segunda-feira, 2 de julho de 2018

Discipulado não é só troca de informações, é o compartilhamento de toda a vida, diz pastor

Mez ressalta que o verdadeiro cristianismo é se dispor para o próximo. (Foto: Reprodução).


O pastor e missionário Mez McConnell publicou em seu site, o 20 Schemes, sobre uma experiência que mudou completamente sua vida. Após se entregar a Jesus, ele que era criminoso e viciado em drogas, foi acolhido por uma família cristã. Ele conta que o casal tinha cerca de 50 anos e que os filhos já haviam ido embora. Era apenas ele e o casal.

Mez ficava no sótão e ainda não se sentia muito à vontade para permanecer, pois tinha muitas dúvidas. “Não muito depois do meu batismo, mudei-me para o sótão de um casal chamado Bernard e Joan, que morava perto da igreja onde eu havia sido convertido. Eu não tinha para onde ir e eles abriram a casa para mim”, explica.

“Eles realmente não me conheciam. Tudo o que sabiam sobre mim era que acabara de sair da prisão por várias infrações envolvendo violência e que havia sido viciado e traficante de drogas. Sabiam que eu tinha sido um mentiroso e um ladrão. Sabiam que eu não trabalhava há anos. Sabiam que eu havia sido uma pessoa dada à ira, agressiva e silenciosamente retraída”, coloca.

O pastor Mez explica que aquele lugar se tornou, para ele, mais que apenas um sótão, mas se tornou seu lar e o casal se tornou uma família. “No começo eu era desconfiado, paranoico e inseguro quanto aos motivos deles. Por que me deixariam entrar em sua casa? Eles não me conheciam. Ficava escondido naquele quarto por horas a fio e me arrastava para não fazer barulho”, relata.

“Após muitos meses comecei a relaxar (e eles também). Tudo começou quando me uni a eles para tomarmos o café da manhã. Apenas uma tigela rápida com cereais. Acabou em cinco minutos e a conversa foi breve, praticamente monossilábica. Isso progrediu para um prato de sopa na hora do almoço e talvez uma conversa com algumas frases. Depois, um jantar simples e uma história engraçada contada. Isso logo se transformou em perguntas sobre o meu dia”, lembrou.

Mez disse que ele realmente passou a se sentir da família. “Eu havia me tornado um membro da família sem perceber. Passava cada vez menos tempo trancado no meu quarto e cada vez mais sentado naquela mesa de jantar, unindo-me às conversas da família”. Ele diz: “Tudo poderia ter sido tão diferente se eu tivesse tomado outra decisão em um dia ensolarado, não passando muito tempo com essa família”.

“Lembro-me, após alguns meses em minha fé, da sensação esmagadora de apenas desejar sair e voltar para as ruas. Desejava o meu antigo estilo de vida. Sentia falta dele. Sentia como se estivesse perdendo o meu eu real quanto mais peregrinava ao longo daquele caminho para o cristianismo. Odiava ter que sempre fazer as escolhas certas”, escreveu.

Ele conta que pensou em voltar para sua antiga vida. “Queria voltar para as ruas. Quase me convenci de que a vida antiga era melhor, que o velho eu era mais feliz; mas ele não era. Ele era infeliz, solitário, sombrio e deprimido. A verdadeira questão era que eu não gostava de saber o que fazer. Não gostava de ter que explicar minhas ações quando pecava contra outra pessoa. Disse a mim mesmo que gostava da minha liberdade, mas a realidade era que gostava do meu pecado”, assumiu.

Mez explica ainda que a atitude do casal o impactou tanto que ele resolveu fazer o mesmo. “Assim que Miriam e eu conseguimos adquirir a nossa primeira casa, percebemos que nós éramos ‘aquele’. Nossa tarefa era ‘pegar outra pessoa’. Qual era a tarefa? Era a bondade e a hospitalidade demonstradas por aquele casal de estranhos que, no fim das contas, me mostrou uma maneira de ser melhor”, colocou.

“As ações daquele casal, há quase 20 anos, têm sido repassadas para muitos jovens — e idosos — homens e mulheres que compartilharam do nosso lar e vida familiar ao longo de todo esse tempo. O que eles fizeram, intencionalmente ou não, foi um modelo para mim de como um lar cristão deveria parecer. Eles não me convidaram para almoçar em um domingo — convidaram-me para a vida deles. E o que eles fizeram me transformou para sempre”, lembrou.

Responsabilidade

“Nós, cristãos, temos a responsabilidade de transmitir o bastão das boas novas, mas creio firmemente que também devemos transmitir o bastão das boas ações. Não quero que meus filhos pensem na vida cristã como um conjunto de crenças e participação em cultos formais. Quero que eles percebam que isso afeta toda a nossa vida. Compartilhar nossa casa e nossas vidas ajudou a discipular minhas filhas e transformá-las em discipuladoras”, explicou o pastor.

Mez ainda explica: “Elas veem de perto os estragos de vidas arruinadas por escolhas vis e sem Deus. Veem de perto como o discipulado cristão é custoso. Elas desafiam as pessoas à nossa mesa sobre os seus pecados. Elas enfrentam a sua própria atitude de julgamento. Elas veem a confusão da vida e as falhas quando as pessoas se desviam. Veem a realidade da vida cristã e não apenas a versão ‘polida’ do domingo. Elas sentem a dor de um hóspede amado ou de um membro da família que volta ao seu pecado sem motivo razoável”.

“Nossos lares não são nossos. Nossas vidas não são nossas. Quando vamos perceber isso? O que Jesus disse que ganharíamos se deixássemos tudo por causa dele? As pessoas precisam ouvir sobre o amor de Jesus e precisam experimentar a vida de amor de Jesus”, alertou.

Mez ressalta que o verdadeiro cristianismo é se dispor para o próximo. “Quando percebemos a insignificância daquilo que estamos deixando para trás, a glória daquilo em que estamos entrando e o terror que aguarda os perdidos. Eu me pergunto se sentiremos mais do que um vislumbre de arrependimento de termos podido ter feito mais com o que tivemos durante nosso breve tempo na terra”.

“A questão não é: ‘Como podemos fazer essas coisas?’, mas: ‘Como não as faremos?’. Se esta vida não é tudo o que há, então aquilo que é nosso realmente deve ter pouco significado. Se o cristianismo é verdade, então talvez devêssemos nos apegar às nossas riquezas com menos força do que temos nos apegado. Compartilhar as nossas vidas e lares não deve ser apenas um ‘modelo’ que seguimos. Deve ser quem somos. Deve ser o que fazemos”, finalizou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO VOLTEMOS AO EVANGELHO

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