Disforia de gênero também seria induzida pela cultura e traumas sexuais
Um renomado psiquiatra australiano está fazendo uma grave denúncia: crianças e adolescentes estão se identificando como transgêneros por acharem que isso está em alta.
O Dr. Stephen Stathis, diretor de uma clínica de gênero em um hospital infantil de Brisbane, na Austrália, é responsável por diagnosticar casos de disforia de gênero, caracterizada por uma forte e persistente sensação de identificação com o gênero oposto, além de desconforto com o seu próprio sexo.
Ele diz que muitos adolescentes estão apenas confusos sobre sua sexualidade ou pensam que isso os tornará “populares”. O especialista reclama que a mídia tem transformado a situação em “tendência”, o que influenciaria facilmente os mais novos.
“Um deles me disse, ‘Doutor Steve… eu quero ser transgênero, é o novo negro”, relata. Ele disse ter visto meninas querendo se identificar como transgênero após terem disso estupradas. “As meninas dizem: ‘Se eu fosse homem não teria sido abusada”, acrescentou.
Alguns foram convencidos que sua vida será melhor caso mudem de sexo a ponto de fazerem algo drástico sem pensar nas consequências. “Vi até automutilação genital, de quem tentou cortar o próprio pênis”, lamenta.
A Austrália passou recentemente a oferecer um novo “serviço de gênero”, de responsabilidade do Estado, no Hospital Infantil Lady Cilento, onde ele trabalha. Eles esperam receber cerca de 180 crianças este ano.
O objetivo da maioria dessas crianças e jovens confusos sobre sua sexualidade é começar a tomar bloqueadores da puberdade ou fazerem um tratamento com hormônios.
Contudo, a grande maioria dos paciente está simplesmente passando por uma fase comum no início da adolescência, ressalta Stathis. Apesar de dizerem que não se sentem bem no corpo que possuem, no momento em que atingem a puberdade, a maioria volta a se identificar com o seu sexo de nascimento.
Ao chegarem na fase adulta, já superaram esses sentimentos de confusão a respeito do sexo.
Como esse tipo de confusão sobre gênero geralmente é temporária e os bloqueadores hormonais causam danos permanentes, o doutor Stathis passou a exigir que os pacientes recebessem um acompanhamento na área da saúde mental. Isso fez com que um número elevado deles mudasse de ideia.
A coisa certa?
Catherine McGregor, conhecida advogada de causas LGBT na Austrália, afirmou que as crianças “tendem a fazer a coisa certa quando sentem que estão no corpo errado”. Ao mesmo tempo, diz que é preciso haver controles adequados para assegurar que não ocorram erros prematuros.
O psicólogo infantil Michael Carr-Gregg confirmou que existe 250 crianças sendo assistidas na unidade que trata da disforia de gênero no Hospital Infantil Royal, em Melbourne. Uma década atrás, havia apenas uma criança pedindo ajuda, compara. Segundo ele, “pesquisas indicam que 2,7% das crianças se enquadram nesta categoria”.
Curiosamente, a única igreja a se pronunciar sobre o caso até agora foi a Comunidade de Cristo Porta Aberta, em Cranebrook. A pastora Susan Palmer, que é lésbica e lidera a congregação voltada para a comunidade LGBT, declarou não ver problema que a criança receba acompanhamento logo que a questão seja detectada.
“A maioria dos meus conhecidos que fizeram a transição sabiam desde muito cedo que algo não estava bem, como se a mente e o corpo não estivessem em sintonia”, sublinhou.
“Uma criança é fortemente influenciada por seus cuidadores e sei que os pais podem ficar excessivamente preocupados. Eles realmente podem coagir ou influenciar as crianças quando tudo que elas estão fazendo é apenas explorar algo que não está indo na direção que eles realmente gostariam.” Com informações de Life Site News
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