sexta-feira, 10 de março de 2017

Mulher que perdeu esposo em ataque muçulmano vence crise na fé: “Deus é bondoso”

Com a morte de seu marido, Mary começou a questionar Deus, até que percebeu que o Criador também conhecia a dor de perder alguém tão querido.

Mary contou sua história para os missionários do Ministério Portas Abertas. (Foto: Portas Abertas).
Mary contou sua história para os missionários do Ministério Portas Abertas. (Foto: Portas Abertas).
Foi em outubro de 2013 quando Elias Lunyamila Meshack foi surpreendido com a abordagem de terroristas muçulmanos. Ele estava vigiando uma igreja em Mwanza, norte da Tanzânia, juntamente com outros dois amigos quando os extremistas os mataram. Quem conta a história é a viúva Mary.

Sentada à sombra de uma grande árvore em um local não revelado na África Oriental, ela relatou para missionários do Portas Abertas como superou a dor da perda e como Deus sustentou sua fé.

“As viúvas, muitas vezes, sofrem com uma grande solidão. Depois que perdi Elias, temia muito a solidão. Eu conheci Elias na igreja que eu fui depois que eu me entreguei para Cristo. Ele era o presidente do grupo de jovens. Nós nos apaixonamos e nos casamos no dia 11 de outubro de 2009. Após o nosso casamento, a vida era boa. Fiquei grávida rapidamente e dei à luz ao nosso primogênito, Prosper, em julho de 2010. Quando ele tinha três anos, fiquei grávida novamente e dei à luz nossa filha, Prisca”, contou.

Mas, em apenas oito meses seu esposo foi morto. Na noite de 21 de outubro, Elias voltou para casa do trabalho, tomou banho, jantou e depois foi à igreja por volta das 21h, para vigiá-la, pois estava acontecendo uma série de ataques às igrejas na área na época.

A triste notícia
“Na manhã seguinte, por volta das seis da manhã, várias pessoas da igreja bateram na minha porta e eu sabia que algo terrível deveria ter acontecido. Nosso pastor me disse que a igreja tinha sido atacada e Elias tinha sido espancado até a morte. Outros dois ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram. Quando ouvi a notícia eu lamentei tão alto que até vizinhos vieram ver o que estava acontecendo”, relatou.

“Por muito tempo depois fiquei muito zangada com os criminosos. Muitas igrejas foram queimadas. Alguns líderes da igreja foram mortos, outros queimados com ácido. Eu me perguntava: ‘Por que os cristãos deviam sofrer todas essas coisas até o ponto em que a perseguição atingiu minha própria família?’ Honestamente, se eu encontrasse um dos terroristas, eu não sei o que faria”, pontuou Mary.

Superação
“Eu também fiz muitas perguntas a Deus. ‘Por que isso aconteceu comigo? Por que me deixou viúva tão jovem? Por que eu?’. Mas, com o passar do tempo, comecei a ler minha Bíblia novamente e, finalmente, comecei a aceitar que meu marido tinha ido embora. Percebi que Deus o amava mais do que eu o amava. Lembrei de que Ele também conhecia a dor da perda desde que Ele deu seu único Filho para morrer por nós. Foi um trabalho árduo, mas, hoje, meu relacionamento com Ele foi fortalecido”, contou.

“Fiquei espantada com a bondade de Deus para comigo no apoio incrível que recebi. Minha igreja tem sido tão boa para mim! Eles não me abandonaram. Eles continuam me visitando, cuidando de mim e das crianças”, finalizou.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO PORTAS ABERTAS

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