segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Mãe é a maior influenciadora sobre a fé dos filhos, diz pesquisa

Um terço dos entrevistados em uma pesquisa de cerca de 5.000 americanos disse que sua mãe foi a maior responsável por suas experiências de fé em comparação a seu pai.
  • Mãe ora com filha. (Foto: Getty)
    Mãe ora com filha. (Foto: Getty)
    Que as mães cristãs geralmente são cuidadosas em levar seus filhos à igreja e ensiná-los sobre a importância de um relacionamento com Deus, não é novidade. Porém uma pesquisa recente do Instituto norte-americano 'Pew' apontou que as mulheres têm sido a maior influência na formação de fé de suas crianças.

    Um novo relatório do 'Pew Research Center' sugere que as mães têm mais influência sobre a educação religiosa de seus filhos em comparação aos pais, especialmente em famílias inter-religiosas [nas quais pai e mãe têm confissões de fé distintas].

    Um terço dos entrevistados em uma pesquisa de cerca de 5.000 americanos disse que sua mãe foi a maior responsável por suas experiências de fé em comparação a seu pai.

    Em famílias com pais de origem religiosa mista, a percentagem foi bem mais da metade. Isso foi especialmente confirmado em famílias nas quais um dos pais declarava algum tipo de fé e o outro não. Nesses casos, quase dois terços dos entrevistados disseram que sua mãe teve maior influência em suas respectivas vidas religiosas.

    Existem algumas razões demográficas simples do contexto norte-americano para explicar os resultados dessa pesquisa. As mulheres americanas tendem a ser mais ligadas à fé que os homens: nas pesquisas, elas são mais prováveis ​ que os homens a responderem que a fé é "muito importante" para elas; que prezam em ir aos cultos pelo menos uma vez por semana; e que oram diariamente. Elas também tendem a depender mais de sua fé, mesmo quando se casam com alguém que não tem a mesma religião ou não confessa nenhum tipo fé.

    Em cerca de 83% das famílias inter-religiosas em que um dos pais não é religioso, o Instituto 'Pew' descobriu que as mulheres são as que ainda permanecem firmes em sua declaração de fé.
    É difícil saber por que, exatamente, as mães tendem a ter esse tipo de influência sobre seus filhos, especialmente dada a grande variedade de tradições religiosas e experiências que foram abordadas no relatório.

    A fé das mulheres pode ter conseqüências tangíveis em seus respectivos contextos familiares. Segundo o 'Pew Center', quase metade das pessoas que cresceram em famílias inter-religiosas agora praticam a fé de sua mãe, em comparação com menos de um terço dos que praticam a religião do pai.

    Esta diferença entre homens e mulheres faz parte das comunidades religiosas há algum tempo. A forte participação das mulheres, muitas vezes é contribui fortemente para manter igrejas, sinagogas, mesquitas e outras casas de culto funcionando.

    O instituto cristão de pesquisas 'Barna' até classificou as mulheres como a 'espinha dorsal das igrejas' nos EUA. Mas algumas comunidades religiosas, e particularmente aquelas que são conservadoras, preocupam-se seriamente com a falta de homens entre suas fileiras. Diversos livros foram lançados com temáticas, como "por que os homens odeiam ir à igreja" e a "feminização do Cristianismo". Em algumas congregações, os líderes criaram ministérios especiais para tornar as congregações mais atraentes para os homens.

    Análise
    As descobertas do Pew oferecem uma perspectiva ligeiramente diferente sobre como as pessoas podem pensar sobre as diferenças entre homens e mulheres em suas comunidades. Por um lado, a pesquisa sugere que as mulheres podem assumir mais da responsabilidade sobre a educação religiosa de seus filhos - seja levando as crianças para a Escola Dominical, conversando com elas sobre sua fé ou ensinando-lhes sobre a história do cristianismo, por exemplo.

    O ponto preocupante pode ser que as mulheres precisem de apoio extra de suas comunidades religiosas. Mas também pode ser um argumento para uma partilha mais equitativa dos deveres com seus maridos que declaram a mesma fé que elas, como o relatório sugere. O envolvimento dos pais na formação de fé de seus filhos pode ter efeitos a longo prazo.

    FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO 'THE ATLANTIC'

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