Yom HaShoá leva Israel a momento de silêncio em memória das seis milhões de vítimas
por Jarbas Aragão
Tochas em memória às vítimas do Holocausto
Os israelenses fizeram nesta quinta-feira (12) um momento de silêncio em memória das seis milhões de vítimas do Holocausto.
O som de uma sirene, com duração de dois minutos, foi ouvido em todo o país às 10 da manhã de hoje (12), no Dia da Lembrança do Holocausto. A data homenageia os judeus que foram mortos pelo nazismo na Alemanha e seus colaboradores durante a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que pelo menos um terço dos judeus de todo o mundo padeceram sob o ideal assassino de Adolf Hitler.
Respeitando a memória das vítimas, ônibus e carros pararam nas ruas, os israelenses saíram dos veículos e ficaram de cabeça baixa. Os que estavam sentados ficaram em pé, quem conversava se calou. O silêncio foi a maneira de uma nação toda lembrar o lema que os acompanha todos os anos nessa data: “Nunca esqueceremos”.
Judeus em momento de silêncio. (Foto: Yonatan Sindel / Flash90)
O dia será marcado por cerimônias e memoriais nas escolas. As estações de TV e rádio apresentarão programas sobre assuntos relacionados ao Holocausto.
Crescimento do antissemitismo
Em uma cerimônia na quarta-feira à noite no Yad Vashem [Museu do Holocausto em Israel], o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou sobre o ódio nazista aos judeus e o comparou ao Irã. “Hoje em dia há um regime extremista que nos ameaça, ameaçando a paz de todo o mundo. Esse regime declara explicitamente que pretende destruir-nos, o Estado judeu”, asseverou.
Os judeus têm muitos motivos para se preocupar e não apenas com o Irã. Segundo um relatório sobre o antissemitismo no mundo, publicado esta semana pelo Centro de Estudos Kantor, da Universidade de Tel Aviv, há um forte sentimento de insegurança entre os judeus que vivem na Europa.
Após seguidos relatos de violências – incluindo o assassinato recente na França de uma sobrevivente do Holocausto – muitos judeus estão evitando usar símbolos religiosos que os identifiquem em público e até mesmo frequentar sinagogas nos dias de festas judaicas.
Segundo o estudo, milhares de cidadãos europeus decidiram mudar de país ou imigrar para Israel e justificaram sua decisão: “Tivemos de nos mudar porque somos judeus”.
Entre os elementos que marcam a ‘atmosfera antissemítica’ estão o discurso de ódio antissionista da esquerda, as duras expressões antissemitas de movimentos nacionalistas, e o crescimento do islamismo radical.
Também de acordo com o Centro Kantor, desde o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por decisão de Donald Trump, essa questão foi frequentemente usada como justificativa de ataques contra judeus em todo o mundo. Com informações Times of Israel
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br