Conheça a história de uma delas que garante que “seguir a Jesus vale todos os sacrifícios”.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE PORTAS ABERTAS
Assim como o gênero define o papel que um indivíduo deve cumprir em uma sociedade, ele também dita as formas de perseguição que um cristão enfrenta.
Logo, em países de maioria islâmica — que historicamente já
perseguem cristãos — a mulher
se encontra em dupla vulnerabilidade: por ser mulher e por se tornar
cristã.
Em regiões do Oriente Médio e do Norte da África, onde
a cultura
islâmica é predominante, as meninas são criadas para sair da casa dos
pais apenas quando se casam. Além disso, são instruídas a serem obedientes ao
marido e irrepreensíveis no cuidado com os filhos.
Sarah [nome fictício por razões de segurança] é uma dessas
mulheres. Ela vive no Norte da África, tem 27 anos e quando se decidiu pelo
cristianismo passou a ser perseguida pela própria família.
Procurando por uma religião que fizesse sentido
Sarah não
conseguia ver sentido no islamismo. Incomodada, ela estava sempre em
busca de sua própria espiritualidade.
Sendo filha de um imã — autoridade religiosa islâmica
responsável por dirigir e ensinar
a comunidade — se ela abandonasse o islã a pressão social seria
ainda maior. E ela sentiu isso na pele.
Um dia, ela encontrou uma comunidade cristã no Facebook e se
converteu, conforme conta a Portas Abertas. A partir daí, a perseguição contra
ela se acirrou.
Seu pai encontrou uma Bíblia escondida embaixo de sua cama.
“Ele me bateu e me insultou, me
chamou de apóstata. Ele esperou meu irmão chegar para que juntos
pudessem me matar. Para ele, eu não merecia viver”, ela contou.
Sarah fugiu, foi acolhida por uma família cristã e amparada
pela organização através de um projeto chamado “Restauração”. Mas a perseguição
não cessou. Seu pai espalhou na comunidade que ela tinha fugido com um homem e
maculou a imagem dela.
Tentando refazer a vida
Para voltar a ter acesso à casa dos pais, Sarah teria que se
casar. Ela conta que não queria ser um escândalo para a família. Por isso,
encontrou um muçulmano que aceitou sua nova fé e se casou com ele.
“Ele me tratava tão bem que acreditei que seria o marido
perfeito. Mas, ele se transformou completamente, parecia um estranho. Na
primeira semana de casamento, ele passou a me agredir e a me xingar”, revelou.
Apanhando todos os dias, Sarah diz que “aceitava
o intolerável”, pois os pais eram contra o divórcio. “Para eles, uma
mulher divorciada traz vergonha e desgraça para a família”, disse.
Novamente expulsa de casa
Não suportando mais, Sarah desfez o casamento e, por isso,
foi novamente expulsa de casa. Excluída, isolada e humilhada pela família
muçulmana, ela voltou a encontrar refúgio no projeto Restauração, onde agora
vive sua fé e busca sua identidade em Cristo.
Os cristãos ex-muçulmanos são provavelmente a maior e mais
vulnerável parte da Igreja Perseguida.
Mesmo em países de maioria islâmica onde há uma comunidade
cristã reconhecida historicamente (como Egito, Irã, Iraque e Síria), o peso da
perseguição sempre cai com mais força sobre os que deixam o islamismo para
seguir a Jesus.
Nesse contexto, a vulnerabilidade
da mulher que se converte é ainda maior. O cotidiano de uma mulher
muçulmana no Norte da África é carregado de desafios.
Como vive Sarah atualmente
“Eu perdoei meu pai e muitas outras pessoas”, disse em
lágrimas. Ao falar de sua fé, ela declarou: “Seguir a Jesus vale todos os
sacrifícios que fiz até hoje. Deus me conectou a outras pessoas, consegui um
emprego, moro em outra casa e agora vivo em paz”, testemunhou.
“Além da minha família, eu não me preocupo com mais nada.
Deus sempre cuidou de mim para que eu continuasse vivendo”, resumiu.
Ao compartilhar essa história,
a Portas Abertas pede orações por Sarah e por todas as mulheres que vivem situações
semelhantes por seguirem a Cristo em países onde prevalece a lei muçulmana.
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