sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Delegação de Israel viaja ao Sudão para discutir normalização das relações entre os países

O ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen, disse que ele acreditava que Israel estava "muito perto de normalizar os laços com o Sudão".


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Bandeira do Sudão (esquerda) e Israel (direita) tremulam lado a lado. (Foto: Al-Monitor)

Uma delegação israelense fez uma rara visita ao Sudão nesta quarta-feira (21) para discutir a normalização dos laços, disse a emissora pública israelense Kan, enquanto um ministro previa um possível avanço diplomático entre os dois países.

O ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen, disse ao Canal 13 News de Israel que ele acreditava que Israel estava "muito perto de normalizar os laços com o Sudão".

A rádio Kan não deu mais detalhes sobre as discussões realizadas em Cartum. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o Ministério das Relações Exteriores de Israel se recusaram a comentar quando questionados sobre as perspectivas de um avanço com o Sudão.

Em um florescimento da política externa antes das eleições presidenciais dos EUA, os principais assessores do presidente Donald Trump escoltaram esta semana delegados israelenses ao Bahrein e delegados dos Emirados Árabes Unidos a Israel, cimentando as novas relações de Israel mediadas pelos Estados Unidos com os Estados do Golfo.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo disse na última quarta-feira (14) que os Estados Unidos haviam iniciado o processo de remoção do Sudão de sua lista de patrocinadores estatais do terrorismo e também estavam trabalhando "diligentemente" para fazer Cartum reconhecer e normalizar suas relações com Israel.

Pompeo não chegou a dizer que a remoção do Sudão estaria ligada à concordância de normalizar as relações com Israel. Fontes sudanesas não indicaram até agora que as negociações de normalização estavam muito avançadas.

O Ministro de Cooperação Regional de Israel, Ofir Akunis, disse que os Estados Unidos anunciariam outro acordo estabelecendo laços entre Israel e um país árabe ou muçulmano antes das eleições nos EUA.

“Tenho uma base razoável para acreditar que o anúncio será feito antes de 3 de novembro. É o que entendi de minhas fontes”, disse Akunis à Rádio do Exército de Israel.

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