sábado, 31 de março de 2018

Pastor que interpreta Jesus em peça na rua revela: “é uma guerra espiritual”

Líder religioso diz que oração, jejum e filme de Mel Gibson o ajudaram na preparação do papel

por Jarbas Aragão
Pastor que interpreta Jesus em peça revela: "é uma guerra espiritual"

As peças com reprodução do julgamento e crucificação de Jesus na Páscoa são comuns entre católicos, mas em Bonito, Mato Grosso do Sul, é a Igreja do Evangelho Quadrangular que está à frente desse projeto.

No papel principal, um homem de cabelos e barba longa, que remetem à imagem mais popular de Jesus. O pastor Ernando Jaques Sanches, 44 anos, diz que essa foi sua aparência desde a juventude. O visual que lhe rendeu, algumas vezes, o apelido de ‘hippie’.
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Ciente que o objetivo da encenação, por ser evangelístico, traz um pedo maior, ele disse que se preparou muito. Durante cerca de um mês antes de interpretar Jesus em público, ele jejuou e orou com mais frequência que o normal. “É um papel muito forte, por causa da santidade de Jesus. Então, pra mim, é algo pesado, é uma guerra espiritual”, avalia.


Este ano, a peça será apresentada no sábado (31) em frente da Igreja Quadrangular, às 18h. A parte da crucificação, momento alto da encenação, será na praça da cidade.

Um dos recursos usados por ele é assistir o filme “A Paixão de Cristo”, dirigido por Mel Gibson. “Enquanto o pessoal já está na igreja, eu fico em casa sozinho. Eu assisto, então, ao filme do Mel Gibson”, conta.


Já tendo feito o papel nos últimos três anos, ele diz que, embora seja apenas uma simulação, sente uma dor real. “Eu me entrego tanto que tem coisas das encenações dos outros anos que não consigo me lembrar”, acrescenta o pastor. “É como se fosse um êxtase, um parênteses na vida, um desligar-se do mundo.”

Sua história de vida também trazem uma carga dramática para o papel. “Quando era jovem, usei maconha, cocaína, bebia, fumava. Depois, quando me casei, meu casamento estava ruim, enchia a cara, brigava com minha mulher”, conta Ernando.

Com a conversão vieram as críticas. “No início foi complicado. As pessoas diziam: ‘quem é você pra falar alguma coisa?’ Mas, com o tempo, fui conseguindo respeito. E hoje, graças a Deus, todo mundo me respeita. Trabalho com a juventude, tenho facilidade de conversar com os jovens, entrar em suas redomas de vidro”, explana.

Quando está no alto da cruz, durante a encenação, muitos pensamentos surgem na cabeça de Ernando. “Eu olho as pessoas, algumas se emocionam, choram, penso que talvez haja vazio na vida delas, penso na minha própria vida. É muita coisa confusa que passa na cabeça naquele momento. É difícil dizer”, encerra. Com informações de Lado B

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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