O Guiame foi até Londres, na casa de John Wesley, para conhecer mais a fundo a história deste pastor que marcou o século 18.
Antes de ter marcado um período de avivamento no Reino Unido, a relação de John Wesley com a religião era um pouco mais retraída. Em 1703, ele nasceu em um lar fortemente anglicano: seu pai, Samuel, era padre e sua mãe, Susanna, ensinava os valores religiosos aos 19 filhos.
Quando iniciou seus estudos na Universidade de Oxford, na Inglaterra, Wesley foi ordenado para o ministério anglicano e se juntou ao “Clube Santo”. Fundado por seu irmão, Charles, o grupo incentivava seus membros a passar todas as tardes estudando a Bíblia, comungar uma vez por semana, orar diariamente e visitar as prisões regularmente.
Sua visão religiosa começou a mudar a partir de 1735, quando Wesley partiu em um navio rumo à América com colonos ingleses e cristãos morávios (vindos da República Tcheca). Na viagem missionária, ele foi profundamente tocado pela devoção dos protestantes morávios e passou a reavaliar sua fé.
“Eu fui a América para converter os índios, mas, óh! Quem me converterá?”, escreveu ele mais tarde.
À convite de alguns morávios que conheceu na viagem, Wesley participou de uma reunião religiosa em Londres, em maio de 1738, e ouviu alguém ler o comentário de Martinho Lutero sobre o livro de Romanos. Naquele dia, ele teve uma profunda experiência espiritual. “Senti meu coração estranhamente aquecido. Senti que confiava em Cristo, somente em Cristo, para a salvação; e me foi dada uma garantia de que Ele havia perdoado os meus pecados”, escreveu.
Estátua de John Wesley com a frase "O mundo é minha paróquia". (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
Pregação nas ruas
Enquanto isso, na cidade industrial de Bristol, um ex-membro do Clube Santo, George Whitefield, estava pregando nas ruas para centenas de pobres da classe trabalhadora, oprimidos pela industrialização da Inglaterra e negligenciados pela igreja.
Wesley chegou a questionar a pregação ao ar livre de Whitefield, mas logo se entusiasmou com o novo método de ministério e passou a liderar o movimento. Ele não pretendia fundar uma nova denominação, mas as circunstâncias foram contra seu desejo de permanecer na Igreja da Inglaterra.
Wesley fazia suas pregações itinerantes em horários alternativos, para não interromper os cultos anglicanos. Uma das frases que marcou seu ministério nas ruas é: “O mundo é minha paróquia”.
Sala de oração onde John Wesley passava horas orando e lendo a Bíblia. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
Os seguidores de Wesley passaram a se reunir em grupos menores semanalmente, onde oravam, estudavam a Bíblia e coletavam ofertas que eram destinadas à caridade. O movimento cresceu rapidamente, assim como seus críticos, que chamavam Wesley e seus seguidores de “metodistas” — um rótulo que usavam com orgulho. Muitos eram frequentemente recebidos com violência, enquanto homens pagos rompiam reuniões e ameaçavam a vida de Wesley.
Todos os anos, de carruagem ou a cavalo, Wesley percorria mais de 6 mil quilômetros pela Europa para pregar. Em toda a sua vida, ele pregou cerca de 40 mil sermões. Até a sua morte, em 1791, ele continuou fazendo campanhas sobre questões sociais, como a reforma das prisões e a educação universal.
Fachada da capela de John Wesley e Museu do Metodismo, em Londres. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
Imagens do interior da casa de John Wesley, em Londres, na Inglaterra. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
Imagens do interior da casa de John Wesley, em Londres, na Inglaterra. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa)
FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES
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