Junto com seu envolvimento na comunidade judaica local, Abraham também deixou um legado inspirador como professor.
(Foto: Reprodução).
Em uma família judia de 90 pessoas, apenas sete sobreviveram
à guerra: Abraham Peck e seis primos. Conheça essa história completa de fé e
superação.
Residente em Nova Jersey (EUA) Abraham Peck foi conhecido
por ter desafiado bravamente a morte e ter firmado a si mesmo e sua família nos
Estados Unidos. O sobrevivente que sofreu em novecampos de concentração liderados pelos nazistas,
morreu de insuficiência renal, na semana passada aos 91 anos.
Nesta semana a mídia americana contou a história de vida do
judeu de origem polonesa que havia imigrado para os Estados Unidos após a
Segunda Guerra Mundial.
Abraham, era o único membro de sua família vivo que sobreviveu ao Holocausto. Era também o único
sobrevivente da cidade polonesa de Szadek. Ele morreu em sua casa na última
quinta-feira (25) a noite.
Ele lembrou sua infância na década de 1930 com carinho.
“Éramos muito religiosos, eu tinha muitos amigos onde falávamos de Deus”, disse
em entrevista em março desse ano. “Juntos, a gente construiu um caiaque para os
verões, usando folhas de compensado, unhas e alcatrão. No inverno, construíamos
trenós”, relatou.
Mas, na adolescência, ele foi transportado por vários campos
de concentração nazistas, incluindo o de Auschwitz. Recebeu o número de
identificação 143450 que foi tatuado em seu braço esquerdo.
Durante os anos de sofrimento, sofrei de inanição por comer
apenas pedaços de pão. Ele também suportou o trabalho forçado e doenças.
Abraham viu seu pai morrer. Ele lembrou em uma entrevista, há alguns meses,
como eram os dias de atrocidades horríveis nas mãos dos nazistas.
"Até hoje, eu não sei onde meu pai está
enterrado", relata a mídia explicando que ele havia implorado a um guarda
nazista para ajudar com o enterro, mas em vez de receber ajuda foi atingido por
um cano da arma para voltar ao trabalho. "Se não fosse por Deus, eu não
teria sobrevivido", continuou.
"Ele venceu ao sobreviver", disse a biógrafa
Maya Ross. Sua biografia foi publicada em março de 2016. (Foto: Reprodução).
No dia 30 de Abril de 1945, Abraham foi liberto pelas forças
norte-americanas. Depois de procurar por sobreviventes de sua região na Polônia,
ele descobriu que tinha sobrevivido apenas com sete primos da família que lá
estava.
De acordo com sua biografia, sua família incluia 90 pessoas
- quatro avós, dois pais, uma irmã, 14 tias, 14 tios e 54 primos - dos quais
apenas sete sobreviveram à guerra, ele e seis primos.
Junto com seu envolvimento na comunidade judaica local,
Abraham também deixou um legado inspirador como professor. Apesar de sua
experiência angustiante durante a Segunda Guerra Mundial, ele bravamente
sobreviveu com a missão de informar ao mundo sobre o Holocausto, além de se
levantar contra a injustiça.
"Ele venceu ao sobreviver", disse a biógrafa Maya
Ross. Sua biografia intitulada “Abe-vs-Adolf: The True Story of Holocaust
Survivor Abe Peck” (Abe contra Adolf: A Verdadeira História de Abe Peck, um
Sobrevivente do Holocausto, em tradução livre), foi publicada em março de 2016.
Abraham casou Helen, que também sobreviveu ao Holocausto.
Eles tiveram um filho. A família emigrou para os EUA em 1949, onde ele chegou a
possuir uma empresa de fabricação de estofados. Ele deixa seu filho, dois netos
e três bisnetos.
Confira o vídeo sobre a biografia de Abraham (em
inglês):
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO SITE THE JERUSALEM POST
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