segunda-feira, 17 de maio de 2021

Os conflitos em Israel cumprem profecias bíblicas? Pastores e estudiosos esclarecem eventos

Eles alertam que é tempo de orar pelos governantes das nações, por ação missionária e intensificação do Espírito de Deus sobre as pessoas no Oriente Médio.



FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Pastores e especialistas falam sobre os atuais conflitos entre Israel e Palestina. Da esquerda para a direita: Fábio Coelho, Raphael Almeida, Igor Sabino e Angelo Bazzo. (Foto: Reprodução/Instagram)

Numa live que aconteceu na quinta-feira (14), pelo Instagram do missionário e líder do movimento Vozes e Trovões, Fábio Coelho e especialistas cristãos se reuniram para analisar os atuais conflitos em Israel. Quais os reais motivos dos confrontos entre israelenses e palestinos? O que realmente está acontecendo por lá? Será que existe alguma profecia bíblica sendo cumprida?

Igor Sabino que é doutorando em Ciências Políticas, mestre em Relações Internacionais e autor do livro “Por Amor aos Patriarcas”, explica a situação a partir de 1948, quando Israel foi reconhecida oficialmente como nação, enfurecendo árabes e palestinos que consideraram injusto que Israel se estabelecesse naquela região.

Conflitos entre israelenses e palestinos

De lá para cá, muitas guerras aconteceram entre os dois povos, até ocorrer a partilha de terras que estabeleceu 55% para israelenses e 45% para palestinos [árabes], cuja população era o triplo da de israelenses.

Para Sabino é preciso também levar em conta as narrativas dos dois povos. “Por um lado os judeus com o trauma do holocausto e também os palestinos que foram humilhados e perderam suas casas”, observou. Além disso, ele indica que há vários elementos políticos em jogo.

“A Cisjordânia está sob a autoridade palestina, com o partido político Hamas, um grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza e que já fez uma série de acordos com Israel, reconhecendo sua essência”, citou.

Questões religiosas

Existem também os argumentos religiosos girando em torno dos conflitos. “A teologia islâmica prega que se um território que faz parte do islã for conquistado por outro povo, ele deve ser reconquistado. Além disso, tem a questão de Jerusalém, que é solo sagrado tanto para judeus quanto para muçulmanos”, esclareceu.

Mas o que fez disparar os confrontos dos últimos dias, em Israel, segundo Sabino, tem a ver com algumas propriedades que estão ao lado oriental de Jerusalém [lado árabe], que foram compradas por judeus, em 1930, na época do mandato britânico. “Eles foram despejados por famílias árabes. Mas isso é pouco mencionado pela imprensa”, apontou.

Injustiças acontecem para os dois lados

“Assim como cerca de 600 mil palestinos perderam suas casas, também 800 mil judeus, aproximadamente, foram expulsos das áreas muçulmanas. Muitos estão resolvendo essas questões judicialmente”, esclareceu.

Sabino também menciona que um judeu foi morto por um árabe e as imagens foram expostas nas redes sociais. Depois disso, os árabes passaram a expor imagens de judeus sendo humilhados e atacados, não só em Israel, mas em outras partes do mundo.

“Eles cometem atos de violência e divulgam o slogan 'Palestina Livre’ e isso tem impulsionado as tensões”, disse. Além disso, neste ano dois eventos [judaico e islâmico] caíram praticamente no mesmo dia: Dia de Jerusalém e encerramento do Ramadã, causando disputa em locais de comemoração.

“Deus quer Ismael de volta à tenda de Abraão”

Raphael Almeida, que mora em Israel, a dez minutos de Jerusalém, é membro do movimento Revive Israel e comentou sobre os incidentes. “Existe culpa e erro dos dois lados. Eu vivo perto de vários bairros árabes e nosso relacionamento era bom, comprávamos nas lojas deles. Agora ficou um clima pesado e não sabemos como lidar com isso”, compartilhou.

Para Raphael a origem desse conflito está nos tempos de Abraão. “Deus já havia falado que Ismael e Isaque sempre iriam lutar. E nós acreditamos que os árabes representam Ismael. Mas eu creio que Deus quer chamar de volta Ismael para a ‘tenda de Abraão’, junto dos judeus, para que haja unidade. Queremos ver isso acontecer”, disse.

Sinais proféticos

Angelo Bazzo, líder do movimento Convergência, que está escrevendo um livro específico sobre Mateus 24, disse que as profecias bíblicas fazem parte de algo muito real e verdadeiro. Ele explica que 90% das profecias são bem claras sobre tudo o que vai acontecer, mas só olhar para um evento atual e buscar uma relação com a profecia pode ser enganoso.

Segundo Bazzo, algumas pessoas chegam a relacionar os conflitos à batalha de Gogue e Magogue. “Mas essa profecia tem a ver com o anticristo e com guerras que serão promovidas por ele. Então dentro do ‘calendário’ das profecias, isso não tem nada a ver com Gogue e Magogue”, esclareceu.

Fábio Coelho também lembrou que a profecia que está em Ezequiel 38 e 39, sobre Gogue e Magogue, diz que o anticristo [que é Gogue], vem da terra de Magogue [que fica ao norte] e invade Jerusalém. E Gaza fica no oeste, então não tem nada a ver”, reforçou.

Bazzo explica que as profecias de Mateus 24 deverão acontecer ao mesmo tempo. “Será em escala global, com intensidade total principalmente em Israel. Jesus disse: ‘Então, não passará essa geração’, ou seja, a geração que estiver vendo esses sinais”, explicou.

Logo, é preciso ter cuidado para “não forçar a barra” quando o assunto for profecia. “Quando acontecer vai dar pra saber e entender, porque Jesus deixou todos os sinais através da Bíblia”, resume Bazzo.

É o fim dos tempos ou não é?

Raphael Almeida acredita que tudo vai voltar ao normal. “Não é a primeira, segunda ou terceira vez que isso acontece com a gente. É claro que esses eventos estão nos levando cada vez mais para perto da vinda do Messias, mas acredito que, mais uma vez, tudo voltará a ser como era antes”, opinou.

Angelo Bazzo concorda com Raphael e acrescenta que os atuais eventos em Israel fazem parte de uma ação do Hamas para impressionar a população, mostrando que o grupo tem poder de ataque. E vejo Israel se esforçando muito para não revidar à altura, porque Israel tem capacidade para isso”, disse.

“Vou dar minha opinião como cientista político e como sionista, que ama Israel e que se preocupa muito com o futuro desse pais”, disse Igor Sabino. “Concordo com o Raphael também que depois dessa guerra a vida vai seguir, mas a vida não será tão normal para quem vive na Faixa de Gaza”, considerou.

E Fábio Coelho acrescenta que esse é um tempo de oração por Israel e pelo Oriente Médio. “A Bíblia nos instrui a orar por Israel, mas também afirma que haverá uma guerra e que o anticristo vai invadir Jerusalém. Então, devemos orar pelos governantes das nações, por uma ação missionária e pela intensificação do Espírito de Deus sobre as pessoas no Oriente Médio”, destacou.

Igor finalizou: “Oremos também pelos palestinos, porque é um povo abandonado”. E Bazzo lembrou que orar pela Igreja local é primordial, já que por meio dela muitas situações podem ser transformadas”, concluiu.

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