Um pastor africano foi decapitado por resistir a um ataque
ao terreno de sua igreja. Em outra área, cinco cristãos que viviam em uma vila
predominantemente muçulmana foram mortos depois de terem ingerido comida
envenenada após um estudo bíblico.
Parentes de Hajii Suleiman Sajjabi aguardam retorno dos cristãos
envenenadas no Hospital Regional Mbale. (Foto: Morning Star News)
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS
Um pastor africano foi decapitado na última quarta-feira
(23) por um grupo de muçulmanos na região leste da Uganda, por resistir a um
ataque ao terreno de sua igreja.
No distrito de Namudumba, muçulmanos ergueram uma cerca de
arame para fazer uma fronteira, incluindo nela o terreno do Ministério Igreja
Pentecostal, relatou um dos líderes ao site Morning Star News. Um membro que
vive próximo ao prédio da igreja telefonou ao pastor Martin Bongo, que se
dirigiu imediatamente ao local.
"Por que vocês estão invadindo o terreno da igreja e
removendo os marcos da fronteira?", questionou Martin. Um líder muçulmano
respondeu: "Nós dissemos muitas vezes que não queríamos que a igreja fosse
localizada próximo à mesquita. Sua igreja tem roubado os nossos membros para sua
igreja".
Em seguida, um muçulmano chamado Abdulhakha Mugen sacou uma
espada e feriu o pescoço do pastor. Martin caiu sangrando e foi morto, aos 32
anos, depois de receber mais golpes de espada.
O grupo de muçulmanos lançou o corpo do pastor Martin em um rio
próximo ao local do crime. Ele deixou uma viúva e dois filhos.
A igreja tem documentos que provam a compra da terra
disputada pelos muçulmanos. Foram pagos 3,4 milhões de xelins ugandeses
(aproximadamente R$ 4 mil), informa um líder da igreja.
Cristãos envenenados
Em outra área do leste da Uganda, cinco cristãos que viviam
em uma vila predominantemente muçulmana foram mortos depois de terem se
alimentado de comida envenenada após um estudo bíblico.
O estudo da Bíblia aconteceu no dia 18 de dezembro no
distrito de Budaka, na casa de Hajii Suleiman Sajjabi — uma ex-muçulmana que
liderava os estudos com oito membros de sua família, que chegaram à fé em
Cristo sob sua influência.
Após a cilada, Sajjabi ficou em coma e quatro de seus
parentes morreram: Katooko Aisha Sajjabi, 22, morreu às 4 horas da manhã do dia
19 de dezembro; Mwanje Husain Sajjabi, 24, morreu às 5 horas da manhã no mesmo
dia e Eric Ali Sajjabi, 29 e Musa Namusongi Sajjabi, 26, morreram um pouco mais
tarde.
Uma quinta vítima, a vizinha Mariam Kurumu, que estava
grávida, morreu às 5 horas da manhã no Hospital Regional Mbale.
A polícia de Budaka e a polícia de Kaderuna investigam um
dos filhos de Sajjabi, Isa Sajjabi, de 32 anos. Ele sempre resistiu em deixar o
islã para abraçar o cristianismo, e se distanciou de seus parentes convertidos.
Ele estava em casa no momento do estudo bíblico, mas não participou.
Sobreviventes relatam que quando sua mãe deixou o estudo,
por um momento, para pegar água, encontrou Isa Sajjabi na cozinha. Depois que o
estudo foi finalizado, às 19:30, e o grupo começou a comer, Isa Sajjabi e um
amigo muçulmano desapareceram. Os membros do grupo começaram a se sentir mal
depois de meia hora.
De acordo com um médico do Hospital Regional Mbale, um exame
feito nos corpos das vítimas revelou a presença de uma substância conhecida
como Malathion, um pesticida de baixa toxicidade. Apesar do baixo nível tóxico,
depois de ingerido, Malathion, metaboliza rapidamente e se torna altamente
tóxico.
Cerca de 85% da população em Uganda é cristã e 11% professa
a fé muçulmana, concentrada principalmente no leste do país. A constituição do
país consagra a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria
fé e converter as pessoas de uma fé para outra.
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