segunda-feira, 12 de julho de 2021

‘Não aguentamos mais’: milhares de cubanos realizam protesto contra a ditadura comunista

“Não há comida, não há remédio, não há liberdade. Eles não nos deixam viver. Já estamos cansados”, desabafou um manifestante.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

Protestos tomaram as ruas de Cuba em diversas cidades, neste domingo. (Foto: AFP)


Em Cuba, o povo demonstrou sua indignação contra o governo comunista, no domingo (11), indo às ruas para protestar sob gritos de “abaixo a ditadura”. Foi um dos maiores protestos na ilha nos últimos 60 anos.

De acordo com o Pew-Templeton (Projeto Religioso Global para o Futuro), os cristãos cubanos (cerca de 59% da população) enfrentam constante vigilância e infiltração do governo, embora a igreja esteja crescendo na ilha.

Em 2019, Cuba proibiu líderes evangélicos de viajarem a Washington, para falar sobre a situação dos direitos humanos durante a reunião ministerial do Departamento de Estado dos EUA sobre liberdade religiosa internacional.

Entre 2019 e 2020, o Departamento de Estado colocou Cuba em sua “lista especial de vigilância” de países que praticam ou toleram violações graves da liberdade religiosa.

Em um relatório de março de 2020, a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional detalhou como as autoridades cubanas manipularam o sistema legal para “promover o assédio persistente” contra os líderes religiosos. O painel também expressou preocupação com a negação da liberdade religiosa para ativistas de direitos humanos e jornalistas.

O governo cubano emendou sua Constituição em 1992, declarando Cuba um estado laico em vez de um estado ateu, permitindo parcialmente as atividades religiosas.

Desde então, a porcentagem da população do país, que se identifica como cristã, cresceu. No entanto, o regime comunista de Cuba persegue os cristãos. Uma nova constituição foi adotada em 2019, que também lista o país como um estado laico.

Sobre os protestos

Os cubanos estão enfrentando uma intensa escassez de medicamentos e alimentos e essa situação ficou ainda pior depois da pandemia. Esse foi um dos motivos que inspirou o povo a sair pelas ruas.

As restrições a viagens internacionais e os bloqueios por conta da Covid-19, durante vários meses, causaram a maior crise econômica em Cuba.

Os protestos ocorreram nas cidades ao redor do país caribenho, incluindo San Antonio de los Baños, Palma Soriano e Havana. “É a maior manifestação popular de protesto ao governo que vivemos em Cuba, desde 1959, o ano em que Fidel Castro assumiu o poder”, disse a ativista cubana Carolina Barrero, ao New York Times.

Os slogans que as pessoas gritavam incluíam “Sim, nós podemos!” e “Liberdade”, relatou o Washington Post. Os vídeos também surgiram nas redes sociais.

Horas depois do início dos protestos, o presidente Miguel Díaz-Canel se dirigiu à nação em rede nacional, instando os apoiadores do governo a confrontar os manifestantes nas ruas. Ele também aproveitou para acusar os Estados Unidos de causar a crise em Cuba ao impor sanções.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que haverá uma resposta revolucionária aos protestos. (Foto: AFP)

Apoio dos americanos

Funcionários públicos da Flórida, onde vivem muitos migrantes e refugiados cubanos, apoiaram o protesto do povo cubano. “A Flórida apoia o povo de Cuba enquanto ele toma as ruas contra o regime tirânico de Havana”, escreveu o governador da Flórida, Ron DeSantis, no Twitter.

“A ditadura cubana reprimiu o povo cubano durante décadas e agora tenta silenciar aqueles que têm a coragem de se pronunciar contra suas políticas desastrosas”, disse o senador Marco Rubio, da Flórida, um cubano-americano.

Rubio também disse que solicitaria ao presidente Joe Biden e ao secretário de Estado Antony Blinken que “pedissem aos membros do exército cubano que não atirassem em seu povo”.

Segundo Selvia, uma das participantes do protesto, em San Antonio de los Baños, o movimento pede por mudanças no governo. “Isso é pela liberdade do povo, não podemos aguentar mais. Não temos medo. Queremos mudança, não queremos mais ditadura”, ela disse.

Alejandro, outro participante do protesto, em Pinar del Río, disse que viram o protesto em San Antonio e as pessoas começaram a sair às ruas também. “Este é o dia, não aguentamos mais”, disse o jovem. “Não há comida, não há remédio, não há liberdade. Eles não nos deixam viver. Já estamos cansados”, desabafou.

De acordo com a BBC News, em resposta aos protestantes, o presidente Diaz-Canel disse que “está pronto para tudo e que estará nas ruas combatendo”. Suas declarações foram transmitidas pela TV estatal.

“Não vamos admitir que nenhum contra-revolucionário, nenhum mercenário, nenhum vendido ao governo dos Estados Unidos, vendido ao império, recebendo dinheiro das agências, se deixando levar por todas as estratégias de subversão ideológica, desestabilize nosso país”, adicionou.

“Haverá uma resposta revolucionária”, ameaçou ele, conclamando os comunistas a enfrentar os protestos com “determinação, firmeza e coragem”. O apelo do presidente cubano provocou questionamentos entre opositores e nas redes sociais da ilha, que apontaram que ele estava “convocando uma guerra civil”.

As redes sociais da ilha têm servido nos últimos tempos para que os cubanos expressem seu mal-estar com relação ao governo e à situação no país. Os protestos em Cuba são muito incomuns e, quando ocorrem, são reprimidos.

Antes deste domingo, o maior protesto ocorrido em Cuba desde 1959 aconteceu em 1994 em frente ao Malecón em Havana, mas se limitou à capital e apenas algumas centenas de pessoas participaram. Desta vez foram milhares.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

China representa 90% dos ataques às igrejas no mundo, segundo a Portas Abertas

Mais de 3 mil prédios foram demolidos em apenas um ano.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS

Igreja Golden Lampstand, na China, sendo destruída, em 2018. (Foto: Reprodução Veja Abril)

Atualmente, a China tem sido apontada como o país onde a Igreja é mais atacada, tendo seus prédios destruídos, passando de 3 mil em apenas um ano e um grande número de cristãos atacados fisicamente.

Religiosos radicais, membros da comunidade e até mesmo as autoridades são responsáveis pela violência. Os ataques a prédios cristãos na China variam desde a remoção de cruzes até a demolição completa das igrejas.


Segundo a Portas Abertas, entre 1 de outubro de 2019 e 30 de setembro de 2020, 3.088 igrejas foram atacadas. Quando este número é somado às duas pesquisas anteriores, chega-se ao resultado de 8.644 igrejas prejudicadas. No país, as ações realizadas contra uma igreja não são facilmente anuladas, mas se arrastam por muitos anos.

“Três correções e uma demolição”

O aumento no número de ataques às igrejas na China começou a partir da criação da campanha “Três correções e uma demolição”, no final de 2013, na província de Zhejiang. Essa é uma província costeira rica onde vivem muitos empresários cristãos.

Supostamente, um alto funcionário do partido foi para a capital Wenzhou e se deparou com cruzes por toda a parte. Ele compartilhou seu descontentamento com o ocorrido e então a campanha foi estabelecida.

No início de 2014, foi realizada a primeira demolição pública, a princípio da cruz e depois do prédio todo da Igreja Sanjiang. Desde então, o número de igrejas atacadas no país só aumentou.

Em 2015, foram 300; em 2016, 1.500. Nos anos de 2017, 2018 e 2019, as estimativas de ataques são de 2, 2,5 e 3 mil igrejas atacadas, respectivamente.

Nesse período são contabilizadas apenas estimativas, pois o número registrado é simbólico, sendo muito menor do que o total real. Levando em consideração os ataques desde 2015, quase 18 mil igrejas já foram afetadas na China. Apesar de ser um número alto, a estimativa ainda é considerada conservadora.

Ataques às igrejas pelo mundo todo

Na Ásia, dos 3.445 ataques ocorridos no último período de pesquisa, 3.088 foram na China. Na África, foram registrados 910 ataques, na América Latina 129 e na Europa 4.

A América Latina foi a única região onde a quantidade de ataques subiu quando comparada ao ano anterior. No período anterior foram registrados apenas 65 ataques.

O número de igrejas atacadas na África diminuiu de 3.440 para 910. Apesar disso, a maioria delas permanece fechada e muitos líderes continuam tentando reabri-las. No continente também é importante ressaltar que dez países africanos possuem números simbólicos.

Isso ocorre porque, em locais com altos níveis de violência, é difícil obter números exatos de igrejas atacadas e fechadas, já que as pesquisas focam no total de cristãos mortos.

A América Latina, que resulta em 3% do número total de ataques, teve um aumento de 98%. Com exceção da Colômbia, todos os países latino-americanos aumentaram seus números. O país com a maior mudança foi o México, passando de oito casos para 6
1.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Jovem se casa com cristão perseguido e após 35 horas ele é fuzilado: ‘Jesus nos conforta’

Durante um trabalho ministerial em prisão na Indonésia, Feby conheceu seu marido Andrew, um cristão perseguido no corredor da morte.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE ETERNITY NEWS

Feby encontrou consolo através da história de Maria, mãe de Jesus. (Foto: Eternity News).

Feby cresceu num lar cristão na Indonésia, seus pais eram pastores de uma igreja doméstica no país asiático. Desde cedo, a jovem desejava servir integralmente no ministério.

Mais tarde, já adulta, Feby conseguiu um emprego de intercessora numa igreja em Yogyakarta. “Éramos quatro, todos empregados para orar, 24 horas por dia, na torre de oração. Oramos pela cidade, pela nossa igreja e anotamos tudo. Vimos tantas respostas a orações e milagres naqueles anos!”, explicou a cristã.

No início de 2012, Feby recebeu um convite para trabalhar no ministério na prisão de Kerobokan. Lá, a jovem conheceu Andrew Chan, um cristão perseguido que estava no corredor da morte, e foi muito edificada com sua fé corajosa em uma situação extrema.

“Ele era tão amigável. Eu sei que muitas pessoas carregam fardos na vida, mas Andrew não carregava fardos. Era divertido estar com ele. Começamos a enviar e-mails e compartilhar pontos de oração todos os dias. Sempre fui encorajada por sua fé e pelo que Deus estava fazendo na prisão”, contou Feby.

Andrew estava pregando o Evangelho na prisão e muitos presos estavam recebendo Jesus. Feby continuou visitando ele e depois de dois anos, a amizade se tornou amor.

“Eu sabia que ele estava no corredor da morte, mas nunca pensei que ele fosse morrer. Estávamos sempre orando por um milagre. Tínhamos visto tantos milagres! No início de 2015, muitas pessoas estavam orando por ele, talvez um milhão de pessoas”, contou Feby.

No dia 27 de abril daquele ano, Andrew e Feby se casaram e 35 horas depois, o marido da jovem for executado por um pelotão de fuzilamento. Feby ficou devastada e questionou Deus, enfraquecendo na fé.

“Eu me senti tão zangada e confusa. Parei de orar e adorar a Deus. Eu estava desesperada. Por que Deus não respondeu às nossas orações? Por muito tempo, não consegui ler a Bíblia ou louvar a Deus. Não pude assistir ao noticiário. Continuei tendo sonhos da execução”, disse.

Encontrando cura na Palavra

A jovem viúva permaneceu assim durante anos. Seus amigos tentaram a consolar e ela recebeu aconselhamento, mas não era o suficiente. Feby sabia que precisava voltar a ler a Palavra e adorar a Deus.

Comecei a ler os Salmos e as histórias da Bíblia que eu sabia que me consolariam. Li sobre Maria, a mãe de Jesus. Era tão difícil para ela ser encontrada grávida naquela sociedade. E ainda assim eles chamaram de 'favor'. Quando o anjo veio falar com Maria, disse-lhe: ' Não tenha medo, Maria, você achou graça diante de Deus”, afirmou Feby.

Meditando na história de Maria, a cristã compreendeu que Deus não confia apenas coisas boas a seus filhos, mas também coisas difíceis. “Foi muito difícil para Maria. Mesmo depois que Jesus nasceu, eles tiveram que viajar de um lugar para outro, para evitar serem mortos. E então ela viu seu filho executado em uma cruz na frente de seus olhos. E eles chamaram de 'favor'”, refletiu.

E, aos poucos, Feby começou a orar, louvar e a confiar em Jesus novamente.

“A vontade de Deus não é igual à minha. Às vezes, ele nos diz: Não tenha medo de passar pelos momentos mais difíceis, se você tiver Jesus com você. Ele vai te confortar. Ele estará com você, sempre. Isso tem sido verdade para mim”, testemunhou a cristã.

sábado, 3 de julho de 2021

Qual a origem dos conflitos entre Israel e Palestina?

Entenda como iniciou a luta pelo território e as consequências para os cristãos da região


Cristãos vivem no meio dos conflitos entre israelenses e palestinos (foto representativa)

Para entender a origem dos conflitos entre Israel e Palestina é necessário voltar um pouco na história. No ano zero do calendário cristão, a região onde se encontra Israel hoje era habitada pelos judeus, sob domínio do Império Romano. Mas 70 anos depois, a população se rebelou contra Roma, os judeus perderam e foram expulsos do território.

Porém, 60 anos depois, os judeus tentaram retomar o território mais uma vez e foram derrotados pelo imperador romano Adriano. Então, o local foi rebatizado de Palestina, em homenagem ao povo filisteu, inimigo dos judeus desde os tempos do Antigo Testamento. Logo, todos os que residiam na região eram conhecidos como palestinos, não importando se eram muçulmanos, cristãos ou judeus.

Em 1453, houve a queda do Império Romano, então a região passou a ser regida pelo Império Bizantino até a conquista do Império Turco-otomano, que manteve o controle até o final da Primeira Guerra Mundial. Mas como os otomanos de origem muçulmana lutaram ao lado dos alemães e perderam a guerra, o império foi dissolvido e a Palestina foi ocupada pelos britânicos entre 1917 e 1920.

Por que Jerusalém é considerada a Cidade Santa?

Jerusalém tem papel histórico e sagrado para os seguidores do judaísmo, cristianismo e islamismo. A cidade citada 632 vezes na Bíblia foi capital do reino de Davi no século 10 a.C., local da construção do Templo de Salomão e do Segundo Templo, erguido após o cativeiro na Babilônia. Na cidade também há o Monte do Templo, o Moriá, região onde Abraão sacrificaria Isaque segundo a cultura judaico-cristã. Entretanto, para os muçulmanos, o patriarca ofereceria a Alá o filho primogênito que teve com a escrava Hagar, Ismael.

A cidade de Jerusalém é sagrada e disputada por judeus, cristãos e muçulmanos

Outro ponto histórico judaico muito importante situado em Jerusalém é o Muro das Lamentações, que cercava o Segundo Templo destruído pelos soldados romanos do general Tito no ano 7. Para os cristãos, há outros locais importantes como a Igreja do Santo Sepulcro, lugar onde Jesus teria sido sepultado e ressuscitado. Outros pontos bastante visitados são o Cenáculo, onde acredita-se que tenha acontecido a Última Ceia, e o Gólgota, região onde aconteceu a crucificação de Cristo.

Já os muçulmanos consideram Jerusalém como a terceira cidade sagrada, ficando apenas atrás de Meca e Medina, onde Maomé recebeu as revelações do Alcorão. De acordo com a tradição islâmica, na Noite de Ascensão do profeta, ele foi transportado fisicamente de Meca com o anjo Gabriel até Jerusalém, em apenas uma noite. Por isso, foi construída sobre o Monte do Templo a mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, local de onde Maomé teria partido na viagem até os céus quando recebeu a ordem de orar cinco vezes ao dia.

Quando foi o início dos conflitos atuais?

Após a queda do Império Otomano, os britânicos ocuparam e prometeram o território tanto aos judeus como aos palestinos. Ambos os povos queriam criar os respectivos países no mesmo local. Para tensionar a situação, surgiu o sionismo, quando o jornalista húngaro e judeu Theodor Herzl propôs a criação de um Estado hebreu na palestina como solução à crescente aversão aos judeus na Europa.

Gerações de judeus disputam o território palestino na justiça israelense

Nessa época, os judeus começaram a retornar para a Palestina, tanto que a população judia em Jerusalém saltou de 6 mil pessoas em 1850, para mais de 32 mil em 1922. Todavia, os palestinos de origem árabe já estavam na região e aguardavam a criação do país, conforme a promessa britânica. Por consequência, em 1930, um movimento nacionalista árabe iniciou-se e agravou os conflitos entre os dois povos.

Em 1947, os britânicos entregaram o controle de Jerusalém à Organização das Nações Unidas (ONU). Então, a disputa pelo território terminou em uma assembleia no mesmo ano, que decidiu pela divisão da Palestina entre árabes e judeus, mas Jerusalém ficaria sob domínio internacional. Porém, os estados árabes não aceitaram a decisão, e quando o país Israel foi criado, em 1948, eclodiu a primeira Guerra Árabe-Israelense. Após os conflitos, os palestinos perderam boa parte da região e Jerusalém foi dividida entre israelenses e jordanianos.

Qual o motivo da onda de violência atual entre judeus e palestinos?

A nova onda de violência entre judeus e palestinos tem origem nas ameaças de despejo de famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém. O território está sendo disputado na Justiça de Israel por judeus que alegam ter comprado e morado no local em 1870, na época governado pelo Império Turco Otomano.

Em 1948, a Jordânia ocupou a parte Oriental de Jerusalém e construiu, junto com a ACNUR (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), casas para abrigar 28 famílias palestinas refugiadas na região. Porém, os beneficiados nunca ganharam a posse definitiva da terra. Então, em 1967, quando Israel ocupou Jerusalém Oriental, os proprietários judeus entraram na justiça para reaver o território.

Como é a situação dos cristãos palestinos?

Todas as comunidades cristãs têm dificuldades para viajar por causa das restrições impostas pelas autoridades israelenses. Elas enfrentam também dificuldades econômicas e sociais por residirem em ocupações. Os líderes cristãos são hostilizados tanto por extremistas islâmicos quanto por judeus. Há também o preconceito das igrejas históricas em relação aos cristãos de denominações mais recentes.

Já na região de Gaza, a situação dos cristãos é ainda mais delicada, já que o território é comandado pelo partido político Hamas e a Cisjordânia é governada pelo Fatah. Por isso, a conversão de um muçulmano ao cristianismo é crítica e pode gerar perseguição da família, da comunidade e das autoridades.

Irmão André participa de inauguração de igreja na região de Gaza em 2005

De acordo com o Irmão André, fundador da Portas Abertas, os cristãos palestinos têm ressentimentos em relação à igreja ocidental: “Quando comecei de fato a conversar com esses cristãos, eles derramaram diante de mim a dor deles — especialmente a dor de não serem reconhecidos pela igreja ocidental como parte do corpo de Cristo”.

Segundo os irmãos palestinos, os cristãos do Ocidente são obcecados por Israel e o lugar dele na profecia bíblica, ignorando completamente a igreja no país, que é composta por 85% de cristãos árabes.

Eles também lamentam que os cristãos ocidentais ignorem o tratamento frequentemente desumano dispensado pelo governo israelense aos palestinos. “Parece sempre haver uma copiosa simpatia por Israel e com razão — quando essa nação é vítima de um ataque terrorista — mas os atos brutais de Israel contra os palestinos tendem a ser desculpados ou desapercebidos. Os cristãos palestinos às vezes são vítimas desse fogo cruzado, mas não têm quem os defenda ou apoie”, explica o Irmão André no livro O Contrabandista de Deus – desafiando os limites da fé.

Pedidos de oração

Ore pela paz entre Israel e Palestina, e para que os cristãos locais consigam testemunhar o amor de Jesus a todos.
Peça que os cristãos palestinos sejam sustentados por Deus em todas as necessidades e sejam tratados com respeito e justiça pelas autoridades israelenses e palestinas.
Clame para que mais muçulmanos e judeus tenham um encontro verdadeiro com Cristo e passem a ser discípulos locais.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Homem estuda a Bíblia na prisão e volta para Jesus após 42 anos afastado da igreja

Davinasser Santana de Matos, filho de missionários, cresceu na igreja, mas na adolescência se afastou da igreja. Mas Deus não havia desistido dele.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE NOTÍCIAS ADVENTISTAS

Davinasser de Matos ganhou uma Bíblia na prisão e reencontrou Deus. 
(Foto: Divulgação).

Davinasser Santana de Matos, cresceu na igreja, presenciando seus pais missionários plantarem as primeiras igrejas adventistas de sua cidade natal, São Francisco, no interior de Minas Gerais. Mas, aos 16 anos, deixou de frequentar a igreja com os pais, por causa de um relacionamento, e se afastou dos caminhos do Senhor.

“Fui para o mundo e fiz de tudo: drogas, andei nas piores companhias que se possa ter. Fui preso muitas vezes, sofri muito e causei muito sofrimento aos meus pais. Eles me amavam e nunca pararam de orar por mim”, relatou Matos, de 58 anos, ao Notícias Adventistas.

Matos conta que costumava acompanhar o pai Afonso na evangelização pela cidade a cavalo, de bicicleta e “até que Deus nos deu o primeiro carro”.

“Várias igrejas foram construídas por intermédio de meu pai, que investia tempo, dinheiro, e até mesmo a mão de obra. Ele era construtor, um mestre de obras muito conhecido e renomado”, relembra o filho.

Durante os 42 anos que esteve afastado de Jesus, Davinasser guardava no coração os conselhos do pais, hoje já na Eternidade, e pedia misericórdia e força a Deus para um dia voltar para a igreja.

Lendo a Bíblia na prisão

Quando esteve na prisão, Matos ganhou uma Bíblia de presente e passou a ler e estudar a Palavra todos os dias, recebendo paz em seu coração.

“Me sentia mais acalentado estudando as Escrituras Sagradas. Na contra capa da Bíblia, escrevi uma oração que intitulei de ‘Oração de um detento’. Nessa oração eu expunha a minha situação de pecador arrependido. Pedi perdão a Deus por tudo que tinha feito, e prometi que quando eu saísse da cadeia, passaria a ter uma vida diferente. Escrevi que não mais me envolveria na vida do crime”, conta Davinasser.

Depois de sair da prisão, Matos começou a trabalhar honestamente, mas não queria saber de voltar para a igreja.

Os anos se passaram e de volta a São Francisco, as sementes da Palavra plantadas no coração de Matos começaram a germinar. No início deste ano, ele voltou a frequentar a Igreja Adventista junto com suas duas filhas, Kefane, de 10 anos e Agatha, de 12.

Retorno do filho pródigo

Davinasser (à esquerda) se batizou em maio deste ano. (Foto: Divulgação).

“Sentia vontade de voltar para os braços do meu Senhor Jesus Cristo, mas me faltava a decisão. Foi aí que entrou o pastor Marcello Fernandes na minha vida e me trouxe à realidade das coisas. Me chamou a atenção para o momento que todos estamos vivendo em razão da pandemia, e que eu deveria me decidir logo. A visita foi primordial para minha volta”, afirmou Matos.

Para o pastor Fernandes, a visita pastoral é importante para compreender a necessidade das pessoas e traz alegria para a família.

Peço a Deus que sempre nos ajude a salvar mais um para o reino dos céus. Para mim e minha família, acompanhar Matos e suas filhas, e ajudá-los a ficarem mais perto de Cristo é uma honra”, declarou.

No dia 15 de maio, Matos desceu às águas batismais, durante a Caravana da Esperança, um evangelismo da Igreja Adventista de São Francisco, que resultou em mais 63 batismo na região.

“[Fui batizado] de maneira convicta. A decisão é uma coisa muito importante, mas o preparo é diário. Estou feliz, pois meus pais morreram em Cristo e vou reencontrá-los na ressurreição. Sempre acreditei que Deus tinha um plano para minha vida. Cristo hoje é o meu único motivo de estar vivendo”, testemunhou Matos.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Pregador percorre montanhas de 4 mil metros a pé para pregar a igrejas remotas na China

Pu Zhidui caminha por horas duas montanhas de 4 mil metros para chegar nas igrejas de uma região remota e de difícil acesso no condado de Fugong.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA SOCIEDADE BÍBLICA INTERNACIONAL

O pregador Pu Zhidui apontando para igreja, duas montanhas adiante, que ele está pastoreando. (Foto: Bible Society).

Pu Zhidui, de 50 anos, um pregador itinerante, percorre a pé duas montanhas de 4 mil metros de altura para pregar nas igrejas de uma região remota e de difícil acesso no condado de Fugong, na China.

O pregador supervisiona oito igrejas, atendendo 2 mil crentes no total, e chegar até eles, na prefeitura de Nujiang Lisu, é uma jornada difícil. A região é inacessível por meio de transporte, então Pu caminha por horas, passando por caminhos estreitos e riachos. Em algumas vezes, o pregador precisa escalar penhascos, devido ao risco de deslizamento de terra e queda de pedras.

Um pregador para cada mil cristãos

A região montanhosa em que fica o condado de Fugong tem 80 mil cristãos, espalhados por 360 igrejas, e apenas 67 pregadores itinerantes e quatro pastores. Pastorear e pregar a Palavra para centenas de crentes numa região remota é um desafio imenso para tão poucos ministros.

As igrejas das montanhas de Fugong tem apenas 1 líder para cada mil cristãos. E o cristianismo não para de crescer na China, apesar da perseguição comunista, a cada ano são cerca de um milhão de novos convertidos.

De acordo com a Sociedade Bíblica Internacional, há uma grande escassez de pregadores para ajudar os cristãos chineses a aprenderem mais das Escrituras.

Preciosos pés que anunciam as boas novas

O condado de Fugong é uma das regiões mais pobres da China. Os moradores, incluindo os pregadores itinerantes, são agricultores de subsistência, sobrevivendo com muitas dificuldades com o plantio do milho e da batata.

Alguns dos pregadores, se dedicam integralmente ao ministério da pregação, embora não sejam sustentados pela igreja. “Vendo que passo tanto tempo na igreja, meus amigos não cristãos me perguntaram se eu recebia algum apoio financeiro como pregador”, disse Pu, à Sociedade Bíblica.

Apesar do desafio de escalar montanhas e das dificuldades financeiras, Pu é convicto de sua vocação e seu trabalho pelas igrejas da montanhas.

“Deus nos ama, eu vi sua graça e bondade em minha vida e em minha família. Filipenses 3.8 diz isso para mim: ‘Na verdade, considero tudo como perda, por causa do insuperável valor de conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor’”, declarou Pu.

A Sociedade Bíblica Internacional estabeleceu planos de longo prazo para ajudar no sustento de pregadores itinerantes, como Pu. A organização cristã já tem auxiliado as igrejas de Fugong com recursos e treinamentos de ensino bíblico.

sábado, 26 de junho de 2021

A Bíblia realmente diz que nunca seremos atingidos?

Escatologia — Fim dos Tempos



FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

(Foto: Pinterest)

“Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido.” (Salmos 91.7)

Esse mesmo salmo também diz que “Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.” (vers. 10)

Muitas pessoas não entendem quando algum mal ou praga chega até suas vidas e o motivo pelo qual foram atingidas, afinal, o salmo diz “não serás atingido”. Será que Deus nem sempre nos guarda em todos os caminhos? (vers. 11). Vamos ao contexto:

De acordo com o teólogo Luiz Sayão, em seu programa Rota 66, a ideia é que, qualquer que seja a origem do mal, quer seja explicável pelas nossas conclusões de causa e efeito, quer seja de origem maligna, Deus é a nossa proteção garantida.

Outro teólogo que também explica esse salmo é o Augustus Nicodemus. Segundo ele, o termo “mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita” está se referindo ao cenário de guerra, quando os soldados caíam ao serem atingidos, mas o servo de Deus se livrava da morte.

Cuidado com o texto fora de contexto

Alguns estudiosos também sugerem que o texto mostra a evolução de uma calamidade. Primeiro, são mil os derrubados e depois uma miríade, que são 10 mil. Aqui, não é a quantidade exata que está em pauta, mas o crescimento rápido do número de pessoas que são atingidas, seja numa guerra ou por meio de uma praga, como uma pandemia, por exemplo.

Outro detalhe interessante no texto é quando ele diz “ao teu lado e à tua direita”, isso mostra que o perigo está bem perto, praticamente colado à pessoa. Nicodemus diz que as promessas feitas nesse salmo, primeiramente, foram para o povo de Israel que estava sendo tratado em particular, como nação escolhida. O pastor alerta, que o Salmo tem sido erroneamente utilizado em nossos dias. Veja que até mesmo o diabo usou esse salmo, distorcendo a Palavra, para tentar Jesus no deserto:

“Então o diabo o levou à cidade santa, colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: Se você é o Filho de Deus, jogue-se daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra.” (Mateus 4.5-6)

O que o diabo usou como argumento, está no versículo 11, do Salmo 91. Lembra do que Jesus respondeu?

“Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus". (Mateus 4.7)

Jesus citou Deuteronômio 6.16 naquela ocasião. Segundo Nicodemus, Jesus espiritualizou o Salmo 91, mostrando que ele não deveria ser compreendido de forma literal. Não é porque o salmo diz “Você pisará o leão e a cobra” (vers. 13) que sairemos por aí, literalmente, pisando em leões e cobras. Até porque se fizermos isso, certamente seremos atacados e picados.

O Salmo 91 e a Armadura de Deus

O Salmo 91, em nosso tempo, deve ser compreendido como uma proteção espiritual, assim como a armadura de Deus que é citada em Efésios 6.

Essa promessa “tu não serás atingido” faz parte do plano espiritual em nossas vidas e é exclusiva para os justos. Perceba que o salmo começa dizendo “aquele que habita no esconderijo do Altíssimo pode dizer ao Senhor” (vers. 1).

Habitar é diferente de visitar ou estar de passagem, ou seja, primeiro é preciso ter intimidade com Deus. E quanto ao esconderijo, em nosso contexto, está se referindo a Jesus Cristo. Quem se refugia no filho de Deus e coloca a sua esperança Nele se sentirá seguro. Ou seja, quem se refugiar no “lugar secreto” não será encontrado pelo inimigo. A sua “tenda” não será atingida.

Tenda no espiritual não é a sua casa na terra, mas você por dentro, como templo do Espírito Santo, o seu espírito, a sua vida e a sua consciência transformada em Cristo.

Nenhum “mal” te sucederá. Entenda que o conceito de mal na Bíblia é diferente do nosso. Esse mal não é a doença, a morte ou a dor. O grande mal desse salmo não é aquele que mata o corpo, mas aquele que corrompe a alma, a mente e o caráter. O mal é aquele que mata o amor, a alegria, a fé e a esperança dentro dos corações.

Análise de alguns termos encontrados no Salmo

Laço do passarinheiro ou do caçador – é o mesmo que cilada do diabo ou armadilha, citado em Efésios 6. Trata-se de uma metáfora.

Peste perniciosa – peste é uma doença e a palavra “perniciosa” quer dizer “prejudicial” que causa danos, ou seja, uma doença ruim, que pode matar. Por isso, algumas traduções dizem veneno mortal.

Espanto noturno ou pavor da noite – são perigos que não podem ser vistos e que chegam de surpresa. Os imprevistos da vida. Naquela época, o exército inimigo poderia atacar durante a noite ou animais selvagens poderiam surpreender as pessoas na escuridão. Podemos entender, dentro do nosso contexto, como uma doença ou problema que surge de repente, e que não tinha como prever. E isso vale no plano físico ou espiritual. Assaltos e perdas repentinas também podem ser considerados. Além disso, o pavor da noite pode ser o medo, algo apenas gerado na mente humana ou na imaginação.

Flecha ou seta que voa de dia – são perigos reais, que podem ser vistos. Aqui também podemos recordar das “setas inflamadas do inimigo” citadas em Efésios 6. Naquela época, isso era literal, flechas com fogo eram lançadas pelos soldados durante um combate. Mas em nossos dias, esse termo deve ser compreendido no espiritual. As flechas podem ser pensamentos ou ideias malignas que são lançadas sobre a nossa mente. Quem estiver sem o “capacete da salvação” poderá ser atingido. Fora isso, no plano físico, as flechas podem ser enviadas através das pessoas ao nosso redor, de várias formas: palavras rudes, mentiras, inveja, falso testemunho e até traição.

Peste que anda na escuridão ou se move sorrateira nas trevas – são perigos vindos do mundo das trevas, por parte do maligno.

Praga que devasta ou assola ao meio dia – período de luz total. Não são armadilhas, nem imprevistos, mas coisas que acontecem debaixo da vontade de Deus. Por exemplo, a morte de uma pessoa que amamos.

Para resumir

Perceba que o texto do Salmo 91 é cheio de metáforas. Até na forma como Deus protege. “Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas estarás seguro.” (vers. 4). Se lermos o Salmo espiritualmente, ele fará muito mais sentido. Porque se essa proteção total no mundo físico fosse real, nenhum dos discípulos, por exemplo, teriam morrido da forma como morreram e nem teriam enfrentado todas as dificuldades que enfrentaram. A Bíblia fala sobre isso:

“Experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.” (Hebreus 11.36-38)

Esse capítulo do livro de Hebreus fala justamente sobre a fé. Diz que pela fé, os antigos alcançaram o testemunho, citando Abel, Enoque, Noé, Moisés, Abraão e até Sara que ficou grávida mesmo sendo idosa. Foram pessoas que viveram os milagres de Deus e também experimentaram perigos, doenças e pragas. O povo de Israel também é citado por ter atravessado o mar Vermelho, mas a Bíblia conta também sobre a humilhação e o tempo da escravidão que enfrentaram no Egito.

O que tudo isso quer dizer?

A proteção citada no Salmo 91, nem sempre deve ser entendida como livramento total, porque a proteção de Deus não nos isenta de danos físicos. A abundância de dias, prometida no versículo 16, tem a ver com a vida após a morte física, porque a maioria dos discípulos morreram jovens. O próprio Jesus morreu com 33 anos.

Então tudo depende dos planos divinos para as nossas vidas. Deus pode nos livrar de um problema, mas também pode permitir que o enfrentemos. Podemos ser atacados no plano físico, mas estaremos protegidos no espiritual. E ainda que morrermos, viveremos.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?” (João 11.25-26)

Entendeu a essência da proteção do Salmo 91?

Quando Deus diz “tu não serás atingido” Ele está falando muito mais com o nosso espírito do que com a nossa carne. Porque a maior promessa da Bíblia não é a vida aqui nesse mundo, mas na eternidade.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

Sendo assim, termino esse estudo desejando a você descanso à sombra do Onipotente e que Ele seja sempre o seu refúgio e a sua fortaleza. Que as asas Dele te cubram e te protejam de todo o mal e que a sua tenda jamais seja atingida por praga alguma e que os seus caminhos sejam guardados pelos anjos do Senhor.

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o Movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico para a ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Honduras se torna o quarto país a abrir embaixada em Jerusalém

A cerimônia de inauguração contou com o premiê israelense, Naftali Bennett, e o presidente hondurenho, Juan Hernández.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

O primeiro-ministro Naftali Bennett e o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, em Jerusalém. (Foto: Amos Ben Gershom/GPO)

Honduras transferiu oficialmente sua embaixada em Israel para Jerusalém na quinta-feira (24), com a presença do primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, e do presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández.

“O senhor é um verdadeiro amigo de Israel”, disse Bennett a Hernández pouco antes da cerimônia de inauguração no Parque Tecnológico no bairro de Malha, em Jerusalém. “Você ficará registrado nas páginas da história por ter feito uma ação corajosa e justificada pelo Estado de Israel.”

Honduras é o quarto país a abrir uma embaixada em Jerusalém, depois dos Estados Unidos, Guatemala e Kosovo.

“Esperamos continuar construindo relações sólidas entre nossos dois países”, disse Hernández no Twitter após o evento, se referindo a Jerusalém como “a capital eterna de Israel”.

Hernández observou que depois de assumir o cargo em 2014, Honduras se tornou “um dos dois países da América Latina e um dos cinco do mundo que mais se abstém das resoluções às quais Israel se opõe” na ONU.

Na manhã de quinta-feira, Israel assinou uma série de acordos de cooperação com Honduras nas áreas da agricultura, saúde, educação e inovação durante a reunião entre Bennett e Hernández.

Benjamin Netanyahu, que foi primeiro-ministro quando o acordo com Honduras foi firmado no ano passado, elogiou a inauguração da embaixada no Facebook.

“Espero que os esforços que comecei, para transferir embaixadas para Jerusalém, não terminem e outros países movam suas embaixadas para Jerusalém, a capital eterna do povo judeu por 3.000 anos”, disse Netanyahu.

O ex-primeiro-ministro não esteve na cerimônia de quinta-feira, mas se encontrou com Hernández no final do dia. O presidente de Honduras também se encontrou com o presidente de Israel, Reuven Rivlin.

“Não tenho dúvidas de que, sob sua liderança, nossas relações e a cooperação entre nós se aprofundarão”, disse Rivlin. “Em nome de todos os israelenses, agradeço por sua profunda amizade e pelo apoio do povo de Honduras a Israel.”

Juíza que atua em defesa da liberdade religiosa assume vaga como ministra substituta no TSE

Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro para a vaga de Ministra Substituta no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO METRÓPOLES E ANAJURE

Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro. (Foto: Bucchianeri Advogados / Divulgação)

Com apoio da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE), Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro foi nomeada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), como juíza substituta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A advogada assume a vaga do magistrado Carlos Bastide Horbach.

Em nota de apoio à nomeação, a ANAJURE declarou: “A advogada tem reconhecido trabalho em defesa da liberdade religiosa no país, consoante o que a ANAJURE tem promovido nos últimos anos. Destacamos ainda a atuação dela perante o Supremo Tribunal Federal nos casos envolvendo dias de guarda religiosa (RE 611874 e ARE Agravo 1099099), dos quais a ANAJURE participou como amicus curiae e teve a tese defendida como vitoriosa”.

As informações sobre a nomeação aparecem publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (24/6).

Maria Claudia constava em lista tríplice aprovada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no início de junho, que pela primeira vez era constituída exclusivamente por nome de mulheres. Ela concorria à vaga ao lado das advogadas Ângela Cignachi Baeta Neves e Marilda Silveira.

Maria Claudia é mestra em Direito e Estado pela Universidade de São Paulo (USP). Também se apresenta como especialista em direitos fundamentais pela Universidade de Coimbra. Além disso, atua como professora de pós-graduação em direito constitucional no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e na Universidade Estácio de Sá (Cers). A advogada é, ainda, vice-presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania (Ablirc).

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ateus processam estado americano por frase ‘Em Deus Confiamos’ em placas de carros

A ação pede que os motoristas possam customizar suas placas sem ter que usar a etiqueta padrão “Em Deus Nós Confiamos”.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO RELIGION NEWS SERVICE

Placa padrão do Mississippi tem a frase “In God We Trust”, traduzida como Em Deus Nós Confiamos. (Foto: AP/Rogelio V. Solis)

Grupos ateus e humanistas estão processando o estado americano do Mississippi por causa da placa “In God We Trust” (traduzida como “Em Deus Nós Confiamos”), por considerá-la inconstitucional.

Em uma queixa federal registrada na terça-feira (22) no tribunal distrital do Mississippi, os grupos Ateus da América, a Associação Humanista do Mississippi e três moradores incrédulos afirmam que a placa viola a liberdade de expressão de pessoas sem crença, as forçando a exibir a mensagem religiosa em seus veículos .

“A frase ‘Em Deus Nós Confiamos’ está enraizada na hostilidade contra não-cristãos e ateus, com o objetivo de transmitir a mensagem de que a não crença no deus cristão é antiamericana”, dizem os grupos no processo.

O modelo da placa de carros do Mississippi tem sido usado por motoristas desde janeiro de 2019, de acordo com a Associated Press. O centro da placa mostra o selo do estado, que inclui a frase em inglês “In God We Trust”.

O Mississippi oferece vários designs especiais de placas de veículos por cerca de US$ 30 extras por ano. No processo, os grupos alegam que os motoristas devem escolher entre exibir a placa padrão ou pagar uma taxa extra para personalizá-la.

O processo busca medida cautelar contra Chris Graham, comissário do Departamento de Receita do Mississippi, o proibindo de cobrar taxas adicionais aos motoristas “que não desejam apoiar a mensagem ideológica do estado, ‘Em Deus Nós Confiamos’, a exibindo em seus veículos.”

A ação também pede que os motoristas possam customizar suas placas sem ter que usar a etiqueta padrão “In God We Trust”.

Os ateus americanos, em um comunicado, criticaram o governador do Mississippi, Tate Reeves, por defender os esforços do Senado para colocar “In God We Trust” no selo do estado quando foi vice-governador em 2014.

“Não importa o quanto o governador Reeves ou outros políticos queiram fingir que o Mississippi é algum tipo de clube somente para cristãos, isso não significa que seja verdade”, disse o presidente dos ateus americanos, Nick Fish.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Memorial à Bíblia sofre atentado à bomba na PB: “Intolerância religiosa e cristofobia”

Construído há 10 anos, o local disponibiliza exemplares da Bíblia em diversas traduções, para leitura no local.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAL T5


O Memorial à Bíblia foi construído há 10 anos, às margens do do Açude Velho, e é gerido pela Visão Nacional para a Consciência (VINACC). (Foto: Reprodução).

O Memorial à Bíblia, em Campina Grande (PB), sofreu um atentado à bomba na noite deste sábado (19). As imagens das câmeras de segurança mostram um homem instalando os explosivos, por volta das 22h30, na porta do Memorial, logo em seguida, o local é danificado pela explosão. Nenhum suspeito foi identificado.

O Núcleo de Estudos em Política, Cidadania e Cosmovisão Cristã (NEPC3) emitiu uma nota repudiando o ataque e se solidarizando com a Visão Nacional para a Consciência Cristã, instituição que administra o Monumento da Bíblia.

“É crível que tenha sido um ataque motivado por sentimento antirreligioso. Portanto, qualificamos o ato como intolerância religiosa, cristofobia e terrorismo. O ordenamento constitucional proíbe atos de ódio e violência motivados por razões antirreligiosas, e a lei brasileira define os crimes de intolerância religiosa”, declarou o fundador da NEPC3, Rafael Durand.

O presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, vereador Marinaldo Cardoso, lamentou o atentado e lembrou que o memorial presta tributo a um símbolo religioso de grande valor para católicos, evangélicos e outras confissões cristãs, classificando o ataque uma ofensa religiosa.

“O que é muito grave, porque não se pode admitir esse tipo de violência contra nenhum credo, por minoritário que seja, tanto quanto em relação à fé da absoluta maioria da nossa população”, disse o vereador, que informou que acompanhará a investigação do caso.

O Memorial à Bíblia foi construído há 10 anos, às margens do do Açude Velho, e é gerido pela Visão Nacional para a Consciência (VINACC).

Em parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), o Memorial disponibiliza exemplares da Bíblia, para leitura no local, em várias traduções e versões de livros da Bíblia em braille para deficientes visuais.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dubai tem a primeira exposição sobre o Holocausto no mundo árabe

A exposição no ‘The Crossroads of Civilizations’ é dedicada à memória das vítimas do Holocausto e será permanente.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA EURONEWS

Embaixador de Israel nos Emirados Árabes Unidos, Eitan Na'eh (3º à direita), Ahmed Al Mansuri, fundador do Crossroads of Civilization Museum (2º à direita), e embaixador alemão nos Emirados Árabes Unidos, Peter Fischer (à direita), na exposição. (Foto: Re

A exposição 'We Remember' no Museu do Cruzamento de Civilizações (‘The Crossroads of Civilizations’), em Dubai, é a primeira sobre o Holocausto no mundo árabe, segundo os organizadores.

A mostra apresenta testemunhos em primeira mão dos sobreviventes do Holocausto. Levi Duchman, rabino da comunidade judaica dos Emirados Árabes Unidos, explica a importância do evento: "Houve um tremendo crescimento da vida judaica aqui nos Emirados Árabes Unidos, judeus que se mudam para cá vindos de Israel, dos Estados Unidos, da Europa. Como a comunidade continua crescendo, é muito importante para nós construirmos as fundações dela”.

Sobre o museu ter feito a exposição memorial do Holocausto, o rabino disse ainda que é “um lugar onde podemos trazer os nossos filhos, escolas ou comunidades diferentes para ver a história do povo judeu sobre o que passaram na Europa”.

Mais de seis milhões de judeus foram mortos pelos nazistas entre 1941 e 1945. Esta exposição visa recordar o que aconteceu durante o Holocausto e sensibilizar as mais de 200 nacionalidades que vivem no Dubai.

Árabes e muçulmanos

A exposição inclui também uma seção inteiramente dedicada a árabes e muçulmanos que ajudaram a salvar judeus: "Este é um dos maiores crimes contra a humanidade… é importante para nós. Temos galerias sobre tolerância e sobre as três religiões monoteístas, as religiões do Oriente Médio. Por isso, vemos isto como uma parte que tem de ser incluída nesta exposição. Queremos mostrar esperança e mostrar outras pessoas, muçulmanos e pessoas da região que ajudaram a salvar pessoas", diz a diretora do museu, Yael Grafy.

"Claro que, se olharmos para a história da região, os judeus e os árabes viveram sempre muito próximos uns dos outros. Se olharmos para Marrocos, Tunísia, Líbia, Síria, Líbano etc., encontramos comunidades judaicas fortes e completas", explica o rabino Duchman.

Imagens chocantes

Uma imagem em tamanho real de um jovem, o "Rapaz do Gueto de Varsóvia" rodeado por armas da guerra é a peça central da galeria. Outros destaques incluem as histórias de Selahattin Ülkümen - o diplomata turco que salvou os judeus de Rodes da deportação, e do Dr. Mohammed Helmy - um médico egípcio que salvou vários judeus da perseguição nazi em Berlim.

Yael Grafy conta a história desta personalidade: "Ele estudava em Berlim e lá permaneceu depois e durante a Segunda Guerra Mundial. Viu o que aconteceu com as pessoas que o rodeavam. Como muçulmano, porque o regime nazista não era só contra os judeus, decidiu salvar algumas famílias. E estas famílias, graças a ele, sobreviveram ao Holocausto".

O rabino Duchman diz que "é muito emocionante quando passeamos pela exposição, pois vemos as diferentes imagens e lemos as diferentes histórias que aqui são expostas. Isto dá-nos um certo empoderamento, pois quando estamos construindo raízes fortes para os nossos filhos, para as gerações futuras, aprendemos a importância de trabalhar em conjunto com todas as pessoas, a importância da tolerância, da coexistência e de construir comunidades coesas em todos os Emirados Árabes Unidos, em toda a região e em todo o mundo. Precisamos de ter estes valores".

Antissemitismo

À medida que o Oriente Médio se abre e avança para a normalização das relações, o fundador do museu, Ahmed Obaid Almansoori, acredita que o timing desta exposição é adequado.

"Ultimamente, tem havido incidentes ligados a um aumento do antissemitismo e do racismo no mundo. Por isso, penso que este é o momento certo para nós. E estando nos Emirados Árabes Unidos, temos um sistema, temos a cultura da união de solidariedade. As pessoas vêm para cá e não vêm pelo petróleo ou pelo dinheiro. Vêm porque se sentem em casa. As pessoas vêm de todo o mundo e nós vemos a beleza nas diferenças. Portanto, este é um lugar para onde as pessoas vêm, podemos aprender com a nossa experiência de união e exportar essa experiência", diz.

Como o nome sugere, o Museu do Cruzamento de Civilizações foi criado para se concentrar nos valores da abertura e do multiculturalismo nas comunidades globais.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Israel volta a reagir contra ataques do Hamas ao território judeu

Depois de duas dezenas de incêndios no sul de Israel, o exército diz que atingiu "locais de terror" do Hamas em Khan Younis e na Cidade de Gaza.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO TIMES OF ISRAEL

Israel atinge alvos do Hamas, após ataque com balões incendiários pelo 
grupo terrorista. (Foto: Reprodução / Times of Israel)

As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) realizaram uma série de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza na manhã de quarta-feira (15) em resposta a mais de duas dezenas de incêndios no sul de Israel, causados ​​por artefatos incendiários lançados de dentro da região comandada pelo Hamas.

Esta foi a primeira troca entre grupos terroristas em Gaza e as IDF desde o conflito de 11 dias do mês passado na Faixa.

O IDF disse que estava preparado para a possibilidade de que o conflito possa estourar novamente entre Israel e o enclave.

Imagens postadas por meios de comunicação palestinos em Gaza mostraram explosões iluminando o céu no norte e no sul da Faixa durante a noite de terça a quarta-feira, com repórteres dizendo que sites pertencentes ao braço militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, estavam entre os alvos.

Bombeiros tentam extinguir um incêndio no sul de Israel que foi desencadeado por um dispositivo incendiário lançado por palestinos na Faixa de Gaza em 15 de junho de 2021. (Foto: Reprodução / Times of Israel)

Nenhum cidadão de Gaza ficou ferido nos ataques, informou inicialmente o centro de mídia palestino afiliado ao Hamas.

Posteriormente, as FDI divulgaram um comunicado dizendo que seus caças haviam atingido alvos militares que foram usados ​​para operações do Hamas em Khan Younis e na Cidade de Gaza.

“A atividade terrorista ocorreu no complexo atacado”, disse o IDF, acrescentando que os ataques foram em resposta ao lançamento de dispositivos incendiários no sul de Israel no início do dia.

“As FDI estão preparadas para todos os cenários, incluindo a retomada das hostilidades, em face dos contínuos atos de terror da Faixa de Gaza”, acrescentou o exército.

Cessar-fogo

Os ataques aéreos foram os primeiros desde que um cessar-fogo mediado pelo Egito encerrou uma rodada de 11 dias de violência entre Israel e grupos terroristas palestinos em Gaza. Eles vieram no final de um dia de tensões intensificadas, durante o qual as autoridades israelenses permitiram que milhares de nacionalistas de direita se reunissem na Cidade Velha de Jerusalém em um desfile anual de bandeiras, apesar das ameaças do Hamas de que a polêmica manifestação levaria a uma escalada.

Em meio a advertências de grupos terroristas de Gaza, as IDF prometeram manter sua dissuasão e responder a todas as violações da soberania israelense, incluindo ataques incendiários, que causaram mais de 20 incêndios em comunidades que fazem fronteira com o enclave na terça-feira (15). Alguns palestinos também se revoltaram ao longo da fronteira, um dos quais foi baleado na perna, sofrendo ferimentos leves.

Esses também foram os primeiros ataques em Gaza desde que Naftali Bennett assumiu no domingo como primeiro-ministro. O presidente da Yamina insiste há muito tempo que a resposta das IDF aos ataques incendiários deve ser a mesma que é para o lançamento de foguetes.