quarta-feira, 11 de agosto de 2021

ONU alerta para aquecimento global sem precedentes: é um sinal do fim dos tempos?

Pastor Antônio Júnior e Luiz Sayão compartilham suas opiniões bíblicas sobre o tema.


FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

O incêndio Dixie consumiu uma casa na Rodovia 8,9 ao sul de Greenville, em 5 de agosto de 2021, no condado de Plumas, Califórnia. (Foto: AP Photo/Noah Berger)

O clima da Terra está ficando tão quente que as temperaturas em cerca de uma década, provavelmente, vão ultrapassar um nível de aquecimento que os líderes mundiais têm procurado prevenir, de acordo com o relatório divulgado na segunda-feira (09) pela ONU.

Sob o título “Código Vermelho para a Humanidade”, o relatório com mais de 3 mil páginas, de 234 cientistas, é dividido em “cenários” e afirma que “cada um dos cinco cenários para o futuro, com base em quanto as emissões de carbono são cortadas, passa dos limites definidos no acordo climático de Paris de 2015”.

Em cada cenário, disse o relatório, o mundo vai ultrapassar a marca de aquecimento de 1,5 graus Celsius na década de 2030, mais cedo do que algumas previsões anteriores. Os dados mostram que o aquecimento aumentou nos últimos anos.

Barcos estacionados no porto seco da ilha de Chisi, do lado Chilwa, em Zomba, no Malawi, dia 18 de outubro de 2018. (Foto: Amos Gumulira/AFP)

Em três cenários, o mundo provavelmente também excederá 2 graus Celsius (3,6 graus Fahrenheit) em relação aos tempos pré-industriais, com ondas de calor muito piores, secas e chuvas indutoras de inundações.

“Este relatório nos diz que as mudanças recentes no clima são generalizadas, rápidas e intensificadas, sem precedentes em milhares de anos”, disse o vice-presidente do IPCC, Ko Barrett, conselheiro sênior para o clima da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA.

Consequências do aquecimento global

Segundo os cientistas, autores do relatório, o aquecimento já está acelerando o aumento do nível do mar, encolhendo o gelo e agravando extremos, como ondas de calor, secas, inundações e tempestades.

Os ciclones tropicais estão ficando mais fortes e úmidos, enquanto o gelo marinho do Ártico está diminuindo no verão e o permafrost está derretendo. Todas essas tendências vão piorar, disse o relatório.

Os “permafrost” são solos congelados dos quais se espera que uma parte significativa venha à superfície até 2100 por causa do aquecimento global. O perigo é que o degelo pode trazer de volta vírus e bactérias que ficaram presos no passado, além de bilhões de toneladas de gases de efeito estufa.

Icebergs flutuando ao longo da costa leste da Groenlândia, perto de Kulusuk, em 15 de agosto de 2019. (Foto: Jonathan Nackstrand/AFP)

“É apenas garantido que vai piorar”, disse a co-autora do relatório Linda Mearns, cientista do clima do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos. “Não vejo nenhuma área que seja segura. Não há para onde correr e nenhum lugar para se esconder”, alertou.

O tipo de onda de calor que costumava acontecer apenas uma vez a cada 50 anos, agora acontece uma vez a cada década, e se o mundo aquecer outro grau Celsius (1,8 graus Fahrenheit), isso acontecerá duas vezes a cada sete anos, disse o relatório.

Aquecimento global é um sinal do fim dos tempos?

De acordo com o famoso Relógio do Apocalipse “agora estamos expressando em segundos o tempo que separa o mundo da catástrofe e do desastre, não mais em minutos", disse Rachel Bronson, presidente e diretora-executiva do Boletim de Cientistas Atômicos, numa coletiva concedida em Washington, em 2020.

O relógio que foi imaginado em 1947 para simbolizar a iminência de uma guerra nuclear, foi adiantado no ano passado e agora marca 100 segundos para a meia-noite, diante do risco do aquecimento global e da proliferação nuclear. Segundo os cientistas, então, estamos mais perto do fim do que nunca.

Mas o que significa “fim” para os cristãos? Um texto bíblico muito relacionado ao aquecimento global, como uma profecia para o fim do mundo está em 2 Pedro 3.7: “Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios.”

Muitos utilizam esse texto para afirmar que o planeta terra será destruído por meio do fogo, já que Deus prometeu jamais “ceifar nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio para destruir a terra”, conforme o texto de Gênesis 9.11-13. Como garantia, Deus deixou o arco-íris como sinal da aliança Dele com a humanidade e com a terra.

Para o pastor e influenciador digital, Antônio Júnior, o texto de 2 Pedro está muito mais relacionado aos acontecimentos da Grande Tribulação do que com o “fim do mundo”, além disso, ele lembrou que haverá um tempo chamado “milênio” quando todas as coisas serão “restauradas”.

“Se o mundo acabar, como poderemos falar em restauração? Diante disso, não acredito que o aquecimento global nos levará para o fim do planeta terra, e sim para tempos extremamente difíceis”, disse ao Guiame.

O teólogo e hebraísta, Luiz Sayão, aponta para o enfoque “teológico-ecológico” que a Bíblia apresenta de forma muito nítida. “Note que Deus criou o ser humano no jardim, em harmonia com toda a criação e toda a natureza. E a entrada do pecado é que cria uma ruptura quando a terra passa a produzir ervas daninhas e espinheiros”, explicou ao Guiame.

O professor lembra também que o pensamento bíblico se baseia em leis ecológicas. “A gente vê, por exemplo, as leis ecológicas de proteção aos animais, no livro de Levítico”, citou.

“E quando o Novo Testamento fala sobre o final dos tempos, dá realmente uma ideia de cataclismas, não só nos discursos de Jesus, mas também no texto de 2 Pedro, que menciona o contexto de destruição”, continuou.

Sayão esclarece que a ideia “não é o fim de todas as coisas” e sim de “renovação da criação” para que venham os novos céus e nova terra. Ele atribui à redenção da criação envolvendo a própria terra.

“Vale a pena observar esse conceito sobre ‘a terra e tudo o que nela há, será desnudada’ [2 Pedro 3.10]. Isso nos remeterá a um futuro perfil de renovação, após os cataclismas do fim dos tempos”, disse.

O hebraísta também apontou para a responsabilidade humana, diante de Deus, de cuidar da criação enquanto fazemos parte dela.

Conclui-se, portanto, conforme os teólogos, que é mais provável que o aquecimento global seja um sinal para o tempo do fim e não para o “fim do mundo” como muitos sugerem.

Desastres climáticos

À medida que o planeta aquece, os lugares vão sendo mais atingidos, não apenas por condições meteorológicas extremas, mas por vários desastres climáticos que ocorrem simultaneamente.

É como o que está acontecendo agora no oeste dos Estados Unidos, onde ondas de calor, secas e incêndios florestais agravam os danos, disse Linda. Ela explica que quase todo o aquecimento que aconteceu na Terra pode ser atribuído às emissões de gases que retêm o calor, como dióxido de carbono e metano.

Bombeiro do Serviço Florestal dos EUA tentando retardar a propagação do Fogo Dixie, um incêndio florestal perto da cidade de Greenville, Califórnia, EUA, em 6 de agosto de 2021. (Foto: Fred Greaves/Reuters)

O relatório descreveu cinco cenários futuros diferentes com base em quanto o mundo reduz as emissões de carbono. São eles:
Um futuro com cortes de poluição incrivelmente grandes e rápidos;
Outro com cortes intensos de poluição, mas não tão massivos;
Um cenário com emissões moderadas;
Um quarto cenário onde os planos atuais para fazer pequenas reduções de poluição continuam;
E um quinto futuro possível envolvendo aumentos contínuos na poluição de carbono.

De certa forma, o mundo pode ficar no limiar de 1,5 grau com cortes radicais e rápidos de emissões, mas mesmo assim, o aquecimento chegaria a 1,5 grau em uma década, subiria um pouco e depois diminuiria, disse a co-autora Maisia ​​Rojas Corrada, diretora do Centro de Pesquisas sobre Clima e Resiliência do Chile.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse que mantém uma pequena esperança de que os líderes mundiais ainda possam, de alguma forma, evitar 1,5 grau de aquecimento.

No pior cenário do relatório, o mundo pode chegar em torno de 3,3 graus Celsius (5,9 graus Fahrenheit) mais quente do que agora. Mas esse cenário parece improvável, disse o co-autor do relatório e cientista climático Zeke Hausfather, diretor de mudança climática do Breakthrough Institute.

“Temos muito menos probabilidade de ter sorte e acabar com menos aquecimento do que pensávamos. Não seremos capazes de cumprir as metas do Acordo de Paris sem rápidas reduções de curto prazo em nossas emissões”, disse Hausfather.

“Ao mesmo tempo, as chances de acabar em um lugar muito pior do que esperávamos se reduzirmos nossas emissões são notavelmente menores”, explicou.

O relatório afirma que desastres ultra catastróficos, como o colapso das camadas de gelo e a abrupta desaceleração das correntes oceânicas, são “de baixa probabilidade”, mas não podem ser descartados.

O tão falado fechamento das correntes do oceano Atlântico, que desencadearia mudanças climáticas massivas, é algo que dificilmente acontecerá neste século, disse Kopp.

Em uma nova jogada, os cientistas enfatizaram como reduzir os níveis de metano no ar, um gás poderoso, mas de vida curta, que atingiu níveis recordes, poderia ajudar a conter o aquecimento de curto prazo.

Mais de 100 países fizeram promessas informais de atingir emissões “líquidas zero” de dióxido de carbono causadas pelo homem. O relatório disse que esses compromissos são essenciais. “Ainda é possível evitar muitos dos impactos mais terríveis”, conclui Barrett.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Coreanos se reúnem para exortar a próxima geração: “Precisamos de mais missionários”

“Podemos entrar num tempo que será difícil para as missões sobreviverem”, alertou um dos organizadores.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIANITY TODAY

Participantes da convocação da Korean World Missionary Fellowship, na Handong Global University em julho de 2021. (Foto: HGU)

Mais de 700 cristãos (300 pessoalmente e 400 de modo virtual) participaram da “primeira convocação” da Associação Missionária Mundial da Coreia (KWMF, na sigla em inglês), que foi realizada na Coreia do Sul, no mês de julho, na cidade portuária de Pohang.

O encontro que acontece a cada quatro anos, entre missionários e voluntários, e que reúne cerca de 75 nações, chegou a ser cancelado por conta das restrições da pandemia. Mais de 20 mil missionários pertencem à KWMF.

O evento, que durou três dias, contou com vários workshops sobre missões coreanas, reuniões e cultos de adoração. Entre os principais temas estavam a Coreia do Norte, a transição geracional e o ministério educacional.

De acordo com o Christianity Today, havia um tom de urgência entre os missionários seniores quando falaram sobre o declínio do movimento missionário coreano, que antes era o segundo país a enviar o maior número de missionários pelo mundo, ficando atrás somente dos EUA.

“Precisamos ver nossa missão com uma nova perspectiva e temos que nos envolver neste trabalho com abordagens mais diversas”, disse o presidente da KWMF, Choi Keun-bong, que trabalhou como missionário no Quirguistão por 28 anos.

“Se não fizermos, podemos entrar num tempo que será difícil para as missões sobreviverem”, alertou.

Missionários mantidos em cativeiro

Pela primeira vez em sua história, a KWMF publicou um código de ética para missionários e uma chamada pública para trazer de volta da Coreia do Norte seis cristãos sul-coreanos atualmente mantidos em cativeiro.

“Pedimos a proteção e a libertação dos missionários cristãos que foram indevidamente detidos na Coreia do Norte e, declaramos como missionários coreanos, que temos o dever e o chamado de levar adiante a reconciliação e a evangelização na península coreana”, afirmou o grupo.

Embora Pyongyang — antes chamada de Jerusalém do Oriente — pareça impenetrável para os estrangeiros, Handong concedeu um doutorado a um empresário egípcio, que é cristão copta, durante o evento de convocação, para que ele possa ajudar a libertar os cristãos detidos.

O CEO da Orascom, Naguib Sawiris, citou Romanos 8.31: “Se Deus é por nós, quem será contra nós”). O bilionário investiu 250 milhões de dólares na Coreia do Norte, para fornecer serviços de telecomunicações a seus seis milhões de cidadãos.

“Minha fé em Deus é a fonte da minha coragem”, disse ele à comunidade de Handong em entrevista, se comprometendo a lutar pela libertação dos seis cristãos detidos.

O outro destinatário de um doutorado, através do do evento KWMF, foi Reuben Torrey IV, reconhecido por quatro gerações pelo serviço missionário prestado por sua família americana, no Leste Asiático.

“Oramos por mais missionários”

“A maioria dos missionários coreanos está na casa dos 50 e 60 anos agora, e o número de missionários com menos de 40 anos está diminuindo. Eles estão orando não apenas por seus filhos, mas pela próxima geração de missionários”, disse Won Jae-chun, professor de direito em Handong e organizador da convocação.

Durante a última década, o número de missionários coreanos foi ultrapassado por nações maiores, como Brasil e China. A convocação do KWMF regularmente discute sobre esse ponto na história da missão coreana.

“Handong tem mil filhos de missionários como alunos. Esperamos que os jovens ganhem um novo coração para a missão após esta convocação”, disse o presidente da universidade, Chang Soon-heung.

O encontro ofereceu uma oportunidade para os alunos de Handong e outros voluntários, aprenderem com os missionários participantes. Todos eles serviram por pelo menos cinco anos.

“Durante a adoração da última noite, senti a presença do Espírito Santo e sei que Deus vai usar essa convocação para uma nova era de missão”, disse Jang Ho-jin, um estudante graduado da Handong International Law School.

Missionários esgotados

Durante quatro meses antes da convocação, Handong entrevistou missionários coreanos para saber mais sobre os desafios enfrentados. Cerca de 60% dos 300 entrevistados afirmaram que precisam de psicoterapia ou aconselhamento.

Além disso, a pesquisa mostrou que 70% por cento teve problemas legais em seu campo missionário e 90% não tinham plano de aposentadoria. Em resposta, Handong ofereceu aconselhamento e suporte jurídico durante a convocação e anunciou um plano para construir uma comunidade residencial para missionários aposentados próximo ao campus.

“Acredito que o trabalho missionário não diminuirá depois da pandemia”, disse o pastor sênior da Igreja Onnuri, Lee Jae-hoon, cuja igreja veio em socorro de Handong quando a universidade, fundada em 1994, enfrentou desafios financeiros durante seus primeiros anos.

“Com a sabedoria de Deus além da nossa imaginação, estaremos melhor equipados para a comissão de testemunhar o Evangelho”, disse Jae-hoon. Para os organizadores, a convocação será relevante não apenas para a missão coreana, mas também para a missão mundial.

Seis cristãos sul-coreanos que continuam detidos na Coreia do Norte (citados no início da matéria) e que são defendidos pelo KWMF:

1) Kim Kook-kie: Pastor detido desde outubro de 2014, por realizar um ministério de ajuda aos norte-coreanos kotjebi (crianças de rua norte-coreanas) e coreano-chineses, com vários suprimentos médicos, roupas e máquinas agrícolas desde 2003.

2) Choi Chun-kil: Pastor preso e detido desde dezembro de 2014 e condenado a “trabalho compulsório indefinido”, em junho de 2015. O motivo legal de sua detenção é “atividades de espionagem anti-RPDC sob a manipulação dos EUA e fantoche da Coreia do Sul”.

3) Kim, Jung-wook: Pastor preso e detido desde outubro de 2013 e condenado à prisão perpétua em 2014, por estabelecer uma empresa de macarrão que administrava projetos de ajuda humanitária e um ministério norte-coreano em Dandung, China, que oferecia comida, remédios e abrigo.

4) Ko Hyon-chol: Preso em maio de 2016 enquanto cruzava o rio Amnok para ajudar meninas órfãs a fugir da Coreia do Norte para uma ilha perto do rio. Status atual desconhecido.

5) Kim Won-ho: sequestrado no lado chinês da fronteira em março de 2016. Status atual desconhecido.

6) Ham Jin-woo: O repórter foi sequestrado em maio de 2017, enquanto fazia uma reportagem no lado chinês da fronteira entre a China e a Coreia do Norte, entre Sanhe e Longjin. Antes de fugir da Coreia do Norte, ele trabalhou gerenciando operações de inteligência visando a Coreia do Sul e o Japão. Ele obteve a cidadania sul-coreana em 2011 e trabalhou como repórter no Daily NK, um veículo de comunicação sul-coreano especializado em notícias norte-coreanas. Ele também

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Heróis da Fé: Dietrich Bonhoeffer, o teólogo que desafiou Hitler

No livro “The Cost of Discipleship”, faz um apelo à obediência mais fiel e radical a Cristo e uma severa repreensão ao cristianismo confortável.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CHRISTIANITY TODAY E ENCYCLOPEDIA

O teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer. (Foto: Reprodução / Trouw)

Dietrich Bonhoeffer nasceu em 4 de fevereiro de 1906, em Breslau, Alemanha (atual Wrocław, Polônia), em uma família aristocrática. Sua mãe era filha do pregador da corte do Kaiser Wilhelm II, e seu pai era um neurologista proeminente e professor de psiquiatria na Universidade de Berlim.

Todos os oito filhos foram criados em um ambiente liberal e nominalmente religioso e foram incentivados a se interessar pela boa literatura e pelas artes plásticas. A habilidade de Bonhoeffer ao piano, na verdade, levou alguns em sua família a acreditar que ele estava se encaminhando para uma carreira na música. Quando, aos 14 anos, Dietrich anunciou que pretendia se tornar ministro e teólogo, a família não gostou.

Como teólogo protestante, Bonhoeffer tinha profunda visão do papel do cristianismo no mundo secular. Seu envolvimento em uma conspiração para derrubar Adolf Hitler levou à sua prisão e execução. Suas Cartas e Documentos da Prisão, publicadas postumamente em 1951, são talvez o documento mais profundo de suas convicções.

Bonhoeffer se formou na Universidade de Berlim em 1927, aos 21 anos, e depois passou alguns meses na Espanha como pastor assistente de uma congregação alemã. Depois, voltou à Alemanha para escrever uma dissertação, que lhe garantiria o direito a um cargo universitário. Em seguida, passou um ano na América, no Union Theological Seminary de Nova York, antes de retornar ao cargo de professor da Universidade de Berlim.

“Graça barata”

Nesse ínterim, em 1937, Bonhoeffer escreveu The Cost of Discipleship (“O custo do discipulado”), um apelo à obediência mais fiel e radical a Cristo e uma severa repreensão ao cristianismo confortável: "Graça barata é pregar o perdão sem exigir arrependimento, batismo sem disciplina na igreja, Comunhão sem confissão. ... Graça barata é graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem Jesus Cristo, viva e encarnada."

Durante esse tempo, Bonhoeffer estava ensinando pastores em um seminário clandestino, Finkenwalde (o governo o proibiu de ensinar abertamente). Mas depois que o seminário foi descoberto e fechado, a Igreja Confessante ficou cada vez mais relutante em falar contra Hitler, e a oposição moral se mostrou cada vez mais ineficaz, então Bonhoeffer começou a mudar sua estratégia. Até então ele era um pacifista e tentava se opor aos nazistas por meio de ações religiosas e persuasão moral.

Agora ele se inscreveu no serviço secreto alemão (para servir como um agente duplo - enquanto viajava para conferências da igreja na Europa, ele deveria estar coletando informações sobre os lugares que visitou, mas, em vez disso, estava tentando ajudar os judeus a escapar do nazismo opressão). Bonhoeffer também se tornou parte de uma conspiração para derrubar e, mais tarde, assassinar Hitler.

Como sua tática estava mudando, ele foi para a América para se tornar um palestrante convidado. Mas ele não conseguia se livrar do sentimento de responsabilidade por seu país. Poucos meses depois de sua chegada, ele escreveu ao teólogo Reinhold Niebuhr: "Cometi um erro ao vir para a América. Devo viver este período difícil em nossa história nacional com o povo cristão da Alemanha. Não terei o direito de participar da reconstrução da vida cristã na Alemanha após a guerra, se eu não compartilhar as provações desta época com meu povo."

Bonhoeffer, embora a par de várias conspirações sobre a vida de Hitler, nunca esteve no centro dos planos. Eventualmente, seus esforços de resistência (principalmente seu papel no resgate de judeus) foram descobertos. Em uma tarde de abril de 1943, dois homens chegaram em uma Mercedes preta, colocaram Bonhoeffer no carro e o levaram para a prisão de Tegel.

Reflexos radicais

Bonhoeffer passou dois anos na prisão, correspondendo-se com familiares e amigos, pastoreando outros presos e refletindo sobre o significado de "Jesus Cristo para hoje". Com o passar dos meses, ele começou a delinear uma nova teologia, traçando linhas enigmáticas inspiradas por suas reflexões sobre a natureza da ação cristã na história.

"Deus se deixa ser empurrado do mundo para a cruz", escreveu ele. “Ele é fraco e impotente no mundo, e essa é precisamente a forma, a única forma em que ele está conosco e nos ajuda. [A Bíblia]… deixa bem claro que Cristo nos ajuda, não em virtude de sua onipotência, mas em virtude de sua fraqueza e sofrimento. ... A Bíblia direciona o homem à impotência e ao sofrimento de Deus; somente o Deus sofredor pode ajudar. "

Em outra passagem, ele disse: "Ser cristão não significa ser religioso de uma maneira particular, fazer algo de si mesmo (um pecador, um penitente ou um santo) com base em um método ou outro, mas para ser um homem - não um tipo de homem, mas o homem que Cristo cria em nós. Não é o ato religioso que torna o cristão, mas a participação nos sofrimentos de Deus na vida secular."

Morte por enforcamento

Por fim, Bonhoeffer foi transferido de Tegel para Buchenwald e depois para o campo de extermínio de Flossenbürg. Em 9 de abril de 1945, um mês antes da rendição da Alemanha, ele foi enforcado com seis outros resistentes.

Uma década depois, um médico do campo que testemunhou o enforcamento de Bonhoeffer descreveu a cena: "Os prisioneiros ... foram retirados de suas celas e os veredictos da corte marcial lidos para eles. Através da porta entreaberta em uma das cabanas, eu vi o pastor Bonhoeffer, antes de tirar o uniforme da prisão, ajoelhando-se no chão orando fervorosamente a seu Deus. Fiquei profundamente comovido com a maneira como este adorável homem orou, tão devoto e tão certo de que Deus ouviu sua oração. No local da execução, ele orou novamente e depois subiu os degraus da forca, corajoso e sereno. Sua morte se seguiu em poucos segundos. Nos quase 50 anos em que trabalhei como médico, dificilmente vi um homem morrer tão inteiramente submisso à vontade de Deus."

Cartas na prisão

A correspondência de Bonhoeffer na prisão foi editada e publicada como Letters and Papers from Prison, o que inspirou muita controvérsia e o movimento "morte de Deus" na década de 1960 (embora o amigo próximo e biógrafo de Bonhoeffer, Eberhard Bethge, tenha dito que Bonhoeffer não sugeriu tal coisa). Seu custo de discipulado, bem como a vida junto (sobre a comunidade cristã, com base em seu ensino no seminário subterrâneo), permaneceram clássicos devocionais.

Durante esses anos, Hitler subiu ao poder, tornando-se chanceler da Alemanha em janeiro de 1933 e presidente um ano e meio depois. A retórica e ações antissemitas de Hitler se intensificaram - assim como sua oposição, que incluía gente como o teólogo Karl Barth, o pastor Martin Niemoller e o jovem Bonhoeffer. Junto com outros pastores e teólogos, eles organizaram a Igreja Confessante, que anunciou publicamente em sua Declaração de Barmen (1934) sua fidelidade primeiro a Jesus Cristo: "Repudiamos o falso ensino de que a Igreja pode e deve reconhecer ainda outros acontecimentos e poderes, personalidades e verdades como revelação divina ao lado desta única Palavra de Deus. ..."

O povo alemão estava tão desanimado após a derrota da Primeira Guerra Mundial e a subsequente depressão econômica que o carismático Hitler parecia ser a resposta da nação às orações - pelo menos para a maioria dos alemães. Uma exceção foi o teólogo Dietrich Bonhoeffer, que estava determinado não apenas a refutar essa ideia, mas também a derrubar Hitler, mesmo que isso significasse matá-lo.

Dietrich Bonhoeffer morreu enforcado em 9 de abril de 1945, em Flossenbürg, Alemanha.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

‘O Senhor os chamou’: após 73 anos de união, casal cristão morre com intervalo de 3 horas

Um casal cristão que viveu junto por 73 anos faleceu com apenas algumas horas de diferença. A família agora testemunha que compreende que Deus os abençoou por não deixa-los separados nem mesmo na morte.

Fonte: noticias.gospelmais

Foto: reprodução/YouTube

James Wold, 94 anos, e sua esposa, Wanda, 96 anos, viviam numa casa de repouso chamada Concord Care, na cidade de Garner, em Iowa (EUA). Os dois faleceram no dia 20 de julho.

A filha do casal, Candy Engstler, disse que um funcionário da equipe da casa de repouso ligou para ela, indicando que sua mãe havia falecido às 4h00. Então, ela e a irmã imediatamente foram visitar o pai para confortá-lo.

De acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News), quando as duas filhas comunicaram ao pai o falecimento de sua companheira, ele demonstrou paz: “Ele cruzou as mãos com nós duas e disse: ‘Obrigado, Jesus. Obrigado por levá-la e, por favor, me leve’”.

A oração de James foi atendida de forma quase imediata: “Por volta das 7 horas, recebi a ligação de que ele também havia passado. Ele permitiu que os dois fossem no mesmo dia. Eu sinto que era a hora deles. O Senhor os chamou e Ele os chamou de uma maneira linda, então eu vou apenas me agarrar a isso”, comentou a filha.

Candy revelou que sua mãe sofria de Alzheimer e que seu pai lutava contra problemas físicos que o limitavam bastante. Perder os pais no mesmo dia foi difícil, mas ela se sentiu consolada pelo fato de que eles se foram juntos, em paz, ao amanhecer.

Wanda nasceu em 24 de março de 1925, em Merrill, Iowa, e tornou-se enfermeira registrada. Ela se mudou para Garner em 1966 e trabalhou para a clínica Hancock County Public Health e também no Concord Care Center, a mesma casa de repouso onde ela e seu marido morreram mais de cinco décadas depois.

James nasceu em 1º de junho de 1927, em St. Cloud, Minnesota, e alistou-se na Marinha dos Estados Unidos. Ele serviu na Segunda Guerra Mundial, depois foi trabalhar na loja de ferragens de seu pai antes de mudar para uma carreira em vendas e seguros.

Ao longo das mais de sete décadas de casamento, o casal Wold tiveram três filhos, que lhes deram nove netos, segundo informações da KCCI.

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terça-feira, 3 de agosto de 2021

“Só reafirmamos a Bíblia: Deus criou homem e mulher”, diz Jorge Linhares após depor no MP

Pastor diz que foi surpreendido com manifestação em seu favor, com o apoio de cristãos, pastores e representantes de várias denominações.



FONTE: GUIAME, CRIS BELONI

Pastor Jorge Linhares em frente ao Ministério Público de Minas Gerais. (Foto: Reprodução/Vídeo/SBT)

Depois de ser intimado por compartilhamento de vídeo que defende valores cristãos, o pastor e diretor do Colégio Batista Getsêmani, Jorge Linhares, compareceu ao Ministério Público de Minas Gerais, acompanhado de sua filha, Daniela Linhares, na segunda-feira (02) e prestou depoimentos.

Em entrevista ao Guiame, Daniela disse que o pai estava tranquilo e em paz. “Ele entende que esse pronunciamento representa a opinião de todos os cristãos que estão alinhados com a Bíblia e a palavra de Deus”, afirmou.

Sobre a conversa com o promotor: “Ele estava bem chateado pela proporção que o caso ganhou e pelas manifestações que viu na internet”, disse ao se referir a alguns vídeos publicados em defesa de Jorge Linhares.

“O promotor [Mário Konishi] recebeu muitos e-mails com vídeos e lives sobre o assunto, porque, de fato, ocorreu uma mobilização nacional. Ele não esperava por isso, se sentiu ofendido e queria desmarcar a audiência. Mas, meu pai insistiu em conversar”, disse.

Na ocasião, promotor e pastor se conheceram, ambos são pais de família, com filhos e netos. “Meu pai teve oportunidade de falar sobre seu trabalho de 40 anos no ministério, cuidando de vidas e se preocupando com as crianças. Além disso, ele dirige o Colégio Batista Getsêmani há 30 anos, prezando pelos valores bíblicos e cristãos”, detalhou.

“Não houve discurso de ódio”

Segundo Daniela, que também é pastora e diretora da revista Get Up, a conversa entre os dois foi produtiva e respeitosa. “Meu pai explicou que o vídeo compartilhado não foi feito pelo Colégio, mas foi somente compartilhado por estar em harmonia com a nossa confissão de fé”, explicou.

“Meu pai entende e respeita que cada um tem a sua escolha e esclareceu ao promotor que ‘jamais o Colégio ou a Igreja Batista Getsêmani, ou ele mesmo como pastor, incitariam o ódio’. Mas, ele não é obrigado a aceitar que esse ensino [ideologia de gênero] seja imposto nas escolas”, resumiu.

Na saída do Ministério Público, abordado por jornalistas, o pastor Jorge Linhares disse que conseguiu esclarecer que não havia nenhum indício de homofobia em suas ações. “Nós só reafirmamos o que a Bíblia diz, que Deus criou o homem e a mulher”, ressaltou.

Daniela ainda esclarece que o vídeo é claro ao dizer que “Deus não errou ao criar meninos e meninas. “Além de aprendermos isso através da Bíblia, a ciência também afirma o mesmo quando nasce uma criança. Se nasce um menino, a ciência diz que é menino; e se nasce menina, a ciência diz que é menina”, simplificou.

“A conversa foi esclarecedora e agora demanda o fechamento disso tudo. Aguardamos o desfecho do promotor — se o caso vai ser encaminhado para um processo ou se será arquivado”, continuou.

O advogado de defesa, que representou Jorge Linhares e o Colégio Batista Getsêmani, Dr. Oswaldo Fernandes, acredita que a denúncia será arquivada. “Fomos muito bem recebidos pela promotoria e tivemos oportunidade de esclarecer todos os fatos. Deus estava ali conosco. Glória ao Senhor Deus por ter dado tudo certo”, disse ao Guiame.

Manifestação cristã

“Nós tivemos uma surpresa ao chegar no Ministério Público porque vimos vários pastores e representantes de ministérios. Logo na porta, havia uma bandeira enorme do Brasil. Depois eu soube que era uma bandeira do exército, levada pelo militar e pastor Jeferson, enviado por Renê Terra Nova”, mencionou.

Entre os cartazes com mensagens de apoio, Daniela disse que reparou na quantidade de crianças presentes na manifestação. “Também vi muitos cartazes com as frases: ‘Deus nunca erra’, ‘Menino é menino, menina é menina’, ‘Não vamos nos calar’ e ‘O Senhor é o nosso juiz’. Foi gratificante”, sublinhou.

Manifestação de cristãos em frente ao Ministério Público (MG) em apoio ao pastor Jorge Linhares. 
(Foto: Arquivo Pessoal/Daniela Linhares)

Os representantes de pastores de Minas Gerais também estiveram presentes, além de líderes, evangelistas e professores e pedagogos. “As pessoas cantavam o hino nacional, o ambiente foi inundado pela presença de Deus e tudo isso encheu o nosso coração de paz e alegria”, lembrou.

“Com sabedoria e graça, meu pai falou sobre o trabalho dos evangélicos, representando todas as igrejas do Brasil, todas as escolas cristãs e todas as famílias que concordam com o ensino bíblico de que Deus criou meninos e meninas”, concluiu.

Apoio de lideranças

Entre vários apoiadores, está o presidente do PTB, Roberto Jefferson, que emitiu uma nota de apoio, no domingo (01), ao pastor Jorge Linhares, mencionando que “vivemos uma guerra de valores” e que está em jogo a desconstrução da família.

“Há uma diferença entre educar (papel dos pais) e ensinar (tarefa da escola). Nossa sociedade foi estabelecida sobre os alicerces do cristianismo, e essa construção familiar jamais será neutra. Para a ideologia de gênero, o sexo é uma construção cultural e social que pode ser modificada até chegar a uma completa igualdade, na qual não haja mais famílias”, escreveu.

O texto ainda diz: “Fica evidente que a ideologia de gênero pretende o esvaziamento jurídico do conceito de homem e mulher” e reforça “estamos posicionados para defender nossos valores cristãos e a proteção de nossas crianças, futuro dessa nação”.

O pastor e político Magno Malta também se manifestou através de suas redes sociais. “Pastor Jorge, nós estamos aqui para trazer a nossa solidariedade e aplaudir a sua coragem”, disse.

O teólogo e arqueólogo Rodrigo Silva também se manifestou através do Instagram e se disponibilizou a orar pelo pastor.

“Dias piores virão em que o mundo estará cada vez mais dividido e politizado. Não se esqueçam, a famosa guerra da luz contra as trevas reverbera todos os dias na história humana. De que lado você estará?”, escreveu ao final do texto.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Cristãos são vítimas de tráfico humano

Estudos da ONU e do Departamento de Pesquisas da Portas Abertas relatam que mulheres e crianças são as mais impactadas pela prática criminosa

As mulheres e as crianças cristãs são as mais impactadas pelo tráfico de pessoas
Crédito: Portas Abertas

Hoje, 30 de julho, é celebrado o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas. Esse é um crime e uma grave violação dos direitos humanos. Todos os dias, homens, mulheres e crianças são vítimas do contrabando em todo o mundo. Muitos cristãos em todo o mundo são traficados como forma de perseguição.

O tráfico de pessoas é definido como o recrutamento, transporte, transferência de pessoas ou uso da força ou outras formas de rapto, abuso de poder ou da situação de vulnerabilidade. Muitos pagam ou recebem dinheiro ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tem autoridade sobre outra, para fins de exploração.

De acordo com as Organização das Nações Unidas (ONU), praticamente todos os países do mundo são afetados pelo tráfico de pessoas, seja como país de origem, trânsito ou destino das vítimas. Além disso, os dados publicados indicam que as mulheres representam 49% e as meninas 23% de todas as vítimas de tráfico. Já a exploração sexual é a forma mais comum de abuso (59%), seguida do trabalho forçado (34%).

Em 2021, um dos temas de preocupação que recebe atenção extra dos pesquisadores e especialistas é o direcionamento de cristãos para o tráfico humano, especialmente o de mulheres e meninas para o comércio sexual. Em março de 2020, o departamento de pesquisa da Portas Abertas informou que meninas cristãs de países da fronteira com a China eram alvo de tráfico para o país comunista.

Esse Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2013, ocorre em um contexto de crise que foi agravada também pela pandemia COVID-19. Cerca de 90% de um grupo de especialistas e pesquisadores da Religious Liberty Partnership afirmam que a crise mundial impactou o tráfico de mulheres, em um aumento significativo ou moderado. Dentre as mulheres levadas, muitas são cristãs, já que lidam com a dupla vulnerabilidade: por serem mulheres e por serem cristãs.

No entanto, há boas notícias também. O parlamentar britânico Lord Ahmad, antes do lançamento da Declaração de Humanidade pelos Líderes da Fé e dos Líderes da Crença, falou sobre a importância de reconhecer e abordar as dificuldades específicas vivenciadas pelas mulheres de comunidades religiosas minoritárias: "O governo do Reino Unido reconhece que mulheres e meninas de minorias religiosas podem, muitas vezes, sofrer por causa do gênero e da fé. É por isso que garantimos que nosso trabalho de política de Direitos Humanos considere a importância de enfrentar as dificuldades específicas vivenciadas pelas mulheres de comunidades religiosas minoritárias".

A Portas Abertas continua a pedir aos governos de todo o mundo para reconhecer a dupla vulnerabilidade da perseguição religiosa e da desigualdade de gênero e aprovar estratégias para lidar com isso, como a ajuda direcionada às mulheres em minorias religiosas. Os governos têm a oportunidade de trabalhar com organizações e atores baseados na fé para garantir que as mulheres tenham igualdade perante a lei para que os autores da violência contra elas não possam mais agir impunemente.

Mulheres na Nigéria

O sequestro e tráfico de mulheres cristãs é intensificado em países em que o islamismo radical tem crescido e tomado força. Exemplo disso é a Nigéria. Sequestros de meninas e mulheres, como as meninas sequestradas em uma escola no Chibok em 2014 - muitas delas ainda desaparecidas e em cativeiro - e, mais recentemente, a invasão e sequestro de adolescentes cristãos numa escola batista no país, são exemplos claros da perseguição de gênero na Nigéria.

Com a intenção de desestabilizar as comunidades locais, os jihadistas têm a tática de matar os homens para deixar as mulheres e crianças mais vulneráveis. Mas o que eles desconhecem é que o Deus a quem essas pessoas servem promete cuidar especialmente dos desamparados, como diz em Salmos 146.9: “O Senhor protege o estrangeiro e sustém o órfão e a viúva, mas frustra o propósito dos ímpios”.

Viúvas cristãs precisam de apoio para sustentar a família após a perda dos maridos em ataques radicais. Para isso, a Portas Abertas criou uma campanha exclusiva, que visa ajudar viúvas e órfãos dessa região, para que possam garantir sua subsistência e permanecer firmes em sua fé em Jesus.

Para isso, a Portas Abertas criou uma campanha exclusiva, que visa ajudar viúvas e órfãos dessa região, para que possam garantir sua subsistência e permanecer firmes em sua fé em Jesus.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mulher que foi vendida por abortista testemunha a fidelidade de Deus: “Ele esteve comigo”

Jane Blasio descobriu que estava entre 200 bebês que foram vendidos numa operação ilegal.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

Jane Blasio foi vendida por um abortista em uma clínica na Geórgia, EUA. (Foto: Reprodução/Christian Post)

Imagine-se no lugar de uma pessoa que, de repente, descobre que foi vendida quando bebê, por um aborteiro corrupto. Qual a sensação? Foi o que aconteceu com Jane Blasio, comercializada ilegalmente em uma clínica de aborto, na Geórgia, nos EUA.

Embora a descoberta não tenha sido fácil, hoje ela vê seu passado como um testamento da fidelidade, proteção e soberania de Deus, mesmo em meio às circunstâncias mais dolorosas.

“Deus esteve comigo desde o início”, disse a mulher de 56 anos ao Christian Post. “Ele mostrou, repetidamente, que não precisa de mim para mostrar sua força. Ele só precisa que eu me incline diante Ele e deixe que Ele seja forte por mim”, testemunhou.

Quando Blasio tinha 6 anos, seus pais disseram que ela era adotada. No entanto, ela disse que começou a desconfiar da situação quando, na adolescência, decidiu pesquisar seus registros de nascimento e descobriu que não se tratava de uma adoção legal.

Por décadas ela tentou encontrar seus pais biológicos, mas acabou descobrindo o inimaginável — ela foi um dos 200 bebês vendidos em uma operação ilegal conduzida entre as décadas de 1950 e 1960 por um abortista da Geórgia chamado Thomas Hicks.

Entre os 200 bebês vendidos

O trabalho de investigação foi exaustivo, mas ao descobrir seu próprio passado, Jane acabou ajudando dezenas de bebês agora crescidos, conhecidos como “bebês Hicks”, a localizar seus pais biológicos e outros parentes.

“As pessoas começaram a sair da toca”, exclamou. “Gostaria de conhecer a todos pessoalmente e fazer algumas perguntas realmente básicas para ter uma ideia do que eles procuram. Eu então diria: Apertem o cinto de segurança, porque esta será a viagem da sua vida”, continuou.

Jane relatou sobre sua busca para conhecer seu passado, revelou suas descobertas chocantes e sua jornada de fé em seu novo livro de memórias “Taken At Birth” [Roubados no Nascimento].

Embora sua história tenha sido amplamente coberta e até mesmo inspirado um documentário do TLC, em 2019, no qual Jane é apresentada como a líder das descobertas, seu livro compartilha detalhes dos bastidores da investigação e se concentra principalmente na fidelidade de Deus ao longo de sua vida.

Sobre o livro

“Este livro não é sobre mim, é sobre todas as pessoas que foram tocadas pela escuridão e pela luz na Clínica Hicks. Deus abriu as portas e disse: Está na hora”, mencionou.

Ela escreveu detalhes sobre sua busca desde a adolescência, mencionando a clínica e o abortista, que morreu em 1972, aos 83 anos. Jane precisou viajar para diversos lugares e até visitou a Clínica Hicks. Entrevistou moradores, bateu de porta em porta, até preencher as lacunas de sua história.

Capa do livro “Roubados no Nascimento”, de Jane Blasio. 
(Imagem: Reprodução/Christian Post)

“Foi difícil porque o Dr. Hicks não deixou muitos rastros”, lembrou. Mesmo assim, ela conseguiu documentar como Hicks realizava abortos ilegais, alguns deles até forçados, em mulheres vulneráveis.

Além de negligência médica, Hicks explorava seus pacientes desfavorecidos. “Muitos bebês que nasceram foram vendidos por Hicks para lares inseguros ou abusivos. Não havia uma rede de segurança e não tinha como saber se essas crianças estavam bem. Essa é a diferença entre uma adoção legal e ilegal”, comentou.

A escritora explica que os motivos de Hicks não eram claros, mas tudo indica que ele simplesmente encontrou um nicho para ganhar dinheiro. Ela o descreveu como “um homem que foi pego em seus próprios esquemas”.

Além disso, aponta para o fato de que “ele fez o que queria porque não havia ninguém lá para impedi-lo”, lamentou.

A graça do perdão

Através de sua fé, Jane disse que conseguiu perdoar o homem que a vendeu tão descaradamente e a centenas de outros bebês sem se preocupar com o futuro deles.

“Se você é crente, o perdão não é apenas uma opção. Deus diz que temos que fazer isso. E a melhor coisa sobre o perdão é que quando você decide perdoar, Deus se faz presente para ajudar a fechar o ciclo com o seu amor”, disse.

“Acho que Deus estava apenas aguardando eu dizer: ‘OK, vou perdoar’. E então, ele arruma totalmente a situação”, continuou. Jane reconhece que sua história é “pesada”, mas que tem partes leves também. Ela menciona as pessoas boas que conheceu através de sua busca e que se tornaram os amigos mais queridos.

“Ao buscar minha identidade, descobri que sou filha de Cristo”, destacou. Mas Jane também relatou que em sua caminhada cristã teve alguns obstáculos. Ela se converteu aos 21, mas depois se afastou da fé por 14 anos, enquanto lutava contra os traumas do passado.

Foi em 2014, que ela ouviu o Espírito Santo dizer: “Quando você vai terminar com isso e me deixar te levar para casa?”. Nesse momento, ela entregou tudo a Deus e se rendeu. “Ele mudou minha perspectiva sobre a minha história”, reconheceu.

Atualmente, Jane compartilha sua história para encorajar outras pessoas, para que enfrentem suas dores do passado. “Sempre haverá esperança em Jesus Cristo. Por meio da minha história, quero que as pessoas possam experimentar esse amor”, reforçou.

Jane compara o amor de Cristo com um vaga-lume que chega brilhando para alguém que está sentado em uma varanda. “Quero que as pessoas conheçam o amor incondicional vem por meio de Jesus. Essa foi a descoberta mais importante da minha vida”, concluiu.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Nova York proíbe casamento infantil e restringe união para maiores de 18 anos

A organização que ajuda mulheres e meninas a evitar casamentos arranjados ou infantis, disse que se o governador não assinasse a lei, haveria protesto em frente ao gabinete.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN POST

Governador de Nova York assina lei que proíbe casamento infantil no Estado. (Foto: Getty Images/G.Bouys)

Um protesto que estava planejado para acontecer na cidade de Nova York, contra o casamento infantil, vai se transformar numa celebração no mês que vem.

Isso porque o governador Andrew Cuomo assinou uma lei, na quinta-feira (22), aumentando a idade de consentimento para o casamento no estado de Nova York para 18 anos.

“Este governo lutou muito para acabar com o casamento infantil em Nova York e estou orgulhoso por assinar esta legislação para fortalecer nossas leis e proteger ainda mais as crianças que estavam vulneráveis à exploração”, disse Cuomo em comunicado.

“As crianças deveriam ter permissão para viver sua infância e eu agradeço aos muitos legisladores e defensores que trabalharam diligentemente para fazer avançar essa medida e evitar ainda que ocorram casamentos forçados em nosso Estado”, continuou.

Sobre a legislação

Cuomo assinou uma legislação, em 2017, que aumentou a idade para se casar de 14 para 18 anos. O projeto de lei, no entanto, permitia que jovens de 17 anos se casassem com o consentimento dos pais e da justiça.

A nova legislação é chamada de Lei de Nalia, em homenagem a uma sobrevivente forçada ao casamento infantil, e deve entrar em vigor no próximo mês.

A lei torna Nova York o sexto estado dos EUA a encerrar todos os casamentos antes dos 18 anos, sem exceções, de acordo com Unchained at Last, a única organização sem fins lucrativos nos EUA que é dedicada a ajudar mulheres e meninas a deixar ou evitar casamentos arranjados, forçados ou infantis.

A ativista Fraidy Reiss, diretora executiva da organização, que sobreviveu a um casamento forçado no Brooklyn, prometeu na terça-feira (20), que ficaria em frente ao escritório do governador, acorrentada e vestida de noiva, todas as quartas-feiras, a partir de 4 de agosto, caso ele não assinasse a lei.

Comemoração

Já que Cuomo tomou as medidas necessárias, assinando a lei, em vez de um protesto, agora o grupo planeja uma comemoração. “Temos pressionado o governo para acabar com o casamento infantil, em Nova York, desde 2015”, ela disse.

Junto com seus aliados na Coalizão de Nova York, o grupo pretende pressionar os demais Estados, sem exceção.

Através de um estudo publicado em abril, a organização descobriu que quase 300 mil menores de 18 anos eram legalmente casados ​​nos Estados Unidos, entre os anos de 2000 e 2018.

Além disso, se destacou o fato de que algumas delas tinham apenas 10 anos de idade quando foram obrigadas a se casar, embora a maioria tivesse entre 16 e 17 anos e eram casadas com homens quatro anos mais velhos, em média.

A senadora estadual Julia Salazar, que pressionou pela legislação, elogiou o trabalho do Unchained At Last para tornar a lei uma realidade.

“Independente do nível de maturidade, os menores carecem de direitos legais e autonomia suficientes para protegê-los quando firmam um contrato de casamento antes de se tornarem adultos”, disse Salazar.

A senadora explicou que os adolescentes que se casam costumam sofrer consequências devastadoras. “Agradeço ao governador Cuomo por assinar este projeto de lei para finalmente proibir o casamento infantil em Nova York, e elogio o trabalho contínuo de Unchained At Last em defender a proibição do casamento infantil em todo o país”, citou.

O deputado democrata Phil Ramos também elogiou a nova legislação como proteção para as meninas vulneráveis. “A prática cruel e insensível do casamento infantil traumatizou muitas crianças. Podemos evitar que histórias com a de Nalia se repitam”, concluiu.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

“Cultura do cancelamento não é bíblica e pode ser um sinal do fim dos tempos”, diz pastor

David Jeremiah acredita que “cancelar pessoas” é uma forma de julgamento, acusação e punição.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN HEADLINES

Pastor David Jeremiah falando sobre a cultura do cancelamento. 
(Foto: Reprodução/Vídeo Shadow Mountain Community Church)

O pastor da Shadow Mountain Community Church, em El Cajon, Califórnia (EUA), David Jeremiah, disse que a “cultura do cancelamento” envolve uma série de crenças “antibíblicas” que refletem o que Jesus disse que prefiguraria o fim dos tempos.

Em seus comentários no sermão do último domingo (18), alertou que o ato de “cancelar uma pessoa” tem o objetivo de punir e ostracizar alguém. Isso está em conflito com os mandamentos de Jesus, de amar as pessoas incondicionalmente.

A mensagem faz parte de uma série de sermões sobre os eventos atuais que serão resumidos em seu próximo livro, que vai falar sobre como “as profecias para o futuro prenunciam os problemas de hoje”. O lançamento está previsto para outubro, nos EUA.

Sobre a cultura do cancelamento

Por mais estranho que possa parecer — cancelar pessoas se tornou uma cultura dentro do contexto ocidental. O fenômeno social tem sido muito discutido atualmente, dentro e fora do mundo virtual. As “pessoas canceladas” são expostas publicamente e criticadas por suas “opiniões diferentes”. Resumidamente, elas são boicotadas.

“A cultura do cancelamento tem como foco o julgamento, a acusação e a punição”, disse Jeremiah. Para o escritor, o objetivo daqueles que cancelam os outros é transmitir seus pecados e nunca permitir que sejam esquecidos. O objetivo de Cristo, por outro lado, é o amor, a misericórdia e a graça”, continuou.

Ele cita Jesus como alguém que passou muito tempo com pessoas que haviam sido canceladas, por assim dizer, e ainda mencionou a mulher samaritana no poço (João 4.9) e os leprosos (Lucas 17.11).

“Seria bom pensar que a prática da ‘cultura do cancelamento’ é uma fase temporária pela qual nosso mundo está passando. Mas a sociedade está se tornando mais intolerante e polarizada a cada dia. E não tenho certeza se veremos uma reversão de todas essas tendências”, apontou.

Um sinal do fim dos tempos?

O pastor entende a cultura do cancelamento como algo maligno e também como algo comum à natureza humana. “O que estamos vendo hoje me lembra o que Jesus descreveu em Mateus 24”, referindo-se aos comentários de Jesus sobre os sinais do fim.

Jesus citou ódio e traição, pessoas enganando umas às outras, o aumento da maldade e o esfriamento do amor (vers. 10 a 12). “Existem vários termos nesses versos que representam os hábitos da cultura do cancelamento. É uma cultura do desdém”, comparou.

“Jesus falou sobre a facilidade com que as pessoas se ofenderiam nos dias que antecederiam a grande tribulação. Rapaz, isso é não é verdade? Você já percebeu como é fácil as pessoas se ofenderem hoje em dia?”, questionou.

E apontou para alguns motivos: “Nenhum de nós quer ser ofensivo. Mas as pessoas se ofendem mesmo assim. Se ofendem se lemos uma Bíblia em público ou se usarmos uma camiseta com o slogan João 3.16. Até uma cruz no pescoço pode nos colocar em apuros”, lembrou.

Ele também mencionou sobre o quanto a traição tem se tornado algo corriqueiro, a falta de perdão e o rancor. "Há muito engano e desconexão. Um estudo recente revelou que quase metade dos americanos não fez um novo amigo nos últimos cinco anos”, disse.

“A cultura do cancelamento que nos conduz à tribulação e ao fim da história, será caracterizada pela frieza em nossos sentimentos uns pelos outros. A vergonha vai conduzir as pessoas para dentro de si mesmas. O bullying irá levá-las para baixo. O ódio irá conduzi-las para trás”, citou.

Jeremiah, então, exortou os cristãos a abraçar quatro “conceitos não canceláveis” em um mundo marcado pela cultura do cancelamento: sabedoria, coragem, perdão e amor.

“Não é fácil viver como membros do Reino de Deus em um mundo cada vez mais hostil aos seus valores. Essa é a experiência compartilhada por todas as gerações de cristãos, desde a primeira geração. Portanto, a humanidade teve mais de 2 mil anos para se preparar para estes dias. De uma coisa sabemos — as recompensas de seguir Jesus Cristo sempre valem a pena”, concluiu.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Pastor esfaqueado 21 vezes sobrevive ao ataque e perdoa agressor: “Deus me manteve vivo”

Russ Smethers foi atacado com uma faca de açougueiro e teve ferimentos na cabeça, pescoço, rosto, braços e peito.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

Russ Smethers foi atacado com uma faca de açougueiro e teve ferimentos na cabeça, pescoço, rosto, braços e peito.

Um pastor de Nevada, nos Estados Unidos, sobreviveu de maneira sobrenatural a um ataque de 21 facadas e disse que perdoou seu agressor.

O Reverendo Russ Smethers, líder da Abundant Peace Church, foi atacado com uma faca de açougueiro por um agressor conhecido, na noite de 8 de junho.

O cristão foi socorrido e levado às pressas para o University Medical Center (UMC) em Las Vegas. Russ teve ferimentos na cabeça, pescoço, rosto, braços e peito.

O pastor testemunhou que está vivo por causa da bondade de Deus. “Deus falou comigo e disse: 'Você está passando por algumas coisas agora, mas não vai morrer esta noite'. Isso me ajudou, mas Deus me ajudou a superar isso. Foi tudo Deus. Ele colocou essa habilidade extra nos médicos e enfermeiras", disse Russ à CBN News.

Segundo o reverendo, a experiência fortaleceu sua fé e aperfeiçoou seu caráter cristão: "Deus não fez isso comigo, Ele nos deu o livre arbítrio. Isso significa que aquele cavalheiro teve o livre arbítrio para me esfaquear. Deus me manteve vivo e me fez uma pessoa melhor com isso”.

O cristão disse que perdoou o agressor logo depois do ataque e que espera inspirar outros a praticarem o perdão.

"Eu o perdoei naquela noite quando estava deitado no centro de trauma. As pessoas precisam fazer isso. Você não pode ter isso impedindo você de seguir em frente na vida, essa abordagem negativa. Isso se espalha como um vírus. Vai para a sua vida. Você nunca vai esquecer, mas deve perdoar”, aconselhou.

O Rev. Smethers agradeceu a equipe médica da UMC que lhe socorreu e o tratou. “Temos a tendência de esquecer os profissionais de saúde e o que eles estão sacrificando para ajudar os outros. Esses profissionais mostraram compaixão, empatia, estiveram comigo e oraram comigo”, disse.

Smethers contou que está recebendo ajuda profissional de um psicólogo e que pretende criar um grupo de apoio para pessoas que passaram por experiências traumáticas, como ele.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Funcionários cantam “Porque Ele Vive” ao mostrar ala de Covid-19 vazia pela primeira vez

Na sexta-feira (16), a última paciente recebeu alta da enfermaria de Covid-19 do Hospital Municipal de Emergência.



FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1

Funcionários louvam a Deus e mostram alas de Covid vazias. (Foto: Reprodução/Facebook/Montagem Guiame)

A enfermaria de Covid-19 do Hospital Municipal de Emergência (HME) está vazia pela primeira vez desde o início da pandemia, em Resende, no interior do Rio de Janeiro.

Na sexta-feira (16), a última paciente, Dona Ana Maria, recebeu alta da unidade médica.

Os funcionários do hospital celebraram o avanço através de um vídeo, onde mostram os leitos vazios da ala de Covid-19 no HME. Enquanto mostram a unidade sem pacientes, eles cantam a música “Porque Ele Vive” e seguram cartazes com mensagens de fé e esperança.

O prefeito de Resende, Diogo Balieiro Diniz, comemorou o acontecimento nas redes sociais. “Após um ano e meio, a ala está completamente vazia, sem nenhum paciente com a doença”, disse ele.

“Claro que isso pode mudar a qualquer momento, mas é a primeira vez, desde o início da pandemia que isso acontece!”, acrescentou Diniz. “Vamos continuar lutando e não deixe de se vacinar! Só assim, vamos conseguir vencer essa doença!

Segundo informações do G1, quase 50% da população de Resende foi vacinada com a primeira dose e outros 20% receberam a imunização completa. Atualmente, estão sendo vacinados moradores na faixa dos 37 anos.