quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

“Sobreviverei a isso?”, perguntou cristã presa na Coreia do Norte

Conheça a história da Prisioneira 42 que perdeu tudo por amor a Cristo


Fonte: Portas Abertas

Na Coreia do Norte, os cristãos que são descobertos podem ser mortos, 
presos e enviados para campos de trabalho forçado

Ao escolherem seguir Cristo, os cristãos norte-coreanos enfrentam perseguições extremas vindas do governo, de familiares, amigos e até da comunidade onde moram. A hostilidade resulta em agressões, mortes e prisões para os seguidores de Jesus. As prisões de cristãos têm aumentado, principalmente na Coreia do Norte, Eritreia e Irã. Por isso, mobilizamos a igreja brasileira para interceder e agir em favor dos cristãos presos no Domingo na Igreja Perseguida (DIP) 2021. 
Como vivem os cristãos norte-coreanos presos?

Por meio do relato de uma cristã da Coreia do Norte, podemos entender um pouco mais sobre as dificuldades enfrentadas pelos seguidores de Cristo encarcerados. O relato abaixo, é real e foi feito por uma cristã norte-coreana enviada para a prisão e depois para um campo de reeducação. Leia abaixo o testemunho da Prisioneira 42 sobre a rotina na prisão: 

Seu nome é a primeira coisa que eles tiram. Então eles tomam a liberdade.

Eles tiram a saúde, a presença de outras pessoas, as roupas dos presos e até o cabelo. E, finalmente, tiram a luz do dia.

Meu nome é Prisioneira 42. Claro, esse não é meu nome verdadeiro. Mas é o nome que me foi dado quando entrei nesta prisão na Coreia do Norte.

Todas as manhãs, às 8h, eles chamam a "42". Quando me levanto, não posso olhar para os guardas. Tenho que me levantar, colocar minhas mãos atrás das costas e segui-los até a sala de interrogatório. Posso ver as sombras dos guardas, mas tenho o cuidado de nunca parecer que estou olhando para eles.

Mesmo que a mesma coisa aconteça todos os dias, ainda tenho tanto medo. Cada vez que eles me chamam de "42", me batem e me chutam. Dói mais quando batem nos meus ouvidos. Eles doem por horas — às vezes dias. Mas, por enquanto, pelo menos estou viva.

O interrogatório nunca termina. Estou na sala de interrogatório por uma hora todas as manhãs. Todos os dias, eles fazem as mesmas perguntas.

"Por que você estava na China? Quem você conheceu?"

"Você foi à igreja? Você tinha uma Bíblia?"

"Você conheceu algum sul-coreano? Você é cristã?"

Depois que terminam comigo, eles me trazem de volta para minha cela. Ela é quente durante o dia e fria à noite — e no inverno ou verão, a temperatura pode ser insuportável. É tão pequena que mal consigo me deitar.

Mas não posso me deitar muito, de qualquer maneira. Tenho que sentar-me de joelhos, com os punhos fechados. Nem sequer posso abri-los. O lugar que vivo agora não serve para nenhum ser humano — mas para os guardas, eu não sou humana. Sou menos que um animal. Estou trancada nesta gaiola, a porta pesada e fechaduras batem quando fechadas atrás de mim, ecoando na luz fraca que nunca fica mais brilhante neste lugar.

Estou na solitária, porque eles suspeitam da verdade. Eles podem ver através das minhas negações na sala de interrogatório.

Porque eu amo Jesus.

Eu sou cristã? Sim. Mas eu tenho que fingir. Se eu admitir que fui ajudada por cristãos chineses, serei morta — rápido ou lentamente.

Participe do DIP 2021

A história da Prisioneiro 42 acontece com cerca de 50.000 a 70.000 cristãos presos na Coreia do Norte. Através de redes na China, a Portas Abertas fornece apoio espiritual e físico para os cristãos que conseguem fugir do país. Esteja conosco nesta jornada de esperança e fé, em que juntos fortaleceremos nossos irmãos presos por causa de Jesus. Fale com seu pastor e envolva a sua igreja no maior movimento de oração pela Igreja Perseguida.

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