sexta-feira, 8 de novembro de 2024

‘Falhamos com os judeus na 2ª Guerra, agora falhamos novamente’, diz rei da Holanda

Willem-Alexander condenou o ataque antissemita contra torcedores israelenses em Amsterdã, após o jogo entre Ajax e Maccabi Tel Aviv.

Fonte: Guiame, com informações de The Times Israel

Willem-Alexander. (Foto: Flickr/European Parliament).

O rei da Holanda, Willem-Alexander, condenou o ataque antissemita contra torcedores israelenses que aconteceu na noite de quinta-feira (7), em Amesterdã.

Os israelenses foram atacados logo após a partida de futebol entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, vencida pelo Ajax por 5 a 0. Segundo a Stand With Us Brasil, instituição de ensino sobre Israel, tudo indica que os ataques foram organizados por grupos de imigrantes árabes.

"Falhamos com a comunidade judaica da Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, e ontem à noite falhamos novamente", disse o rei holandês ao presidente Isaac Herzog, durante em um telefonema na manhã desta sexta-feira (8).

Willem-Alexander expressou "profundo horror e choque" com os ataques e afirmou a Herzog que eles deveriam ser "inequivocamente condenados".

O rei disse que espera que as autoridades holandesas tomem medidas imediatas para garantir a segurança dos israelenses e judeus na Holanda no país daqui para frente.

A prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, também condenou os ataques, os descrevendo como uma "explosão" de antissemitismo que "não era vista há muito tempo".

"Homens em scooters cruzaram a cidade em busca de torcedores de futebol israelenses. Foi um atropelamento. Posso entender facilmente que isso traz de volta memórias de pogroms", declarou Halsema.

E acrescentou: "Nossa cidade foi profundamente danificada. A cultura judaica foi profundamente ameaçada. Esta é uma explosão de antissemitismo que espero nunca mais ver’.


Conforme o The Times of Israel, pelo menos 10 torcedores do Maccabi Tel Aviv ficaram feridos no ataque.

Centenas de outros israelenses permaneceram em seus hoteis por horas, temendo que pudessem ser atacados a caminho do aeroporto para embarcar em seus voos para casa.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu a ordem para o envio de dois aviões de resgate à Holanda, segundo informou seu gabinete nesta sexta-feira (08).

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram uma missão de resgate, com equipes médicas sendo enviadas em coordenação com o governo holandês.

A polícia de Amsterdã informou que 62 pessoas foram presas após o episódio antissemita. De acordo com o governo holândes, uma investigação já está em andamento.

Tribo não alcançada é impactada pelo Evangelho e indígenas são batizados

Após anos rejeitando o Evangelho, membros de uma tribo no Nordeste do Brasil finalmente começaram a se abrir para Cristo.

Fonte: Guiame, com informações da Baptist Press

Tribos foram alcançadas pela atuação de missionários no Brasil. (Foto: IMB)

Desde 2012, os missionários Mitchell e Liz Heinz trabalham com uma tribo que nunca tinha sido alcançada pelo Evangelho. Composta por cerca de 4.000 indígenas que vivem da agricultura, essa comunidade está dividida em 14 aldeias espalhadas por uma reserva de 30 mil hectares.

Ao longo dos últimos 12 anos, Mitchell e Liz visitaram regularmente as aldeias, construindo laços com as famílias e compartilhando o Evangelho através de histórias da Bíblia. Apesar de receberem os missionários com simpatia, as pessoas hesitavam em se converter ao cristianismo.

O maior obstáculo era a liderança tribal, que proibia qualquer membro da tribo de se tornar cristão, ameaçando aqueles que se mostrassem abertos à fé.

“Descobrimos que os líderes da tribo estavam nos vigiando e monitorando tudo que fazíamos”, contou Mitchell ao site Baptist Press. “Depois que saíamos das aldeias, eles interrogavam as famílias sobre o que dissemos e advertiam para que não nos recebessem mais.”

Em certa ocasião, um pajé tentou expulsar Mitchell e Liz da reserva, ameaçando as famílias que queriam saber mais sobre o Evangelho.

Nasce uma igreja debaixo do cajueiro

Em 2014, o casal conheceu Mara, a única cristã da tribo na época. Ela havia conhecido o Evangelho enquanto vivia em São Paulo e enfrentava perseguição constante por sua fé, mas não desistia.

“Passamos muito tempo com Mara e vimos que, embora sua igreja de origem tivesse algumas doutrinas questionáveis, ela parecia confiar sinceramente em Jesus e obedecer ao Evangelho”, disse Mitchell.

Mara aprofundou seu conhecimento na fé cristã e ajudou os missionários a alcançar outras famílias nas aldeias vizinhas.

O primeiro casal que Mara apresentou foi sua irmã e seu cunhado, que começaram a convidar os missionários para ensinarem a Palavra em sua casa. Eles se reuniam debaixo de um enorme cajueiro, onde Mitchell contava histórias da Bíblia.

Por dois anos, todas as semanas, o casal reunia amigos e familiares para estudarem as Escrituras. A cada encontro, parecia que a sede deles pela Palavra só aumentava.

“A fome deles pela Palavra aumentava a cada semana, então continuamos ensinando”, contou Mitchell.

A casa deles se tornou um ponto de encontro na aldeia, onde familiares, amigos, vizinhos e até mesmo líderes tribais apareciam para tomar um café. Foi o ambiente perfeito para começar uma igreja indígena.

Mitchell dirige até áreas remotas do Brasil. (Foto: IMB)

Experiência com a graça de Deus

Mesmo com advertências da liderança da tribo, a família permaneceu firme. Com o passar dos anos, outros membros da tribo também se converteram, e, em 2022, foi formada a primeira igreja indígena da tribo. Eles continuam se reunindo duas vezes por semana para estudar a Bíblia e orar.

Com o crescimento dos cristãos, aumentou também a perseguição. Léo e Luana, um casal de novos convertidos, chegaram a perder seus postos como professores na escola da aldeia por causa de sua fé — por influência de uma respeitada líder na tribo chamada Sue.

Até que, em maio deste ano, o filho mais velho de Sue desapareceu por duas semanas, e ela temia o pior. Léo foi até a casa dela para orar, juntamente com outros membros da igreja. Sue nunca imaginou que as pessoas que ela perseguia seriam tão amorosas e solidárias.

Na manhã seguinte, o filho de Sue voltou para casa. Deus demonstrou Sua misericórdia através da vida dos cristãos. Desde esse acontecimento, Sue mudou sua postura: parou de perseguir a igreja e agora está aberta a ouvir sobre Jesus.

A igreja continua crescendo e testemunhando o agir de Deus. O progresso é lento, mas novos membros estão sendo batizados, e a igreja se dedica a fazer novos discípulos, relata a Baptist Press.

“Hoje há mais abertura para o Evangelho do que havia quando Liz e eu começamos a trabalhar com essa tribo, há 12 anos”, disse Mitchell.

* Os nomes foram alterados por razões de segurança.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Com 11.000 anos de história, Jericó é cidade bíblica mais antiga do mundo

Localizada no coração do deserto da Judeia, escavações da década de 1950 revelaram descobertas arqueológicas significativas, incluindo o monte da tentação de Cristo.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem Post


Imagem panorâmica de Jericó atual. (Foto: Wikipedia)

Jericó, a cidade mais antiga do mundo, teve sua importância histórica reconhecida em 2023 ao ser incluída na Lista do Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Essa decisão destacou o valor cultural e arqueológico da região, sublinhando o status de Jericó como a cidade habitada mais antiga do mundo.

Localizada no coração do deserto da Judeia, com mais de 11.000 anos de história, Jericó se afirma como um local excepcional na trajetória da humanidade.

A cidade foi palco da batalha de Jericó, descrita no Livro de Josué, que marcou o primeiro combate travado na conquista de Canaã pelos israelitas.

A batalha é famosa pela queda triunfante das muralhas de Jericó, provocada pela marcha de israelitas tocando suas trombetas.

Primeiras civilizações

A antiga cidade de Jericó, correspondente ao local conhecido como Tell es-Sultan, proporciona uma visão única das primeiras civilizações humanas.

As escavações arqueológicas revelaram aproximadamente 70 casas pré-históricas e mais de 20 assentamentos sucessivos, evidenciando uma ocupação contínua por milênios.

As casas, de formato circular, foram construídas com argila e palha. O primeiro assentamento humano documentado em Jericó remonta a cerca de 9000 a.C., quando grupos de caçadores-coletores da cultura natufiana se estabeleceram na região.

Os grupos natufianos em Jericó aproveitaram a fonte Ein as-Sultan e as águas do rio Jordão, o que facilitou o desenvolvimento da agricultura e das primeiras tecnologias alimentares.

Essa transição para um estilo de vida sedentário representou uma evolução significativa do nomadismo para a produção de alimentos, com comunidades estabelecendo bases que ainda podem ser observadas hoje.

A transição para um estilo de vida sedentário não apenas alterou a maneira de viver, mas também impulsionou o desenvolvimento de ferramentas e objetos domésticos fundamentais para a convivência em comunidade.

Remanescentes do palácio de Herodes. (Foto: Wikipedia)

Jericó foi pioneira não apenas no sedentarismo, mas também na construção de infraestruturas defensivas. As comunidades ergueram muros de pedra que desempenhavam uma função dupla: proteger a população de ataques externos e regular os níveis de água de fontes adjacentes para prevenir inundações.

Características notáveis, como um muro de pedra com 3,5 metros de altura e uma torre circular de nove metros, evidenciam as avançadas habilidades de engenharia de seus antigos habitantes.

Torre de Jericó

Escavações em Tell es-Sultan, conduzidas pela arqueóloga britânica Kathleen Kenyon na década de 1950, revelaram descobertas arqueológicas significativas, incluindo a Torre de Jericó.

Os turistas podem explorar a Torre de Jericó, que oferece uma visão de como era a vida na antiguidade. Entre as descobertas arqueológicas mais notáveis em Jericó estão utensílios de cerâmica com inscrições pré-históricas. Essas peças de cerâmica foram utilizadas para conservar alimentos ou para cozinhar, indicando um desenvolvimento inicial de tecnologias alimentares na região.

Além disso, foram descobertos crânios cobertos com gesso e conchas colocadas nas órbitas oculares, sugerindo uma preocupação significativa com a adoração aos ancestrais e as crenças espirituais entre os antigos habitantes.

Esses restos revelam uma conexão profunda com a vida após a morte e um surpreendente nível de sofisticação cultural em uma época em que muitas sociedades ainda eram dependentes da caça e da coleta.

Hoje, Jericó possui uma rica herança histórica, com as ruínas de Tell es-Sultan como seu principal destaque, localizadas no centro histórico da cidade.

Tell es-Sultan abriga vestígios das primeiras civilizações e proporciona aos visitantes a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a história humana. Para os amantes da antiguidade ou para aqueles que desejam aprender mais sobre a história durante as férias, as ruínas de Tell es-Sultan são uma excelente opção de visita.

Fonte de Eliseu

A poucos metros das ruínas de Jericó encontra-se a Fonte de Eliseu, que se tornou um dos locais mais fotografados da cidade.

A Fonte de Eliseu se destaca tanto por sua arquitetura quanto por sua relevância arqueológica e cultural. Em suas paredes, está inscrita a frase "Cidade mais antiga do mundo". Essa distinção atrai milhares de visitantes anualmente.

Jericó também abriga vestígios do Califado Omíada, representados pelo Palácio de Hisham, construído por volta do ano 743-744.

O palácio se destaca por seus mosaicos e decorações em estuque, inspirados nos banhos da civilização romana. Essas obras resistiram ao passar do tempo, proporcionando uma visão do esplendor da arquitetura islâmica primitiva. Alguns restos do Palácio de Hisham estão preservados no Museu Rockefeller em Jerusalém, permitindo que o legado histórico do palácio transcenda as fronteiras de Jericó.

O Monte da Tentação

Outro lugar que merece atenção em Jericó é o Monte da Tentação. Reconhecido pelos fiéis por sua conexão com a Bíblia, é aqui que, segundo relatos bíblicos, Jesus passou quarenta dias em jejum e resistiu às tentações do diabo.

O Monte da Tentação é um dos principais mirantes de Jericó, cercado pela paisagem desértica da Judeia, e possui profundo significado espiritual para os crentes. A partir do Monte da Tentação, os visitantes podem contemplar a vasta extensão do deserto, compreendendo a importância histórica e cultural de Jericó.

Monte da Tentação, em Jericó. (Foto: Wikipedia)

O legado histórico de Jericó vai além de seu passado antigo. Os esforços contínuos de habitação e preservação da cidade possibilitaram que as ruínas de Tell es-Sultan fossem estudadas e apreciadas por arqueólogos e visitantes.

Apesar da passagem do tempo, essas estruturas evidenciam a fase sedentária da cidade, fornecendo provas da transição de um estilo de vida nômade para um sedentário. Essa mudança representou um marco na história ao permitir o desenvolvimento da agricultura na região.

‘Exaltamos o teu nome, Senhor’, diz Nadja Haddad pela alta do filho após 6 meses de UTI

A apresentadora publicou um vídeo do momento em que seu filho José recebeu alta da UTI neonatal, após 191 dias de internação.

Fonte: Guiame

Nadja Haddad e seu marido Danilo Joan na alta de José. (Captura de tela/Instagram/Nadja Haddad)

Em um vídeo publicado no Instagram, a jornalista Nadja Haddad, acompanhada de seu marido Danilo Joan e seu bebê de 6 meses, demonstra fé e gratidão a Deus pelo que ela descreve como “o maior milagre”.

“Nosso grande dia chegou. Deus honrou sua promessa na nossa vida. Cumpriu, completou a obra, e a gente vai embora para casa hoje. Vocês participaram de tudo com a gente, oraram, então, é muito justo que vocês participem. […] Eu nem dormi!”, disse Nadja nos Stories do Instagram antes de levar seu bebê para casa.

Agora, após uma luta pela vida de José, que nasceu prematuramente junto com seu gêmeo Antônio, que infelizmente não resistiu, o casal levou o filho para casa no último sábado (02).

Seis meses na UTI

José permaneceu internado na UTI neonatal do Hospital Pro-Matre, em São Paulo, por seis meses, lutando pela vida.

"Foram 191 dias de UTI, depois um parto tenso, prematuro, de apenas 23 semanas e três dias. Uma gestação fora do útero começou a acontecer dentro das incubadoras, que se tornaram os nossos porta-joias, e com o olhar de uma equipe médica que fez como anjos enviados por Deus.”


Nadja conta que os diagnósticos nem sempre foram bons, pois uma forte bactéria atacou seus meninos, ainda tão frágeis, levando Antonio a óbito.

“Deus decidiu recolher o nosso anjo Antônio e colocou José para lutar e vencer, com apenas 380 gramas e 16 dias de vida”, contou.

“Passamos a viver entre o luto e a esperança. Cheios de fé, e hoje preenchidos de muita gratidão, exaltamos o Teu nome, Senhor. A luta chegou ao fim, nós vamos para casa”, disse emocionada.

A apresentadora relata que os meninos uniram pessoas de todos os lugares em oração, e agradece:

“A você que fez parte dessa corrente de amor, nossa mais profunda gratidão. Com muita alegria, muita alegria, quero que conheçam o nosso pedido de oração: aquele por quem vocês orarão. E o nosso maior milagre, e o milagre tem nome, e o nome dele é José."

A fé da apresentadora já havia sido demonstrada publicamente quando, em janeiro de 2023, ela foi batizada nas águas na Igreja Lagoinha Alphaville, em São Paulo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cristão percorre sua região de bicicleta para evangelizar surdos

Após conhecer a Jesus, Aktash, que nasceu surdo, decidiu levar as boas-novas a outras pessoas que não escutam

Fonte: Portas Abertas

Aktash nasceu surdo em uma família muçulmana, por isso, nunca recebeu afeição dos pais. Mas, após se converter, 
a surdez se tornou uma ferramenta para alcançar um grupo

Aktash (pseudônimo) é um evangelista na Ásia Central de origem muçulmana que nasceu surdo. Muitos muçulmanos na região veem a surdez como uma maldição de Alá. Assim foi com Aktash, a família não se importava com ele e a sociedade o desprezava. Porém, um encontro com um cristão mudou sua vida para sempre. O homem surdo falou a ele sobre Jesus e, quando o aceitou como Senhor, experimentou uma cura miraculosa, física e espiritual.

Experimentar a rejeição o fez ter empatia por outras pessoas surdas. “É sempre difícil para nós, porque nascemos surdos. Quando o mundo nos olha, não nos entende. Eu nunca experimentei amor ou interação dos meus pais. Nunca nos sentamos juntos. Nunca falei sobre meus sonhos porque eles não me entendiam. Apesar de saberem que eu era surdo, todos meus irmãos escutavam, então eles nem tentaram aprender a língua de sinais para se comunicar comigo”, relembra.

Aktash se sentiu sozinho e queria ter outros como ele por perto. Quando conheceu o cristão surdo e soube sobre sua comunidade, ficou intrigado. “Eu queria estar entre os surdos. Ele me disse: ‘Há pessoas surdas, você pode ir e ver por si mesmo’. Então, comecei a ir por isso. Não tinha aceitado a Cristo, mas, para mim, era muito importante me comunicar com surdos. Quatro anos depois, em 2003, me converti”, relembra.

“A mudança em minha vida depois de aceitar a Cristo foi muito grande. Antes eu roubava e andava com pessoas que não eram boas”, conta. A fé de Aktash se aprofundou ao conhecer mais sobre Deus. “Eu comecei a estudar a palavra de Deus, orar e me aproximar dele, o que mudou minha vida. Eu sabia que se não fosse até os surdos, ninguém falaria a eles sobre Jesus”, disse. Pela primeira vez, sua deficiência não foi um impedimento, mas uma ferramenta para alcançar um grupo que desejava amor e aceitação, algo que apenas Deus pode dar.

O custo de carregar a mensagem de Cristo


Aktash pedala cerca de 50 a 60 quilômetros com sua bicicleta para compartilhar o evangelho com pessoas 
surdas na Ásia Central

Ele sabe os custos de ser um mensageiro de Cristo na Ásia Central, ainda assim, escolheu tornar esse seu objetivo de vida. “Sei que há muitas proibições, mas eu não poderia ficar em casa enquanto me dizem: ‘Essa pessoa surda morreu, aquela pessoa surda morreu’. Eu sei que elas não conheciam nada sobre Cristo, então percebi que Deus planejou esse caminho para mim. Eu sei que eles podem me prender se descobrirem que compartilho o evangelho, mas também sei que Deus não me deixará porque estou fazendo o trabalho dele”, afirma.

Assim Aktash começou seu ministério. “Primeiro, servi pessoas surdas que vivem perto de mim, a cerca de um ou dois quilômetros de distância. Mas ainda havia pessoas surdas que viviam mais distante. Eram 50 ou 60 quilômetros, então não conseguiria ir a pé, mas Deus me abençoou com uma bicicleta. Eu vou com minha bicicleta mesmo quando não há estradas”, disse. Ter um transporte permitiu que ele viajasse para onde sente que Deus está lhe dizendo para ir. “Quando compartilho a palavra, as pessoas surdas estão sedentas. Estou fazendo o trabalho de Deus apesar de todos os riscos.”

Desde a época em que aceitou a Jesus até agora, ele e sua família experimentaram a fidelidade de Deus de muitas formas, por isso confiam nele a cada dia. “Sou uma pessoa surda, mas quando vejo o trabalho de Deus, é como se ele dissesse: ‘Não se preocupe. Sirva-me e eu farei o resto’. Vejo isso nos milagres feitos em minha vida. Eu não tinha um lugar para morar, mas Deus nos deu uma casa. Quando ministro aos surdos, sei que meus três filhos estão em casa e é preciso alimentá-los e vesti-los. Fico fora de casa por semanas, mas, quando chego, há roupas e comida. Eu não entendo como, mas sei que Deus fez isso. Ele sempre faz milagres em minha vida. Eu faço o trabalho dele e ele faz o meu”, conclui.


Nos países da Ásia Central (Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão), a estimativa é que das 80,5 milhões de pessoas que vivem na região, 800 mil sejam surdas, cerca de 1% da população. Sua doação permite que cristãos surdos sejam alfabetizados e aprendam a língua de sinais, mudando sua realidade e perspectiva de futuro.

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Extremistas matam 200 pessoas em ataques em Burkina Faso

Certos da impunidade, jihadistas atacaram comunidade cristã por quatro dias

Fonte: Portas Abertas 

Onda de ataques gera a maior crise de deslocamento de cristãos em Burkina Faso / Foto: Portas Abertas

No início de outubro, ao menos 200 pessoas foram mortas na região Leste de Burkina Faso. Extremistas islâmicos atacaram a vila de Manni durante quatro dias seguidos. As ações começaram com o assassinato de 17 soldados de uma patrulha militar. Nos dias seguintes retornaram com o objetivo de matar mais pessoas da comunidade de maioria cristã.

Um dia depois de assassinar os militares, os radicais atacaram o mercado e muitas pessoas fugiram e se refugiaram em lojas e casas, mas os extremistas incendiaram os locais e fizeram mais vítimas fatais. Certos da impunidade, os jihadistas retornaram no dia seguinte, atearam fogo nos carros e atiraram em profissionais de saúde que socorriam os feridos no dia anterior.

Os radicais islâmicos queriam acabar com a vida de todos os sobreviventes do incidente anterior e retornaram à vila para matar somente os homens sobreviventes. Essa é uma tática usada para deixar mulheres e crianças vulneráveis a sequestros, casamentos e recrutamentos forçados.

De acordo com a agência Fides, muitas das vítimas desses ataques eram deslocados, que haviam fugido de suas casas e comunidades por causa da violência de grupos armados e de extremistas. Os sobreviventes dos ataques, incluindo muitos cristãos, deixaram a vila de Manni.

O líder de campo do trabalho da organização na África Ocidental explicou que há um trabalho para localizar as pessoas que fugiram do vilarejo para comunidades vizinhas para apoiá-los em suas diversas necessidades. O projeto de socorro a cristãos deslocados, que já estava planejado, precisou ser suspenso.

Ataques constantes

No mês de agosto, o grupo jihadista Jama’t Nusrat al-Islam wa al-Muslimin (JNIM) atacou os habitantes de Barsalogho, na província de Sanmatenga, enquanto cavavam trincheiras. Estimativas iniciais indicavam que entre 300 e 400 pessoas, principalmente civis, foram mortas.

No entanto, relatórios recentes indicam que 600 pessoas morreram nesse ataque. Pelo menos 28 das vítimas eram cristãs e as demais eram soldados e membros dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP).

No dia seguinte, outro grupo jihadista afiliado ao JNIM atacou a Igreja Christian Alliance na vila de Kounla. Os agressores alvejaram lares cristãos, forçaram os homens a entrarem na igreja e executarem 30 deles. Fontes locais dizem que 27 das vítimas eram cristãs."

O país está em 20º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, documento publicado anualmente pela Portas Abertas e que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos.

Perseguição a cristãos em Burkina Faso

A instabilidade política após dois golpes militares favoreceu a ação de grupos extremistas islâmicos e aumentou o número de ataques violentos. O país tem uma das crises de deslocamento mais graves do mundo – com muitos cristãos entre os deslocados. O governo militar enfrenta acusações de crimes de guerra. Nesse contexto, aqueles que tentam seguir a Jesus em Burkina Faso sentem-se inseguros.

Burkina Faso, que costumava ser modelo de tolerância religiosa, agora é palco de desentendimento entre muçulmanos e cristãos. Agora, além de enfrentarem violência e ameaças de jihadistas, os cristãos de origem muçulmana são pressionados e ameaçados por parte da família e da comunidade. Muitos têm medo de compartilhar a fé em público porque podem ser rejeitados pelos parentes e forçados a renunciar à fé em Jesus.

“Vivo o tempo todo com medo, sempre que ouço um tiro fico apavorada, achando que eles voltaram para matar todos nós, disse Fati, cristã de Burkina Faso que teve sua casa atacada por grupos radicais muçulmanos. Acesse o vídeo e conheça a história completa de Fati e sua família.

Pelo fim da violência na África Subsaariana

A violência contra cristãos em toda a África Subsaariana é inimaginável. A Portas Abertas pesquisa o problema há anos e, entre outubro de 2022 e setembro de 2023, dos 15 países onde cristãos enfrentaram a perseguição mais violenta por causa da fé, 12 estão na África Subsaariana.

Há dois países, além da Nigéria, onde a situação é mais preocupante: Burkina Faso e Mali, que juntos contabilizam mais da metade das mortes na região. Ambos registraram um grande aumento nos números de ataques. Apesar disso, a igreja local é resiliente e continua crescendo. Cristãos corajosos garantem que o evangelho seja vivido mesmo sob circunstâncias difíceis.

Você pode ajudar, participando da campanha global Desperta África de diversas formas, uma delas é assinando uma petição que pede por proteção, justiça e restauração da população vítima da violência na África Subsaariana. Assine agora a petição global.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Cristã é sentenciada à morte no Paquistão

Mais uma seguidora de Jesus foi acusada de blasfemar contra Maomé no WhatsApp

Fonte: Portas Abertas

Assim como Shagufta, Asia Bibi (foto) também foi condenada a morte. Bibi foi libertada anos após sua sentença
 foto: Portas Abertas

A cristã Shagufta Kiran foi condenada à morte acusada de blasfemar contra Maomé no Paquistão. Em setembro de 2020, a seguidora de Jesus de 40 anos encaminhou uma mensagem em um grupo de WhatsApp e foi denunciada às autoridades por Shiraz Ahmad Farooqi.

Em julho de 2021, o caso foi registrado contra Shagufta no Centro de Denúncias de Crime Cibernético, na capital Islamabad. No dia 29 do mesmo mês, a cristã, o marido e os quatro filhos foram presos. Mas apenas Shagufta ficou detida e foi considerada culpada na audiência em 18 de setembro de 2024.

A corte paquistanesa ainda condenou a cristã a pagar uma multa equivalente a mais de seis mil reais. Além disso, Shagufta também deve cumprir sete anos de prisão e pagar outra quantia correspondente a mais de dois mil reais. De acordo com a advogada da cristã paquistanesa, ela encaminhou a mensagem sem ler e a família apelará à Suprema Corte.

Shagufta cumpre pena na prisão de Rawalpindi Adiala e está confinada em uma cela solitária. A seguidora de Jesus corre risco de ser assediada e morta por muçulmanos radicais, assim como já aconteceu com outros cristãos acusados pela lei de blasfêmia no Paquistão.

De acordo com a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa, mais de 2.100 pessoas foram acusadas de blasfêmia no Paquistão desde 1987. A Portas Abertas já noticiou casos de seguidores condenados sob denúncias falsas de falar contra a fé islâmica, um destaque mundial foi da cristã Asia Bibi.

Perseguição a cristãos no Paquistão

O ataque devastador à comunidade cristã em Jaranwala, em agosto de 2023, foi um lembrete preocupante do ambiente hostil que muitos cristãos enfrentam no Paquistão. O ataque a mais de 20 igrejas e quase 100 casas foi uma resposta às alegações de que dois cristãos tinham profanado o Alcorão.

As notórias leis de blasfêmia do Paquistão são, muitas vezes, usadas para tornar grupos minoritários um alvo, mas cristãos são afetados de maneira desproporcional. De fato, aproximadamente um quarto de todas as acusações de blasfêmia visam cristãos, que são apenas 1,8% da população.

Cristãos são visados de outras maneiras também, pública e sutilmente. O número de meninas cristãs (e de outras religiões minoritárias) sequestradas, abusadas e forçadas a se converterem ao islamismo (frequentemente com apoio de tribunais) está crescendo, enquanto igrejas que se engajam em evangelismo diminuem. Todos os cristãos enfrentam discriminação institucionalizada. Ocupações que são consideradas inferiores, sujas e degradantes – como trabalhar como limpador de esgoto ou em uma olaria – são reservadas pelas autoridades para cristãos. Muitos são chamados de “chura”, um termo pejorativo que significa imundo.

Igrejas históricas têm certa liberdade para adorar e fazer outras atividades. Entretanto, são monitoradas intensamente e alvo de ataques a bomba.

O Paquistão está em 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Missão leva 2 milhões de livretos evangelísticos ao Peru: ‘Nunca ouviram o Evangelho’

Um pastor local ajudou a distribuir os livros para comunidades não alcançadas.

Fonte: Guiame, com informações de Mission Network News

Livretos evangelísticos sendo transportados. (Foto: Reprodução/Facebook/World Missionary Press)

Recentemente, o ministério World Missionary Press (WMP) entregou 2 milhões de livretos evangelísticos a um pastor no Peru, com o objetivo de apresentar Jesus a comunidades remotas.

Helen Williams, da WMP, contou que a ação ocorreu depois que uma peruana em outro país entrou em contato com eles.

“Ela nos enviou uma lista de 10 pastores no Peru que precisavam de literatura [cristã] e estava disposta a trabalhar para entregar o contêiner”, explicou Helen à Mission Network News.

Um dos líderes da igreja era o pastor Lopez, que mora no sul do Peru: “Ele estava nos contando sobre todas essas pequenas vilas e cidades não alcançadas que estavam meio fora do caminho”.

“Recentemente, nós enviamos um contêiner para ele. Ele recebeu um contêiner com 2 milhões de livretos. A mulher que entrou em contato conosco primeiro o ajudou a importá-lo”, acrescentou Helen.

‘Nunca ouviram o Evangelho’

O ministério informou que tudo aconteceu como um trabalho em equipe. Desde os parceiros nacionais até a impressão, embalagem, carregamento, condução e envio dos materiais.

Atualmente, a WMP produz 11 milhões de livretos por mês e os envia para lugares como Chade, Honduras, Botsuana e muitos outros.

O pastor Lopez enviou um relatório informando a quantidade de caixas que foram distribuídas e os locais.

“Um dos vídeos que eles enviaram tinha uma foto de crianças com nosso livreto, 'The Way to God' (‘O Caminho para Deus’), que foi escrito para crianças em espanhol. A legenda é 'Nada como isso jamais entrou em sua aldeia'”, relatou Helen.

E continuou: “Eles nunca tinham visto nada parecido ou ouvido essa mensagem. É emocionante quando ouvimos esses relatos”.

A líder relatou que é provável que eles enviem ao pastor Lopez outro lote de livretos das Escrituras e estudos bíblicos para distribuição.

“Deus está realmente se movendo no mundo. Vemos isso em tantos países, em tantas áreas, até mesmo na Europa”, declarou Helen.

“Continue orando e confiando no Senhor que Ele honrará Sua Palavra conforme ela for compartilhada. Seja encorajado. Deus está trabalhando”, concluiu.

Cristãos são vítimas de violência no Sul da Ásia

Saiba como a Portas Abertas auxilia esses cristãos por meio de parceiros locais que atendem suas principais necessidades

Fonte: Portas Abertas 

Após serem atacados, Narendran e Kavita receberam cesta básica e uma máquina de costura, que lhes permitiu abrir um negócio e continuar com o ministério na Índia

Muitos cristãos no Sul da Ásia enfrentam dificuldades por amor a Jesus, como ser vítimas de violência e não poder estar em comunhão com outros cristãos. Por isso, é tão necessário que recebam apoio na caminhada de fé. No caso de Narendran* e Kavita*, quando parceiros locais da Portas Abertas na Índia souberam o que aconteceu, foram orar com o casal ferido e prover comida para eles, pois estavam com dificuldade para suprir as necessidades básicas da família. Suas doações ajudaram os parceiros locais a dar uma máquina de costura para Narendran e Kavita, com a qual abriram um pequeno negócio.

“Parceiros da Portas Abertas nos apoiaram com orações e ajuda prática, e assim pudemos continuar nosso ministério. Estaríamos com medo e ansiedade caso vocês não viessem nos ajudar”, disse Kavita.

Em 2023, Lai* foi uma das 30 participantes no treinamento de discipulado contextualizado para o ministério de mulheres, conduzido por parceiros locais no Laos e apoiado pela Portas Abertas. Ela conta: “Isso me ajudou muito a ter mais confiança. Antes, eu era tímida, não conseguia falar e sempre gaguejava, não sabendo como liderar e orar. Mas, após o treinamento, ganhei confiança e agora lidero um grupo de oito mulheres da minha igreja. Eu as ajudo a crescer em sua vida espiritual e as encorajo a serem fortes”.

Essa atividade apoiada pela Portas Abertas visa preparar pessoas para atuar em ministérios de mulheres, jovens e crianças. O treinamento inclui o desenvolvimento contextualizado de currículo e materiais, bem como a preparação de participantes que discipulem os grupos alvo de maneira relevante. O treinamento para cada grupo é feito separadamente, mas de forma simultânea.

Lai participou do treinamento de discipulado para mulheres. Ela contribuiu no desenvolvimento de materiais e na identificação de métodos de ensino e técnicas relevantes para discipular mulheres em seu contexto. Após o período prático, ela começou a liderar um pequeno grupo. Lai compartilha: “Ao longo do treinamento, eu era lembrada que mulheres também são criadas por Deus e filhas dele. Eu agora motivo mulheres em minha igreja a falar e as lidero em oração e comunhão. Também as ensino a estarem próximas de Deus e, juntas, compartilhamos o evangelho”.

Deus tornou tudo possível para nós’

As irmãs Anita e Anisha, que foram torturadas física, mental e verbalmente durante seis anos pelo pai e pelo irmão no Nepal, receberam ajuda financeira e treinamento vocacional

Anita e Anisha foram auxiliadas por parceiros locais no Nepal. “Somos gratas a nosso pastor e a todos os cristãos que nos ajudaram com constante assistência financeira. Eles compraram tudo o que tem nesse quarto, incluindo cama, lençóis, cobertores, fogão, botijão de gás e utensílios. Não tivemos que nos preocupar com nossas necessidades, Deus tornou tudo possível para nós”, conta Anisha com gratidão a Deus e a seu povo.

Parceiros locais da Portas Abertas se encontraram com elas e proveram ajuda financeira para pagar o aluguel por seis meses e um treinamento vocacional na área da beleza para Anisha. Apesar de ser um curso de seis meses, ela completou em apenas três. Ela já sabe maquiar e fazer penteados e está fazendo curso de manicure. “Somos gratas por todas as orações e apoio financeiro. Agora tenho uma habilidade, o que me ajudou a ganhar confiança. Com isso, poderemos começar nosso próprio salão de beleza mais para frente”, conta Anisha.

Ela também participou do treinamento de preparação para a perseguição conduzido por parceiros da Portas Abertas. “Eu vejo cristãos enfrentando uma perseguição terrível, a ponto de perder a vida por Cristo. Sinto que nosso sofrimento comparado ao deles não é nada e que ainda há muito mais a enfrentar. Precisamos crescer em nossa fé e nos tornarmos mais fortes”, compartilha. Com gratidão, Anisha diz aos parceiros: “Nossa família nos abandonou, mas vocês se tornaram nossos guardiões. Muito obrigado por isso e que Deus abençoe vocês ainda mais”.

*Nomes alterados por segurança.


A Portas Abertas oferece suporte prático e espiritual a cristãos vítimas de pressão e violência na região. Uma contribuição garante ajuda emergencial para cristãos afetados por perseguição violenta no Sul da Ásia. Ajude a tornar isso possível.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Cristãos de 54 nações celebram Festa dos Tabernáculos em Israel

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu.

Fonte: Guiame, com informações da CBN News


Mais de 50 nações marcham na Festa dos tabernáculos, em Israel. (Captura de tela/CBN News)

Apesar de Israel estar enfrentando uma guerra em sete frentes, os cristãos estão se reunindo em Jerusalém para uma demonstração de unidade durante a Festa dos Tabernáculos, conhecida em Israel como Sucot.

Enfrentando o medo da guerra e as dificuldades de viagem causadas por cancelamentos de voos, os cristãos ainda assim chegaram em Israel para participar da celebração bíblica.

Eles visitaram comunidades do sul de Israel que foram devastadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, ouviram o relato de um soldado das Forças de Defesa de Israel e, na quinta noite da festa, o presidente Isaac Herzog os recebeu no Museu da Torre de Davi, em Jerusalém.

O presidente Isaac Herzog recebeu as caravanas no Museu da Torre de Davi. (Captura de tela/CBN News)

Em seu discurso, Herzog disse à multidão de cristãos:

"Neste momento de tanta dor, a sua reunião aqui diz de forma clara e alta: há uma resposta ao ódio, há uma resposta à brutalidade, há uma resposta ao mal. Assim como tantas comunidades cristãs ao redor do mundo, vocês se uniram ao povo judeu em nossa hora de escuridão."

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu e dizer: "Vocês não estão sozinhos."

David Parsons, porta-voz sênior da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, disse à CBN News: "É a maior missão de solidariedade a Israel desde que a guerra começou em 7 de outubro do ano passado – e é uma missão de solidariedade cristã."

Cristãos visitaram locais devastados pelos terroristas do Hamas. (Captura de tela/CBN News)

Parsons acredita que a mensagem é clara.

"Queremos dizer ao povo de Israel que todas essas acusações de genocídio contra eles, todas as acusações e as tentativas de envergonhá-los, ou a qualquer pessoa que os apoie, nós estaremos aqui ao lado deles, sabendo que eles estão lutando uma guerra justa de maneira moral", afirmou Parsons.

Exército de Gideão

O ICEJ tem realizado celebrações anuais desde 1980, atraindo milhares de participantes a cada edição. No entanto, Parsons considera o encontro deste ano como algo único.

"Este é um exército de Gideão. Quando o Senhor disse a Gideão para enviar o povo de volta para casa, ele disse que, se estivessem com medo, poderiam ir. Portanto, temos um grupo de pessoas de fé de alto nível que vieram aqui para fazer esta declaração de apoio a Israel", declarou Parsons.

Delegações de 54 países, incluindo alguns que não têm laços diplomáticos formais com Israel, trouxeram suas bandeiras na chamada das nações. O evento também contou com a presença de um cristão iraniano.

Eles se uniram em uma canção original sobre a liberdade dos reféns, inspirada no Salmo 126. A letra sonha sobre como o povo de Israel se alegrará quando os cativos forem libertados.

O membro do Knesset e ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, saudou os cristãos em nome do governo.

"Acho que o ICEJ é um dos segredos bem conhecidos do sucesso de Israel. O apoio que vocês nos oferecem em tempos bons e, hoje, em tempos difíceis, não deve ser dado como garantido. E estou aqui para saudá-los", declarou Barkat.

Maior delegação

A maior delegação deste ano era a da Alemanha.

Gottfried Bühler, que trabalha com o ICEJ na Alemanha, nos disse: "Temos 65 pessoas participando. E por que estamos aqui? Queremos mostrar solidariedade nestes dias críticos para Israel, para o povo judeu e para o Estado de Israel."

Bühler observou que, embora eles possam ter medo entre alguns na multidão, como cristãos que confiam na Bíblia, eles foram ousados ​​o suficiente para vir.

"A Alemanha tem uma história com o povo judeu, de 80 anos atrás. E essas pessoas estão assumindo a responsabilidade – elas não querem que a história se repita", declarou ele.

‘Amigos na África do Sul’

Vivienne Myburgh, do ICEJ-África do Sul, afirma que a postura anti-Israel de seu governo não reflete a opinião de toda a população.

"Há muitas pessoas orando por Israel. Muitas estão apoiando Israel em diversos níveis, financeiramente, em oração e defendendo sua causa", disse Myburgh.

Os apoiadores de Israel na África do Sul estão seguindo a injunção bíblica de celebrar a festa em Jerusalém e de estar ao lado de Israel. Ela observou que o ato de solidariedade dos cristãos emocionou muitos.

"Nosso objetivo foi alcançar as pessoas, trouxemos presentes e cartas para encorajá-las, e elas estão se sentindo muito incentivadas", relatou ela.

Um dos objetivos de Myburgh é deixar os israelenses saberem que eles têm muitos amigos na África do Sul.

"Estamos ao seu lado e continuaremos a orar por vocês, a orar para que seus reféns voltem para casa, a orar pela proteção de seus soldados em Gaza e na fronteira norte", disse ela. "E sabemos que Deus está vigiando vocês. Sabemos que Ele está cumprindo Seus planos e propósitos na nação de Israel hoje, e nos sentimos abençoados por fazer parte disso."

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Israel fará ‘Dia Nacional de Luto’ pelo ataque de 7 de outubro segundo calendário hebraico

O “Dia Nacional de Luto” será realizado de acordo com a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei, que cai em 26 e 27 de outubro.

Fonte: Guiame, com informações do All Israel News

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro para marcar o início das cerimônias. (Foto: Pixabay/Bruce Emmerling)

O primeiro aniversário da invasão feita pelo Hamas em 7 de outubro e do ataque terrorista ao sul de Israel foi marcado de acordo com o calendário gregoriano.

Na semana passada, o governo israelense anunciou que um “Dia Nacional de Luto” será realizado segundo a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei.

O massacre de 7 de outubro de 2023 ocorreu durante o feriado judaico de Simchat Torah (22 de Tishrei), quando cerimônias de estado não são realizadas.

Este ano, o dia seguinte a Simchat Torah cai em uma sexta-feira, portanto, o dia de luto começará às 19h45 do sábado, 26 de outubro, e terminará 24 horas depois, no domingo, 27 de outubro.

A Simchat Torah ocorre após a Festa dos Tabernáculos e é uma celebração judaica que marca o encerramento e o reinício da leitura pública do livro sagrado do judaísmo.

Duas cerimônias

O Estado de Israel está planejando realizar duas cerimônias memoriais de estado no Monte Herzl, em Jerusalém.

A primeira homenageará as forças de segurança que foram assassinadas ou caíram em combate com terroristas do Hamas no dia sombrio que os israelenses chamam de "Black Shabbat".

A segunda cerimônia memorial é dedicada aos civis e às forças de resgate que foram assassinados durante o ataque de 7 de outubro de 2023.

Naquele dia, uma força de ataque liderada pelo Hamas, composta por cerca de 6.000 terroristas palestinos de Gaza, lançou um ataque de mísseis e foguetes nas primeiras horas da manhã e, em seguida, invadiu o sul de Israel por terra, mar e ar, resultando no massacre de 1.200 israelenses, a maioria civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Os terroristas também sequestraram 251 israelenses e estrangeiros, vivos e mortos, levando-os para a Faixa de Gaza, sendo que 97 deles ainda estão presos.

O governo Benjamin Netanyahu nomeou a ministra de Transporte e Infraestrutura, Miri Regev, para ser responsável por ambas as cerimônias memoriais de estado.

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro às 06:29 para marcar o início das cerimônias. Além disso, o governo israelense solicitou aos ministros da Defesa e da Educação que conduzissem atividades de bravura, memória e esperança nas escolas e entre os soldados israelenses.

"Os eventos de 7 de outubro são o maior ataque terrorista na história do Estado de Israel. Portanto, de acordo com a decisão do governo, o primeiro aniversário do horrível massacre será comemorado como um dia nacional de luto no Estado de Israel”, anunciou o governo em um comunicado.

“Além disso, todos os anos, próximo a Simchat Torah, cerimônias memoriais serão realizadas pelo Estado de Israel em memória dos caídos e dos assassinados. O Estado de Israel baixará a cabeça neste dia e dedicará a memória e a bravura de seus amados filhos e filhas, vítimas de batalha, vítimas do ataque e vítimas dos bombardeios desde 7 de outubro".

Hamas e Hezbollah

O ataque de 7 de outubro a Israel já foi comparado tanto ao ataque do Japão a Pearl Harbor em 1941 quanto aos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA, 60 anos depois.

Embora 7 de outubro continue sendo o pior ataque terrorista da história moderna de Israel, há relatos de que o Hamas teria planejado um ataque ainda maior e mais letal contra o Estado judeu.

Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram documentos revelando que o Hamas vinha planejando um ataque terrorista semelhante ao de 11 de setembro em Tel Aviv e Jerusalém há anos, com o apoio de seu principal patrocinador, o regime iraniano, e suas forças representativas no Líbano, o grupo terrorista Hezbollah.