terça-feira, 13 de novembro de 2018

Grandes empresas britânicas planejam implantar microchips nos funcionários

Sindicatos reclamam que implante resultará em “controle” demasiado


por Jarbas Aragão

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Jowan Österlund com microchip. (Foto: James Brooks/AP)

Alguns dos maiores sindicatos de trabalhadores do Reino Unido estão protestando contra o anúncio de que grandes empresas poderão implantar microchips em seus funcionários para “aumentar a segurança”.

A empresa sueca Biohax já implantou mais de 4 mil microchips na Suécia. Agora, anunciou que está negociando com várias empresas financeiras e jurídicas a possibilidade de se colocar microchips nos trabalhadores britânicos.

Estes implantes, do tamanho de um grão de arroz, podem ser colocados nos dedos e permitem, por exemplo, abrir e fechar portas, aceder a computadores bloqueados ou armazenar dados médicos.

Por sua vez, a BioTeq, com sede em Londres, revela que já implantou de forma experimental chips em funcionários de algumas empresas de engenharia e do mundo das finanças.

Há um banco atualmente testando a tecnologia e os microchips, que custam entre 70 e 260 libras por pessoa. Também enviou modelos para pessoas interessadas em países como Espanha, França, Alemanha, Japão e China.

Eles são do mesmo tipo usado em animais de estimação. Do tamanho de um grão de areia, são colocados na mão dos usuários e lhes permite abrir portas, substituir senhas de computador e também guardam dados médicos. Há modelos com GPS, que podem fornecer a localização em tempo real.
Violação de privacidade

Os sindicatos mostram-se preocupados com o controle que os patrões poderão exercer sobre os funcionários que carreguem o chip.

A Confederação da Indústria Britânica, que representa 190 mil empresas do Reino Unido, e a central sindical nacional o Trades Union Congress (TUC), disseram que “Embora a tecnologia esteja mudando a forma como trabalhamos, isto deixa espaço para algumas leituras desconfortáveis. As empresas deviam concentrar-se em prioridades mais imediatas e focar-se em ouvir os funcionários”.

Eles afirmam, de acordo com o The Guardian, que “há funcionários preocupados com os empregadores usarem a tecnologia para controlar e micro gerenciar seu trabalho, abolindo seus direitos à privacidade”.

A porta-voz da TUC, Frances O’Gradysaid, aponta que “o uso de microchip proporcionaria aos chefes ainda mais poder e controle sobre seus funcionários. Há riscos óbvios envolvidos, e os empregadores não devem ignorá-los isso nem pressionar a equipe para realizar implantes”.

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br

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