Quando o Estado Islâmico tomou a cidade de Raqqa, cerca
de 20 famílias decidiram ficar para não perder suas casas; agora eles não podem
mais sair
De acordo com os últimos relatórios da Portas Abertas, um cristão idoso da
cidade de Raqqa que já é considerada a capital do EI, foi obrigado a se
converter ao islã porque já não podia pagar a jizya (imposto cobrado aos
cidadãos não muçulmanos) em troca de proteção da própria vida. Quando o grupo
extremista tomou a cidade, Mostafa Abu Alzer escolheu ficar para proteger sua
casa. Na ocasião, em novembro de 2015, cerca de 20 famílias tomaram a mesma
decisão e agora estão proibidos de sair de lá. Para aqueles que não podem mais
pagar a jizya, só existem duas opções: se converter ao islamismo ou encarar a
morte.
É possível que nem mesmo os sírios entendam o motivo da guerra, mas para quem
vê de fora, fica claro que existe outra “guerra dentro da guerra”. O EI passou
a dominar não somente pequenas terras e povoados, mas grandes áreas da Síria,
proclamando a criação de um califado, desde 2014. Jihadistas anunciam a “guerra
santa”, investindo suas forças para acabar com aqueles que eles consideram
infieis. Milhares de cristãos e minorias étnicas já morreram entre ataques e
explosões. O real intento deles é "dominar" o mundo, espalhando sua
ideologia e tentando exterminar todos aqueles que não seguem a sharia.
O que acontece hoje na Síria é inédito para o mundo. O conflito existente entre
o governo e o Estado Islâmico (EI), além do envolvimento de forças
internacionais é algo tão complexo que fica difícil de entender por falta de
comparações históricas. O jornal The Washington Post chegou a nomear o que
ocorre no país de “miniguerra mundial”. O que começou com protestos
anti-governo em 2011, cresceu tanto que deu origem a uma guerra civil total e
há evidências de crimes paralelos acontecendo além da guerra, como
assassinatos, torturas, desaparecimentos e até mesmo bloqueios que impedem o
fluxo de alimentos e serviços de saúde para a população.
Pedidos de oração
● Ore pelos cristãos sírios que estão enfrentando esse momento de caos no país;
que eles sejam corajosos para não negar o nome de Cristo.
● Interceda pela igreja na Síria, que existe através de alguns guerreiros que
se disponibilizaram a ficar no meio da guerra, a fim de continuar pregando o
evangelho, apesar dos riscos que correm.
● Ore também pelos perseguidores, pois enquanto há um cristão ali falando da
Palavra do Senhor, há chance de que alguns corações sejam alcançados pelo amor
de Jesus.
Fonte:https://www.portasabertas.org.br
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