Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 130.840 pessoas ainda estão em acompanhamento.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL
Brasil tem alto número de recuperados do coronavírus. (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)
Enquanto em todo o mundo, Mais de 1,7 milhão de pessoas em todo o mundo já podem ser consideradas recuperadas do coronavírus, o Brasil tem visto avanços significativos no combate à pandemia em seu território. Segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde e também pela Universidade Johns Hopkins, o país registrou um total de 94.122 pessoas recuperadas em todos os estados brasileiros atingidos pela pandemia.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, são 241.080 casos acumulados e 16.118 óbitos confirmados. Cerca de 130.840 ainda estão em acompanhamento.
A Universidade Johns Hopkins também atualizou o número de casos acumulados em todo o mundo, que chegou a 4.737.299. Porém, como a letalidade do vírus não está entre as mais elevadas de que se tem notícia, boa parte desse grupo já se juntou e continuará se juntando aos recuperados nas próximas semanas.
O número alto de novos casos todos os dias se dá em razão da rapidez com que o vírus se espalha. No Brasil, esse número ainda é mais que o dobro do de recuperados. Porém como os quadros leves de infecção costumam durar 14 dias após o início dos sintomas, uma parte considerável da alta diária de casos entra na conta dos casos recuperados alguns dias depois.
Quando alguém pode ser considerado recuperado de covid-19?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que é possível afirmar que alguém está recuperado do coronavírus, quando é testado positivo para doença e posteriormente tenha dois resultados negativos para a doença (com pelo menos um dia de intervalo entre ambos). Para os casos leves de covid-19, a OMS estima que o tempo entre o início da infecção e a recuperação dure até 14 dias.
Em grande parte dos casos desses recuperados, os sintomas do coronavírus terão ficado no passado. Porém uma parcela deles ainda poderá precisar de acompanhamento profissional. A pneumologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Patrícia Canto falou sobre essas diferenças nos casos.
"Pacientes que tiveram poucos sintomas, com um quadro parecido com um resfriado ou uma gripe, se recuperam bem e não costumam ter nenhum problema depois desses 14 dias", explicou ela. "Os pacientes com quadro mais moderado não saem dos 14 dias e voltam ao normal. Eles têm recebido alta e procurado os serviços de saúde novamente, ainda em recuperação, muitos com uma sensação de cansaço, ainda sem conseguir voltar às suas atividades normais. Muitos ainda apresentam falta de ar”.
A profissional de saúde ainda explicou que os casos são tidos como moderados se houve internação sem a necessidade de leitos de unidade de terapia intensiva.
"O que eu tenho visto, acompanhando pacientes nessa fase pós-alta, são pacientes ainda muito cansados, com relatos de falta de ar ainda. Principalmente os que já tinham asma ou alguma doença pulmonar", disse.
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