Haveria devastação instantânea de florestas e animais, a destruição de cidades inteiras e incêndios generalizados.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE OLHAR DIGITAL E NATURE FOOD
Em caso de guerra nuclear, mais da metade da população mundial morreria. (Foto representativa: Piqsels)
Qual o cenário global depois de uma guerra nuclear? De acordo com um novo estudo publicado pela revista Nature Food, a cena é das piores. Aproximadamente 63% da população — cerca de 5 bilhões de pessoas — morreriam caso isso acontecesse.
O estudo calculou quanta fuligem bloqueadora do sol entraria na atmosfera como resultado de tempestades de fogo criadas pela detonação de armas nucleares. As pessoas teriam consequências imediatas, como a devastação instantânea de florestas e animais, a destruição de cidades inteiras e incêndios generalizados.
Além disso, a morte instantânea de pessoas no raio mais próximo da bomba, um exemplo do que aconteceu com as cidade de Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Sem contar os efeitos a longo prazo, a presença de elementos radioativos na atmosfera, no solo e nas águas, o aumento de casos de câncer, catarata e outras condições de saúde nos sobreviventes.
O mundo está à beira de uma guerra nuclear?
É uma pergunta muito difícil de responder, mas os fatos falam por si só. Especialistas falam de uma guerra nuclear em grande escala entre os EUA e a Rússia.
A agência de inteligência de defesa da Ucrânia alertou sobre novas “provocações” russas na usina nuclear ocupada de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, enquanto um prefeito disse que a cidade onde a usina está sediada sofreu novos bombardeios.
Além disso, 77% dos evangélicos acreditam que o Irã usará armas nucleares para destruir Israel. Não é uma opinião aleatória, mas tem base nas declarações do próprio líder supremo do Irã, Aiatolá Khamenei.
“Mesmo que o Irã desista de seu programa nuclear, a determinação deste país para destruir Israel não vai enfraquecer”, disse seu representante na Guarda Revolucionária, Mojtaba Zolnourdisse, em 2015.
Por outro lado, a Coreia do Norte tem lançado mísseis potentes na tentativa de ameaçar os EUA e seus aliados, para que “abandonem suas políticas hostis”. A diversificação do arsenal nuclear norte-coreano tem despertado a atenção de observadores do mundo todo.
Sem contar a escalada armamentista chinesa, que planeja quadruplicar o arsenal nuclear do país para mais de 1.000 ogivas até o final da década, segundo os EUA, apontou o site de notícias Olhar Digital.
O Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo, fez um alerta: “Todos os Estados com armas nucleares estão aumentando ou atualizando seus arsenais, e a maioria está aguçando a retórica nuclear e o papel das armas nucleares em suas estratégias militares”.
Essas informações são sustentadas pelo aumento dos gastos militares anuais globais, que bateu o recorde de 2,1 trilhões de dólares (equivalente a 10,7 trilhões de reais), em 2021, seu sétimo ano consecutivo de aumento.
O mesmo relatório também destacou que das 12.705 bombas existentes, a Rússia detém 5.977 e os EUA 5.428. Em seguida vem a China, com 350, o Paquistão com 165 e a Índia com 160.
Sobre as mortes em caso de guerra nuclear
Ainda de acordo com o estudo, o que vai reduzir drasticamente a presença de seres humanos na Terra será a falta de alimento.
Com os incêndios em larga escala, haverá depósito de fuligem na atmosfera, fator que bloqueará os raios solares e fará com que a temperatura caia cerca de 29ºC. Esse fenômeno é conhecido como “inverno nuclear”.
Para o professor de ciência climática da Universidade de Rutggers, em Nova Jersey, Alan Robock, ocorrerão mudanças climáticas sem precedentes na história, e isso afetará diretamente a produção de gêneros alimentícios. A redução de calorias pode chegar a até 90%.
As colheitas de milho, arroz, soja e trigo seriam as mais atingidas, sem contar a catástrofe que ocorreria no mar, afetando drasticamente a pesca.
Os cientistas verificaram 6 cenários potenciais de guerra nuclear e calcularam quanto de fuligem seria gerada. Foram testados conflitos diferentes, desde uma escala local, entre países mais próximos, com menor capacidade nuclear, até os gigantes como EUA, Rússia e seus aliados.
Descobriu-se que mesmo um pequeno conflito poderia gerar uma espécie de inverno nuclear em menores proporções. Em uma possível guerra mais extrema entre a Índia e o Paquistão, a produção global de calorias poderia cair 50%, causando 2 bilhões de mortes.
Existe uma saída?
Enquanto os estudos fazem projeções, na tentativa de apontar para as regiões mais atingidas — que, no caso, seriam os países da África e do Oriente Médio — especialistas pensam numa saída.
“A proibição de armas nucleares é a única solução a longo prazo”, disse o professor Alan Robock. Para ele, a única saída para essa situação é fazer com que esses países parem de aumentar os seus arsenais e comecem a diminuí-lo.
Ele lembrou que o Tratado das Nações Unidas sobre a Proibição de Armas Nucleares foi ratificado por 66 nações, menos pelos mais ativos nessa questão.
O que a Bíblia diz?
O pastor e teólogo Augustus Nicodemus lembrou, através de suas redes sociais, em março deste ano, que “o mundo não vai acabar numa guerra nuclear”. Ele enfatizou esse pensamento através das palavras de Jesus: “Ainda não é o fim”, em Mateus 24.
“As guerras são necessárias para mostrar a nossa impotência de resolver os problemas. O homem não consegue viver em paz há dois mil anos”, disse ao sublinhar que nunca houve um ano sequer sem “uma nação brigando com a outra em alguma parte desse planeta”.
“Nós não conseguimos viver em paz, não conseguimos diálogo ou compreensão, não existe perdão. Tudo o que existe é vingança, luta pelo poder, supremacia, hegemonia, lutas por terras, fontes de petróleo e interesses financeiros”, listou.
“Quando eu olho para as guerras, meu coração se entristece, eu fico temeroso, mas eu sei que ainda não é o fim. Isso só prova que Jesus falou a verdade e isso mostra o quanto precisamos que Ele venha para instalar a paz verdadeira”, disse.
Nicodemus lembra que a humanidade ainda verá muitas calamidades, fomes, catástrofes naturais, terremotos e pestes. “Ele disse que tudo isso aconteceria em vários lugares e assim tem acontecido”, concluiu o pastor ao citar Jesus.