sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Pastor apoiado por missionários brasileiros é atacado e preso na Índia

O pastor realizava um culto em sua casa quando foi cercado por um grupo de extremistas hindus e retirado à força.

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES


A perseguição tem sido uma realidade para igrejas na Índia. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

Um pastor apoiado pelo projeto Mahilah & Co, que tem na liderança um casal de missionários brasileiros, está preso há mais de um mês na Índia, após um ataque de hindus extremistas à sua casa.

“Infelizmente, a perseguição chegou à nossa porta”, afirma Karen Aires, fundadora da Mahilah & Co no Brasil.

Em 2 de novembro, o pastor Ivaan (nome fictício por razões de segurança) realizava um culto em sua casa quando foi surpreendido por um grupo de extremistas hindus, que cercou sua residência e o retirou à força.

O grupo foi apoiado pela polícia, que incriminou o pastor em flagrante. Nesta semana, cristãos locais conseguiram contratar um advogado para intervir na soltura do pastor, mas o pedido de fiança foi recusado. O caso foi transferido para um tribunal de segunda instância.

“O fato em si já é crítico, mas o agravante é que sua esposa, que estava grávida, foi internada no mesmo dia e deu à luz em uma cesárea de emergência”, relata Karen.

A esposa, Sadhvi (nome fictício por razões de segurança), foi uma das vítima de tráfico humano resgatadas pelo projeto. Junto com o pastor Ivaan, ela tem sido uma parceira da Mahilah & Co, realizando cultos domésticos com pessoas em vulnerabilidade.

“O pastor Ivaan e a Sadhvi já tinham um menino de 1 ano e agora têm uma menina de um mês. Ela passou 20 dias internada depois do parto. Por causa de todo stress, seus pontos se rompiam e seu corpo não se adaptava à recuperação”, compartilhou Karen.

No último domingo (4), a diretora-executiva da Mahilah na Índia levou Sadhvi e seus filhos para um local seguro. No entanto, Sadhvi não tem familiares e precisa de doações para se manter.

“A necessidade imediata são os cuidados médicos e os itens para o bebê. Eles pagam o aluguel da casa onde moram no interior e vivem das ofertas do trabalho como pastor. Ela está literalmente dependendo de nós. A única família que ela tem somos nós da organização”, afirma Karen.

A realidade da perseguição na Índia

Ivaan é um dos pastores parceiros da Mahilah & Co, uma organização cristã que atua na prevenção, resgate e acolhimento vítimas do tráfico humano.

O projeto mantém duas casas que abrigam 54 meninas em vulnerabilidade no norte da Índia, uma das maiores rotas de tráfico humano do país — e uma das regiões menos alcançadas pelo Evangelho.

Karen e seu marido, Filipe Aires, moraram na Índia por 7 anos e fundaram a segunda casa de acolhimento — a primeira foi iniciada por indianos há 12 anos. Desde então, eles têm servido os mais vulneráveis no país, apesar da perseguição.


“A perseguição a grupos minoritários na Índia não é de hoje. O hinduísmo não é apenas uma religião, é uma cosmovisão. Eles tiram toda a base moral, ideológica e conduta da vida a partir do hinduísmo. A pessoa já nasce na Índia como hindu. Se eu nasci no Brasil, por exemplo, nunca serei, de fato, hinduísta. Dentro dessa perspectiva, tudo o que é fora do hinduísmo não é puro”, explica Karen em entrevista ao Guiame.

A situação se intensificou com as leis anticonversão, que fomentam ainda mais os hindus radicais.

“Antes era algo que acontecia no interior, missionários eram impedidos de entrar no país. Hoje estamos falando de vidas sendo ceifadas por causa do extremismo. Eles não consideram esse tipo de coisa como terrorismo, afinal, está dentro da Constituição indiana. Mas, se avaliarmos a partir da perspectiva dos direitos internacionais, um direito humano básico está sendo cerceado”, observa.

A repressão a religiões minoritárias se intensificou nos últimos cinco anos, especialmente com a ascensão do Partido do Povo Indiano, um dos principais do país, que carrega as bandeiras do nacionalismo e da identidade hindu.

Outro fator que agrava a perseguição é que a maioria da população protestante e católica são de castas baixas — embora esta segregação tenha sido teoricamente abolida em 1950.

“Dentro da Índia, o cristianismo é uma religião de pobres. Então, por ser pobre e vir de uma casta mais baixa, você não tem nenhum tipo de apoio, a não ser que isso venha de fora — o que afeta a situação econômica dos pastores”, explica Karen.

E avalia: “As pessoas que mais sofrem com a perseguição não são os missionários transculturais, como eu e meu marido. São os nativos. São eles que estão ali no dia a dia, como esse pastor. Eles vivem em situação precária e os recursos da igreja não são autossustentáveis. É diferente, por exemplo, da igreja brasileira, que movimenta milhões de reais”.

Como apoiar, na prática?

Embora Karen e Filipe sejam brasileiros, cerca de 95% das doações ao projeto missionário na Índia vem dos Estados Unidos. Essa é mais uma evidência do quanto a igreja brasileira precisa se engajar em missões.

“A igreja brasileira, infelizmente, se vangloria por ser um celeiro das nações, mas em vez de enviar seus missionários, os retém — tanto financeiramente como em mão de obra. Apesar das lindas promessas, pecamos muito em relação ao envio”, lamenta Karen.

Para mudar o quadro, ela acredita que uma das soluções é “apoiar os missionários que estão em campo e enviar missionários bem treinados para exercer um trabalho integral, e não com foco apenas em evangelização”.


Porém, a missionária lembra que “não é preciso inventar a roda”.

“Já temos muitas agências missionárias. Precisamos dar a mão para essas agências e sermos catalisadores de recursos e envio missionário”, sugere.

Ajude o pastor e as vítimas de tráfico humano

Diante da notícia da prisão, Karen prontamente espalhou uma mensagem a diversos grupos de WhatsApp e muitos se mobilizaram. “Ele está correndo risco de vida e não tínhamos dinheiro em caixa para fazer algo. Pela graça de Deus, conseguimos os recursos para ajudá-lo em menos de 48 horas”, disse.

No entanto, as necessidades do projeto Mahilah são imensas. Para se ter uma base, as casas da organização funcionam com apenas 50% do orçamento ideal. “Nosso custo mensal é de 15 mil reais e hoje temos menos de 7 mil”.

É possível apadrinhar uma menina e ser um parceiro mensal da Mahilah & Co. O valor para manter uma criança é de cerca de 400 reais, mas é possível iniciar um apadrinhamento a partir de 70 reais.

Karen Aires com meninas apoiadas pelo projeto. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

No caso da família do pastor Ivaan, o projeto precisa de 1000 reais mensais por um período de 4 a 6 meses, a fim de dar suporte à esposa e aos dois filhos pequenos, enquanto o caso segue na justiça.

Karen lembra que há três formas práticas de ajudar a Mahilah & Co: fazendo doações, oferecendo espaço para treinamentos e testemunhos nas igrejas e compartilhando o conteúdo da organização nas redes sociais.

Mas a ajuda essencial é feita em oração. “Precisamos de grupos de intercessão e pessoas que se coloquem na brecha”, apela a missionária.

“Ore para que o pastor seja inocentado o mais rápido possível, que a corte seja favorável e não seja corrupta no processo. Ore para que a esposa se recupere rapidamente e encontre forças em Deus. Ore para que a igreja local seja fortalecida e não se disperse. E ore para que o pastor seja luz ali dentro da prisão”, finalizou.

Apoie o projeto:

Doações via PIX: contact@mahilah.com

Apadrinhamento | Plano mensal de R$75: mercadopago.com.br/doacaomensal

Apadrinhamento | Plano mensal de outros valores: mercadopago.com.br/doacaomensal

Para mais informações, acesse a página do projeto no Instagram.


Meninas apoiadas pelo projeto na Índia. (Foto: Filipe Aires/Mahilah & Co)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Paciente baleado encontra Jesus após enfermeira ler a Bíblia para ele por 90 dias

Ao sair do hospital, o jovem procurou uma igreja conforme havia prometido à enfermeira e teve um encontro com Cristo.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS

Drew Anderson no hospital. (Foto: Reprodução/God TV)

Drew Anderson é um cristão coreano que cresceu nos Estados Unidos, após ser adotado. Ele conta que, certa noite, enquanto ele ainda dormia, ouviu um barulho na sala e se levantou da cama para ver se tinha alguém ali.


“Tinha um homem e eu corri atrás dele. Consegui tirá-lo de casa com facilidade, mas não tinha visto que havia outros dois”, lembrou.

“Eles se levantaram e um deles tinha uma arma. Lembro de vê-la apontada para mim e do último som que ouvi, assim que ele a disparou em meu rosto”, continuou.


Mas Drew conta que já estava vivendo um ciclo de destruição em sua vida, antes mesmo de levar um tiro durante a invasão de sua casa.

Em busca de aceitação

Abandonado no nascimento, Drew conta que sempre se sentiu impulsionado a lutar: “Sempre lutei para identificar a que lugar eu pertencia”, disse Drew. Quando ainda era bem pequeno, Drew foi adotado na Coréia por pais militares. Como a família se mudava com frequência, Drew conta que se sentia ansioso em busca de sua identidade.


“Você sabe, eu fui abandonado ao nascer, então eu sempre busquei saber quem eu era”, compartilhou ao dizer que quando estava com 14 anos seus pais se aposentaram em San Antonio, no Texas.


Desesperado por amizades, Drew rapidamente se envolveu com um grupo complicado: “Eu queria pertencer a alguma coisa. Eu precisava de aceitação por causa da minha situação emocional”, disse ao explicar que as pessoas se aproveitavam de sua vulnerabilidade.

‘Tudo mudou’

Bem jovem Drew se envolveu com bebida e drogas, mudando totalmente seu jeito de ser: "Deixei de ser um garoto muito inocente e quieto, para ser muito falador, agressivo e muito direto. Eu fumava maconha, bebia e cometia pequenos crimes, como roubo e invasão de casas”, confessou.


“Tudo mudou muito, muito rápido porque eu finalmente estava recebendo aceitação, afirmação e senti como se pertencesse a algo”, lembrou. Ao sair de casa, com 17 anos, sentiu-se fortalecido para explorar sua nova identidade. Mais tarde, o uso de cocaína tornou-se uma obsessão diária.


Ele lembra: “Eu me tornei um fora da lei, usava drogas o dia todo. Passei a roubar as pessoas e as portas do mundo do crime se abriram totalmente”, frisou.

‘Uma enfermeira lia a Bíblia para mim’

Com a cocaína lhe dando uma sensação de invencibilidade, Drew disse que se sentia respeitado: “As pessoas me respeitavam mais quando eu usava drogas. Elas me levavam mais a sério e eu estava definitivamente viciado. Eu precisava do vício para me fazer quem eu era”, reconheceu.


Foi em 2012 que os três criminosos invadiram sua casa. O tiro na cabeça dilacerou parte do cérebro, em vez de atravessá-lo. Ao ser socorrido, foi levado imediatamente ao hospital.


Assim que acordou, percebeu a surdez no ouvido esquerdo e não conseguia abrir a boca para falar: “A primeira pergunta que fiz, escrevendo, foi: 'O que aconteceu?' E responderam que eu havia sido baleado com uma pistola calibre 45 quase à queima-roupa e que eu nem deveria estar vivo”.


Uma enfermeira sentou-se ao seu lado e começou a ler a Bíblia e a orar: “Era exatamente isso o que eu queria que ela fizesse, mas eu não podia falar porque minha boca estava com pontos”. E, durante 90 dias, foi o que a profissional continuou fazendo.

‘Deus quer fazer algo em sua vida’

A enfermeira, que leu o prontuário de Drew, disse que entendia o que estava acontecendo: “Você não deveria estar vivo, mas está e Deus tem planos para você. Sabe, Deus quer fazer algo em sua vida”.


“Eu apenas me submeti a isso. E quando saí do hospital, sabe, ela me disse: 'Prometa-me que você vai encontrar uma igreja.' Ela ganhou minha confiança e meu respeito por sua perseverança, então eu disse a ela que o faria”, contou.


No dia seguinte, Drew entrou em uma igreja e disse que, num instante, sentiu que havia encontrado o que desejou por toda a sua vida: “Meus olhos se encheram de lágrimas, não sei porquê. O pastor fez um apelo para quem queria aceitar Jesus e eu só conseguia chorar, cara”.


Drew Anderson. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

‘Uma paz tomou conta de mim’

Aceitei Jesus como meu Senhor e Salvador e um peso saiu, uma paz tomou conta de mim”, disse ao compartilhar que foi libertado do vício em drogas e que sua identidade foi redefinida enquanto mergulhava na Bíblia e frequentava a igreja.


“Quando comecei a ler a palavra, me senti diferente. Quando comecei a orar, senti a paz que sempre procurei. Comecei a ler sobre minha identidade em um livro e me encontrei no Senhor”, citou.


Hoje, Drew diz que é muito grato a Deus ter poupado sua vida e pela chance que teve de encontrar significado e propósito no tempo que lhe foi dado.

“Perdi tanto tempo, perdi tanta gente. Perdi tempo até com meus pais. E, cara, mesmo assim Deus restaurou tudo. Tenho uma linda esposa, uma linda família e um ministério. Tenho muitos filhos espirituais agora que sou pastor de jovens. Sou muito grato por Jesus ter se apresentado a mim, pois eu nunca o teria procurado”, concluiu.

Drew Anderson. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Café ☕️ com Deus “lançado fora o medo” 2º Timóteo 1:7

Lançando fora o medo

2º Timóteo 1:7




ONU condena Israel 15 vezes e ignora países que violam direitos humanos

A Organização das Nações Unidas está sendo acusada por seu posicionamento parcial e por ocultar nações que violam os direitos humanos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE THE TIMES OF ISRAEL

Assembléia Geral da ONU, Nova York, EUA, em 2018. (Foto: Reprodução/Flickr Palácio do Planalto)

A Assembleia Geral da ONU foi criticada por condenar somente Israel em 15 resoluções. O Estado judeu parece ter sido o alvo da organização em 2022. Na votação, todos os demais países da lista somaram um total de 13 resoluções. Confira aqui a lista divulgada pela ONU:

Coreia do Norte — 1

Venezuela — 0

Mianmar — 1

Líbano — 0

Paquistão — 0

Hamas — 0

Argélia — 0

Turquia — 0

Rússia — 6

China — 0

Catar — 0

Arábia Saudita — 0

Israel — 15

Síria — 1

Iraque — 0

Irã — 1

EUA — 1

O Conselho de Direitos Humanos da ONU já foi apontado por seu “viés anti-Israel obsessivo”, pelo embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan.

Já faz algum tempo que ele vem alertando sobre as condenações desproporcionais a Israel quanto às violações do direito humanitário internacional e todas as alegadas violações e abusos da lei internacional de direitos humanos.

“É um absurdo que de um total de 28 resoluções da Assembleia Geral da ONU que criticam os países este ano, mais da metade esteja focada em uma única nação — Israel”, disse Hillel Neuer, diretor executivo da UN Watch, uma organização que monitora a ONU, com sede em Genebra, na Suíça.

“Não se engane, o objetivo desses textos distorcidos não é promover os direitos humanos, mas demonizar o Estado judeu”, ele alertou.

Hamas é citado ‘entre as nações’ sem nenhuma acusação

É possível verificar que a ONU se preocupou com o mandato do “Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis ​​do Povo Palestino”, de 25 nações, que produz relatórios parciais que examinam apenas Israel, fechando os olhos para o terrorismo do Hamas e outros grupos palestinos.

É o único comitê de direitos humanos da Assembléia Geral dedicado a uma única causa. Aliás, vale ressaltar que o Hamas foi incluído na lista da ONU e está entre as ‘nações’ analisadas.

“Por que não existe um comitê da ONU de 25 nações dedicado a violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos pelos regimes do Irã, China ou Rússia?” questionou oportunamente Neuer.

“Depois que o regime sírio matou meio milhão de seu próprio povo, como a ONU pode pedir que mais pessoas sejam entregues ao governo de Assad, mesmo fechando os olhos para o aumento militar agressivo do Irã na área, incluindo os terroristas do Hezbollah?”, perguntou ao dizer que o texto da ONU é “moralmente irritante e logicamente absurdo”.

‘Relatório unilateral distorcido e antissemita’

Neuer continua seus questionamentos e aponta para certas injustiças que coloca a ONU como parcial: “Por exemplo, embora uma das resoluções inclua uma cláusula preambular com uma condenação indireta e genérica de foguetes disparados contra israelenses, nenhum dos textos faz qualquer condenação explícita da Jihad Islâmica por ter bombardeado civis israelenses com mais de 1.100 foguetes, disparados de Gaza em um período de três dias, mesmo que cada míssil disparado represente um crime de guerra sob o direito internacional”.

“A maioria automática da ONU não tem interesse em proteger os direitos humanos de ninguém. O objetivo dessas condenações rituais e unilaterais é fazer de Israel o bode expiatório”, continuou.

Em 2021, Gilad Erdan chegou a rasgar o relatório de direitos humanos durante uma reunião da ONU.

“Desde o estabelecimento do conselho há 15 anos, a organização decidiu culpar e condenar Israel não 10 vezes como o Irã ou 35 vezes como a Síria. O Conselho de Direitos Humanos atacou Israel com 95 resoluções. Em comparação com 142 contra todos os outros países combinados”, disse na ocasião.

“Foi este palco que o próprio direito do povo judeu, de ter um lar nacional, foi declarado racista. Uma decisão que foi justamente anulada. E isso é exatamente o que deve ser feito com este relatório unilateral distorcido e antissemita”, disse ao concluir que o único lugar do relatório era “na lata de lixo do antissemitismo”.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Cristãos são sequestrados de ônibus a caminho de casamento e funeral na Nigéria

Extremistas Fulanis são suspeitos de sequestrarem os dois grupos cristãos, no sudoeste do país.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO MORNING STAR NEWS


Mesquita Central em Auchi, estado de Edo, Nigéria. (Foto: Chisgo9ogie, Creative Commons)

Trabalhadores cristãos que pegavam um ônibus para um casamento e outro grupo a caminho de um funeral foram sequestrados por extremistas Fulani no mesmo estado. O crime aconteceu em 24 de novembro, no sudoeste da Nigéria.

Segundo a parente de um dos 48 cristãos sequestrados que estava se deslocando para o funeral, sua prima escapou porque foi espancada e deixada para morrer.

“Minha prima foi espancada quase até a morte porque não conseguia andar rápido”, disse Judith Akande ao Morning Star News em uma mensagem de texto.

“Eles a deixaram porque pensaram que ela estava morta. Mais tarde ela acordou e estava vagando no mato até que um homem a encontrou e a levou a um pastor da Igreja Apostólica de Cristo”, contou Akande.

A mulher disse também que quatro outros cativos também escaparam e sua prima recebeu tratamento médico.

“A filha dela está entre as 43 outras [vítimas] que ainda são mantidas como reféns”, disse Akande. “Por favor, junte-se a mim em oração pela libertação de seus sequestradores, que se acredita serem pastores [Fulanis].”

Os Fulanis são suspeitos ainda de sequestrarem 23 trabalhadores da Peace House, um ministério cristão com sede em Gboko, estado de Benue. Eles estavam em trânsito para o casamento do filho do presidente da organização.

Segundo Chidi Nwabuzor, eles foram sequestrados perto da cidade de Ibillo, estado de Edo, enquanto viajavam do estado de Benue para Ilorin, estado de Kwara, por volta das 16h.

Nwabuzor, que é porta-voz do Comando do Estado de Edo, disse que a polícia e buscadores locais encontraram e resgataram nove dos cativos no deserto.

Em 25 de novembro, os buscadores encontraram mais cinco passageiros sequestrados no deserto, elevando o total recuperado para 14, disse ele.

Segun Ariyo, associado do ministério, disse em uma mensagem de texto ao Morning Star News que dois dos funcionários da igreja sequestrados e o motorista do ônibus relataram o crime depois de escapar quando seus captores os levavam para o deserto.

Pedido de orações

Ele pediu orações pelos que continuam cativos e por suas famílias, incluindo o presidente da Casa da Paz, Gbile Akanni.

“Por favor, mobilize outros cristãos dentro de seus círculos de influência para orar pela libertação de nossos irmãos”, disse Ariyo. “Oremos também por nosso pai, irmão Gbile Akanni, sua esposa, o futuro casal e todos os anciãos da Casa da Paz por fé, sabedoria, coragem e paciência neste momento crítico. Sabemos como este momento é crítico para ele.”

Os milhões de Fulani na Nigéria e no Sahel são predominantemente muçulmanos. Eles formam centenas de clãs de muitas linhagens diferentes que não possuem visões extremistas, mas alguns Fulani aderem à ideologia islâmica radical, segundo diz o relatório do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG).

“Eles adotam uma estratégia comparável ao Boko Haram e ISWAP [Província do Estado Islâmico da África Ocidental] e demonstram uma clara intenção de atingir cristãos e símbolos poderosos da identidade cristã”, afirma o relatório do APPG.

Ataques a cristãos na Nigéria

Líderes cristãos na Nigéria disseram acreditar que os ataques de pastores [Fulanis] às comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria são inspirados por seu desejo de tomar à força as terras dos cristãos e impor o Islã, já que a desertificação tornou difícil para eles sustentar seus rebanhos.

Segundo a lista da Perseguição de 2022 da Portas Abertas, a Nigéria liderou os países em cristãos mortos por sua fé no ano passado (de 1º de outubro de 2020 a 30 de setembro de 2021) com 4.650, ante 3.530 no ano anterior.

Na lista, a Nigéria saltou para o sétimo lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos; no ano anterior o país estava na 9ª posição.

O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500, contra 990 no ano anterior, de acordo com o relatório.

A Nigéria ficou atrás apenas da China no número de igrejas atacadas, com 470 casos, de acordo com o relatório.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

5 dicas para fazer da leitura bíblica um hábito

Em celebração ao Dia do Evangélico, especialista do Glorify mostra como fazer leitura bíblica e orações ajudam a estabelecer uma rotina de fé.

FONTE: GUIAME

(Foto: Aaron Burden/Unsplash)

Não há maneira melhor de celebrar o Dia do Evangélico, comemorado em 30 de novembro, do que aprender mais sobre a leitura da Bíblia. Por isso, Ed Beccle, cofundador do aplicativo Glorify, separou cinco dicas de como facilitar a leitura das Escrituras Sagradas no dia a dia. Confira:

1. Formatos alternativos

Disponibilizar a Bíblia em formatos diferentes dinamiza a leitura, de modo a não tornar o acesso aos textos um desafio. “Um bom exemplo disso é a alternativa do áudio, que pode ser ótima para dias corridos, em que a pessoa está se movimentando”, explica Ed.

Não à toa, os resultados da plataforma exemplificam como essas funcionalidades incentivam o hábito devocional. A função “Passagem” na aba “Hoje”, por exemplo, teve 9,4 milhões de acessos só no mês de outubro; na aba “Bíblia”, a média é de 3,09 milhões ao mês; e em “Ouvir”, no conteúdo da campanha “Escrituras”, os números foram superiores a um milhão de Salmos lidos em Setembro e 288,4 mil de Provérbios em outubro.

2. Use Planos de Leitura diferentes

A bíblia é um compilado de diversos livros e cartas, então tecnicamente é possível começar a lê-la por qualquer lugar.

Uma opção é partir logo do início, em Gênesis, e ler até o fim.

“O Evangelho de Marcos é o mais curto dos quatro e também é considerado um bom começo, já que é o primeiro relato a ser escrito e há uma maneira especial como ele conta a história de Jesus”, destaca Ed. “Outra alternativa é em Romanos, uma das cartas de Paulo, que resume perfeitamente as boas novas de Cristo e como elas devem impactar nossa vida”, complementa.

3. Leitura de capítulos inteiros

Organizar o contato com as passagens bíblicas por partes é um ótimo jeito de estabelecer uma meta diária para acessar a Palavra de Deus. “Ler um livro ou um capítulo de cada vez geralmente é uma boa maneira de receber uma quantidade razoável de informações sem se sobrecarregar”, afirma o cofundador do Glorify. “Esta também é uma excelente via para quem não sabe ao certo qual é o seu ritmo de leitura”, reforça.

4. Orar antes da leitura

Muitas pessoas sentem dificuldades em dar, literalmente, um primeiro passo para ler a Bíblia. Nesse sentido, uma oração podem ser feita para esse momento. “Reservar alguns minutos do dia para meditar e convidar o Espírito Santo a enchê-lo com sua presença antes da leitura traz a abertura necessária para a palavra de Deus”, explica Ed.

5. Diminuição da pressão

Independentemente de como você decidir ler a Bíblia e em qual ritmo for, essa leitura é para ser algo agradável e bom. “Ao tirar a pressão sobre sua leitura bíblica, e não se sobrecarregar tentando atingir uma meta, você consegue mudar sua perspectiva para essa atividade: é um momento na presença do Pai, o que traz uma nova riqueza à sua experiência com a Palavra do Senhor”, finaliza.

Sobre o Glorify

Fundado em 2019 pelos empreendedores britânicos Henry Costa e Ed Beccle, o Glorify é um aplicativo móvel com a missão de possibilitar que cristãos em todo o mundo se conectem com Deus diariamente através de leituras bíblicas, meditações, declarações e espaço para oração e reflexão.

Tem como objetivo se tornar a principal plataforma digital cristã, reinventando como os fiéis se conectam com Deus e sua comunidade por meio da tecnologia. O aplicativo está disponível para download no Google Play Store e Apple Store.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Café ☕️ com Deus

“Vamos adorar a Deus” Salmos 150




Soldado cristão vai à Ucrânia para ajudar vítimas: ‘Sou embaixador de Cristo’

O sargento de primeira classe Christian Hickey conta que sentiu que precisava fazer alguma coisa para ajudar os ucranianos.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS


O militar americano Christian Hickey está em missão na Ucrânia. (Foto: Reprodução/Boinas Verdes USA)

Christian Hickey é um ex-fuzileiro naval que ingressou no Exército como Boina Verde das Forças Especiais de elite. Assim que a Ucrânia foi invadida pela Rússia, o sargento de primeira classe sentiu que precisava fazer alguma coisa. Mas lutar não fazia parte de sua vocação.

"Não fui chamado aqui para derramar sangue. Só fui chamado aqui para contar às pessoas sobre o sangue que foi derramado por elas há muito tempo", disse Hickey à CBN News.

Seus superiores ficaram preocupados sobre um guarda nacional dos EUA trabalhando na Ucrânia, mas Hickey conta que Deus abriu as portas para ele ir.

"Não estou aqui representando o Exército dos Estados Unidos. Não estou aqui representando meu comando. Não estou aqui representando a Guarda Nacional. Estou aqui como um embaixador de Jesus Cristo, e é exatamente isso que estou fazendo aqui. Como missionário na Ucrânia", disse ele.

Assim que desembarcou no país, Hickey diz que encontrou as tropas ucranianas em necessidade desesperada.

"Esses caras não têm médicos. Eles têm como um médico em uma linha de mais de 100-150 pessoas. Uma pessoa que é um pouco treinada", disse Hickey.

Assim, ele pode ajudar, já que o cuidado de vítimas de combate tático é uma de suas especialidades.

"Eu entrei no centro de treinamento deles e eles me viram e sabiam exatamente que esse cara é diferente. E eles correram até mim e disseram, 'você pode nos ajudar?'"

Linha de frente

Aqueles homens tiveram suas vidas completamente mudadas pela guerra. Sete meses atrás, esses soldados eram padeiros, motoristas de ônibus e advogados e agora estavam mergulhados no caos. Hickey ensinou a eles as habilidades de que precisavam para estabilizar seus irmãos feridos.

"Para ajudar a levá-los a um nível mais alto de atendimento. É principalmente com isso que gosto de lidar. É como 'ei, aqui está como salvar a vida de um irmão' ou 'aqui está como permanecer vivo se você estiver ferido'", disse.

O militar americano diz que passar tempo com os ucranianos na linha de frente deu a ele um profundo entendimento sobre as dificuldades que eles enfrentam. É um tipo de guerra diferente do que ele estava acostumado.

"Eles são heróis absolutos", disse Hickey. "Não acho que as pessoas realmente entendam o que esses soldados ucranianos estão realmente passando.”

"É a coisa mais assustadora com a qual já lidei na linha de frente. Quando você não pode ver à sua frente, e ainda tem um drone russo acima de você, que tem liberdade de movimento para direcionar seus tiros bem em cima de você."

Inverno

Hickey explica que à medida que a guerra avança, sua missão está evoluindo para atender às necessidades. Poucos dias após a queda de Kherson, com a população ficando sem comida, Hickey e sua equipe trouxeram um comboio de ajuda para o resgate.

"Estamos mudando um pouco de marcha. Este inverno vai ser absolutamente difícil para o povo ucraniano. Haverá pessoas idosas, que eu amo e respeito, que vão morrer congeladas dentro de suas casas. E quer saber, estaremos aqui para entregar comida, entregar lenha. Estaremos aqui durante todo o inverno", disse ele.

"Queremos basicamente ser as mãos e os pés de Jesus", continuou ele. "Essas ONGs muito fortes e poderosas compraram toda essa comida e não têm o braço de ação para realmente entregá-la. Pegaremos a comida e garantiremos que ela chegue às pessoas certas, no lugar certo, na hora certa."

Chegar às aldeias ao redor de Kherson é especialmente perigoso, pois a área ainda está repleta de campos minados russos. Quando recebem a ajuda, esses moradores ficam ainda mais gratas quando Hickey e sua equipe arriscam tudo para chegar até eles.

"Desde que estou aqui, fiz mais coisas relacionadas aos Boinas Verdes do que jamais fiz em minha carreira militar. Estou aqui trabalhando com a população, trabalhando ao lado deles, fornecendo-lhes as habilidades de que precisam, fornecendo-lhes comida, fornecendo-lhes água e ajudando a construí-los."

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Pastor ucraniano inicia igreja em ponto de ônibus: ‘Um passo de fé’

Tudo começou com um casal, desanimado e abatido pelo vício do álcool; eles foram os primeiros membros da igreja a céu aberto.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO MNN ONLINE

O pastor em sua igreja no ponto de ônibus. (Foto: Reprodução/MNN/SGA)

Os ucranianos estão sofrendo com uma guerra, provocada pela Rússia em seu território, desde 25 de fevereiro deste ano. Com a destruição de cidades inteiras, além da perda de muitas vidas, pastores se desdobram para continuar a cuidar das pessoas.

Com essa visão de seu ministério vivo em meio à tragédia, um pastor ucraniano começou uma igreja em um ponto de ônibus ao ar livre.

O pastor Eric Mock, vice-presidente de Operações da Slavic Gospel Association (SGA) conta a história.

“Ele pegou uma velha mesa de madeira quebrada, um pouco de café instantâneo, alguns saquinhos de chá e uma chaleira quente e saiu com alguns biscoitos para arrumar a mesa. Ele conversou com aquelas pessoas no ponto de ônibus que talvez estivessem apenas querendo uma xícara de café ou alguns minutos de conversa. Foi lá que sua igreja foi iniciada.”

Tudo começou com um casal, desanimado e abatido pelo vício do álcool. Jesus transformou completamente suas vidas e a congregação cresceu.

“Muitas vezes nos esquecemos de que Deus edifica Sua Igreja. E a Igreja consiste daqueles redimidos pela graça de Deus, que desejam dar um passo pela fé”, diz o mestre pela Southern Baptist Theological Seminary.

A SGA apoia mais de 350 missionários em toda a antiga União Soviética, da qual a Ucrânia faz parte. Segundo Mock, o objetivo da associação cristã é dobrar esse número nos próximos dez anos.

“Ore por este objetivo ambicioso. Ore conosco para que Deus levante um número maior de pastores missionários formados nas escolas que a SGA mantém, saindo para anunciar o Evangelho e fazer discípulos”, pediu o pastor.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Café ☕️ com Deus “filho pródigo” Lucas 15:11-20

Café ☕️ com Deus “filho pródigo” Lucas 15:11-20





Ucranianos se unem em praça de Kherson para orar e agradecer: “O Senhor nos ajudou”

Sobreviventes comemoram a desocupação dos russos e revelam ter vivido grandes milagres.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS


Sobreviventes ucranianos oram e agradecem a Deus pela desocupação russa na cidade de Kherson. 
(Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

Depois de mais de sete meses da ocupação russa, que tem sido devastadora, a Ucrânia apresenta alguns sinais de alegria, pelo menos na cidade de Kherson, que fica no sul do país.

Conforme a CBN News, os moradores ainda sofrem com a falta de quase tudo, mas há voluntários fazendo um grande esforço para levar suprimentos para a cidade.

Uma das residentes, Elena Skalskya, disse aliviada: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Voltei para casa, para a minha querida aldeia”.

Elena Skalskya, umas das sobreviventes. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

Destruição e esperança

Embora os russos tenham destruído a infraestrutura da cidade, os moradores aplaudiram quando puderam retornar às suas casas. “Mesmo sem aquecimento, eletricidade ou água encanada, estamos comemorando porque finalmente temos o que mais importa: a liberdade”, disse Elena.

Snezana, outra moradora de Kherson, junto de seu marido que é pastor, estavam nos Estados Unidos quando receberam a notícia de que a Rússia havia invadido a Ucrânia.

“Quando a guerra começou, ficamos arrasados ​​porque nossa igreja estava aqui e nós não”, contou.

Muitas pessoas daquela região da Ucrânia ficaram longe de seus parentes há seis ou sete meses. Agora que Kherson foi libertada, muitas pessoas que estavam presas dentro ou fora da cidade estão se reencontrando com muita emoção.

Encontro de amigas, após desocupação russa. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

Situação da cidade de Kherson

De acordo com a CBN News, Kherson está repleta de equipamentos destruídos, que agora contam a história dos pesados ​​combates que as forças ucranianas tiveram de suportar para libertar a cidade.

As minas continuam sendo um grande perigo e pode levar anos para a eliminação de todas elas. Mesmo assim, as pessoas já estão retornando.

Outra moradora, Maria, destaca como foi viver sob a opressão russa. Ela explica que aquele que defendesse a Ucrânia era morto pelos soldados no mesmo instante. “Eles entravam [nas casas] sem pedir, pegavam seu carro e iam embora, simples assim”, lembrou.

“Era assustador! Quando eu dirigia, sabia que eles podiam simplesmente me parar e me matar”, disse outro ucraniano. “Se eles não gostavam de algo, eles simplesmente matavam as pessoas. Houve muitos casos assim”, continuou.

Sobreviventes ucranianos. (Foto: Captura de tela/Vídeo CBN News)

Nossa única esperança

Os moradores disseram que a única fonte de esperança vem de cima. “O Senhor nos ajudou. Somente Ele. Sua mão estava sobre nós. Ele é misericordioso. Ele é um Deus bom. Ele estava conosco onde estávamos. Vimos tantos milagres”, revelou outro sobrevivente.

Maria disse que o reencontro com uma velha amiga lhe trouxe muita alegria. “É até difícil expressar tanta felicidade. Esperamos por isso há tanto tempo. Cada dia parecia um ano”, compartilhou.

Um homem descreveu o momento comovente quando os moradores saudaram o retorno das forças ucranianas. “Fomos um dos primeiros a esperar nossas tropas quando elas entraram na cidade. Nem acreditávamos no que estava acontecendo. Quanta alegria!”, disse.

Embora a comida esteja acabando e possa levar semanas para conseguir eletricidade e água, esses cristãos se reuniram na praça central de Kherson para orar por sua cidade e agradecer a Deus.

Snezana disse: “Não consigo nem expressar o que estou sentindo. É uma grande felicidade. Parecia uma montanha impossível de ser movida, mas foi movida pelo nosso Deus”, concluiu.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Como a seca do Rio Eufrates aponta para a profecia de Jeremias

A escatologia cristã e muçulmana inclui profecias sobre a seca do Eufrates sinalizando o fim dos dias.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ISRAEL365


Rio mais longo da Síria, o Eufrates está seco. (Captura de tela/YouTube/ WION)

Uma crise alimentar se aproxima à medida que a região, anteriormente conhecida como Crescente Fértil, vê as principais fontes de água desaparecer. As autoridades lutam para lidar com o surgimento de um cenário profético.

De acordo com as autoridades iraquianas, por três anos consecutivos, a estação chuvosa começou mais tarde e terminou mais cedo do que o normal histórico. Isso foi associado a menos água correndo nos dois rios principais: o Tigre e o Eufrates.

Destaque na Bíblia, o Eufrates aparece descrito como fronteira com o Jardim do Éden, de acordo com Gênesis 2:14 – “O nome do terceiro rio é Tigre, aquele que corre a leste da Assíria. E o quarto rio é o Eufrates”

Em Gênesis 15:18, o rio foi nomeado como um dos limites da terra que Deus concedeu aos descendentes de Abraão:

“Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: ‘tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates’”.

O profeta Jeremias descreveu como as águas da Babilônia, a região que atualmente inclui a Síria e o Iraque, secariam como punição por suas práticas idólatras, sendo a devastação tão completa que tornaria a região, antes parte do chamado 'crescente fértil', inabitável.

“Uma seca contra as suas águas, para que se sequem! Pois é uma terra de ídolos; Eles estão obcecados por suas imagens terríveis. Certamente, gatos selvagens e hienas habitarão [ali], e avestruzes habitarão ali; Nunca mais será colonizada, nem habitada através dos tempos” (Jeremias 50:38-39)

Escatologia

A escatologia cristã e muçulmana inclui profecias sobre a seca do Eufrates sinalizando o fim dos dias.

No Islã, alguns dos hadiths sugerem que o Eufrates secará, revelando tesouros desconhecidos que serão a causa de conflitos e guerras.

No livro do Apocalipse, é profetizado que em um futuro próximo, o Eufrates Potamos ou “rompendo como água” do Oriente Médio secará em preparação para a Batalha do Armagedom.

Além dos fenômenos naturais, a região também tem sido atormentada por conflitos em curso.

“A desertificação agora ameaça quase 40% da área de nosso país – um país que já foi um dos mais férteis e produtivos da região”, disse o presidente do Iraque, Abdul Latif Rashid, na COP 27, a cúpula do clima no Egito na semana passada.

Mapa mostra Rio Eufrates. (Imagem: The Coming Bible Prophecy Reformation)

Professor da Universidade de Tecnologia de Lulea, na Suécia, Nadhir Al-Ansari disse à Reuters que as chuvas no Iraque caíram 30% nas últimas três décadas, com a menor precipitação ocorrendo nos últimos dois anos.

“O que antes era conhecido como Crescente Fértil começou a morrer há cerca de 35 anos”, disse ele.

As autoridades acusam a Turquia de reduzir o fluxo do rio a montante nos últimos dois anos para a metade do nível com o qual se comprometeu em um acordo de 1987, uma alegação que o governo turco nega.

Até setembro, as chuvas no sudeste da Turquia, onde nascem os rios, ficaram 29% abaixo da média das três décadas anteriores, de acordo com a agência meteorológica da Turquia. As barragens e a seca reduziram as águas dos dois rios para cerca de 20% dos níveis anteriores.

Crise alimentar

A combinação de todos esses elementos levou a uma crise alimentar na região. Quase 90% das colheitas de sequeiro, principalmente trigo e cevada, falharam nesta temporada, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Iraque.

Com 2.700 quilômetros de extensão, o rio Eufrates é a principal fonte de água potável, além de alimentar três usinas hidrelétricas que produzem eletricidade para cerca de três milhões de pessoas na Síria.

Duas barragens no norte da Síria enfrentam o fechamento iminente, o que deixaria cerca de três milhões de pessoas sem acesso à eletricidade. O nível da água na barragem de Tishrin, a primeira em que o rio cai dentro da Síria, caiu cinco metros e está atualmente cerca de dez centímetros acima do “nível morto” quando as turbinas param de produzir eletricidade.