosso pai nos casou — minha irmã e eu — com homens que não são cristãos, e moramos em uma aldeia isolada. Nossa fé enfraqueceu e realmente precisamos de força. Obrigada pelas orações enviadas. Quando as escuto com os olhos fechados, sinto que estou em outro mundo e sinto uma grande paz. Quando abro os olhos, vejo o sofrimento e a miséria que sempre conhecemos”, escreveu Afia.

Afegãos vivem um tempo de pobreza e miséria. (Foto ilustrativa: Portas Abertas)

“A única esperança que temos está no verdadeiro Deus”

Um cristão chamado Arman, disse que há uma atmosfera de medo e intimidação que governa a sociedade: “A cada momento convivemos com a possibilidade de violência física, prisão, humilhação, insultos e até execuções sumárias”.

“A única esperança que temos está no verdadeiro Deus que é o poder sobrenatural que nos concede conforto e graça. Minha mensagem para meus irmãos e irmãs cristãos é que, como crentes em Deus, todos somos chamados a trabalhar juntos na divulgação de Sua Palavra, para difundir a verdade e apagar a ignorância e as trevas”, enfatizou.

Danaash disse que o medo e o pavor tomaram conta de todo o Afeganistão e afetaram especialmente as minorias religiosas e étnicas, com massacres ocorridos em Panjshir, Andarab e Balkhab.

“Apesar de todas essas dificuldades, damos graças ao Senhor pela paz que Ele nos deu. Sempre oramos em nome de Jesus Cristo para que Ele nos conceda paz e proteção. Pedimos que orem por nós. Estamos em segurança, a menos que alguém nos denuncie ou faça acusações falsas contra nós”, ele explicou.

“Temos irmãos na fé aqui, junto com minha própria família. Eles são todos crentes e agradeço a Deus por isso. Às vezes, nos reunimos em uma igreja doméstica para orar. Minha mensagem para nossos irmãos em todo o mundo é que façam sua parte pelos irmãos no Afeganistão”, escreveu ao frisar a necessidade por orações.

“Como nosso Senhor Jesus Cristo disse, os campos estão brancos para a colheita, mas os trabalhadores são poucos. Verdadeiramente, as oportunidades para compartilhar o Evangelho no Afeganistão são muito grandes, se o trabalho puder ser feito”, resumiu.

Cristãos precisam viver como clandestinos no Talibã. (Foto: Portas Abertas)

‘Nunca havia sentido algo assim antes, foi fantástico’

Abteen relatou sobre seus sentimentos ao ser inspirado a orar na madrugada: “Numa noite de sábado, às 23h30, deitei-me para descansar enquanto o nome de Jesus Cristo estava em meus lábios e adormeci. Deve ter sido depois da meia-noite quando senti como se todo o meu corpo estivesse eletrizado, algo que eu nunca havia sentido antes”, descreveu.

“Foi fantástico. Abri meus olhos e comecei a falar com Jesus, dizendo: Oh Senhor Jesus, eu preciso do Senhor porque sou um pecador. Confesso todos os meus pecados e te agradeço porque foi pelos meus pecados que foste à cruz e morreste. Depois de três dias, o Senhor ressuscitou, e eu quero lhe entregar meu coração. Faça de mim a pessoa que o Senhor que eu seja, amém”.

“Então eu orei: Pai, eu te dou graças porque é por causa de seu amor que enviaste seu único filho à terra para tomar sobre si os nossos pecados e a maldição que estava sobre nós, e dar sua vida na cruz. Abri meu coração para Ele”, concluiu.

Afeganistão violou direitos humanos

A situação de liberdade religiosa no Afeganistão se deteriorou muito desde o fatídico dia 15 de agosto de 2021, quando o Talibã assumiu o controle de Cabul, à força. Na ocasião, insurgentes armados tomaram o palácio presidencial, poucas horas após o presidente afegão Ashraf Ghani fugir do país.

Cenas do tumulto no aeroporto de Cabul, de pessoas penduradas em um avião durante a decolagem e de uma multidão tentando fugir do Afeganistão chocaram o mundo todo.

Com pouco mais de um ano no poder, o Talibã espalhou seu terror e reprimiu duramente todas as formas de religião que não se enquadram com a interpretação extrema do islã.

O país ficou conhecido mundialmente como “um dos maiores violadores de direitos humanos”. Atualmente, os cristãos estão sendo perseguidos e executados, de porta em porta, conforme mostrou um relatório de uma organização cristã.

Mesmo assim, a Igreja resiste e os cristãos corajosamente continuam evangelizando como podem, mesmo sabendo que correm o risco de morrer. Há relatos de terroristas que se converteram durante a caça a cristãos.

Terroristas do Talibã estão se convertendo a Cristo. (Foto representativa: Wikimedia Commons)

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Descendentes de judeus portugueses e espanhóis podem pedir certidão sefardita

A iniciativa foi lançada por organização dedicada a ajudar os descendentes de comunidades judaicas espanholas e portuguesas a se reconectarem com o povo judeu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JPOST


Genealogista Assis Arruda acompanha o processo de 60 brasileiros para tentar provar elo com judeus expulsos da Europa nos anos 1500. (Foto: Assis Arruda/Arquivo pessoal)


Portugal e Espanha abriram certificado de ascendência para milhões de descendentes de comunidades judaicas sefardita. Segundo pesquisas recentes, cerca de 200 milhões de pessoas nas Américas e na Europa estão nesses grupos.

Os descendentes de comunidades judaicas espanholas e portuguesas, cujos ancestrais foram convertidos à força a partir do século XIV, agora podem solicitar um “Certificado de Ancestralidade Sefardita”.


As pesquisas acadêmicas e genéticas recentes mostraram que essas pessoas, principalmente na América Latina, América do Norte e Europa, têm “ascendência judaica significativa” que remonta à época da Inquisição nos dois países europeus.

A iniciativa foi lançada pelo Instituto de Experiência Judaica da Federação Sefardita Americana (ASF IJE), Reconectar, uma organização dedicada a ajudar os descendentes de comunidades judaicas espanholas e portuguesas a se reconectarem com o povo judeu.

A autora premiada, pesquisadora e genealogista Genie Milgrom conseguiu documentar completamente sua linhagem materna ininterrupta de 22 gerações, desde 1405 até a Espanha e Portugal pré-Inquisição.

Ela também está liderando o trabalho para digitalizar os registros da Inquisição que fornecem uma grande quantidade de informações genealógicas para aqueles que procuram descobrir suas possíveis raízes judaicas.

Estas e outras informações no site da certificação ajudarão os descendentes, também conhecidos como Anussim, Marranos, Conversos ou Cripto-Judeus, a descobrir sua herança.

“A certificação, em conexão com minha coleção de ferramentas de genealogia, especificamente para aqueles com linhagens cripto-judaicas e sefarditas que estarão no site, permitirá que eles também pesquisem seu próprio passado e os capacitem no processo.”

“O Certificado de Ancestralidade Sefardita é histórico para tantos ao redor do mundo, e especialmente na América Latina e do Norte, que anseiam por se conectar com seu passado e até agora não tinham como conseguir isso”, disse Milgrom.

“A certificação, em conexão com minha coleção de ferramentas de genealogia, especificamente para aqueles com linhagens cripto-judaicas e sefarditas que estarão no site, permitirá que eles também pesquisem seu próprio passado e os capacitem no processo.”

Árvores genealógicas

Os interessados no processo de certificação devem preencher um questionário sobre seus antecedentes, com pistas sobre sua herança judaica, como costumes, árvores genealógicas ou itens com conexão judaica, e suas razões para acreditar que tem ascendência sefardita.

Essas informações serão então avaliadas por uma equipe de especialistas e pesquisadores que determinarão se o solicitante possui informações suficientes para receber o certificado.

“A identidade de uma pessoa é baseada em seu passado, presente e o que ela quer para o futuro”, disse Drora Arussy, diretora sênior do Instituto de Experiência Judaica da ASF.

“Com o Certificado de Ancestralidade Sefardita, estamos ajudando a verificar seu passado para criar um senso mais forte de identidade e identidade. Na ASF IJE, nosso objetivo é educar o mundo sobre a rica herança, cultura e espírito do povo sefardita. Juntamente com a Reconectar e a Genie Milgrom, esperamos ajudar as pessoas a encontrar suas raízes sefarditas e aprender mais sobre sua herança.”

Certificado

O certificado não tem status legal, mas tem sido procurado por um número crescente de pessoas com ascendência judaica que dizem significar um enorme sentimento de orgulho e identidade para eles.

“Testemunhamos nos últimos anos um interesse sem precedentes entre aqueles cujos ancestrais judeus foram convertidos à força, para se reconectar com sua herança e aprender mais sobre seu passado”, disse a ex-assessora sênior do governo israelense Ashley Perry (Perez), presidente da Reconectar e diretora da o Knesset Caucus para a Reconexão com os Descendentes de origem espanhola e portuguesa.

“Este é um momento de formação de paradigma na história judaica, porque pela primeira vez, dezenas de milhões daqueles cujos ancestrais foram desconectados à força do povo judeu têm as ferramentas para buscar algum tipo de reconexão. O certificado que estamos oferecendo é uma maneira de se conectar formalmente com sua herança judaica e se reconectar com seu povo.”

Brasil

Há diversos genealogistas que, nos últimos anos, especializaram-se no levantamento de informações sobre os descendentes de judeus sefarditas brasileiros. Esses serviços costumam custar entre 100 euros (cerca de R$ 612) e 500 euros (R$ 3.600), dependendo do grau de complexidade.

Com a lei em vigor há mais de cinco anos, as comunidades sefarditas portuguesas já têm validadas diversas linhagens de descendência no Brasil. Assim, o processo de comprovação da ancestralidade muitas vezes acaba simplificado, já que é possível fazer uma busca entre os ancestrais reconhecidos.

Especialista em pedidos de nacionalidade para descendente de judeus sefarditas, advogada Raphaela Souza diz que as etapas de levantamento de documentação são burocráticas, mas que o processo em si é simples. “E as autoridades portuguesas têm se mostrado muito comprometidas com a iniciativa, uma forma de reparação histórica”, diz ela, sócio da consultoria jurídica Portugal para todos.

Para aproveitar a busca documental, a nutricionista carioca Juliana Negry e vários familiares optaram por fazer o processo simultaneamente, uma opção comum para muitos dos que pleiteiam a nacionalidade. “Entramos eu, minha mãe, meu tio, minha prima. Como a gente tem de fazer a árvore genealógica e todas essas coisas relacionadas a história da família, resolvemos fazer tudo de uma vez.”

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

“O arrependimento trás salvação.

                                     Café com Deus “O arrependimento trás salvação”

Lucas 24:46,47




Autoridades de Israel e Emirados celebram 2 anos dos Acordos de Abraão, em Jerusalém

Na ocasião, o Sheikh Adbullah, ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, visitou o Museu do Holocausto pela 1ª vez.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ALL ISRAEL


Cerimônia de assinatura dos Acordos de Abraão, estabelecendo laços formais entre Israel e dois estados árabes, ao lado de Donald Trump, na Casa Branca. (Foto: Shealah Craighead/White House Oficial)

Os Acordos de Abraão completaram dois anos, nesta quinta-feira, em 15 de setembro. Em 2020, o então presidente dos EUA, Donald Trump, assinou o documento no qual Israel estabeleceu laços formais com dois estados árabes: os Emirados Árabes Unidos e Bahrein.

O acordo foi assinado, na Casa Branca, contou com a presença dos chanceleres Sheikh Adbullah bin Zayed al-Nahyan, dos Emirados Árabes, e Abdullatif Al Zayani, do Bahrein e do primeiro-ministro israelense, na época, Benjamin Netanyahu.

A partir dali outros países da região aderiram à proposta, que recebeu o nome do patriarca Abraão em homenagem às três religiões abraâmicas enraizadas no que hoje é Israel e nações vizinhas.

Em comunicado à imprensa, o Departamento de Estado americano emitiu uma nova enaltecendo o acordo, em nome do secretário Antony Blinken:

“Esses passos foram transformadores para Israel, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos. Eles levaram a novas formas de cooperação e integração regional no Oriente Médio e além, incluindo o histórico Fórum de Negev, que nos uniu a Israel e seus vizinhos”.

Em celebração ao acordo, que estabeleceu laços diplomáticos, econômicos e outros entre Israel e seus vizinhos do Golfo Pérsico, o Sheikh Abdullah esteve em Jerusalém ao lado de autoridades israelenses.

De acordo com Joel C. Rosenberg, escritor e jornalista israelense, a visita marca “um grande dia na história das relações árabe-israelenses”.

Rosenberg explica que além de ministro das Relações Exteriores e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos, o Sheikh Abdullah é o irmão mais novo do presidente Mohammed bin Zayed e filho do Sheikh Zayed al Nahyan, o fundador do moderno estado dos Emirados.

“Ele também é um dos coarquitetos dos Acordos de Abraão, tendo trabalhado em estreita colaboração com seu irmão e com Yousef al-Otaiba, embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington, na elaboração do acordo histórico de paz e normalização com Israel”.

Em razão das comemorações, foi a primeira vez que o líder dos Emirados Árabes Unidos visitou Jerusalém, tornando o Sheikh Abdullah o mais alto funcionário dos Emirados a visitar a Cidade Santa.

Ele também esteve pela primeira vez no Yad Vashem, o Memorial do Holocausto.

Só o começo

Rosenberg diz que essas novidades são apenas o começo de mais avanços nas relações entre Israel e os países do Golfo, incluindo a visita do próprio presidente dos EAU ao país futuramente.

“Suspeito que a viagem esteja lançando as bases e preparando o terreno para uma dramática, histórica e emocionante visita de Estado a Israel pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed”.

Rosenberg acredita na possibilidade após uma confidência do próprio MBZ, como é chamado o presidente.

“[Ele] me disse pessoalmente quando levei um grupo de líderes evangélicos para se encontrar com ele em Abu Dhabi em outubro de 2019 que ele queria duas coisas: 1) fazer as pazes com Israel; e 2) visitar Jerusalém pela primeira vez em sua vida”.

“Tendo cumprido o primeiro objetivo, agora acredito que a MBZ está ansiosa para cumprir o segundo”, disse Rosenberg.

Reunião em Jerusalém

Após chegar em Israel, o ministro das Relações Exteriores dos Emirados foi para a residência oficial do presidente israelense, em Jerusalém, onde almoçou com o presidente Isaac Herzog e depois foi para o Museu do Holocausto.

“Os Emirados tornaram-se assim um dos poucos líderes árabes muçulmanos a fazê-lo. Lá, ele honrou os 6 milhões de judeus que morreram no Holocausto, colocou uma coroa de flores no Hall of Remembrance e assinou o livro de visitas”, contou Rosenberg.

“Estou aqui hoje para nos lembrar das lições que a história nos ensina e da grande responsabilidade que temos de agir com tolerância para construir nossa comunidade e sociedade”, escreveu o Sheik. “Devemos dar o passo corajoso de construir uma ponte de verdadeira paz para as próximas gerações.”

Em seguida, o Sheikh Abdullah foi para a residência do primeiro-ministro israelense Yair Lapid.

Os dois discutiram uma série de assuntos econômicos, comerciais, agrícolas e turísticos, contemplados pelos Acordos de Abraão.

“Mas o ‘tópico A’ era como lidar com a ameaça iraniana em rápido crescimento e a aparente falta de vontade do governo de Biden em ser duro com Teerã”, informa Rosenberg.

Após conversaram com os repórteres, Lapid disse.

“Meu amigo, juntos, estamos mudando a face do Oriente Médio. Estamos mudando de guerra para paz, de terrorismo para cooperação econômica, de um discurso de violência e extremismo para um diálogo de tolerância e curiosidade cultural.”

Era de paz e cooperação

Com o avanço da aliança, espera-se que o comércio entre Israel e os Emirados Árabes Unidos quase dobre este ano para US$ 2 bilhões, e suba para US$ 5 bilhões em breve.

“Várias centenas de milhares de israelenses viajaram para os Emirados Árabes Unidos nos últimos dois anos para ver o lindo país do Golfo por si mesmos”, diz Rosenberg.

Com isso, os voos diretos entre os países estão lotados.

“Em breve, oramos, um grande número de muçulmanos dos Emirados começará a vir a Israel para adorar na Mesquita Al Aqsa em Jerusalém, visitar a Cúpula da Rocha e visitar locais sagrados judeus e cristãos e também as muitas maravilhas históricas de Israel”.

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

China diz que trabalhará com a Rússia para criar uma ordem global “mais justa”

O encontro entre os dois líderes vai acontecer na cúpula de chefes de Estado, onde pretendem discutir formas de desafiar a “ordem global dominada pelo Ocidente”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CNN E FOX NEWS


Xi Jinping e Vladimir Putin. (Foto: Wikimedia Commons)

Começa nesta quinta-feira (15) a cúpula de chefes de Estado da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), na cidade de Samarcanda, no Uzbequistão, sob a presidência de Shavkat Mirziyoye, chefe de estado do país centroasiático.

Xi Jinping chegou à Ásia Central, em sua primeira viagem ao exterior depois da pandemia — com o objetivo de reafirmar a influência global de Pequim durante um período de crescente atrito com o Ocidente.

Na viagem, Xi fará uma visita de Estado ao Cazaquistão, antes de viajar para o vizinho Uzbequistão para a cúpula regional, onde se encontrará com o presidente russo, Vladimir Putin, conforme notícias da CNN. Será a primeira reunião pessoal entre China e Rússia, desde a invasão da Ucrânia.

Semanas antes dos tanques da Rússia entrarem na Ucrânia, os dois líderes declararam uma amizade “sem limites”, e Pequim prometeu continuar fortalecendo os laços com Moscou durante a guerra.

A reunião acontecerá à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) — um agrupamento econômico e de segurança, liderado pela China, e que reúne nações da Índia ao Irã.

Vale ressaltar que a viagem também ocorre em um momento crucial para Xi Jinping, apenas algumas semanas antes de seu possível terceiro mandato no poder, o que poderá consolidar seu papel como o líder mais poderoso da China em décadas.

‘Nova Ordem internacional’

Um alto funcionário chinês disse que a parceria da China com a Rússia pretende criar uma “nova ordem internacional” que rivalize com a influência ocidental.

“O lado chinês está disposto a trabalhar com o lado russo para implementar continuamente a cooperação estratégica de alto nível entre os dois países, salvaguardar interesses comuns e promover o desenvolvimento da ordem internacional em uma direção mais justa e razoável”, disse Yang Jiechi.

Os comentários do diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, na última segunda-feira (12), ocorrem em meio à guerra em curso da Rússia com a vizinha Ucrânia.

A invasão violenta por parte dos russos resultou em indignação internacional e um esforço de muitos governos ocidentais para sancionar a Rússia e cortar sua influência em todo o mundo.

Laços comerciais entre chineses e russos

Embora a China não tenha fornecido à Rússia apoio direto ou alívio das sanções, ampliou sua parceria comercial com uma economia russa que luta para encontrar parceiros internacionais.

Cerca de 81% das importações de carros russos durante o segundo trimestre vieram da China, informou a Bloomberg, enquanto a marca chinesa de telefones Xiaomi se tornou a mais popular na Rússia durante o mesmo período, de acordo com a Fox News.

Além disso, a China também tem sido um consumidor confiável de combustível russo, comprando gás natural liquefeito (GNL) com um grande desconto da Rússia.

O acordo beneficiou os dois países, dando à Rússia um comprador para seus recursos energéticos, enquanto a China usou o lucro inesperado para vender fontes de energia com uma margem de lucro para uma economia europeia que se viu sem recursos em meio a sanções contra a Rússia.

Ainda de acordo com a Fox News, Rússia e China estão construindo um enorme gasoduto de 55 bilhões de dólares (equivalente a 287 bilhões de reais) chamado “Poder da Sibéria”, levando gás da Sibéria até Xangai, conforme conta Rebekah Koffler, ex-oficial de inteligência.

“Este é um grande desenvolvimento de importância estratégica, já que Putin está se voltando para a Ásia em grande escala. O Kremlin concluiu que as relações Rússia-EUA são irreparáveis ​​e que as sanções dos EUA e do Ocidente estão aqui para ficar indefinidamente”, continuou a autora do livro “Manual de Putin: o plano secreto da Rússia para derrotar a América”.

Sobre a reunião entre Jinping e Putin

Conforme notícias da CNN, a reunião entre os líderes é uma demonstração do apoio diplomático de Xi Jinping a Putin. Eles compartilham suspeitas e queixas em relação ao Ocidente e possuem a mesma visão de uma “ordem mundial” alternativa.

Conforme analistas, o fato de Xi escolher a Ásia Central é uma forma de enviar uma mensagem clara sobre as prioridades da política externa de Pequim, à medida que as tensões com o Ocidente aumentam sobre a ilha autônoma de Taiwan.

A SCO está sendo uma plataforma para indicar as intenções chinesas. Estabelecida em 2001 por Pequim, juntamente com a Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, o chamado central da organização é combater as ameaças percebidas de “terrorismo, separatismo e extremismo”.

Lembrando que os cristãos, por exemplo, são vistos como “ameaças” ao sistema ditador por insistir em adorar a Cristo em vez de se curvar ao comunismo.

No que pode se transformar a cúpula?

Sob Xi, a SCO expandiu sua ambição, adicionando Índia e Paquistão entre seus membros, em 2017. O Afeganistão é um observador e o Irã está programado para se tornar um membro pleno nesta cúpula, de acordo com relatos da mídia estatal chinesa.

Desde a sua fundação, a SCO tem sido vista por alguns como um potencial bloco anti-EUA, liderado pela China e pela Rússia, para desafiar a ordem global dominada pelo Ocidente.

Conforme a CNN, Pequim e Moscou certamente têm ambições para um novo mundo multipolar. Xi e Putin discutiram isso quando se encontraram pela última vez em Pequim e, na segunda-feira, o principal diplomata de Pequim, Yang Jiechi, disse ao embaixador russo, Andrey Denisov, que a China está pronta para trabalhar com a Rússia para levar a ordem global “em uma direção mais justa e racional”.

Mas especialistas dizem que em seu estado atual, a SCO não é realmente a plataforma perfeita para impulsionar essa agenda. Como organização multilateral, a SCO é um bloco regional muito mais fraco em comparação com a União Europeia ou a Associação das Nações do Sudeste Asiático.

Na verdade, às vezes houve alguma tensão dentro da SCO. A Rússia tentou promover alguns de seus interesses que nem sempre estão alinhados com os da China na região.

“Não acho que esteja perfeitamente configurado para ser esse tipo de plataforma para moldar uma nova ordem mundial”, disse Brian Hart, membro do China Power Project no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

“Mas acho que é uma organização importante, que Pequim espera continuar a apoiar e liderar”, concluiu Brian ao apontar o quanto a China está apreciando a adesão da Rússia.