sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Extremistas matam 200 pessoas em ataques em Burkina Faso

Certos da impunidade, jihadistas atacaram comunidade cristã por quatro dias

Fonte: Portas Abertas 

Onda de ataques gera a maior crise de deslocamento de cristãos em Burkina Faso / Foto: Portas Abertas

No início de outubro, ao menos 200 pessoas foram mortas na região Leste de Burkina Faso. Extremistas islâmicos atacaram a vila de Manni durante quatro dias seguidos. As ações começaram com o assassinato de 17 soldados de uma patrulha militar. Nos dias seguintes retornaram com o objetivo de matar mais pessoas da comunidade de maioria cristã.

Um dia depois de assassinar os militares, os radicais atacaram o mercado e muitas pessoas fugiram e se refugiaram em lojas e casas, mas os extremistas incendiaram os locais e fizeram mais vítimas fatais. Certos da impunidade, os jihadistas retornaram no dia seguinte, atearam fogo nos carros e atiraram em profissionais de saúde que socorriam os feridos no dia anterior.

Os radicais islâmicos queriam acabar com a vida de todos os sobreviventes do incidente anterior e retornaram à vila para matar somente os homens sobreviventes. Essa é uma tática usada para deixar mulheres e crianças vulneráveis a sequestros, casamentos e recrutamentos forçados.

De acordo com a agência Fides, muitas das vítimas desses ataques eram deslocados, que haviam fugido de suas casas e comunidades por causa da violência de grupos armados e de extremistas. Os sobreviventes dos ataques, incluindo muitos cristãos, deixaram a vila de Manni.

O líder de campo do trabalho da organização na África Ocidental explicou que há um trabalho para localizar as pessoas que fugiram do vilarejo para comunidades vizinhas para apoiá-los em suas diversas necessidades. O projeto de socorro a cristãos deslocados, que já estava planejado, precisou ser suspenso.

Ataques constantes

No mês de agosto, o grupo jihadista Jama’t Nusrat al-Islam wa al-Muslimin (JNIM) atacou os habitantes de Barsalogho, na província de Sanmatenga, enquanto cavavam trincheiras. Estimativas iniciais indicavam que entre 300 e 400 pessoas, principalmente civis, foram mortas.

No entanto, relatórios recentes indicam que 600 pessoas morreram nesse ataque. Pelo menos 28 das vítimas eram cristãs e as demais eram soldados e membros dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP).

No dia seguinte, outro grupo jihadista afiliado ao JNIM atacou a Igreja Christian Alliance na vila de Kounla. Os agressores alvejaram lares cristãos, forçaram os homens a entrarem na igreja e executarem 30 deles. Fontes locais dizem que 27 das vítimas eram cristãs."

O país está em 20º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, documento publicado anualmente pela Portas Abertas e que classifica os 50 países em que os cristãos são mais perseguidos.

Perseguição a cristãos em Burkina Faso

A instabilidade política após dois golpes militares favoreceu a ação de grupos extremistas islâmicos e aumentou o número de ataques violentos. O país tem uma das crises de deslocamento mais graves do mundo – com muitos cristãos entre os deslocados. O governo militar enfrenta acusações de crimes de guerra. Nesse contexto, aqueles que tentam seguir a Jesus em Burkina Faso sentem-se inseguros.

Burkina Faso, que costumava ser modelo de tolerância religiosa, agora é palco de desentendimento entre muçulmanos e cristãos. Agora, além de enfrentarem violência e ameaças de jihadistas, os cristãos de origem muçulmana são pressionados e ameaçados por parte da família e da comunidade. Muitos têm medo de compartilhar a fé em público porque podem ser rejeitados pelos parentes e forçados a renunciar à fé em Jesus.

“Vivo o tempo todo com medo, sempre que ouço um tiro fico apavorada, achando que eles voltaram para matar todos nós, disse Fati, cristã de Burkina Faso que teve sua casa atacada por grupos radicais muçulmanos. Acesse o vídeo e conheça a história completa de Fati e sua família.

Pelo fim da violência na África Subsaariana

A violência contra cristãos em toda a África Subsaariana é inimaginável. A Portas Abertas pesquisa o problema há anos e, entre outubro de 2022 e setembro de 2023, dos 15 países onde cristãos enfrentaram a perseguição mais violenta por causa da fé, 12 estão na África Subsaariana.

Há dois países, além da Nigéria, onde a situação é mais preocupante: Burkina Faso e Mali, que juntos contabilizam mais da metade das mortes na região. Ambos registraram um grande aumento nos números de ataques. Apesar disso, a igreja local é resiliente e continua crescendo. Cristãos corajosos garantem que o evangelho seja vivido mesmo sob circunstâncias difíceis.

Você pode ajudar, participando da campanha global Desperta África de diversas formas, uma delas é assinando uma petição que pede por proteção, justiça e restauração da população vítima da violência na África Subsaariana. Assine agora a petição global.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Cristã é sentenciada à morte no Paquistão

Mais uma seguidora de Jesus foi acusada de blasfemar contra Maomé no WhatsApp

Fonte: Portas Abertas

Assim como Shagufta, Asia Bibi (foto) também foi condenada a morte. Bibi foi libertada anos após sua sentença
 foto: Portas Abertas

A cristã Shagufta Kiran foi condenada à morte acusada de blasfemar contra Maomé no Paquistão. Em setembro de 2020, a seguidora de Jesus de 40 anos encaminhou uma mensagem em um grupo de WhatsApp e foi denunciada às autoridades por Shiraz Ahmad Farooqi.

Em julho de 2021, o caso foi registrado contra Shagufta no Centro de Denúncias de Crime Cibernético, na capital Islamabad. No dia 29 do mesmo mês, a cristã, o marido e os quatro filhos foram presos. Mas apenas Shagufta ficou detida e foi considerada culpada na audiência em 18 de setembro de 2024.

A corte paquistanesa ainda condenou a cristã a pagar uma multa equivalente a mais de seis mil reais. Além disso, Shagufta também deve cumprir sete anos de prisão e pagar outra quantia correspondente a mais de dois mil reais. De acordo com a advogada da cristã paquistanesa, ela encaminhou a mensagem sem ler e a família apelará à Suprema Corte.

Shagufta cumpre pena na prisão de Rawalpindi Adiala e está confinada em uma cela solitária. A seguidora de Jesus corre risco de ser assediada e morta por muçulmanos radicais, assim como já aconteceu com outros cristãos acusados pela lei de blasfêmia no Paquistão.

De acordo com a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa, mais de 2.100 pessoas foram acusadas de blasfêmia no Paquistão desde 1987. A Portas Abertas já noticiou casos de seguidores condenados sob denúncias falsas de falar contra a fé islâmica, um destaque mundial foi da cristã Asia Bibi.

Perseguição a cristãos no Paquistão

O ataque devastador à comunidade cristã em Jaranwala, em agosto de 2023, foi um lembrete preocupante do ambiente hostil que muitos cristãos enfrentam no Paquistão. O ataque a mais de 20 igrejas e quase 100 casas foi uma resposta às alegações de que dois cristãos tinham profanado o Alcorão.

As notórias leis de blasfêmia do Paquistão são, muitas vezes, usadas para tornar grupos minoritários um alvo, mas cristãos são afetados de maneira desproporcional. De fato, aproximadamente um quarto de todas as acusações de blasfêmia visam cristãos, que são apenas 1,8% da população.

Cristãos são visados de outras maneiras também, pública e sutilmente. O número de meninas cristãs (e de outras religiões minoritárias) sequestradas, abusadas e forçadas a se converterem ao islamismo (frequentemente com apoio de tribunais) está crescendo, enquanto igrejas que se engajam em evangelismo diminuem. Todos os cristãos enfrentam discriminação institucionalizada. Ocupações que são consideradas inferiores, sujas e degradantes – como trabalhar como limpador de esgoto ou em uma olaria – são reservadas pelas autoridades para cristãos. Muitos são chamados de “chura”, um termo pejorativo que significa imundo.

Igrejas históricas têm certa liberdade para adorar e fazer outras atividades. Entretanto, são monitoradas intensamente e alvo de ataques a bomba.

O Paquistão está em 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Missão leva 2 milhões de livretos evangelísticos ao Peru: ‘Nunca ouviram o Evangelho’

Um pastor local ajudou a distribuir os livros para comunidades não alcançadas.

Fonte: Guiame, com informações de Mission Network News

Livretos evangelísticos sendo transportados. (Foto: Reprodução/Facebook/World Missionary Press)

Recentemente, o ministério World Missionary Press (WMP) entregou 2 milhões de livretos evangelísticos a um pastor no Peru, com o objetivo de apresentar Jesus a comunidades remotas.

Helen Williams, da WMP, contou que a ação ocorreu depois que uma peruana em outro país entrou em contato com eles.

“Ela nos enviou uma lista de 10 pastores no Peru que precisavam de literatura [cristã] e estava disposta a trabalhar para entregar o contêiner”, explicou Helen à Mission Network News.

Um dos líderes da igreja era o pastor Lopez, que mora no sul do Peru: “Ele estava nos contando sobre todas essas pequenas vilas e cidades não alcançadas que estavam meio fora do caminho”.

“Recentemente, nós enviamos um contêiner para ele. Ele recebeu um contêiner com 2 milhões de livretos. A mulher que entrou em contato conosco primeiro o ajudou a importá-lo”, acrescentou Helen.

‘Nunca ouviram o Evangelho’

O ministério informou que tudo aconteceu como um trabalho em equipe. Desde os parceiros nacionais até a impressão, embalagem, carregamento, condução e envio dos materiais.

Atualmente, a WMP produz 11 milhões de livretos por mês e os envia para lugares como Chade, Honduras, Botsuana e muitos outros.

O pastor Lopez enviou um relatório informando a quantidade de caixas que foram distribuídas e os locais.

“Um dos vídeos que eles enviaram tinha uma foto de crianças com nosso livreto, 'The Way to God' (‘O Caminho para Deus’), que foi escrito para crianças em espanhol. A legenda é 'Nada como isso jamais entrou em sua aldeia'”, relatou Helen.

E continuou: “Eles nunca tinham visto nada parecido ou ouvido essa mensagem. É emocionante quando ouvimos esses relatos”.

A líder relatou que é provável que eles enviem ao pastor Lopez outro lote de livretos das Escrituras e estudos bíblicos para distribuição.

“Deus está realmente se movendo no mundo. Vemos isso em tantos países, em tantas áreas, até mesmo na Europa”, declarou Helen.

“Continue orando e confiando no Senhor que Ele honrará Sua Palavra conforme ela for compartilhada. Seja encorajado. Deus está trabalhando”, concluiu.

Cristãos são vítimas de violência no Sul da Ásia

Saiba como a Portas Abertas auxilia esses cristãos por meio de parceiros locais que atendem suas principais necessidades

Fonte: Portas Abertas 

Após serem atacados, Narendran e Kavita receberam cesta básica e uma máquina de costura, que lhes permitiu abrir um negócio e continuar com o ministério na Índia

Muitos cristãos no Sul da Ásia enfrentam dificuldades por amor a Jesus, como ser vítimas de violência e não poder estar em comunhão com outros cristãos. Por isso, é tão necessário que recebam apoio na caminhada de fé. No caso de Narendran* e Kavita*, quando parceiros locais da Portas Abertas na Índia souberam o que aconteceu, foram orar com o casal ferido e prover comida para eles, pois estavam com dificuldade para suprir as necessidades básicas da família. Suas doações ajudaram os parceiros locais a dar uma máquina de costura para Narendran e Kavita, com a qual abriram um pequeno negócio.

“Parceiros da Portas Abertas nos apoiaram com orações e ajuda prática, e assim pudemos continuar nosso ministério. Estaríamos com medo e ansiedade caso vocês não viessem nos ajudar”, disse Kavita.

Em 2023, Lai* foi uma das 30 participantes no treinamento de discipulado contextualizado para o ministério de mulheres, conduzido por parceiros locais no Laos e apoiado pela Portas Abertas. Ela conta: “Isso me ajudou muito a ter mais confiança. Antes, eu era tímida, não conseguia falar e sempre gaguejava, não sabendo como liderar e orar. Mas, após o treinamento, ganhei confiança e agora lidero um grupo de oito mulheres da minha igreja. Eu as ajudo a crescer em sua vida espiritual e as encorajo a serem fortes”.

Essa atividade apoiada pela Portas Abertas visa preparar pessoas para atuar em ministérios de mulheres, jovens e crianças. O treinamento inclui o desenvolvimento contextualizado de currículo e materiais, bem como a preparação de participantes que discipulem os grupos alvo de maneira relevante. O treinamento para cada grupo é feito separadamente, mas de forma simultânea.

Lai participou do treinamento de discipulado para mulheres. Ela contribuiu no desenvolvimento de materiais e na identificação de métodos de ensino e técnicas relevantes para discipular mulheres em seu contexto. Após o período prático, ela começou a liderar um pequeno grupo. Lai compartilha: “Ao longo do treinamento, eu era lembrada que mulheres também são criadas por Deus e filhas dele. Eu agora motivo mulheres em minha igreja a falar e as lidero em oração e comunhão. Também as ensino a estarem próximas de Deus e, juntas, compartilhamos o evangelho”.

Deus tornou tudo possível para nós’

As irmãs Anita e Anisha, que foram torturadas física, mental e verbalmente durante seis anos pelo pai e pelo irmão no Nepal, receberam ajuda financeira e treinamento vocacional

Anita e Anisha foram auxiliadas por parceiros locais no Nepal. “Somos gratas a nosso pastor e a todos os cristãos que nos ajudaram com constante assistência financeira. Eles compraram tudo o que tem nesse quarto, incluindo cama, lençóis, cobertores, fogão, botijão de gás e utensílios. Não tivemos que nos preocupar com nossas necessidades, Deus tornou tudo possível para nós”, conta Anisha com gratidão a Deus e a seu povo.

Parceiros locais da Portas Abertas se encontraram com elas e proveram ajuda financeira para pagar o aluguel por seis meses e um treinamento vocacional na área da beleza para Anisha. Apesar de ser um curso de seis meses, ela completou em apenas três. Ela já sabe maquiar e fazer penteados e está fazendo curso de manicure. “Somos gratas por todas as orações e apoio financeiro. Agora tenho uma habilidade, o que me ajudou a ganhar confiança. Com isso, poderemos começar nosso próprio salão de beleza mais para frente”, conta Anisha.

Ela também participou do treinamento de preparação para a perseguição conduzido por parceiros da Portas Abertas. “Eu vejo cristãos enfrentando uma perseguição terrível, a ponto de perder a vida por Cristo. Sinto que nosso sofrimento comparado ao deles não é nada e que ainda há muito mais a enfrentar. Precisamos crescer em nossa fé e nos tornarmos mais fortes”, compartilha. Com gratidão, Anisha diz aos parceiros: “Nossa família nos abandonou, mas vocês se tornaram nossos guardiões. Muito obrigado por isso e que Deus abençoe vocês ainda mais”.

*Nomes alterados por segurança.


A Portas Abertas oferece suporte prático e espiritual a cristãos vítimas de pressão e violência na região. Uma contribuição garante ajuda emergencial para cristãos afetados por perseguição violenta no Sul da Ásia. Ajude a tornar isso possível.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Cristãos de 54 nações celebram Festa dos Tabernáculos em Israel

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu.

Fonte: Guiame, com informações da CBN News


Mais de 50 nações marcham na Festa dos tabernáculos, em Israel. (Captura de tela/CBN News)

Apesar de Israel estar enfrentando uma guerra em sete frentes, os cristãos estão se reunindo em Jerusalém para uma demonstração de unidade durante a Festa dos Tabernáculos, conhecida em Israel como Sucot.

Enfrentando o medo da guerra e as dificuldades de viagem causadas por cancelamentos de voos, os cristãos ainda assim chegaram em Israel para participar da celebração bíblica.

Eles visitaram comunidades do sul de Israel que foram devastadas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, ouviram o relato de um soldado das Forças de Defesa de Israel e, na quinta noite da festa, o presidente Isaac Herzog os recebeu no Museu da Torre de Davi, em Jerusalém.

O presidente Isaac Herzog recebeu as caravanas no Museu da Torre de Davi. (Captura de tela/CBN News)

Em seu discurso, Herzog disse à multidão de cristãos:

"Neste momento de tanta dor, a sua reunião aqui diz de forma clara e alta: há uma resposta ao ódio, há uma resposta à brutalidade, há uma resposta ao mal. Assim como tantas comunidades cristãs ao redor do mundo, vocês se uniram ao povo judeu em nossa hora de escuridão."

Apesar da guerra, mais de 500 cristãos de cerca de 50 nações estiveram em Israel para apoiar o povo judeu e dizer: "Vocês não estão sozinhos."

David Parsons, porta-voz sênior da Embaixada Cristã Internacional em Jerusalém, disse à CBN News: "É a maior missão de solidariedade a Israel desde que a guerra começou em 7 de outubro do ano passado – e é uma missão de solidariedade cristã."

Cristãos visitaram locais devastados pelos terroristas do Hamas. (Captura de tela/CBN News)

Parsons acredita que a mensagem é clara.

"Queremos dizer ao povo de Israel que todas essas acusações de genocídio contra eles, todas as acusações e as tentativas de envergonhá-los, ou a qualquer pessoa que os apoie, nós estaremos aqui ao lado deles, sabendo que eles estão lutando uma guerra justa de maneira moral", afirmou Parsons.

Exército de Gideão

O ICEJ tem realizado celebrações anuais desde 1980, atraindo milhares de participantes a cada edição. No entanto, Parsons considera o encontro deste ano como algo único.

"Este é um exército de Gideão. Quando o Senhor disse a Gideão para enviar o povo de volta para casa, ele disse que, se estivessem com medo, poderiam ir. Portanto, temos um grupo de pessoas de fé de alto nível que vieram aqui para fazer esta declaração de apoio a Israel", declarou Parsons.

Delegações de 54 países, incluindo alguns que não têm laços diplomáticos formais com Israel, trouxeram suas bandeiras na chamada das nações. O evento também contou com a presença de um cristão iraniano.

Eles se uniram em uma canção original sobre a liberdade dos reféns, inspirada no Salmo 126. A letra sonha sobre como o povo de Israel se alegrará quando os cativos forem libertados.

O membro do Knesset e ex-prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, saudou os cristãos em nome do governo.

"Acho que o ICEJ é um dos segredos bem conhecidos do sucesso de Israel. O apoio que vocês nos oferecem em tempos bons e, hoje, em tempos difíceis, não deve ser dado como garantido. E estou aqui para saudá-los", declarou Barkat.

Maior delegação

A maior delegação deste ano era a da Alemanha.

Gottfried Bühler, que trabalha com o ICEJ na Alemanha, nos disse: "Temos 65 pessoas participando. E por que estamos aqui? Queremos mostrar solidariedade nestes dias críticos para Israel, para o povo judeu e para o Estado de Israel."

Bühler observou que, embora eles possam ter medo entre alguns na multidão, como cristãos que confiam na Bíblia, eles foram ousados ​​o suficiente para vir.

"A Alemanha tem uma história com o povo judeu, de 80 anos atrás. E essas pessoas estão assumindo a responsabilidade – elas não querem que a história se repita", declarou ele.

‘Amigos na África do Sul’

Vivienne Myburgh, do ICEJ-África do Sul, afirma que a postura anti-Israel de seu governo não reflete a opinião de toda a população.

"Há muitas pessoas orando por Israel. Muitas estão apoiando Israel em diversos níveis, financeiramente, em oração e defendendo sua causa", disse Myburgh.

Os apoiadores de Israel na África do Sul estão seguindo a injunção bíblica de celebrar a festa em Jerusalém e de estar ao lado de Israel. Ela observou que o ato de solidariedade dos cristãos emocionou muitos.

"Nosso objetivo foi alcançar as pessoas, trouxemos presentes e cartas para encorajá-las, e elas estão se sentindo muito incentivadas", relatou ela.

Um dos objetivos de Myburgh é deixar os israelenses saberem que eles têm muitos amigos na África do Sul.

"Estamos ao seu lado e continuaremos a orar por vocês, a orar para que seus reféns voltem para casa, a orar pela proteção de seus soldados em Gaza e na fronteira norte", disse ela. "E sabemos que Deus está vigiando vocês. Sabemos que Ele está cumprindo Seus planos e propósitos na nação de Israel hoje, e nos sentimos abençoados por fazer parte disso."

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Israel fará ‘Dia Nacional de Luto’ pelo ataque de 7 de outubro segundo calendário hebraico

O “Dia Nacional de Luto” será realizado de acordo com a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei, que cai em 26 e 27 de outubro.

Fonte: Guiame, com informações do All Israel News

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro para marcar o início das cerimônias. (Foto: Pixabay/Bruce Emmerling)

O primeiro aniversário da invasão feita pelo Hamas em 7 de outubro e do ataque terrorista ao sul de Israel foi marcado de acordo com o calendário gregoriano.

Na semana passada, o governo israelense anunciou que um “Dia Nacional de Luto” será realizado segundo a data hebraica, correspondente ao dia 25 do mês de Tishrei.

O massacre de 7 de outubro de 2023 ocorreu durante o feriado judaico de Simchat Torah (22 de Tishrei), quando cerimônias de estado não são realizadas.

Este ano, o dia seguinte a Simchat Torah cai em uma sexta-feira, portanto, o dia de luto começará às 19h45 do sábado, 26 de outubro, e terminará 24 horas depois, no domingo, 27 de outubro.

A Simchat Torah ocorre após a Festa dos Tabernáculos e é uma celebração judaica que marca o encerramento e o reinício da leitura pública do livro sagrado do judaísmo.

Duas cerimônias

O Estado de Israel está planejando realizar duas cerimônias memoriais de estado no Monte Herzl, em Jerusalém.

A primeira homenageará as forças de segurança que foram assassinadas ou caíram em combate com terroristas do Hamas no dia sombrio que os israelenses chamam de "Black Shabbat".

A segunda cerimônia memorial é dedicada aos civis e às forças de resgate que foram assassinados durante o ataque de 7 de outubro de 2023.

Naquele dia, uma força de ataque liderada pelo Hamas, composta por cerca de 6.000 terroristas palestinos de Gaza, lançou um ataque de mísseis e foguetes nas primeiras horas da manhã e, em seguida, invadiu o sul de Israel por terra, mar e ar, resultando no massacre de 1.200 israelenses, a maioria civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Os terroristas também sequestraram 251 israelenses e estrangeiros, vivos e mortos, levando-os para a Faixa de Gaza, sendo que 97 deles ainda estão presos.

O governo Benjamin Netanyahu nomeou a ministra de Transporte e Infraestrutura, Miri Regev, para ser responsável por ambas as cerimônias memoriais de estado.

As bandeiras israelenses serão hasteadas a meio mastro às 06:29 para marcar o início das cerimônias. Além disso, o governo israelense solicitou aos ministros da Defesa e da Educação que conduzissem atividades de bravura, memória e esperança nas escolas e entre os soldados israelenses.

"Os eventos de 7 de outubro são o maior ataque terrorista na história do Estado de Israel. Portanto, de acordo com a decisão do governo, o primeiro aniversário do horrível massacre será comemorado como um dia nacional de luto no Estado de Israel”, anunciou o governo em um comunicado.

“Além disso, todos os anos, próximo a Simchat Torah, cerimônias memoriais serão realizadas pelo Estado de Israel em memória dos caídos e dos assassinados. O Estado de Israel baixará a cabeça neste dia e dedicará a memória e a bravura de seus amados filhos e filhas, vítimas de batalha, vítimas do ataque e vítimas dos bombardeios desde 7 de outubro".

Hamas e Hezbollah

O ataque de 7 de outubro a Israel já foi comparado tanto ao ataque do Japão a Pearl Harbor em 1941 quanto aos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA, 60 anos depois.

Embora 7 de outubro continue sendo o pior ataque terrorista da história moderna de Israel, há relatos de que o Hamas teria planejado um ataque ainda maior e mais letal contra o Estado judeu.

Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram documentos revelando que o Hamas vinha planejando um ataque terrorista semelhante ao de 11 de setembro em Tel Aviv e Jerusalém há anos, com o apoio de seu principal patrocinador, o regime iraniano, e suas forças representativas no Líbano, o grupo terrorista Hezbollah.

Restam apenas 650 cristãos em meio à guerra na Faixa de Gaza, diz Portas Abertas

Ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região, desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas

Imagem ilustrativa. (Unsplash/Mohammed Ibrahim).

A comunidade cristã está diminuindo nos Territórios Palestinos, segundo a Missão Portas Abertas.

Desde que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas se intensificou após o ataque de 7 de outubro de 2023, ao menos 33% dos cristãos palestinos morreram ou fugiram da região.

Em entrevista ao Portas Abertas, Elias Najiar, um cristão de Gaza, afirmou que teme pelo futuro da Igreja no país e em todo o Oriente Médio.

“Havia mais de mil cristãos em Gaza antes da guerra. Agora, um ano depois, restam apenas 650”, relatou ele.

Deslocados

De acordo com estimativas, mais de 300 cristãos fugiram para o Egito ou para outros países para escapar da guerra.

“É muito difícil. Quase todos os cristãos deixaram suas casas na segunda semana de outubro de 2023 e se refugiaram nas igrejas locais”, afirmou Elias.

O cristão nasceu em Gaza, mas se mudou com a família para Belém em 2007. Ele trabalha na Sociedade Bíblica e tem contato próximo com cristãos nas zonas de conflito da Faixa de Gaza.

“A situação é muito perigosa. As pessoas estão morando em salas de aula, duas a três famílias em um único espaço. Elas ficam assustadas quando ouvem aviões, foguetes ou tiros, porque lembram de toda a morte e destruição. Elas sabem que suas casas foram destruídas e esperam por um futuro que desconhecem”, comentou.

Em meio a guerra, há escassez de itens básicos, as pessoas estão sem trabalho e renda, e os preços aumentaram.

“Um quilo de tomate corresponde a 30 dólares. Apesar de tudo, quando converso com eles, tenho esperança. É importante para nós entendermos quão difícil é a situação e que apenas pela fé eles podem resistir. Creio que Deus está trabalhando na Igreja que restou em Gaza”, observou Elias.

Igrejas como oásis

O cristão local ainda destacou o papel das igrejas no socorro à população. “A região se tornou um exemplo do papel da Igreja. Quando as casas das pessoas não eram mais seguras e não havia outras opções, elas ficaram abertas à igreja, a receberem ajuda e conhecerem a Jesus”, testemunhou ele.

“Os complexos das igrejas se tornaram verdadeiros ‘oásis no deserto’ quando a guerra se agravou. Elas ficaram abertas 24 horas por dia, permitiam que as pessoas descansassem e ofereceram cuidado médico, espiritual e mostraram as mãos de Deus estendidas para socorrer a população em Gaza”, acrescentou.

Para Elias, mais cristãos vão deixar a Palestina, principalmente famílias com crianças. “Imagine alguém que perdeu tudo e terá que recomeçar do zero. É provável que prefira recomeçar em um novo país do que no lugar em que pode perder tudo de novo”, observou.

“Não podemos abandoná-los. Eles passarão por necessidades, precisamos estar perto, para ajudá-los a se reerguerem. Mantenham o Oriente Médio em suas orações e clamem pelo fim da guerra”, pediu Elias.

Israel e os Territórios Palestinos estão na Lista de Países em Perseguição da Missão Portas Abertas, que correspondem aos 28 países que dão continuidade à Lista Mundial da Perseguição.

Nesses países, de colocação de 51ª a 78ª, os cristãos enfrentam perseguição severa e alta. Israel está em 78º lugar e os Territórios Palestinos ocupam a 60ª colocação.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Jesus, se o Senhor quiser, pode voltar hoje!

A cada notícia, em minhas orações, sempre repito: “Senhor, volta hoje! Volta agora!”

Fonte: Guiame, Edmilson Ferreira Mendes

(Foto: Pixabay)

Pensa num pote cheio. Pensou? Agora imagine um tipo de pote, um que já vem transbordando faz tempo, um que já não cabe mais nada. Pensou? Eu pensei. O pote que está em minha imaginação agora, atende pelo nome de “mundo”.

Este velho pote, digo, velho mundo, já está cheio, muito cheio. As coisas mais óbvias e fáceis de serem observadas por qualquer pessoa, até mesmo aquelas que tem preguiça de se informar, são estas: guerras, violências, injustiças, fome, corrupção. Dessas coisas, o pote chamado mundo está abarrotado, não cabe mais.

Bem, não cabe mais em minha visão simplista, porque na visão de corruptos e todo tipo de exploradores, ainda cabe muito, principalmente se eles levarem vantagem, e sempre levam. São desgraças anunciadas e, impotentes, vamos tentando nos defender.

E do que mais o pote está cheio? De toda podridão que antes ficava no submundo, nos subterrâneos, nas cavernas, nos bastidores. Agora tudo vem sendo exposto. O mundo, além de um pote lotado de tranqueira, agora também se tornou um laboratório do inferno, estamos sendo testados.

Como exatamente são esses testes? Olhe a sua volta, pesquise, já reparou o volume de notícias bombásticas contendo pornografia, promiscuidade, pedofilia, tráfico de órgãos, tráfico de mulheres, tráfico de crianças, aberrações com imoralidades impublicáveis de todos os tipos, e tudo isso com impulsos midiáticos graças aos nomes famosos que fazem, praticam e ganham fortunas com tudo isso, já reparou?

Este é o laboratório, um mundo saturado de imoralidades. A opinião pública tem de engolir tudo, goste ou não. Num curto espaço de tempo, tudo isso acabará por ser normalizado. E é assim, de escândalo em escândalo, que a sociedade vai sendo anestesiada, fragmentada e dissolvida num caldo fervendo de degradação e decadência em volumes jamais vistos.

A cada notícia, em minhas orações, sempre repito: “Senhor, volta hoje! Volta agora!” Em Mateus 24:22, Jesus deixa uma palavra de conforto para este tempo. Se não conforta você, preciso confessar, tem confortado muito meu coração. Na passagem, Ele diz assim: “E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria, mas por causa dos escolhidos foram abreviados aqueles dias.”

Abrevia, Senhor, abrevia. Nos submetemos a Tua vontade. Aguardamos na pontualidade do Teu tempo. Reconhecemos a Sua soberania. Confiamos em Sua providência e proteção. Mas Senhor, em lágrimas e clamores, teus escolhidos no mundo inteiro estão sedentos por Tua volta. O pote mundo já transborda de tanto pecado, mas vasos de barro pelo mundo, teus filhos, transbordam de esperança por Tua vinda. Que seja este o Teu tempo de abreviar, vem Senhor!

Edmilson Ferreira Mendes é escritor, pastor, teólogo, observador da vida.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Yom Kippur: Israel sofre ataques com 320 foguetes do Hezbollah durante o feriado sagrado

Os ataques terroristas saíram do Líbano em direção a Israel no dia mais sagrado do calendário judaico.

Fonte: Guiame, com informações da CNN Brasil e i24News

Um ataque com drone atingiu um lar de idosos em Herzliya, ao norte de Tel Aviv. (Captura de tela/X/Ariel Oseran)

O exército israelense (IDF) informou que, durante o fim de semana do Yom Kippur, que começou na sexta-feira (11) por volta das 18h [horário local], o Hezbollah disparou aproximadamente 320 projéteis, incluindo foguetes, morteiros e drones.

Os ataques terroristas saíram do Líbano em direção a Israel no dia mais sagrado do calendário judaico.

The IDF says two drones were launched from Lebanon. Air defenses intercepted one of them. The army is investigating whether it was a drone or interceptor fragment that hit the nursing home. https://t.co/WTeaXNDUaw pic.twitter.com/7S3RUJAbVG— Ariel Oseran (@ariel_oseran) October 11, 2024

Yom Kipur, também conhecido como o “Dia da Expiação” ou “Dia do Perdão”, é reverenciado como o mais sagrado dos feriados na tradição judaica.

“Isso deve lhe dizer tudo o que você precisa saber sobre nossos inimigos”, disse a IDF.

Na véspera do Yom Kippur, dois drones provenientes do centro do Líbano adentraram o espaço aéreo israelense, e um deles atingiu um lar para idosos em Herzliya.

Além disso, no sábado (12), foram disparados dois foguetes do norte de Gaza, que caíram em Ashkelon.

Na Galileia Ocidental, três pessoas sofreram ferimentos leves devido à força da explosão causada pelo impacto de um foguete nas proximidades.

Segundo autoridades israelenses, três homens sofreram ferimentos leves devido a estilhaços após lançamentos de foguetes vindos do Líbano, cuja responsabilidade foi assumida pelo Hezbollah.

Os homens, com idades de 48, 30 e 27 anos, ficaram feridos na cidade de Jadeida-Machar.

Idosos e sobreviventes do Holocausto

Isaac Herzog, o presidente israelense, declarou que “os últimos alvos do Hezbollah foram idosos judeus e sobreviventes do Holocausto em um asilo”.

“Durante o Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, terroristas do Hezbollah, apoiados pelo Irã, no Líbano, dispararam um drone que atingiu o Asilo Beit Juliana em Herzliya – nomeado em homenagem à falecida rainha da Holanda, avó de Sua Majestade o Rei Willem-Alexander – e cujos residentes incluem sobreviventes do Holocausto que vieram para Israel da Holanda”, afirmou Herzog.

“Um símbolo de dignidade e resiliência, o lar e seus residentes – que, felizmente, estavam no abrigo seguro durante o ataque – cobriram o buraco e os danos causados pelo drone com uma bandeira israelense”, acrescentou o presidente israelense.

“O que os Estados Unidos fariam se o Canadá ou o México fizessem o mesmo durante o Natal ou a Páscoa?”, escreveu o StopAntisemitism.

Repercussões na mídia ignoram ‘dia sagrado’

A Associated Press, que frequentemente menciona quais são os dias mais sagrados do calendário islâmico, não informou que o Yom Kippur é o dia mais sagrado do judaísmo, escreveu o site judeu JNS.

A agência de notícias destacou “um bombardeio de foguetes disparados pelo Hezbollah contra Israel na noite de sexta-feira e no sábado, comemorado em Israel como Yom Kippur, ou o Dia da Expiação dos Judeus.”

“O exército afirma que alguns dos aproximadamente 320 projéteis foram interceptados e nenhum ferido foi reportado”, informou a AP.

A Reuters não mencionou que o ataque ocorreu no Yom Kippur, muito menos que este é o dia mais sagrado do judaísmo. Também não descreveu o Hamas ou o Hezbollah como grupos terroristas em sua cobertura.

O New York Times também não observou em sua cobertura que sábado era Yom Kippur, nem que este é o dia mais sagrado dos judeus. O jornal reportou que o Ramadã é o mês mais sagrado para os muçulmanos ao discutir as ações de policiais israelenses.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

“Chineses compartilham uma página da Palavra entre si”, diz contrabandista de Bíblias

A Mission Cry tem contrabandeado Bíblias em operações arriscadas para a China comunista, em meio a escassez de exemplares no país.

Fonte: Guiame, com informações de Mission Network 

Envio de Bíblias da Mission Cry. (Foto: Facebook/Mission Cry).

Na década de 1980, houve um grande crescimento do contrabando de Bíblias para a China, para atender os cristãos que sofriam restrições do regime comunista.

Hoje, o trabalho de contrabando das Escrituras continua necessário, à medida que o governo chinês impõe cada vez mais controle sobre o cristianismo no país.

"Você olha para as restrições que o governo tem sobre a Bíblia, a quantidade de impressão que eles permitem da Bíblia, com muita supervisão, é de cerca de 150.000 cópias por ano”, relatou o reverendo Jason Woolford, presidente da Mission Cry, organização que envia Bíblias e literatura cristã em todo o mundo.

Jason afirmou que há escassez de Bíblias na China. "Então, você pode imaginar os bilhões de pessoas que estão esperando ou querendo a Bíblia e estão em segredo compartilhando uma página da Bíblia entre si? Há uma necessidade desesperada”, enfatizou.

Operações arriscadas

O líder explicou que, atualmente, cidadãos chineses da equipe da Mission Cry têm comprado Bíblias em Hong Kong e levado para aqueles que não possuem um exemplar da Palavra de Deus, em uma operação secreta e arriscada.

“Esses crentes locais têm boas pontuações no sistema de pontuação social da China e podem viajar dentro do país. Eles estão dispostos a arriscar tudo para ter acesso a mais cópias da Palavra de Deus”, contou Jason.

“Existem 6.000 Bíblias. Estamos comprando isso e trazendo nosso pessoal de volta do norte e os trazendo para Hong Kong. Então, mais uma vez, eles estarão arriscando suas vidas e tudo o que têm para contrabandear essas Bíblias de volta para a China comunista”, acrescentou.

E observou: “Sabemos que toda vez que um livro é dado a alguém, ao longo de seu ciclo de vida, ele será lido por 20 pessoas. Então você pega esses 6.000 e multiplica por 20, são 120.000 pessoas que ouviram a Palavra de Deus por meio dessa operação”.

Jason Woolford pediu oração pela sua equipe que têm arriscado suas vidas para levar as Escrituras aos chineses.

“Orem por eles [que] estão dispostos a arriscar tudo para fazer isso. Ore para que o restante dos fundos entre para a compra dessas Bíblias e, em seguida, também o dinheiro que estamos pagando para nossa equipe reduzir suas despesas de viagem e enviá-los de volta”, concluiu ele.

Ditadura chinesa contra a Igreja

Imprimir e distribuir Bíblias e outros textos religiosos não autorizados é considerado um crime passível de punição no país. Em 2021, o governo de Xi Jinping fechou aplicativos da Bíblia e sites cristãos.

Por isso, os cristãos contrabandistas correm risco de perseguição, prisão e morte, conforme o presidente da Mission Cry.

A China ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023, onde os cristãos encontram um ambiente hostil, vigiado e violento.

A Constituição chinesa funciona como uma “ditadura” que eles chamam de “democrática popular”, mas a democracia realmente não existe. A liderança chinesa é pautada pela paranoia ditatorial e pelos abusos a todos os tipos de liberdade.

Os regulamentos sobre religião são estritamente aplicados e limitam as igrejas no país, que são totalmente monitoradas pelo governo.

A maioria delas faz parte do Movimento Patriótico das Três Autonomias, as outras são consideradas ilegais.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Ministro diz que não pode aprovar licitação vencida por judeus por questões ideológicas

O ministro da Defesa José Múcio revelou que questões diplomáticas têm interferido na capacidade de defesa do Brasil.

Fonte: Guiame, com informações do Metrópoles

José Múcio, ministro da Defesa. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Defesa, José Múcio, disse que Israel ganhou uma licitação promovida por sua pasta, mas a concorrência não foi finalizada devido a “questões ideológicas”.

A declaração foi feita durante um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (08).

“A questão diplomática interfere na Defesa”, declarou Múcio. “Houve agora uma concorrência, uma licitação, e venceram os judeus, o povo de Israel. Mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas nós não podemos aprovar”.


Múcio também informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) não autorizou a concessão da licitação ao segundo colocado e que o ministério está esperando que essas questões sejam resolvidas para que possa apresentar sua defesa.

A acusação de que “questões ideológicas” estão influenciando a administração brasileira surge enquanto o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza completa um ano.

Desde que iniciou seu terceiro mandato, Lula tem adotado uma postura crítica em relação às ações de Israel no enclave palestino.

Entre as diversas declarações contra a violência israelense e a de grupos armados no Oriente Médio, o presidente brasileiro reiterou suas críticas à postura do governo de Benjamin Netanyahu.

Durante uma entrevista coletiva em Nova York, realizada no dia 25 de setembro, Lula afirmou que as ações de Israel na região são equivalentes a “genocídio”.