segunda-feira, 2 de novembro de 2020

503 anos da Reforma Protestante: 12 momentos-chave para entender o movimento histórico

 Martinho Lutero pregando as 95 teses na porta da igreja em Wittenberg, na Alemanha.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO HISTORY EXTRA

 

Martinho Lutero pregando as 95 teses na porta da igreja em Wittenberg, na Alemanha.

O Dia da Reforma Protestante celebra o movimento iniciado por Martinho Lutero e suas 95 teses nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517. Neste sábado (31), cristãos ao redor do mundo celebram 503 anos do acontecimento que mudou a história da igreja.

Confira abaixo 12 momentos-chave para entender o impacto da Reforma, publicados pela BBC History Magazine por Diarmaid MacCulloch, professor de História da Igreja na Universidade de Oxford.

 1  1517: Lutero confronta o Papa

Martinho Lutero, um devoto frade agostiniano e professor universitário em Wittenberg, na Saxônia, norte da Alemanha, lança um ataque às indulgências, que a Igreja Católica exige dos fiéis para encurtar o tempo no purgatório após a morte, antes de entrar no céu. Ele descreve uma crítica em 95 teses para questionar a teologia de salvação adotada pela Igreja.

Para a surpresa de Lutero, sua iniciativa desperta entusiasmo em toda a Alemanha. Descobrindo um dom para a comunicação popular — apesar de não ter publicado praticamente nada antes — ele começa a escrever uma série de panfletos e livros explicando suas ideias. A hierarquia da igreja ocidental vê isso como uma ameaça à sua autoridade. Os dois lados falam com propósitos opostos: Lutero sobre salvação, as autoridades sobre obediência.

 2  1519: Reforma se espalha pela Suíça

Em Zurique, na Suíça, centenas de quilômetros ao sul de Wittenberg, um proeminente sacerdote chamado Huldrych Zwingli começa a pregar por meio da Bíblia. Sua mensagem de que só Deus está encarregado da salvação também desafia o ensino oficial da igreja em uma ampla frente. Ele desencadeou uma Reforma em Zurique, depois em muitas partes da Suíça e do sul da Alemanha — uma reforma que é paralela à de Lutero, mas não idêntica a ela, e não respeita de forma alguma a autoridade de Lutero.

 3  1520: Roma condena a desobediência de Lutero

A esta altura, Lutero e as autoridades de Roma estão em rota de colisão. Enquanto ele reforça a visão bíblica sobre a salvação, ecoando os escritos do apóstolo Paulo e Agostinho de Hipona, os líderes católicos ficam furiosos por Lutero não obedecer às ordens de se calar.

O papa emite um pronunciamento solene (uma 'bula') condenando Lutero e sua desobediência. Lutero o destrói em uma demonstração pública e escreve três obras clássicas estabelecendo uma estrutura alternativa do pensamento cristão, centrada na 'justificação pela fé'. Ele afirma que a fé é um dom de Deus por meio da graça e que esta é a única maneira de ganhar a salvação. Não há nada que a igreja possa acrescentar a isso, muito menos a imposição de indulgências.

 4  1521: Lutero permanece firme diante do imperador

Convocado para se encontrar com o Sacro Imperador Romano, Carlos V, na cidade alemã de Worms, Lutero não quis recuar. “Não posso fazer outra coisa, esta é a minha posição”, disse ele. O imperador honrosamente apoia uma promessa de salvo-conduto à assembleia romana e então Lutero parte como um homem livre.

Apesar de desafiar o papa e o imperador, Lutero recebe o apoio de muitos governantes locais na Alemanha. O Eleitorado da Saxônia, formado por apoiadores, planeja proteger Lutero de novos ataques por meio de um “sequestro” encenado e, em reclusão no castelo eleitoral de Wartburg, Lutero começa a traduzir a Bíblia para o alemão. Isso terá uma grande influência na maneira como o alemão é falado. Amante da música, Lutero também começa a escrever hinos em alemão.

 5  1525: Milhares de rebeldes são massacrados

A agitação provocada pela mensagem de Lutero resultou em rebeliões por parte de extremistas em grande parte do Sacro Império Romano — começa então a Guerra dos Camponeses, na qual os rebeldes são brutalmente esmagados.

Lutero, horrorizado com o uso extremista de sua mensagem, apóia a dura repressão contra os rebeldes. Há uma desilusão popular com sua postura, e ele passa a confiar mais na classe governante para promover sua versão da Reforma. Os apoiadores das rebeliões levam seus pensamentos em direções mais radicais, rejeitando o consenso cristão sobre a Trindade ou a relação estreita entre o governo e igreja. Eles procuram respostas anteriores, mais bíblicas.

Seus oponentes, católicos e protestantes, os condenam e muitas vezes os perseguem, os rotulando como 'anabatistas' ('rebatizadores'), uma vez que sua proposta é que apenas crentes adultos sejam batizados, e não crianças.

 6  1530: Protestantes lutam entre si

Quando a assembleia romana se reúne em Augsburgo, os apoiadores políticos de Lutero (já apelidados de "protestantes") convencem Carlos V a considerar duas declarações de fé da Reforma: uma dos luteranos e outra inspirada nos reformadores suíços. Carlos não aceita nenhuma das duas, mas a declaração luterana permanece como a 'Confissão de Augsburgo', e a cisão entre luteranos e protestantes não-luteranos (mais tarde conhecidos como protestantes 'reformados') se torna permanente.

Os protestantes reformados e sucessores de Huldrych Zwingli colocam muito mais ênfase do que Lutero no pecado da idolatria e destroem as imagens nas igrejas — Lutero rapidamente decide que esta é uma má ideia. Eles também têm uma visão diferente sobre a Santa Ceia. Os reformados têm uma visão simbólica do pão e do vinho eucarístico, negando que estes são transformados no corpo e no sangue de Cristo em um sentido literal. Consequentemente, eles rejeitam a teologia da eucaristia como um sacrifício chamado de 'missa', enquanto Lutero sustenta grande parte da antiga cerimônia da missa.

Lutero e Zwingli encontram-se em Marburg em 1529 para oficializar sua ruptura. Por outro lado, os dois grupos dentro do protestantismo concordam em duas coisas: que o papa é o inimigo de Deus e que o clero não é uma casta privilegiada marcada pelo celibato; portanto, como os leigos, eles poderiam se casar. 

 7  1536: Calvino atinge os reformadores

Um exilado religioso francês, João Calvino, chega à cidade de Genebra, já experimentando uma Reforma caótica, e se torna um líder religioso proeminente na cidade suíça. Superando muita oposição, ele estabelece sua própria Reforma, recebendo apoio de um grande número de companheiros exilados. Genebra se torna um centro importante no protestantismo reformado ao lado de Zurique.

Calvino coloca uma ênfase especial na disciplina e no governo da igreja, e os resultados são admirados em toda a Europa, marcada pela desordem e violência pública. Os colegas de Calvino também encorajam uma nova forma de fazer música, muito diferente da dos luteranos: é baseada exclusivamente em textos da Bíblia, principalmente os 150 Salmos de Davi. Eles são expressos em versos e melodias simples para todos cantarem. 

Com a mudança na forma de prestar adoração a Deus, os salmos cantados se tornam um poderoso símbolo dos protestantes reformados, transcendendo as fronteiras locais e culturais.

 8  1555: Carlos V negocia paz com os luteranos

Após nove anos de guerra na Europa central, Carlos V e a nobre família Habsburgo são forçados a reconhecer a existência oficial do luteranismo. Em outros lugares, os Habsburgos tentam proteger e revitalizar o catolicismo. Este acordo chamado 'Paz de Augsburgo' não menciona o Protestantismo Reformado, embora nas próximas décadas algumas regiões do império tenham governantes reformados. 

Esse silêncio cria instabilidade e incerteza na política religiosa da Europa central. Por volta de 1600, a Escandinávia e a maior parte do norte da Alemanha tornam-se luteranos, mas as igrejas reformadas foram estabelecidas em países como Escócia, Inglaterra, Transilvânia (Romênia) e partes da Polônia e Lituânia.

 9  1558: A nova rainha da Inglaterra busca o meio-termo

Elizabeth I sucede ao trono inglês e decide com o parlamento em 1559 manter o Acordo de Religião durante seu reinado de 45 anos. Desde a ruptura de seu pai, Henrique VIII, com a obediência papal em 1533, o reino britânico oscilou entre a atitude ambígua de Henrique em relação à Reforma, o apoio aberto de seu filho Eduardo VI à Reforma e a reintrodução do catolicismo romano por sua filha Maria.

Elizabeth é uma protestante cautelosa, mas seu clero e conselheiros se movem com entusiasmo para continuar a trajetória protestante reformada da igreja de Eduardo. Não há muito que ela possa fazer sobre, além de proibir qualquer nova promulgação oficial de mudança religiosa. Ela insiste em manter não apenas os bispos, mas as catedrais e instituições eclesiais em funcionamento.

Isso deixa uma mensagem dupla para a teologia da Igreja da Inglaterra: é Católica ou Protestante? A questão nunca foi resolvida.

A igreja é unida por uma Bíblia inglesa comum (após nove décadas de traduções, na versão King James de 1611). Desta igreja inglesa cresceu o 'anglicanismo', enquanto os protestantes ingleses que não puderam aceitar o acordo de 1662 formaram as igrejas livres.

 10  1563: Bispos lançam a Contra-Reforma

Um conselho de bispos católicos romanos reunido em Trento, no norte da Itália, é encerrado após uma série de sessões iniciadas em 1545. O conselho conseguiu restaurar a autoconfiança e a estrutura da velha igreja ocidental após o golpe da Reforma.

Enquanto surgem grupos na transformação religiosa do sul da Europa, que não conseguiram encontrar um lugar na Reforma Protestante, as promulgações do conselho alimentam a identidade da ‘Contrarreforma’, ou Reforma Católica, apoiada pelo poder dos monarcas — particularmente na França, Polônia e no Sacro Império Romano. 

O catolicismo, com a expansão portuguesa e espanhola na América, África e Ásia, torna-se a primeira religião mundial, apoiada decisivamente pelo poder militar contra outras religiões onde as autoridades espanholas e portuguesas se estabelecessem.

 11  1607: Protestantes colonizam a América do Norte

A primeira colônia inglesa a sobreviver permanentemente na América do Norte é estabelecida em Jamestown (em homenagem ao atual rei, Jaime VI e I; embora a colônia tenha se chamado Virgínia, em homenagem à Virgem Rainha Elizabeth). O estabelecimento da colônia anuncia a expansão do protestantismo de língua inglesa de uma pequena ilha para se tornar uma expressão mundial da fé cristã. 

Virgínia tem o prazer de estabelecer uma religião oficial, que é uma versão da Igreja da Inglaterra. Mas ao norte, uma costa chamada de "Nova Inglaterra" é fundada por pessoas profundamente insatisfeitas com o que consideram os compromissos papistas da Igreja inglesa.

 12  1618–19: Europa vive uma guerra destrutiva

Um sínodo da Igreja Reformada Holandesa se reúne em Dordrecht para definir o que a Igreja acredita sobre os meios de salvação, depois que uma violenta controvérsia teológica e política resultou na vitória dos que proclamam a crença na predestinação divina. Representantes de outras igrejas reformadas comparecem, incluindo da Inglaterra, tornando este sínodo o mais próximo de uma reunião internacional que as fragmentadas igrejas reformadas já tiveram. Nem todos os Protestantes Reformados aceitam isso e seguem suas próprias direções — uma tendência no protestantismo reformado.

Após o fim da Guerra dos Trinta Anos que diversas nações europeias travaram entre si, em 1648, os territórios protestantes em toda a Europa são muito reduzidos, mas muitos europeus estão adoentados pela violência religiosa e exploram como a razão pode ser aplicada à crença religiosa de forma menos dogmática. Seus esforços moldam uma perspectiva que em breve é chamada de "Iluminismo".

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Cidade bíblica de Esmirna é a mais atingida em terremoto na Turquia

Com 7 graus de magnitude, o terremoto atingiu outros países, como Grécia, Bulgária e Macedônia.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO NBC NEWS

O terremoto sacudiu Izmir, na costa do Mar Egeu da Turquia. (Foto: Agência Mehmet Emin Menguarslan / Anadolu via Getty)

Um terremoto de magnitude 7 atingiu o mar Egeu nesta sexta-feira (30), causando o desabamento de edifícios na cidade turca de Izmir (Esmirna), de acordo com o Serviço Geológico dos EUA e um oficial local que relatou os danos.

O terremoto, que atingiu perto das ilhas gregas ao largo da Turquia, foi sentido ao longo da costa do Mar Egeu, onde a mídia local transmitiu imagens de edifícios danificados em Izmir. Também foi sentido na Grécia, Bulgária e Macedônia, de acordo com a Reuters.

O terremoto aconteceu por volta das 14h50, horário local, de acordo com o governador de Izmir, que também disse que alguns prédios desabaram.

O Ministro do Interior da Turquia, Süleyman Soylu, tuitou que houve relatos de que seis edifícios desabaram na província de Izmir.

Imagens postadas na mídia social mostraram um prédio na rua Sakarya na cidade de Izmir totalmente desabado com pessoas escalando os destroços que estavam espalhados com o que pareciam ser roupas e objetos domésticos.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan tuitou na sexta-feira que “com todos os meios de nosso estado, apoiamos nossos cidadãos afetados pelo terremoto”.

O prefeito de Izmir, Tunç Soyer, tuitou que as equipes de desastre estavam prontas.

“Espero que não haja perda de vidas e bens”, acrescentou.

A Presidência de Gestão de Emergências e Desastres da Turquia estimou a magnitude do terremoto em 6,6, enquanto o Serviço Geológico dos EUA disse que foi de 7,0. Ele atingiu cerca de 1150 GMT (7:50 ET) e foi sentido ao longo da costa do Mar Egeu da Turquia e na região noroeste de Mármara, disse a mídia.

O epicentro ficava a cerca de 17 km da costa da província de Izmir, a uma profundidade de 16 km, disse a AFAD. O U.S. Geological Survey disse que a profundidade era de 10 km e que o epicentro ficava a 33,5 km da costa da Turquia.

Moradores de Samos, uma ilha com uma população de cerca de 45.000 habitantes, foram instados a ficar longe das áreas costeiras, disse Eftyhmios Lekkas, chefe da organização grega para planejamento anti-sísmico, à TV grega Skai.

"Foi um terremoto muito grande, é difícil ter um maior", disse Lekkas.

Ali Yerlikaya, o governador de Istambul, onde o terremoto também foi sentido, disse que não houve relatos negativos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Após orar por 20 anos, homem tem prisão perpétua perdoada por Trump: “Agradeço a Deus”

Curtis McDonald, de 70 anos, teve prisão perpétua comutada em um ato de clemência de Donald Trump. Ele agradeceu a Deus por sua liberdade.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA FOX 13

Curtis McDonald celebra sua libertação ao lado da sobrinha, Melody Martin, em lágrimas. (Foto: Joe Rondone/The Commercial Appeal)

Um homem voltou para sua igreja pela primeira vez em 24 anos, após ser libertado da prisão em Memphis, no estado americano do Tennessee.

Curtis McDonald, de 70 anos, recebeu clemência do presidente Donald Trump na semana passada e foi beneficiado com a comutação de sua pena; ou seja, terá uma sentença grave substituída por uma mais leve.

McDonald foi condenado em 1996 e sentenciado à prisão perpétua perpétua por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele era o único dos 16 envolvidos na quadrilha que ainda cumpria pena na prisão. 

Na manhã de domingo (25), em um culto na Primeira Igreja Batista de Bartlett, ele compartilhou seu testemunho de transformação com as pessoas que estiveram orando por ele durante todos esses anos. 

McDonald costumava frequentar a igreja dentro da prisão, mas deixou de se reunir para cultuar a Deus há oito meses, por causa da pandemia de Covid-19.

Ao entrar na igreja, McDonald disse está vivendo o momento pelo qual ele orou nos últimos 20 anos. “Pelo menos estou livre e agradeço a Deus por estar livre, finalmente livre, graças a Deus”, disse ele à FOX13.

“Agradeço ao presidente Trump. Ele me libertou, Deus tocou o coração dele”, continuou McDonald. “Muitas pessoas não conseguiram, mas eu não estava nesse número, Ele me salvou. Eu agradeço a Deus de verdade”.

O pastor Darryl McDonald, um dos irmãos de Curtis, dedicou a pregação ao testemunho do ex-detento, que permaneceu fiel por 24 anos.

“Essa é uma das maiores coisas que você pode aprender com esta situação, que Deus é real. Como meu pai costumava dizer, se você colocar sua confiança em Deus, você sabe que Ele pode não vir quando você quer, mas Ele é o único que pode chegar atrasado e ser pontual”, disse o pastor Darryl.

McDonald foi declarado cúmplice de Alice Marie Johnson, que teve clemência concedida pelo presidente Donald Trump em 2018. Por intermédio de Johnson, o presidente americano comutou a sentença de McDonald na quarta-feira passada, 21 de outubro.

Ele foi descrito como um presidiário “modelo” pela Casa Branca, que orientava os detentos mais jovens, trabalhava e tinha um bom desempenho nos cursos educacionais.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Cristãos são expulsos de suas aldeias em Mianmar e hostilizados em campos de refugiados

Sem casas e sem segurança, cristãos ex-mulçumanos da etnia Rohingyas enfrentam a perseguição de seu povo e de grupos radicais muçulmanos

Fonte: Portas Abertas

Cristãos em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo em Cox Bazar, no sudeste de Bangladesh Crédito: Portas Abertas

Três anos depois que uma repressão dos militares de Mianmar forçou os Rohingyas a fugir de suas casas, muitos deles ainda vivem em campos de refugiados na fronteira com Bangladesh. Enquanto a segurança nos campos é um problema para todos eles, a população cristã minoritária enfrenta uma vulnerabilidade dupla: sua origem étnica e sua fé.

Os Rohingya são em sua maioria muçulmanos, mas há alguns convertidos cristãos entre eles. Por causa de sua fé, eles enfrentam uma pressão crescente de outros refugiados, autoridades locais e grupos islâmicos radicais, como o Exército de Salvação Arakan Rohingya ou ARSA. E viver em um campo de refugiados significa que eles não têm a quem recorrer ou como escapar.

 Saiful Peter está entre os 2 mil cristãos que vivem em Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo em Cox Bazar, uma cidade no sudeste de Bangladesh. Eles compartilham a área com mais de 1 milhão de muçulmanos.

 “Nós, muçulmanos e cristãos, vivemos juntos por muitos anos”, disse Peter. "Mas a ARSA está nos atacando quase todos os dias no acampamento e aos domingos durante os cultos de adoração a Deus. Somos discriminados pelos muçulmanos Rohingya porque somos cristãos", explica. 

Em janeiro, três cristãos foram sequestrados durante um ataque. O paradeiro de dois deles é desconhecido e Peter diz que a comunidade teme por suas vidas. Uma menina de 14 anos que também foi sequestrada de uma igreja, também foi forçada a se converter ao islamismo e casada forçadamente com um dos militantes da ARSA.

administrado pela ONU. Os ataques e assédio, no entanto, continuaram, de acordo com Peter. “Funcionários da ONU nos disseram que vão construir um campo separado para nós a fim de garantir nossa proteção”, disse ele. Nove meses depois, nada aconteceu.

 Existem muitos fatores que contribuem para a vulnerabilidade dos cristãos entre os Rohingya. Quando as pessoas são perseguidas por sua origem étnica, a coesão do grupo é muito importante e fortemente vigiada. Este nível de controle é facilitado pelos acampamentos super lotados e uma aplicação da leis e regras frágeis nos acampamentos. Além disso, os Rohingyas que se convertem ao cristianismo são vistos como aqueles que viraram as costas ao seu povo e traidores, sendo comprados por cristãos ocidentais.

O que torna a situação ainda mais complexa é a presença de grupos militantes como a ARSA, radicalizando os muçulmanos Rohingya, e policiais de Bangladesh que podem estar mais interessados em conter todas as inquietações do que em proteger um grupo religioso minoritário.

Tanto Bangladesh, como Mianmar estão na Lista Mundial da Perseguição 2020, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. Em 38º lugar e 19º lugar, respectivamente, os cristãos nesses países enfrentam a perseguição por terem abdicados de suas fés budistas e islâmicas para seguir a Jesus.

Saiba mais sobre como vivem os cristãos perseguidos e ore por eles.

Pedidos de Oração

Ore pelos cristãos da etnia Rohingya, que estão refugiados e perseguidos por sua fé em Jesus. Que Deus lhes dê paz e sabedoria para que eles possam enfrentar a perseguição e permanecer firmes em sua fé.

Peça a Deus por proteção a esses cristãos, que estão sendo atacados, sequestrados, mortos e obrigados a se converter ao islamismo.

Ore pelo perseguidor. Que ele conheça a Jesus, se entregue a Ele e se arrependa de suas más ações.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O QUE É CRISTOFOBIA?

Entenda a diferença entre os termos cristofobia, perseguição, intolerância e vilipêndio religioso

Na República Centro-Africana, muitos cristãos são perseguidos pela fé por grupos islâmicos radicais

O termo cristofobia trata da aversão a Cristo e ao cristianismo ou da perseguição experimentada por cristãos. Não há uma definição universalmente aceita quanto a perseguição. Cortes, legisladores e estudiosos abordaram o conceito sob diferentes perspectivas. A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 1951, não define a perseguição.

No entanto, a Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que respalda o trabalho da Portas Abertas, define perseguição religiosa como qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos.

A perseguição religiosa ocorre de várias formas. Quando não há direitos de liberdade religiosa garantidos ou quando a conversão ao cristianismo é proibida por ameaças do governo ou grupos extremistas. Além disso, também pode se dar quando cristãos são forçados a deixar suas casas ou empregos por medo da violência que pode alcançá-los. Pode ocorrer ainda ao serem agredidos fisicamente, mortos por causa da fé, presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no mundo todo. Atualmente, mais de 260 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado de sua identificação com Jesus Cristo. Isso faz com que o número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir aumente, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter os filhos seguros.

Existe cristofobia no Brasil?


Muitos cristãos sírios deixaram o país devido à perseguição religiosa expressada em meio à guerra

De acordo com a rede de notícias BBC, no Brasil, a chamada cristofobia também tem sido usada para se referir a episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não exista no país um sistema estruturado de perseguição violenta contra esse setor religioso.

Segundo o Irmão André, fundador da Portas Abertas, "perseguição não se refere a casos individuais, mas a quando um sistema político ou religioso tira a liberdade dos cristãos ou seu acesso à Bíblia, restringe ou proíbe o evangelismo de jovens e crianças, atividades da igreja e de missões". Para ele, não é legítimo usar o termo perseguição para descrever uma tragédia individual que ocorre em uma sociedade que concede liberdade religiosa. É um termo que deve ser reservado para comunidades inteiras que enfrentam campanhas organizadas de repressão e discriminação, como em muitos países do Oriente Médio.

"Há casos isolados de preconceito, mas, no nosso contexto, não consideramos que exista no Brasil uma perseguição estruturada e sistemática contra cristãos, como em outros países. Nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã", explica Marco Cruz, secretário-geral da Missão Portas Abertas. Segundo essa declaração, não consideramos o Brasil como campo para o ministério específico da Portas Abertas, que é de apoio à Igreja Perseguida.

Quais países sofrem com a cristofobia?


A Portas Abertas investiga a situação da Igreja Perseguida desde os anos 1970, porém, há mais de 25 anos publica a Lista Mundial da Perseguição, uma das principais ferramentas para monitorar e medir a dimensão da perseguição aos cristãos no mundo. Para caracterizar o nível de perseguição, é realizado nos países um questionário que cobre cinco esferas da vida (vida privada, família, comunidade, nação e igreja) e violência, com resultados entre 0 e 100.

Os países que pontuam entre 81-100 são considerados com perseguição extrema, entre 61-80 com perseguição severa, entre 41-60 com perseguição alta, e entre 0-40 com perseguição variável. A Lista Mundial da Perseguição resume-se apenas aos primeiros 50 colocados. Os países com perseguição variável não entram na classificação, no entanto, aqueles com pontuação acima de 41, entram para a lista de países em observação.

Entre os 10 primeiros colocados, estão a Coreia do Norte, que ocupa o 1º lugar desde 2002; países islâmicos, como Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão e Eritreia; e a Índia. No Top 50, a Ásia sai na frente como o continente com mais países na Lista Mundial da Perseguição, um total de 30. A África fica em segundo lugar, com 19, e a América Latina em terceiro, apenas com a Colômbia.

O que é vilipêndio religioso?


No Vietnã, além dos familiares e comunidade, o governo também é uma fonte de perseguição por causa da fé em Jesus

Ainda dentro do contexto de cristofobia, existe o vilipêndio religioso. Vilipêndio é o ato de tornar algo ou alguém vil, rebaixado, indigno. O vilipêndio religioso é crime e consiste no fato de escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

No Brasil, a pena definida para esse ato é detenção, no período de um mês a um ano, ou multa. Caso haja emprego de violência, a pena é aumentada em um terço. O vilipêndio religioso se difere da intolerância religiosa, já que a última é resultado de um longo processo histórico, em que uma pessoa enfrenta perseguição, ofensa e agressão por expor a fé em qualquer região do mundo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Delegação de Israel viaja ao Sudão para discutir normalização das relações entre os países

O ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen, disse que ele acreditava que Israel estava "muito perto de normalizar os laços com o Sudão".


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REUTERS

Bandeira do Sudão (esquerda) e Israel (direita) tremulam lado a lado. (Foto: Al-Monitor)

Uma delegação israelense fez uma rara visita ao Sudão nesta quarta-feira (21) para discutir a normalização dos laços, disse a emissora pública israelense Kan, enquanto um ministro previa um possível avanço diplomático entre os dois países.

O ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen, disse ao Canal 13 News de Israel que ele acreditava que Israel estava "muito perto de normalizar os laços com o Sudão".

A rádio Kan não deu mais detalhes sobre as discussões realizadas em Cartum. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o Ministério das Relações Exteriores de Israel se recusaram a comentar quando questionados sobre as perspectivas de um avanço com o Sudão.

Em um florescimento da política externa antes das eleições presidenciais dos EUA, os principais assessores do presidente Donald Trump escoltaram esta semana delegados israelenses ao Bahrein e delegados dos Emirados Árabes Unidos a Israel, cimentando as novas relações de Israel mediadas pelos Estados Unidos com os Estados do Golfo.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo disse na última quarta-feira (14) que os Estados Unidos haviam iniciado o processo de remoção do Sudão de sua lista de patrocinadores estatais do terrorismo e também estavam trabalhando "diligentemente" para fazer Cartum reconhecer e normalizar suas relações com Israel.

Pompeo não chegou a dizer que a remoção do Sudão estaria ligada à concordância de normalizar as relações com Israel. Fontes sudanesas não indicaram até agora que as negociações de normalização estavam muito avançadas.

O Ministro de Cooperação Regional de Israel, Ofir Akunis, disse que os Estados Unidos anunciariam outro acordo estabelecendo laços entre Israel e um país árabe ou muçulmano antes das eleições nos EUA.

“Tenho uma base razoável para acreditar que o anúncio será feito antes de 3 de novembro. É o que entendi de minhas fontes”, disse Akunis à Rádio do Exército de Israel.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Igrejas da Índia pedem proteção para vítimas de ataques extremistas

A aliança de igrejas quer garantir que os cristãos atacados tenham proteção e liberdade religiosa

Fonte: Portas Abertas


Uma união de igrejas evangélicas convocou o governo do estado de Chhattisgarh, no Centro-Leste da Índia, para assegurar que os cristãos que enfrentam perseguição sejam amparados e tenham liberdade e respeito para crer em Jesus.

A carta da Sociedade Evangélica da Índia a um ministro do Estado cita um incidente que ocorreu entre 22 e 23 de setembro, em que uma multidão atacou as casas de 16 famílias cristãs nas aldeias de Kakdabeda, Singanpur e Tiliyabeda no distrito de Kondagaon de Chhattisgarh. No ocorrido, pelo menos 75 cristãos fugiram de suas casas e precisaram de atendimento médico, pois foram agredidos pelos aldeões.

A Sociedade pede que o ministro tome medidas imediatas para fornecer segurança e resguardar o direito constitucional dos cidadãos de praticar a fé. "Também pedimos a garantia de que os autores dos ataques sejam levados à justiça e sejam presos, para que a lei seja cumprida e nenhuma situação tão desagradável possa surgir no futuro", disse a organização que representa mais de 65.000 igrejas e instituições na Índia.

Além disso, líderes cristãos em Chhattisgarh solicitaram uma legislação que criminaliza o boicote social, em que os seguidores de Cristo são coagidos a abandonar a fé sob a ameaça de serem excluídos das atividades sociais e econômicas das comunidades. O único estado indiano que até agora introduziu uma legislação que criminaliza boicotes sociais é Maharashtra. A lei proíbe a exclusão social em nome de casta, comunidade, religião, rituais ou costumes, e as violações são puníveis com três anos de prisão e multa.

A Índia é 10° país na Lista Mundial da Perseguição 2020 e os cristãos no país tem lidado com a hinduinização que, segundo o primeiro-ministro, quer limpara a Índia de outras religiões até 2021.

Como vivem os cristãos na Índia

A revista Portas Abertas de Agosto relembra a história da cristã inidana Kirti*. Após ser curada milagrosamente durante um culto em uma vila distante, ela teve de voltar à sua vila, onde o hinduísmo é parte da comunidade e ir contra ele leva a possível expulsão ou até á morte. Ao voltar para casa, a notícia de sua conversão se espalhou: "Kirti rejeitou os deuses hindus e agora segue ao 'deus estrangeiro', Jesus", diziam sobre ela. A história de Kirti é trágica e recheada de tortura, agressões, morte e dor. Mas também é permeada pelo amor de Deus, que lhe concedeu uma fé inabalável.

Para saber mais, acesse o site e receba a revista Portas Abertas, que é editada mensalmente.

Você pode fazer mais por cristãos perseguidos na Índia

A Portas Abertas atua no país, fornecendo ajuda emergencial, bem como treinamento de líderes, apoio pós-trauma e apoiando cristãos para que permaneçam firmes em sua fé. Para saber mais sobre os projetos e como você pode ajudar esses irmãos, acesse a Campanha Global da Índia e tenha mais informações.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Inspirados na ‘profecia bíblica’, cristãos sul-coreanos ajudam judeus a voltar para Israel

Cristãos da Coreia do Sul fizeram uma doação de 1 milhão de dólares para ajudar judeus a retornar para Israel.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

Cristãos da Coreia do Sul ajudam judeus no processo de aliyah em Israel. (Foto: One New Man Family)


Os cristãos na Coreia do Sul estão trabalhando para ajudar a levar os judeus exilados de volta à Terra Santa.

A organização cristã coreana One New Man Family fez uma doação de US$ 1 milhão (equivalente a quase R$ 5,6 milhões no câmbio atual) para a ajudar centenas de judeus a fazerem a “aliyah”, ou seja, imigrar para Israel. O retorno de judeus é feito através da Agência Judaica para Israel.

Os cristãos conseguiram atingir a meta de doações apesar da pandemia global do coronavírus. “Tempos difíceis também trazem oportunidades para construir pontes”, disse o presidente da One New Man Family, o pastor Eun Soo Seol.

“Através das nossas ações, estamos expressando nosso amor pelo povo judeu e fazendo uma parceria com Deus no cumprimento da profecia bíblica, que promete o retorno dos judeus exilados à Terra Santa dos ​​quatro cantos da terra”, disse Seol.

A Agência Judaica para Israel agradeceu aos cristãos sul-coreanos por seu apoio.

“Encontrar formas de envolver os cristãos coreanos no apoio a Israel é uma honra para mim”, disse Dvora Ganani-Elad, da Agência Judaica para Israel.


Cristãos da Coreia do Sul ajudam judeus no processo de aliyah em Israel. (Foto: One New Man Family)

“Os cristãos coreanos são pessoas bonitas por dentro e por fora. Muitos dos 10 milhões de cristãos na Coreia do Sul veem seu apoio a Israel como mais do que apenas uma escolha moral, mas um mandato bíblico. Somos muito gratos por seu apoio generoso e amizade”, ela continuou.

A imigração judaica para Israel continua, apesar do avanço da Covid-19. A expectativa da Agência Judaica para Israel é que, nos próximos cinco anos, pelo menos 250 mil judeus façam a aliyah.

“Precisamos trabalhar junto com o governo de Israel para construir um plano especial que os ajudará a fazer aliyah”, disse Shay Felber, diretor de Aliyah e Absorção da Agência Judaica.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Uma Oração por Unidade

 “Tenham coragem. Eu venci o mundo.”

Fonte: YoyVersion


Logo após dizer essas palavras, Jesus orou para que a futura Igreja “estivesse unida,” assim como Ele e o Pai estavam unidos, dessa forma o mundo O conheceria.

O que é unidade?

Unidade significa estarmos unidos em um mesmo propósito e paixão, e envolve trocar a nossa vontade pela vontade de Cristo. Mesmo que a unidade seja difícil, Jesus parecia crer que ela era necessária para que o mundo conhecesse a Ele.

Quando cultivamos a unidade no corpo de Cristo, reconhecemos que Jesus está no controle e que Sua graça é suficiente para cobrir nossas diferenças.

Hoje, vamos buscar o coração de Deus, pedindo que unifique a Sua Igreja, para que o mundo creia Naquele que Deus enviou para nos unir.

VAMOS ORAR

Jesus,

Obrigado por ter vencido o mundo. Por conta disso, podemos experimentar a unidade contigo. E por estarmos unidos a Ti podemos experimentar a unidade uns com os outros.

Tu manténs todas as coisas. Ao centrarmos nossas vidas em Ti, ajuda-nos a ver todas as formas pelas quais estás atuando no mundo.

Nos aproxime do Teu coração para que comecemos a nos ver como o Senhor nos vê. Que isso nos encoraje a buscar não apenas nossos próprios interesses, mas também os dos outros.

Queremos que o Teu reino venha na terra como no céu. Unifica-nos em um mesmo propósito, para que nada impeça que aqueles que Te buscam creiam em Ti. Que possamos experimentar uma unidade perfeita, mostrando ao mundo que Tu nos enviaste, e que o amas incondicionalmente.

Venha, Senhor Jesus, e faça em nossas vidas o que somente Tu podes fazer.

Em nome de Jesus, Amém.

Recebido por e-mail 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Netanyahu agradece apoio de cristãos em evento: “Vocês são amigos extraordinários”

O primeiro-ministro de Israel fez um agradecimento especial aos cristãos durante a 4ª Cúpula Anual da Mídia Cristã, em Jerusalém.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO BREAKING ISRAEL NEWS

Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Cúpula da Mídia Cristã de 2019. (Foto: Amos Ben Gershom/GPO)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um agradecimento especial aos cristãos durante a 4ª Cúpula Anual da Mídia Cristã do governo israelense, transmitida online na noite de domingo (18) a partir do museu Friends of Zion, no centro de Jerusalém.

“Israel não tem melhores amigos do que os nossos amigos cristãos ao redor do mundo”, disse Netanyahu. “Sua amizade e apoio são muito apreciados, grandemente apreciados”.

O premiê também mencionou o acordo de paz estabelecido recentemente entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Ele acredita que foi um “marco histórico” que marca pela primeira vez o reconhecimento “da legitimidade de Israel” por países árabes.

Em mensagem aos cristãos, Netanyahu fez um agradecimento especial: “Se alguém esteve lá, durante todo o tempo, foram vocês. Vocês entenderam o imperativo histórico, esta grande odisséia do retorno do povo judeu voltando à sua terra, construindo seu Estado, reconstruindo sua capacidade de criar e defender seu presente e seu futuro”.

“Vocês têm sido amigos extraordinários. Vocês foram campeões extraordinários da terra de Israel e do povo judeu e campeões extraordinários da verdade”, acrescentou o premiê. “Continuem levantando a tocha da verdade porque, mais cedo ou mais tarde, todos verão”.

O presidente de Israel, Reuven Rivlim, também participou da cúpula e comentou sobre a normalização com os países árabes. “O histórico ‘Acordo de Abraão’ pode fornecer um modelo de coexistência pacífica entre todas as pessoas e religiões em nossa região e ao redor do mundo. Israel continuará fazendo tudo o que for necessário para buscar a paz com todos os nossos vizinhos”.

O evento também contou com a participação do embaixador dos Estados Unidos em Israel, David Friedman.

Durante a cúpula, o fundador do Friends of Zion Heritage Center, Dr. Mike Evans, anunciou a entrega do Prêmio Amigos de Sião a onze líderes mundiais, incluindo dois reis, um primeiro-ministro, um sultão, um príncipe herdeiro e seis presidentes.

Entre os premiados, estão: o rei Hamad bin Isa Al Khalifa, do Bahrein; o rei Mohammed VI, de Marrocos; o primeiro-ministro Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, dos Emirados Árabes Unidos; o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, da Arábia Saudita; o sultão Haitham bin Tariq, de Omã; o presidente Aleksandar Vučić, da Sérvia; o presidente Klaus Iohannis, da Romênia; o presidente Mario Abdo Benítez, do Paraguai; o presidente de Miloš Zeman, da República Tcheca; o presidente Yoweri Museveni, de Uganda e o presidente Lazarus Chakwera, do Malawi.

Negociações de paz

De acordo com o Dr. Evans, “todos esses presidentes moverão suas embaixadas para Jerusalém e todos os líderes muçulmanos farão a paz com Israel a tempo”.

O Dr. Evans, que fez parte de uma delegação que se reuniu com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman na Arábia Saudita, disse que as iniciativas de paz estão tomando forma na região do Golfo.

“O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman disse ao nosso grupo que os palestinos podem resolver seu problema copiando Israel. Ele também disse que o ensino às crianças de ódio aos judeus deve parar e que o mundo deve ter tolerância zero com o terrorismo sendo usado para atingir objetivos políticos”, disse Evans.

O Prêmio Amigos de Sião foi encomendado pelo 9º presidente de Israel, o falecido Shimon Peres, que também atuou como presidente internacional do Friends of Zion Heritage Center Heritage Center. Este prêmio foi concedido a líderes mundiais que apoiaram o Estado de Israel e o povo judeu.

Entre os premiados anteriores estão o atual presidente dos EUA, Donald Trump, o ex-presidente americano George W. Bush, o príncipe Albert II de Mônaco, a presidente Salome Zourabishvili da Geórgia, o secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo e muitos outros.