A Aldeia de Coqueiros, a situação é de carência extrema e as famílias vivem de doações.
(Foto: Talita Ramos).
Jovens do 'Love Movimento' realizaram ações de lazer e
levaram peças de roupas, kits escolares e de higiene bucal. Além disso,
enviaram material de construção para erguer uma casa em uma das localidades.
Jovens cristãos de várias igrejas de Belo Horizonte se reuniram para levar
alimento, amor e lazer para os moradores do sertão de Minas Gerais. Os
voluntários do projeto “Love Movimento” dedicaram o último fim de semana para
realizar a ação beneficente nas aldeias de Ribanceira e
Coqueiros, distritos do município de São Romão.
O grupo levou consigo um caminhão recheado de cestas
básicas, kits escolares e peças de roupas. Além disso, eles realizaram
brincadeiras nas ruas das comunidades e levaram materiais de construção para
erguer uma moradia para uma família que mora na região. Este é o quinto ano que
o movimento realiza a ação no sertão de Minas.
Com o objetivo de fazer uma pesquisa local, mais de 100
famílias receberam a visita dos voluntários, em Ribanceira. Eles levantaram
informações sobre a situação da comunidade e as principais deficiências
consideradas pelos moradores. A pesquisa feita pela equipe mostrou que, para
100% dos entrevistados, a principal necessidade da região seria um posto de
saúde.
“Quando a gente passa mal, precisa pedir ambulância em São
Romão, mas nem sempre vem. Aí a gente tem que pagar 60 reais pra um carro
levar, mas nem sempre a gente tem dinheiro”, relatou uma moradora. Outra
deficiência levantada pela comunidade foi a falta de empregos.
Já na Aldeia de Coqueiros, a situação é de carência extrema
e as famílias vivem de doações. Além do lazer e dos alimentos, a equipe levou kits
de escovação para as crianças. Por meio de brincadeiras educativas, os
voluntários ensinaram para a comunidade a maneira correta de escovar os dentes.
Joyce Melgaço é uma das integrantes do Love Movimento. Ela
explica que a saúde bucal das crianças é praticamente zero. “As crianças não
têm muitos dentes, por já terem caído por falta de escovação, e os que ainda
restam estão podres. Então, foi mesmo um estado de emergência”, pontuou.
De acordo com os moradores, nas duas comunidades a água e a
energia elétrica são cedidas pelas únicas escolas existentes em cada distrito.
O engenheiro Raphael Oliveira, idealizador do movimento,
explicou que em muitas casas, as famílias se alimentam apenas de manhã e à
noite, por não terem o que comer. Ele contou que, em visita a uma família que
vive em uma região isolada próxima a Coqueiros, encontrou uma criança que não
se alimentava há dois dias.
“Eu conheci o Jeferson, uma criança que não tem o que comer.
Pensei: como vou voltar pra casa sabendo que ele passa fome?”, disse. “Depois
de começar essas ações, eu nunca mais dormi do mesmo jeito. É impossível”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER
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