terça-feira, 6 de novembro de 2018

Após anúncio de Bolsonaro, outros países planejam mudar embaixadas para Jerusalém

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu tem trabalhado para fortalecer os laços dentro da União Europeia.

Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (direita) com os líderes da Bulgária, Sérvia, Grécia e Romênia em Varna. (Foto: EPA)
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (direita) com os líderes da Bulgária, Sérvia, Grécia e Romênia em Varna. (Foto: EPA)
Depois que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) declarou ao jornal israelense Israel Hayom que planeja transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, um alto oficial diplomático disse à publicação que outros países também devem anunciar a transferência de suas embaixadas. A República Tcheca deve ser o primeiro deles a fazer a mudança.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a decisão de Bolsonaro como “um passo histórico, correto e comovente”.

O oficial disse que o assunto veio à tona no fim de semana, durante uma visita oficial de Netanyahu a Varna, na Bulgária, como parte dos esforços de Israel para fortalecer os laços dentro da União Europeia.

O mesmo oficial revelou que Israel estava examinando a possibilidade de iniciar associações intra-europeias, a fim de diminuir a transferência de fundos para organizações de esquerda. O oficial avaliou que Israel poderia encontrar um terreno comum com muitos países dentro da Europa em sua campanha contra a política de apoio a ONGs anti-Israel.

Netanyahu pediu à primeira-ministra da Romênia, Viorica Dăncilă, que em breve assumirá o papel de presidente rotativa da União Europeia, para usar seu papel para influenciar o tratamento da UE a Israel.

No Fórum de Craiova, em Varna, Netanyahu revelou que Israel recentemente impediu dezenas de ataques terroristas em solo europeu, inclusive na Dinamarca.

Relações palestinas

O oficial ainda revelou que Netanyahu se encontrou recentemente com o ministro das Relações Exteriores de Omã, Yusuf bin Alawi, que estava em Ramallah, na Cisjordânia, para uma reunião com funcionários da Autoridade Palestina.

Oficiais em Jerusalém ficaram impressionados com as observações conciliatórias do ministro das Relações Exteriores, que foram criticadas em todo o mundo árabe.

O oficial se recusou a comentar uma publicação do jornal pan-árabe Asharq Al-Awsat, sediado em Londres, na última sexta-feira (2), segundo o qual Netanyahu deveria visitar outro país do Golfo Árabe em breve.

O ministro das Relações Exteriores palestino em Ramallah se recusou a comentar oficialmente as declarações de Bolsonaro, mas um oficial diplomático palestino disse a Israel Hayom que o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, levantou a questão em uma reunião com o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi no Cairo no fim de semana.

Abbas compartilhou com El-Sisi as preocupações dos palestinos sobre as intenções de Bolsonaro e pediu ao Cairo para usar sua influência para pressionar os brasileiros a não mudarem sua política externa. O funcionário enfatizou que o Ministério das Relações Exteriores palestino começou a se preparar para a possibilidade de Bolsonaro ordenar a transferência da embaixada e rebaixar o status da embaixada da Palestina em Brasília.

“Ainda é muito cedo para dar passos, porque até agora são apenas declarações”, disse o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben. “Acredito que o sistema político no Brasil irá garantir que o presidente eleito atue de acordo com o direito internacional”.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ISRAEL HAYOM

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