sábado, 23 de maio de 2020

Arqueólogos revelam que manuscrito do Mar Morto pode se referir a Ezequiel 46:1-3

Fonte: Gospel Mais Por Will R. Filho


À arqueologia bíblica é uma das áreas mais fascinantes da teologia cristã para muitos estudiosos do campo. E não é por acaso, visto que a maioria das descobertas arqueológicas confirmam a veracidade das narrativas encontradas nos textos bíblicos.

Uma das obras clássicas da arqueologia bíblica que narra fatos pertinentes às descobertas históricas sobre a veracidade dos textos bíblicos é o livro chamado “E a Bíblia Tinha Razão”, do autor Werner Keller.

O livro de mais de 400 páginas cita, por exemplo, as descobertas dos Manuscritos de Qumran, na região do Mar Morto, encontrados em cavernas no fim da década de 1940 e durante a década de 1950.

Os manuscritos foram estudados por gerações, mas só recentemente arqueólogos revelaram que parte do material pode se referir ao trecho bíblico do livro de Ezequiel 46:1-3, o que significa mais uma evidência textual da veracidade do Antigo Testamento.

“O fragmento mais substancial tem restos de quatro linhas de texto com 15 a 16 letras, a maioria das quais é apenas parcialmente preservada, mas a palavra Shabat (sábado) pode ser lida com clareza”, afirmou a Universidade de Manchester em comunicado.

A Universidade de Manchester foi a responsável por revelar uma nova técnica de leitura textual que permitiu decifrar o trecho do manuscrito que faz referência à Ezequiel 46:1-3, segundo informações da CNN.

O pesquisador Joan Taylor, do King’s College London, foi um dos pioneiros no estudo dos manuscritos do Mar Morto. Ele comentou a importância da atual descoberta e como ela deve reforçar os indícios até então existentes sobre a autenticidade dos pergaminhos à luz da história.

“Com novas técnicas para revelar textos antigos agora disponíveis, senti que precisávamos saber se essas cartas poderiam ser expostas”, afirmou Taylor no comunicado.

“Há apenas alguns em cada fragmento, mas são como peças que faltam de um quebra-cabeça […]”, destacou, apontando a dificuldade da decifração do conteúdo dos textos, mas também otimismo por saber que, assim como todo quebra-cabeças, é possível juntar as suas peças.