sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Terremoto deixa mortos e feridos na Indonésia

Duas jovens cristãs ficaram presas entre os escombros


Fonte: Portas Abertas

O tremor afetou casas, hotéis e até um hospital, que desabou (foto: AntaraNews)

Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a ilha de Sulawesi, na Indonésia. Cerca de 35 pessoas morreram e 650 ficaram feridas, além disso, mais de 15 mil cidadãos deixaram as casas em que moravam. De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos, o terremoto foi sentido por cerca de sete segundos, mas não disparou um alerta de tsunami. O tremor aconteceu às 2h18 desta sexta, no horário local (15h18 de quinta, no horário de Brasília).

Casas e hotéis sofreram danos significativos nas cidades de Mamuju e Majene, que juntas contam com cerca de 170 mil habitantes. No incidente, um hospital desabou e cerca de 10 pessoas ficaram presas nos escombros. Durante o terremoto duas meninas cristãs, Angel e Katherine, não conseguiram escapar da casa onde estavam e ficaram presas sob os escombros. As duas são filhas de um parceiro local da Portas Abertas, Axel Fong, membro da Igreja GBI Puncak. Ainda não se sabe o número exato de cristãos que foram afetados pelo incidente.

Uma série de 26 tremores secundários em 24 horas causou ao menos três deslizamentos de terra e interrompeu o fornecimento de energia elétrica na cidade, de acordo com a agência de desastres do país. A Indonésia fica na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, com intensa atividade sísmica e por isso são comuns os terremotos e erupção de vulcões

O presidente do país, Joko Widodo, expressou solidariedade às vítimas e familiares através de uma declaração em vídeo. Além disso, o líder pediu que os cidadãos mantivessem a calma diante da situação e que as autoridades continuassem as operações de busca e resgate.

Pedidos de oração

* Peça pela vida Angel e Katherine, para que sejam retiradas dos escombros e possam se recuperar sem traumas.
* Ore pelas famílias das vítimas nesse momento difícil, para que o Senhor traga conforto e paz aos corações.
* Interceda pelos demais cristãos na Indonésia, para que sejam visitados por Deus durante o incidente e possam se manter firmes na fé.
* Clame para que as autoridades do país realizem resgates bem sucedidos, salvando vidas e levando socorro a quem precisa.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Mensagens


 

Cinco famílias têm casas destruídas por serem evangélicas, no México

Além dos danos às casas, católicos tradicionalistas prenderam dois moradores evangélicos.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO EL UNIVERSAL

Casas de evangélicos foram destruídas no sul do México. (Foto: Reprodução/Diario de Chiapas)

Cinco casas de evangélicos foram destruídas no domingo (10) no município de San Cristóbal, no estado mexicano de Chiapas. Os ataques foram feitos em uma comunidade tsotsil, que é um povo maia no sul do México.

Os ataques foram motivados pela recusa dos evangélicos em participar das atividades da Igreja Católica e não cooperar com as festas da comunidade, informou o jornal mexicano El Universal.

De acordo com o líder da igreja Alas de Águila, o pastor Esdras Alonso González, duas famílias tsotsis, com um total de nove pessoas, foram afetadas pela destruição de cinco casas na comunidade Mitzitón.

Além dos danos, católicos prenderam os moradores locais Alejandro Jiménez Jiménez e Miguel Jiménez Heredia, que são evangélicos.

O pastor Esdras disse também que na comunidade Napité, no município de San Cristóbal, católicos impediram os evangélicos de construir um templo. Eles haviam retornado à comunidade em 15 de dezembro, após terem sido expulsos por um ano.

As cinco famílias, com um total de 30 pessoas, tiveram que acatar a decisão das autoridades comunitárias. Dentre elas, três famílias tiveram que deixar suas casas pela segunda vez, explicou o pastor Esdras.

Não é a primeira vez que incidentes como este acontecem em Mitzitón. Em 15 de maio de 2016, católicos tradicionalistas saquearam e destruíram parcialmente 84 casas, onde viviam 350 evangélicos tsotsis, que tiveram que deixar a comunidade.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O risco de trabalhar com refugiadas norte-coreanas na China

    
A colaboradora da Portas Abertas, Rebecca, que iniciou um trabalho com mulheres no país fala sobre as dificuldades do ministério

A colaboradora de campo da Portas Abertas, Rebecca*, trabalha com mulheres norte-coreanas refugiadas na China. Todas elas caíram em armadilhas do tráfico humano, que as vendeu para bordéis e homens chineses. A política de apenas um filho tem levado à falta de mulheres e, por isso, os homens mais pobres com frequência não encontram uma noiva. Para resolver a situação, eles compram uma. Frequentemente são mulheres norte-coreanas, que acabam sendo abusadas.

Os colaboradores de campo garantem a elas cuidado pastoral, estudo bíblico e um pouco de dinheiro para sobrevivência. Apesar de ser um ministério perigoso, Rebecca está muito alegre. Ao falar sobre o ministério, ela explica que, juntas, elas adoram a Deus e estudam a palavra. Além disso, Rebecca oferece o que as norte-coreanas precisam. Os encontros geralmente ocorrem duas vezes por mês.

Ao ouvirem a palavra de Deus pela primeira vez, as mulheres riem e respondem como se ela não fizesse o menor sentido. Mas quanto mais ouvem os versos e sermões, compreendem que a mensagem é séria. “É muito difícil ensiná-las a palavra porque, em suas mentes, há uma mistura de ideias que aprenderam na terra natal que vai contra os ensinamentos de Jesus. Por isso, a palavra não vai direto aos corações. Elas realmente querem crer, mas as mensagens da Bíblia são tão diferentes do que aprenderam que leva tempo para aceitarem a verdade.”

Rebecca sabe que leva tempo para mudar o pensamento. Por isso, ao invés de tentar persuadi-las, continua ensinando mensagens bíblicas. Um dia, elas compreendem que aquilo é a verdade e suas vidas mudam gradualmente.

Grandes desafios

Como as norte-coreanas não têm nenhum documento, são consideradas refugiadas ilegais na China. Sendo assim, apenas se encontrar com elas já é perigoso. Além disso, o trabalho da Portas Abertas não é visto como favorável ao governo chinês, então é preciso evitar todas as possibilidades de colocar o ministério em risco. Essa é a parte mais difícil.

“Eu vou até essas mulheres, falo a elas sobre Deus, adoramos juntas e estudamos a Bíblia. As vidas delas são realmente difíceis e pesadas. Elas deveriam ser bem recebidas, mas, ao invés disso, são tratadas apenas como uma forma de produzir bebês. Por não possuírem documentação, não podem viajar livremente pela China. Elas não podem fazer o que querem, estão presas nessa situação”, explica Rebecca.

Ela compartilhou sobre uma das mulheres que o marido era muito velho para trabalhar. Além disso, ela ainda precisava cuidar do filho, então trabalhava para sustentar a família. Em meio ao desespero, ela decidiu ir para a Coreia do Sul. Outra razão para isso é que ela precisava de dinheiro para trazer o outro filho dela da Coreia do Norte, o que custava muito. A mulher deixou o marido, mas foi pega pela polícia chinesa. Quando isso acontece, há sempre uma grande possibilidade de ser enviada de volta para a Coreia do Norte.

“Nós ficamos preocupados e oramos muito por ela. Felizmente, todas as irmãs do estudo bíblico que oraram por ela experimentaram alívio ao orar, isso me inclui. Nós sentimos paz nos corações. Essa foi a resposta para nossas orações”, afirma.

Após entrar em contato com a polícia, eles disseram que não precisávamos nos preocupar. Porém, a situação ainda se arrastou por meses. Eventualmente, Deus a libertou e permitiu que voltasse para a família.

*Nome alterado por segurança.

Com base nessa situação, a Portas Abertas oferece comida, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos que fogem para a China. Assim, a igreja local recebe provisão e experimenta o cuidado por parte do corpo de Cristo. Doe agora e forneça alimento, remédios e roupas para cristãos norte-coreanos refugiados na China.

domingo, 10 de janeiro de 2021

“Deus me impediu de desistir”, diz cristã que sobreviveu à prisão na Coreia do Norte

Uma cristã sobrevivente da prisão norte-coreana enviou seu relato à Missão Portas Abertas, que publicou o testemunho de forma que sua identidade seja protegida.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS (EUA)

Prisões da Coreia do Norte mantém seus internos em situações degradantes. (Foto: Portas Abertas / EUA)

“Gota a gota, como uma torneira secando lentamente, você não fica com nada além de sua própria mente e corpo, e ambos serão eventualmente eliminados por este lugar”. A declaração chocante foi dada por uma cristã, prisioneira na Coreia do Norte, em razão de sua fé em Jesus Cristo.

Em um vasto depoimento, dado ao site da Missão Portas Abertas (EUA), ela se denomina como “Prisioneira 42”, pois não pode revelar seu nome verdadeiro, por motivos de segurança. Por isso, usa o número que lhe deram para identificá-la, assim que chegou à prisão.

Em seu relato, ela conta detalhes sobre a realidade da prisão norte-coreana, como tem sentido o cuidado de Deus sobre sua vida e como sua fé a tem ajudado a sobreviver, apesar de todas as dificuldades.

“Todas as manhãs às 8h, eles chamam ‘42’. Quando me levanto, não tenho permissão para olhar para os guardas. Tenho que me levantar, colocar minhas mãos atrás das costas e segui-los até a sala de interrogatório. Posso ver as sombras dos guardas, mas tenho o cuidado de nunca parecer que estou olhando para eles”, contou ela.

“Mesmo que a mesma coisa aconteça todos os dias, a cada dia, ainda estou com muito medo. Cada vez que eles chamam por ‘42’, me espancam e me chutam. Dói mais quando eles atingem meus ouvidos. Meus ouvidos zumbem por horas, às vezes por dias”, acrescentou. “Mas por agora, pelo menos estou viva”.

O interrogatório que nunca acaba

A prisioneira contou que os interrogatórios são diários e parecem intermináveis, como se ela não conseguisse mais perceber a diferença entre um e outro.

“Todos os dias, eles fazem as mesmas perguntas: ‘Por que você estava na China?’; ‘Quem você conheceu?’; ‘Você foi à igreja?’; ‘Você tinha uma Bíblia?’; ‘Você conheceu algum sul-coreano?’. ‘Você é cristã?’”, contou.

Ela relatou que a situação precária da prisão e de sua cela caracterizam as condições em que nem mesmo um animal conseguiria viver.

“Minha cela fica quente durante o dia e fria à noite. No inverno ou no verão, a temperatura pode ser insuportável. É tão pequena que mal consigo deitar”, disse.

“Mas eu não tenho permissão para deitar muito, de qualquer maneira. Tenho que ficar de joelhos, com os punhos fechados. Eu nem mesmo tenho permissão para abri-los. O lugar não é adequado para nenhum humano, mas para os guardas, não sou humana. Eu sou menos que um animal. Estou trancada nesta gaiola, a porta pesada e fechaduras atrás de mim, ecoam na luz fraca que nunca fica mais brilhante neste lugar”, explicou.

Na solitária por Jesus

A prisioneira contou que está em confinamento solitário, porque as autoridades suspeitam que ela realmente seja cristã e desconfiam disso por causa de suas negações na sala de interrogatório.

“Eu sou uma cristã? Sim. Mas eu tenho que fingir. Se eu admitir que fui ajudada por cristãos chineses, serei morta, rápida oulentamente”, destacou.

Ela contou que apesar de saber que há outros prisioneiros naquele campo de reeducação, não tem permissão para fazer contato com eles.

“Tudo que posso fazer é orar. Orar e cantar em meu coração. Nunca em voz alta, apenas no meu coração. Eu canto uma música que escrevi na minha cabeça”, disse ela.

A letra da música diz:

Meu coração anseia por meu Pai nesta prisão

Embora o caminho para a verdade seja íngreme e estreito

Um futuro brilhante será revelado quando eu continuar

Sem fé, a calamidade atacará nesta estrada

Permita-me ir em direção à fortaleza

Embora possa haver muito sofrimento e complicações

Como posso seguir os passos do meu Deus?

Muitos prisioneiros da Coreia do Norte acabam não resistindo às condições em que são mantidos e às sequentes seções de tortura. (Foto: Portas Abertas / EUA) 

Com lágrimas, meu coração anseia por meu Pai nesta prisão

Pai, por favor aceite esta filha pecadora

Por favor, proteja-me em Sua fortaleza na montanha e sob Seu escudo

Leve-me sob suas asas de paz

A voz do pai que vem do céu

Guia-me para suas bênçãos diariamente

Sobrevivendo

Após passar por um julgamento no tribunal norte-coreano, a prisioneira 42 foi condenada a quatro anos em um “campo de reeducação”, onde apesar de todas as dificuldades, ainda sente a presença de Deus.

“Deus tem estado comigo todos os dias, todas as horas, todos os minutos e todos os segundos. Ontem foi anunciado que seria libertada. Cumpri apenas dois anos. A primeira coisa que farei quando sair, será encontrar meu marido e meus filhos. Meus filhos estão muito maiores agora. Não nos vemos há anos”, contou ela.

A prisioneira expressou sua gratidão a Deus por todo o cuidado com sua vida durante este tempo.

“Deus cuidou de mim. Ele me impediu de desistir. Acontece que eu não era apenas uma torneira secando. Jesus me deu Água Viva, para me manter funcionando quando parecia que eu iria falhar. Ele me impediu de acabar com minha própria vida, Ele me ajudou a orar e clamar a Ele”, disse ela.

“Eu oro e acredito que Ele também cuida de meus filhos a cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia. Preciso contar a eles sobre esse Deus amoroso”, acrescentou.

*Esta história é baseada nos relatos da vida real de vários cristãos norte-coreanos. Alguns detalhes foram ligeiramente alterados ou mesclados para proteger a identidade específica de qualquer cristão individualmente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Judeus da Etiópia se voltam para Jesus através do evangelismo de cristãos

O ministério Jacob's Hope, das Missões Mundiais das Assembleias de Deus, tem trabalhado pelo despertamento da comunidade judaica na Etiópia.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AG NEWS


O  ministério Jacob's Hope atua para alcançar judeus com o Evangelho. (Foto: AGWM)

Por mais de cinco anos, os membros do ministério Jacob's Hope (Esperança de Jacó, em português), que atua para alcançar judeus com o Evangelho ao redor do mundo, têm orado pelo despertamento da comunidade judaica na Etiópia.

A Missões Mundiais das Assembleias de Deus (AGWM, na sigla em inglês), da qual o Jacob's Hope faz parte, estima que os 100.000 judeus que vivem na Etiópia constituem o grupo de povos não alcançados.

No início de novembro de 2020, o Jacob's Hope liderou um movimento de impacto ao povo judeu, unindo forças com as Assembleias de Deus da Etiópia. Em relato à AG News, o missionário Brent Johnson, diretor do projeto, diz que as igrejas têm experimentado uma grande “resposta de oração”.

Na cidade de Bahir Dar, no norte da Etiópia, uma conferência reuniu líderes evangélicos e judeus que foram a Jesus. O evento incluiu um treinamento sobre como evangelizar a população judaica e atuar para a plantação de mais congregações na área, para ambos os grupos. 

Nos cultos à noite, Johnson diz que houve um mover especial de Deus, “que resultou no povo judeu vindo à fé no Messias, Jesus, e sendo batizado nas águas”. 

Uma das pessoas impactadas pela conferência foi uma jovem judia e um homem judeu, que foram incentivados a manter suas raízes judaicas em segredo para evitar a perda de oportunidades. 

“Mesmo assim, eles estão crescendo em sua herança e avançando em seus respectivos campos à medida que são capacitados e guiados pelo Espírito Santo. Estamos orando por eles e os incentivando a permanecer fiéis”, conta Johnson.

Um líder judeu local, que foi recentemente ordenado, foi nomeado o novo pastor de uma congregação messiânica plantada na Etiópia no ano passado.

“Estes são tempos emocionantes para a Igreja participar e se envolver em esforços evangelísticos entre o povo judeu não alcançado na Etiópia e em toda a região”, destaca o missionário. “Por favor, continuem orando por aqueles que estão assumindo a fé e por maiores oportunidades missionárias de compartilhar as boas novas do Evangelho com o povo judeu aqui e ao redor do mundo”.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Cristão passa noite amarrado em floresta em Mianmar

O seguidor de Jesus tem enfrentado intensa pressão após a conversão dele e dos familiares


Fonte: Portas Abertas

Após amarrar o cristão, o líder da aldeia o pressionou para abandonar 
a fé em Cristo (foto representativa)

Htun Htun* era um seguidor da fé budista e vivia em uma aldeia em que todos tinham a mesma fé em Mianmar. Mas quando ele e a família decidiram seguir Jesus, os parentes e a comunidade passaram a persegui-los. Os cristãos são pressionados para abandonar a fé e são acusados de trair a etnia à qual pertencem. Por causa das ameaças sofridas, Htun Htun e a família tiveram que se mudar para um novo lugar.

Porém, a família cristã não foi bem recebida, foi ameaçada e pressionada por conta da fé em Cristo. O chefe da aldeia e os vizinhos decidiram que não querem que Htun Htun e os familiares permaneçam no povoado. Então, eles tomaram uma medida drástica para convencer o cristão a deixar a fé: levaram Htun Htun para a selva, o algemaram e o deixaram preso no local por uma noite inteira. Além disso, o chefe da aldeia o ameaçou e exigiu que deixassem a comunidade se continuassem seguindo Jesus. Na manhã seguinte o cristão foi libertado, mas as ameaças têm preocupado toda a família cristã.

O pastor T, que é parceiro da Portas Abertas no país, tem ajudado e encorajado Htun Htun e os familiares a enfrentar a perseguição. Toda a família também tem recebido ajuda para suprir as necessidades básicas e alimentícias durante esse período de perseguição.

*Nome alterado por segurança. 

As famílias cristãs em países budistas na Ásia enfrentam pressão da comunidade para abandonarem a fé em Jesus, além de lidar com a falta de recursos básicos para sobrevivência. Através de sua doação, você auxilia um cristão ex-budista a receber capacitação para geração de renda durante dois meses. Faça a diferença na vida desses irmãos!

Pedidos de oração

Ore para que Deus proteja Htun Htun e a família, e que eles se mantenham firmes na fé mesmo diante da perseguição.
Peça pelo pastor T, para que Cristo dê sabedoria para continuar a pastorear e encorajar os cristãos locais.
Clame pelos aldeões de Mianmar, para que Jesus visite os corações e eles passem de perseguidores para discípulos de Cristo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Tiroteio em igreja no Texas deixa pastor morto e dois feridos

O tiroteio aconteceu na manhã de domingo na Igreja Metodista Starrville, cerca de 160 quilômetros a leste de Dallas.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA NBC NEWS

O tiroteio aconteceu na Igreja Metodista Starrville, no Texas. (Foto: Zak Wellerman/Tyler Morning Telegraph)

Um pastor foi morto e duas outras pessoas ficaram feridas na manhã de domingo (3) em uma igreja no Texas, nos Estados Unidos. O suspeito foi identificado e preso pelas autoridades da cidade de Winona, no Condado de Smith.

O tiroteio ocorreu na Igreja Metodista Starrville em Winona, cerca de 160 quilômetros a leste de Dallas, quando o pastor Mark McWilliams, de 62 anos, encontrou o suspeito escondido no banheiro, informou o xerife do condado de Smith, Larry Smith.

McWilliams ordenou que o suspeito, Mytrez Woolen, de 21 anos, se deitasse no chão, mas o pastor se distraiu enquanto falava com sua esposa, que estava com ele na igreja. Woolen se lançou contra o pastor, tirou a arma de sua mão e atirou nele, disse Smith.

A esposa de McWilliams, que não foi identificada, ficou ferida depois de cair enquanto fugia do local. Woolen também atirou em um membro da igreja nas costas e no ombro enquanto o homem fugia, acrescentou o xerife.

Woolen, que mais tarde foi detido por policiais no condado vizinho de Harrison após roubar a caminhonete do pastor, deve ser acusado de homicídio culposo e outros crimes. Ele foi preso e pode ser liberado sob fiança de US$ 3,5 milhões, segundo a NBC News.

O tiroteio ocorreu após uma perseguição em alta velocidade na noite anterior. Woolen era suspeito de dois tiroteios na cidade de Marshall, cerca de 80 quilômetros a leste de Winona.

Woolen fugiu quando as autoridades o avistaram em um posto de gasolina, atingindo velocidades de 190 km/h em um Volkswagen Jetta com um estepe, disse Smith. Quando o pneu cedeu, Woollen colidiu perto da igreja e fugiu a pé para uma mata próxima.

As autoridades vasculharam a área, mas só encontraram um sapato perto de um riacho. Segundo Smith, as autoridades acreditam que Woolen voltou para a igreja na manhã de domingo. O pastor o encontrou escondido no banheiro pouco depois das 9h, quando havia poucas pessoas dentro da igreja.

O governador do Texas, Greg Abbott, lamentou o crime no domingo e pediu orações pelas vítimas. “Nossos corações estão com as vítimas e as famílias dos mortos e feridos nesta terrível tragédia”, disse em nota.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Cristãos devem combater o “espírito de morte” com a Palavra de Deus, diz Lamartine Posella

O pastor fez um vídeo falando desta época de pandemia e do medo gerado pelas notícias de morte.


FONTE: GUIAME, ADRIANA BERNARDO

Pr. Lamartine Posella, durante live sobre ‘o espírito de morte’. (Foto: Reprodução / YouTube)

Em uma live na noite desta terça-feira (22), o Pr. Lamartine Posella chamou a atenção dos cristãos para lutar contra o “espírito de morte” que, segundo ele, tem assolado o mundo inteiro. “Nós estamos vivendo um período em que está havendo a liberação do espírito de morte”, afirmou.

O líder da YAH Church disse que “toda vez que você cria uma atmosfera, você atrai ou a presença de Deus, a presença dos anjos, ou você atrai a presença de demônios, a presença do espírito das trevas”. Posella deu exemplos e falou que “a Palavra [de Deus] tem um poder extraordinário para [contra eles]”.

Chamando de “live profética”, o pastor disse que traria revelações, mostradas a ele pelo Espírito de Deus, sobre o que está acontecendo no mundo espiritual.

Durante a live, o pastor recebeu diversas mensagens de pessoas dizendo que estavam com medo exagerado, sendo desafiadas na fé pelo espírito de morte, com tristezas. “Nós vamos entrar em guerra contra o espírito de morte, em nome de Jesus, e liberar o espírito de vida aqui”, declarou Posella.

Para basear seu ensinamento específico sobre a atuação do “espírito de morte”, o pastor leu o Salmo 116:1-3, escrito por Davi, onde cita os “laços de morte” que o cercaram e as “angústias do inferno” que se apoderaram dele.

Posella dividiu o texto em alguns tópicos. “Aqui é o primeiro segredo para você enfrentar o espírito de morte”, disse o pastor. “É você invocar o Senhor, é clamá-lo, do fundo da alma”.

“Laços de morte”

Dando o exemplo do que disse Davi, sobre sua experiência com os “laços de morte”, o pastor disse que estamos vivendo em um tempo em que só se fala de morte e isso habilita atuações malignas no mundo espiritual, que assediam as pessoas. “As palavras que são declaradas o tempo inteiro é sobre isso. Nós não vemos ninguém declarando esperança, só notícias ruins, aumento do número de mortes, guerras culturais... Sabemos que isso gera na alma das pessoas um medo”, afirmou.

Posella disse que não está negando a Covid-19, o poder do vírus e suas consequências. “O que estou dizendo é que estamos vivendo debaixo de uma guerra que, de um lado, as autoridades, os jornais, a televisão, a mídia fica o tempo inteiro falando sobre a pandemia e sobre morte; e as pessoas, muitas vezes, não estão invocando a Deus, como diz o salmista”, disse.

“Gente esse é o primeiro segredo! Há uma Igreja de Jesus que são bilhões e bilhões de pessoas no mundo, e a Igreja não está fazendo o seu papel de louvar a Deus, de glorificar a Deus, de declarar que o Senhor é grande, poderoso, que Ele é maior que essa pandemia”, exortou.

O pastor disse que é preciso declarar “que o poder de vida é maior que o poder de morte”.

“O laço de morte é real, é de verdade; a pandemia não é brincadeira, ela está matando gente mesmo”, alertou. Mas o pastor disse que apesar disso, o que se fala é só da morte “e nós cristãos, que conhecemos o mundo espiritual, estamos sendo abatidos por ver os laços de morte, o vírus, o problema real, nos cercando”.

Posella citou a frase dirá por “angústias do inferno” lembrando que as angústias provêm do inferno e não de Deus. “A angústia vem para abalar a sua alma, e saiba que quando você fica angustiado, deprimido, você debilita o seu sistema imunológico”, avisou.

Armas espirituais

“Como vamos combater isso?”, questionou. Segundo o pastor, cada um dentro de sua área, como está sendo feito pela ciência e pela medicina, que trabalham para encontrar vacinas e tratamentos. “Isso é uma das armas que a gente tem. Mas nós temos a palavra de Deus que é a mais poderosa”, afirmou.

“As armas da nossa guerra não são carnais. Então você ficar reclamando, ficar falando do medo, está usando das armas naturais”, disse. “Está com medo? Abra a tua boca, leia a Palavra de Deus, ela é vida!”

“Leia a Bíblia mais do que nunca, agora é hora de orar a Palavra, de declarar as promessas de Deus, pois nela tem o ‘sim e o amém’, aconselhou.

O pastor finalizou fazendo uma oração com todos que estavam acompanhando sua ministração na internet.

Assista:

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Pastores se desconectam para não serem rastreados pelo regime comunista, na China

Estratégia visa ficar fora do ‘radar’ das autoridades que tentam erradicar o cristianismo no país.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO VISION

Estratégia tem ajudado igreja a ficar fora do ‘radar’ do comunismo. (Foto: Reprodução / Portas Abertas)

Dezenas de milhares de pastores de igrejas domésticas em toda a China se escondem enquanto o Partido Comunista tenta erradicar o cristianismo do país.

A informação é do grupo missionário Asia Harvest, que afirma que os pastores se desconectaram de seus telefones e computadores para que as autoridades governamentais não possam rastrear seus movimentos.

Eles também teriam destruído os microchips dentro de seus cartões de identificação para que as autoridades não pudessem rastrear suas localizações.

O comunismo chinês impõe vigilância a todos os cidadãos. Na China, uma forma de controle acontece através de um cartão de identificação que é obrigatório.

É impossível para uma pessoa pegar transporte público, abrir uma conta bancária, conseguir um emprego ou alugar um apartamento sem usar o cartão.

Cada cartão de identificação contém um chip de computador que também é usado para rastrear os movimentos das pessoas.

Segundo o Christian Post relata, apesar da crescente perseguição, o cristianismo está crescendo na China.

As estratégias usadas pelos pastores têm funcionado. A Aliança Evangélica Mundial relata que a Igreja Protestante cresceu de 1,3 milhão de membros em 1949 para pelo menos 81 milhões de membros hoje.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Membro do Knesset diz que Israel está ‘cada vez mais próximo’ do Terceiro Templo

O parlamentar israelense Amit Halevi visitou o Monte do Templo durante a festa de Chanucá e indicou que Israel está avançando para a construção do Terceiro Templo.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO BREAKING ISRAEL NEWS

Amit Halevi, membro do Knesset, o parlamento de Israel, em frente o Monte do Templo. (Foto: Rotter)

Um membro do Knesset, o parlamento de Israel, acendeu as velas de Chanucá — a tradicional festa judaica das luzes — do lado de fora do Monte do Templo, na terça-feira passada (15). Na ocasião, ele falou que a nação está cada vez mais próxima da construção do Terceiro Templo.

Amit Halevi, que é parlamentar do Likud — um partido conservador de Israel — acendeu as luzes no local após receber autorização do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de acordo com o site Breaking Israel News.

“Estamos aqui determinados a acender a luz da cultura judaica e a luz da oração”, disse Halevi durante um tour pelo local. “Estamos aqui na Casa de Adoração no Monte do Templo e oramos pelo contínuo sucesso de Israel”.

Um vídeo publicado em hebraico pelo site israelense Rotter mostra Halevi dizendo que ficou “impressionado com as mudanças que estão sendo feitas no Monte do Templo” e que, “cada vez mais, Israel está se aproximando do Terceiro Templo”.

Halevi, que assim como seu nome indica, é descendente da tribo de Levi, incentivou os israelenses a viverem “os costumes do Sinai” e destacou que Deus deve prevalecer não apenas na economia de Israel, mas em todos os outros aspectos da vida.

Animado para entrar no Monte do Templo, Halevi citou ainda um versículo de Zacarias 4:10, que diz: “Quem despreza o dia das coisas pequenas?”

Terceiro Templo e a profecia bíblica

A Bíblia aponta claramente que um novo templo será dedicado a Deus no futuro, o que é chamado de Terceiro Templo. Em Israel, muitos rabinos e judeus estão dedicados a se preparar para essa construção quando o tempo de colocá-la em prática chegar.

O Primeiro Templo foi construído pelo rei Salomão e totalmente destruído pelo rei da Babilônia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. O Segundo Templo foi construído pelo povo judeu depois de anos no cativeiro babilônico, no mesmo local onde existia o Templo de Salomão. No entanto, o templo voltou a ser destruído no ano 70 pelos romanos.

As Escrituras apontam que o Terceiro Templo existirá quando o anticristo se revelar e interromper os sacrifícios (Daniel 9:27). O apóstolo Paulo também o menciona quando declara que o “homem do pecado” irá se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4).

Hoje, o Instituto do Templo está trabalhando nos projetos para o novo templo. “Hoje há uma entrada no Knesset (Parlamento de Israel), pois muitos parlamentares estão falando sobre os direitos dos judeus orarem no Monte do Templo”, disse o rabino Chaim Richman, o Diretor Internacional do Instituto do Templo, que é dedicado à reconstrução do Templo Sagrado em Jerusalém.

“Alguns membros do Knesset estão realmente falando sobre a reconstrução do Templo Sagrado. Há 20 anos, essas pessoas ririam disso”, ele acrescentou.

Atualmente, existem grandes obstáculos para a reconstrução do Terceiro Templo e o maior diz respeito à sua localização. O local será construído no Monte do Templo, que é um lugar sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, sendo também um dos locais mais disputados do mundo. Lá se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídos no século VII e que estão entre as mais antigas estruturas do mundo muçulmano.

Embora Israel tenha retomado o controle da Cidade Velha de Jerusalém e da área do Monte do Templo na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o Monte permanece sob custódia da Jordânia sob os termos do tratado de paz. Os judeus israelenses podem entrar no complexo, mas não podem orar ou realizar cerimônias religiosas por lá.

Veja o vídeo de Amit Halevi (em hebraico):

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Igrejas cristãs armênias são entregues a mulçumanos

Com o cessar-fogo do conflito Armênia x Azerbaijão, a região de Nagorno-Karabakh ficou sob o controle da maioria muçulmana do Azerbaijão. O principal alvo são as igrejas cristãs

Fonte: Portas Abertas 


Foi um dia terrível para o líder religioso Hovhannes, quando soube que o complexo do mosteiro armênio medieval Dadivank em Nagorno-Karabakh ficaria agora sob o controle da maioria muçulmana do Azerbaijão. A região de Qarvachar, onde o mosteiro está localizado, precisaria ser desocupada dos armênios em poucos dias.

Nagorno-Karabakh é uma pequena área montanhosa e sem litoral no sul do Cáucaso, situada entre a Armênia e o Azerbaijão, fazendo fronteira com o Irã ao sul. Após a dissolução da União Soviética, Nagorno-Karabakh com uma população de maioria armênia permaneceu um território disputado entre os dois países pós-soviéticos. A guerra de dois anos foi interrompida em 1994 com um cessar-fogo indefinido e Nagorno-Karabakh ficou sob o controle da etnia armênia. A nova fase da guerra durou 44 dias, terminando em novembro deste ano. Grandes partes de Nagorno-Karabakh passaram para o controle do Azerbaijão e forças de paz russas foram colocadas na região por cinco anos.

O conflito militar terminou com a queda de Shushi, uma cidade dominada pela Catedral do Santo Salvador do século 19.

Quando o exército do Azerbaijão entrou na cidade após o cessar-fogo assinado na noite de 9 de novembro, a catedral foi um de seus primeiros alvos: as paredes internas e externas foram imediatamente vandalizadas por pichações. A catedral já havia sido fortemente bombardeada e danificada pelo Exército do Azerbaijão, que entre seus militantes contava com milhares de mercenários jihadistas sírios.

A Igreja de São João Batista do início do século 19 em Shushi viu suas cúpulas destruídas durante a guerra, enquanto a Igreja de Santa Maria construída e consagrada mais recentemente na cidade de Mekhakavan foi bombardeada e quase completamente demolida.

Os armênios da região temem que sua herança cristã ancestral esteja agora ameaçada sob o controle do Azerbaijão. A herança cristã em Nagorno-Karabakh consiste em igrejas, mosteiros, capelas, pedras cruzadas, afrescos e escritos religiosos gravados que datam dos primeiros estágios do cristianismo. O Departamento do patrimônio religioso e cultural armênio de Nagorno-Karabakh, na sede da Igreja Apostólica Armênia, estima que mais de 100 peças dessa herança estão agora sendo transferidas sob o controle do Azerbaijão.

“Há cem anos, os dois terços da população de Nakhichevan eram armênios. Hoje não há armênios lá e todo o patrimônio cultural e cristão armênio é quase inexistente. Milhares de pedras cruzadas antigas - grandes pedras retangulares com cruzes esculpidas - e centenas de igrejas foram sistematicamente sujeitas a vandalismo e destruídas. É por isso que os cristãos armênios têm pouca esperança de preservação de sua herança”, disse o porta-voz da Portas Abertas na região, Rene Levonian.

E enquanto outros armênios carregam seus pertences em caminhões e desocupam seus vilarejos e cidades, aumenta a dor dizer um adeus definitivo às suas igrejas que são parte de sua identidade, temendo o que acontecerá com elas.

Violência a cristãos no Azerbaijão

O país tem um histórico de perseguição a cristãos bem violento. Nenhuma atividade religiosa - igreja doméstica, encontros evangelísticos ou distribuição de material religioso - pode acontecer sem permissão do governo. A opressão islâmica também é severa a cristãos convertidos do islamismo, que são expulsos de suas famílias e comunidades e podem ser presos, torturados e perderem todos seus direitos civis. 

O filho de um casal cristão no Sudoeste de Baku distribuiu literatura cristã na escola. Isso foi reportado para as autoridades e levou a uma invasão na casa da família e apreensão de literatura cristã. Um pastor também teve sua casa invadida e literatura cristã apreendida. Os líderes cristãos são constantemente presos, interrogados e multados por realizarem cultos e eventos de adoração a Deus. 

Ore por eles

Ore pelos cristãos que vivem no Azerbaijão. Que eles permaneçam firmes, apesar da perseguição e das constantes ameaças de prisão e multas. 

Clame a Deus pelos cristãos armênios. Que a herança cristã seja preservada no país, que os cristãos sejam consolados e que perseverem em sua fé em Jesus Cristo.

Ore pelos perseguidores jihadistas que perseguem aos cristãos nessa região. Eles necessitam do amor e da misericórdia de Deus em suas vidas. 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Agressores de igreja vão a julgamento no Sudão

Pela primeira vez na história do Sudão, indivíduos estão sendo julgados por atacar uma igreja


Fonte: Portas Abertas 

                                         Igreja cristã nas montanhas Nuba, no Sudão, em constantes ameaças de ataques
                                      Crédito: Portas Abertas
Na semana passada, nove réus compareceram ao Tribunal Criminal de Dar-Alsalam por seu suposto envolvimento em uma série de ataques incendiários contra um prédio de igreja pertencente à Igreja de Cristo sudanesa em Jabarona, uma grande favela nos arredores de Cartum.

Um total de quatorze pessoas são acusadas de envolvimento nos ataques, mas um está sendo julgado em um tribunal separado para menores de idade, enquanto outros quatro suspeitos ainda não foram identificados.

Eles são acusados de tentar incendiar as igrejas por 5 vezes em meses alternados. Após o ataque mais recente, em agosto deste ano, enviaram uma carta à autarquia de Ombada, exigindo a limpeza da praça onde se encontra a igreja. Se isso não fosse feito em três meses, disseram os redatores, eles entrariam em ação.

Em março, uma comissão foi nomeada pelo Ministro de Assuntos Religiosos, Nasr al-Din Mufreh, para investigar os ataques. O governo interino do Sudão, instituído após a destituição do ex-presidente Omar al-Bashir em abril de 2019, mostrou a intenção de abordar as violações da liberdade religiosa do regime anterior. Em setembro deste ano, anunciou que planejava remover o islamismo como religião oficial.

Em novembro, um tribunal sudanês absolveu oito líderes religiosos de acusações de ocupação ilegal dos prédios de suas igrejas.

A Portas Abertas, que vem acompanhando as investigações e apoiando os cristãos no Sudão, reconhece esses fatos como positivos para a comunidade cristã no país, mas ainda se preocupa com a anistia geral que o governo de transição estendeu a todos os que estiveram envolvidos em ataques anteriores, incluindo nas montanhas Nuba, no sul do Sudão, onde vivem muitos cristãos.

Anos de combates nos estados do Kordofan do Sul e do Nilo Azul mataram e deslocaram centenas de milhares de civis e destruíram as suas propriedades. Um relatório do Portas Abertas mostra que os cristãos sudaneses estavam enfrentam.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

País de maioria cristã, Argentina está perto de legalizar o aborto

Projeto de lei recebe 131 votos a favor da interrupção legal da gravidez até a 14ª semana, ante 117 contrários e seis abstenções.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CLARÍN E EL PAÍS


Manifestação contra a legalização do aborto em Buenos Aires.
(Foto: Reprodução / Reuters)

A Câmara dos Deputados argentina aprovou o projeto de lei que autoriza a interrupção legal da gravidez até a 14ª semana de gestação.

A proposta, que tem o apoio do presidente Alberto Fernández, recebeu 131 votos de deputados favoráveis à interrupção da gravidez, ante 117 contrários e seis abstenções, no início da manhã da sexta-feira (11).

Agora, o projeto ainda precisa passar pelo Senado argentino, que terá a palavra final.

País de maioria cristã, milhares de pessoas se manifestaram contra a aprovação do aborto antes das votações.

A Argentina tem 76% da população católica, segundo pesquisa de 2008 produzida pela Agência Nacional de Promoção Científica e Tecnológica (Foncyt).

A segunda maior religião é a evangélica. Os dados apontaram que o número de evangélicos aumentou de 9% em 2008 para 15,3% em 2019.

Não ao aborto

Unidos, católicos, evangélicos e organizações pró-vida reuniram milhares de manifestantes no sábado (28) em Buenos Aires para protestar em frente ao Congresso, onde aconteceu o debate do projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados.

“Não estamos de acordo em interromper uma vida que começa desde a concepção, somos uma maioria celeste, já que, segundo as últimas pesquisas, 70% são contra este projeto de lei. Esta maioria deve ser ouvida”, defendeu o pastor Jorge Gómez.

“Não queremos legalizar a morte”, bradou Gómez, que é diretor-executivo da Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (Aciera).

Segundo os organizadores, marchas e caravanas pró-vida foram realizadas em 500 cidades da Argentina.

É a nona vez que um projeto de lei de interrupção voluntária da gravidez tramita no Congresso argentino. Em 2018, a proposta foi aprovada pelos deputados ―por 129 votos a favor e 125 contra―, mas derrotada no Senado.

Apoio presidencial

A medida prevê que as mulheres possam interromper sua gestação até a 14ª semana. Não podem transcorrer mais de 10 dias entre a solicitação do aborto e sua realização.

Desde 1921, o aborto na Argentina é crime punível com até quatro anos de prisão, exceto em caso de estupro ou risco de vida da mãe. Mesmo assim, a cada ano mais de 300.000 abortos são realizados na Argentina, de acordo com números não oficiais, e cerca de 40.000 mulheres argentinas têm de ser hospitalizadas por complicações derivadas deles.

Com argumentos religiosos e políticos, os legisladores contra o projeto alertaram que se trata de uma lei inconstitucional e que, se o aborto for aprovado, se tornará mais um método anticoncepcional.

Muitos também argumentaram que não é o momento certo devido à pandemia covid-19 e à crise econômica que o país está passando. “Quero defender aqueles que em toda esta situação não têm voz, não têm possibilidade de se defender, que é o nascituro”, disse o deputado da oposição Federico Angelini.

“Com que cara vamos ter medo quando um menino de 15 anos mata alguém por uma bicicleta se a mensagem da liderança é que a vida é relativa, que em nome da liberdade se pode dispor da vida para nascer, aliás, mais vulneráveis”, acrescentou a legisladora Graciela Camaño quase no final do debate.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Marrocos se torna o quarto país árabe a estabelecer paz com Israel

Como parte do acordo, Trump concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o território do Saara Ocidental.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Donald Trump se encontrou com Benjamin Netanyahu no Salão Oval em setembro. O presidente americano anunciou o 
acordo entre Israel e Marrocos na nesta quinta-feira. (Foto: Doug Mills/Pool/Getty Images)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (10) a normalização das relações entre Israel e Marrocos. Este é o quarto país árabe a estabelecer paz com Israel nos últimos quatro meses.

Marrocos se junta aos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão a firmar acordos com Israel, impulsionando os esforços liderados pelos EUA para reduzir a influência do Irã na região.

Como parte do acordo, Trump concordou em reconhecer a soberania do Marrocos sobre o território do Saara Ocidental, uma região desértica disputada há décadas no norte da África.

O presidente eleito, Joe Biden, que poderá suceder Trump em 20 de janeiro, irá enfrentar a decisão de aceitar o acordo dos EUA com o Saara Ocidental, o que não foi feito por nenhum outro país ocidental. Segundo a Reuters, o porta-voz de Biden não quis comentar.

Embora Biden deva afastar a política externa dos EUA da postura “América em primeiro lugar” de Trump, o democrata indicou que irá apoiar os “Acordos de Abraão” entre Israel e as nações árabes.

Trump selou o acordo Israel-Marrocos em um telefonema na quinta-feira com o rei Mohammed VI, monarca do Marrocos, informou a Casa Branca.

“Outro marco histórico hoje! Nossos dois grandes amigos, Israel e o Reino de Marrocos, concordaram em manter relações diplomáticas completas — um grande avanço para a paz no Oriente Médio!”, disse Trump no Twitter.

Mohammed disse a Trump que o Marrocos pretende facilitar voos diretos para turistas israelenses para o Marrocos, segundo um comunicado da corte real do Marrocos.

“Esta será uma paz muito calorosa. A luz da paz neste dia de Chanucá nunca brilhou mais forte do que hoje no Oriente Médio”, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,referindo-se ao feriado judaico de oito dias que começou na noite de quinta-feira.

Repercussão do acordo

Os palestinos têm criticado os acordos de normalização, dizendo que os países árabes deixaram de pressionar Israel pela causa do Estado palestino.

Egito e Emirados Árabes Unidos emitiram declarações saudando a decisão de Marrocos. O Egito já havia assinado um tratado de paz com Israel em 1979.

“Este passo, um movimento soberano, contribui para fortalecer nossa busca comum por estabilidade, prosperidade e paz justa e duradoura na região”, escreveu no Twitter o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed al-Nahyan.

O acordo com o Marrocos pode ser um dos últimos feitos pela equipe de Trump, liderada pelo conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e o enviado dos EUA, Avi Berkowitz, antes de dar lugar ao governo de Biden.

Kushner disse a repórteres que é inevitável que a Arábia Saudita acabe fechando um acordo semelhante com Israel. Uma autoridade dos EUA disse que os sauditas não deveriam agir antes de Biden assumir o cargo e, mesmo assim, haveria forte oposição interna para impedir o movimento.

Pelo acordo, o Marrocos estabelecerá relações diplomáticas completas e retomará os contatos oficiais com Israel.

“Eles vão reabrir seus escritórios de ligação em Rabat e Tel Aviv imediatamente com a intenção de abrir embaixadas. E eles vão promover a cooperação econômica entre empresas israelenses e marroquinas”, disse Kushner à Reuters.

O acordo de Trump para mudar a política dos EUA sobre o Saara Ocidental foi a chave para obter o acordo de Marrocos. Em Rabat, a corte real do Marrocos disse que Washington abrirá um consulado no Saara Ocidental como parte do acordo do Marrocos com Israel.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico cresce na África

Grupos ligados ao Estado Islâmico estão cada vez mais ativos na África Subsaariana, mostra um relatório sobre o terrorismo na região

Fonte: Portas Abertas


Cristãos fogem de suas aldeias atacadas por extremistas islâmicos 
em Burkina Faso Crédito: Portas Abertas

O relatório Índice de Terrorismo Global de 2020 descobriu que o número global de mortes por terrorismo diminuiu pelo quinto ano consecutivo e a influência de grupos afiliados ao Estado Islâmico continuou a diminuir.

A África Subsaariana, no entanto, viu um aumento nos ataques; sete dos 10 países com o maior aumento no número de mortes relacionadas ao terrorismo ocorreram nesta região, disse o relatório.

O número de ataques aumentou mais em Burkina Faso, na África Ocidental, onde as mortes por terrorismo aumentaram 590%. Outros países africanos duramente atingidos pelo terrorismo incluem Moçambique, Mali e Níger. A maior parte destes ataques é contra cristãos e suas comunidades.

Burkina Faso, onde grupos islâmicos atuam desde 2016, apareceu na Lista Mundial da Perseguição pela primeira vez este ano. A onda de ataques terroristas do ano passado se reflete no fato de que, ao entrar na lista de 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, Burkina Faso subiu direto para o número 28 no ranking.

No norte de Moçambique, um grupo jihadista tem aumentado o número de ataques na província de Cabo Delgado este ano, com relatos de decapitações. Quase meio milhão de pessoas fugiram de suas casas por causa da violência.

“Embora não sejam as únicas vítimas da violência jihadista, os cristãos são frequentemente os alvos preferidos dos terroristas no Sahel, na bacia do Lago Chade e no Chifre da África, para citar apenas alguns", disse uma especialista de perseguição a cristãos que atua na região.

“Embora o objetivo dos agressores seja remover o testemunho cristão dessas áreas ou subjugá-los ao silêncio, a Portas Abertas quer ajudar a Igreja Perseguida a permanecer nessas áreas”, disse ela.

Para ela, a presença da igreja e de cristãos nesses locais é importante para manter a coesão social, mas também se sentem chamados a permanecer e ser sal e luz nas suas comunidades. “Isto torna o nosso apoio e oração por eles absolutamente crucial”, conclui.

Você pode ser resposta a estes cristãos

A Portas Abertas lança periodicamente campanhas que podem ajudar esses e outros cristãos que vivem em situação de perseguição. Hoje, mais de 260 milhões de cristãos são perseguidos em mais de 70 países.

Para saber como ajudá-los acesse www.portasabertas.org.br/doe e seja a resposta de oração destes cristãos no mundo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Mesmo na cadeira de rodas, jovem tetraplégica vira evangelista: “Isso me dá oportunidade”

Thais tem dedicado a vida para falar sobre o amor de Cristo, superando sua deficiência física.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO NOTÍCIAS ADVENTISTAS

Thais prega em diversas igrejas em que é convidada. (Foto: Arquivo pessoal)

A deficiência física pode ser vista como um bloqueio para alguns, mas para Thais Alencar, as cadeiras de rodas foram um impulso para o seu chamado.

Criada em um lar cristão, Thais participa das atividades de sua igreja desde pequena, usando a cadeira de rodas como seu meio de locomoção. Devido a um parto prematuro, ela teve uma paralisia cerebral e, com isso, se tornou tetraplégica.

Apesar das dificuldades motoras, Thais se tornou tradutora, intérprete e jornalista, e hoje cursa um mestrado em Divulgação Científica e Cultural pela Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo.

“Isso me dá oportunidade de falar sobre outros assuntos, da esperança da volta de Jesus e do evangelho de uma maneira bem peculiar”, afirma Thais ao site Notícias Adventistas.

Com apenas 10 anos de idade, Thais entendeu recebeu de Deus um chamado para dedicar sua vida à pregação do Evangelho. Hoje, aos 28 anos, ela acredita que a deficiência pode abrir portas para falar às pessoas sobre o amor de Deus.

“Eu não diria que o fato de ter deficiência chama a atenção das pessoas, mas sem dúvida é uma forma, uma maneira que Deus me deu de testemunhar ao falar do poder Dele”, ela afirma.

Segundo Thais, pessoas que não possuem nenhuma deficiência podem potencializar o trabalho de evangelistas como ela. O primeiro passo é orar e apoiar o ministério de pessoas com deficiência. 

Outro fator é investir na estrutura física das igrejas, incluindo adaptações como rampas, pisos especiais e recursos sensoriais para facilitar o acesso de deficientes aos ambientes públicos e privados.

“A igreja local deve atuar na capacitação do recurso humano”, explica o pastor Julio Cesar Ribeiro, líder associado para a área de mobilidade reduzida e deficiência física do Ministério das Possibilidades, da Igreja Adventista, na região central de São Paulo.

Ribeiro nasceu com uma má formação congênita nos membros superiores, mas trabalha para mudar a ideia de que a pessoa com deficiência é “coitadinha”. “É importante entendermos que Evangelho é poder e graça, e isso está disponível para todos”, destaca.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Israel celebra terceiro aniversário do reconhecimento de Jerusalém como sua capital

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recebeu o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman para uma solenidade em seu gabinete.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO JERUSALEM POST

Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman (à esquerda) foi recebido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (à direita),
 para a celebração de uma solenidade para marcar o terceiro ano do reconhecimento de Jerusalém. (Foto: GPO Amos Ben)

No último domingo (6), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu expressou sua gratidão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por ter reconhecido Jerusalém como a capital de Israel, celebrando o terceiro aniversário dessa proclamação histórica.

Netanyahu e o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, penduraram uma cópia da proclamação no gabinete do primeiro-ministro, ao lado do reconhecimento do ex-presidente dos EUA Harry Truman, em 1948 do Estado de Israel, que fora criado naquele ano.

“Essas duas proclamações históricas nunca serão esquecidas pelo povo judeu e pelo Estado judeu. Eles serão estimados por gerações”, disse Netanyahu em uma mensagem dirigida a Trump. “Estamos profundamente gratos por tudo que você fez por Jerusalém e Israel, trazendo a paz e levando a aliança EUA-Israel a patamares sem precedente”.

Netanyahu então observou outros movimentos positivos feitos por Trump em nome de Israel.

“Você reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas do Golã. Você reconheceu os direitos legítimos de Israel na Judeia e Samaria. Você propôs um plano de paz realista que reconhece esses direitos e mantém a capacidade de Israel de se defender. Vocês forjaram os históricos acordos de Abraão, que inauguraram um novo período de paz, que está mudando dramaticamente a face do Oriente Médio diante de nossos olhos”, disse ele.

“E ao invés de apaziguar aqueles que gritam 'Morte à América' e 'Morte a Israel' em Teerã [Irã], você se retirou do perigoso acordo nuclear com o Irã, colocou sanções paralisantes sobre o Irã e eliminou o terrorista mais perigoso do mundo, Qassem Soleimani”, Netanyahu.

Soleimani, comandante da Força Quds na Guarda Revolucionária Iraniana, foi morto em um ataque de drones dos EUA no Iraque no início deste ano.

Durante a cerimônia, Friedman e Netanyahu colocaram juntos a proclamação nas paredes da sala do gabinete. Friedman se juntou a Netanyahu para elogiar a mudança.

“Ao reconhecer Jerusalém, o presidente Trump também fez outra coisa. Ele enviou uma mensagem clara ao mundo de que os Estados Unidos estão firmes com seus aliados e que baseiam sua política externa na verdade, não em desejos ou fantasias”, disse ele.

“Essa mensagem, desde então, reverberou por toda esta região e outras regiões, e tornou o mundo um lugar mais seguro”, acrescentou.

Netanyahu observou que os judeus em todo o mundo celebrarão o Hanukkah a partir desta semana. O feriado marca a vitória dos macabeus judeus sobre seus opressores greco-sírios há 2.000 anos.

“Graças a você, Senhor Presidente, nós, os descendentes dos Macabeus, podemos comemorar que aquela aliança entre o renascido Estado Judeu e o país mais poderoso da terra, está mais forte do que nunca. E celebramos o fato de que a bandeira americana está hasteada no topo da nova embaixada americana que você, presidente Trump, mudou para nossa gloriosa capital eterna - Jerusalém”, disse ele.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Analfabetismo bíblico é o maior problema da igreja, diz líder da Aliança Evangélica Mundial

Thomas Schirrmacher, da Aliança Evangélica Mundial, diz que muitos filhos de famílias evangélicas já não estão mais enraizados na Bíblia.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Thomas Schirrmacher fala no “Mission Freedom”, um evento sobre tráfico humano em Frankfurt, na Alemanha. (Foto: Martin Warnecke)

A maior crise que a igreja evangélica global enfrenta hoje é a crescente falta de conhecimento da Bíblia, de acordo com Thomas Schirrmacher, o novo secretário-geral da Aliança Evangélica Mundial.

“Nosso maior problema é que o conhecimento da Bíblia está desaparecendo”, disse Schirrmacher ao The Christian Post. “Este é o maior problema que temos, além de todas as diferenças teológicas, problemas financeiros e questões políticas”.

Schirrmacher, que estudou teologia na Suíça e nos Estados Unidos e atua como secretário-geral associado para Assuntos Teológicos da Aliança Evangélica Mundial, disse que cada vez mais crianças que vêm de famílias evangélicas “não estão enraizadas na Bíblia”, e muitos abandonam a fé quando crescem.

Já o número de jovens que abandonam a fé é “neutralizado” por aqueles que se tornam cristãos na juventude, de acordo com Schirrmacher. No entanto, esses jovens cristãos também carecem de conhecimento bíblico e “só sabem sobre a Bíblia o que aprenderam com sua conversão”, disse ele. 

“Há tantas pessoas se tornando crentes que aquele que é crente há mais tempo vira o líder da igreja”, disse Schirrmacher. “Isso pode levar três anos. Isso é um tempo curto para nós, mas longo para eles. Temos uma taxa de conversão tão alta em todo o mundo, que é extremamente difícil acompanhar com discipulado, com ensino, com conhecimento da Bíblia. O resultado é que as pessoas sabem muito menos e estão muito mais abertas ao secularismo e coisas estranhas como a teologia da ‘saúde e prosperidade’”.

De acordo com dados publicados pelo Barna Group e Sociedade Bíblica Americana, o número de adultos que dizem ler a Bíblia diariamente caiu de 14% para 9% entre o início de 2019 e 2020. Este é o número mais baixo registrado durante os 10 anos de estudo de Pesquisa Bíblica.

A Aliança Evangélica Mundial pretende trabalhar para equipar a liderança ao redor do mundo. “Se os evangélicos não conhecem mais a Bíblia, não faz sentido que sejamos um movimento bíblico”, explica. “Não temos papa, não temos estrutura que nos mantenha juntos, não importa em que acreditemos. Precisamos sentar e estudar a Bíblia, conhecer as Escrituras e estar devidamente equipados para o ministério”.

Apelo por unidade

Em uma sociedade cada vez mais polarizada, Schirrmacher também enfatizou a importância da unidade das igrejas. Ele acredita que as divisões dentro do cristianismo são o “maior obstáculo” para a propagação do Evangelho.

“Precisamos ansiar pelo que é o DNA, não só do protestantismo, mas do cristianismo — a Bíblia, Jesus e o Evangelho”, disse Schirrmacher. “Precisamos trabalhar juntos para não lutarmos uns contra os outros ao pregar o Evangelho”.

“Nosso objetivo deve ser que todo o cristianismo aceite o mesmo DNA”, disse ele. “O desaparecimento de milhares de teologias diferentes que nos separam fará sentido se nos sentarmos e encontrarmos o DNA comum. O perigo é que não podemos permitir que esses ensinamentos centrais do cristianismo desapareçam junto com tópicos menores”.