O crime teria ocorrido, porque o pai permitiu a fuga de sua família da cidade de Mosul, no Iraque. Enquanto cometia o assassinato, o terrorista pediu que tudo fosse filmado.
Terrorista do Estado Islâmico se prepara para decapitar vítima. (Imagem: Youtube)
Um militante do Estado Islâmico, residente do maior reduto iraquiano do grupo de Mosul decapitou seu próprio pai, porque ele supostamente teria insultado o líder do grupo terrorista.
De acordo com a 'BAS News', uma fonte local em Mosul disse à agência de notícias em língua árabe 'Al-Sumaria' que o jihadista decapitou seu próprio, pai porque ele teria chamado o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, de "cachorro" e também teria criticado a ideologia muçulmana violenta do grupo militante.
A fonte também explicou que a decapitação ocorreu em público, na última quarta-feira (12), no centro da cidade de Mosul.
Esta não é a primeira vez que um militante do Estado Islâmico foi o responsável pela execução de seus próprios parentes e provavelmente não será a última.
Em agosto, a agência Iraqi News informou que o outro militante do Estado Islâmico (também da área de Mosul), decapitou seu próprio pai, porque o homem teria permitido que sua família fugisse da cidade, que tem sido mantida sob domínio do Estado Islâmico desde 2014.
Como se não fosse crueldade o suficiente, matar seu próprio pai, o militante também filmou cuidou para que toda a execução fosse filmada.
"Um membro do Estado Islãmico decapitou seu próprio pai na última quinta-feira à noite, na região de Ghazlani, a oeste de Nínive", disse a fonte. "O ataque aconteceu, porque o pai teria aprovado a fuga de sua família do bairro de Makhmour, região sul de Mosul".
"O assassino ainda convidou outros terroristas para filmar toda a execução", acrescentou a fonte.
A notícia do pai sendo decapitado em Mosul por seu próprio filho surge em um contexto de tensão, enquanto as forças iraquianas, auxiliadas por 5.000 soldados norte-americanos, se preparam para resgatar a segunda maior cidade do Iraque do domínio do Estado Islâmico. Como foi relatado nas últimas semanas, a ofensiva em Mosul começou oficialmente na última segunda-feira de manhã.
O premiê iraquiano, Haider al-Abadi fez um discurso televisionado na segunda-feira para anunciar que as forças iraquianas começaram a luta contra o Estado Islâmico na periferia de Mosul.
Genocídio
Em março deste ano, o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry declarou oficialmente que os cristãos e outras minorias no Oriente Médio estão enfrentando o genocídio praticado por grupos terroristas, como o Estado Islâmico.
No entanto, grupos como o Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ) estão pressionando as autoridades para que mais seja feito para ajudar aqueles que estão sendo perseguidos.
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