quarta-feira, 17 de abril de 2019

Monte do Templo em Jerusalém foi incendiado ao mesmo tempo que Notre-Dame

A parte externa dos Estábulos de Salomão pegou fogo no mesmo dia do incêndio na Catedral Notre-Dame.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO RT

Uma das estruturas do Monte do Templo, em Jerusalém, foi tomada por chamas. (Foto: Reprodução/Twitter)

Uma das estruturas do Monte do Templo, em Jerusalém, pegou fogo na noite de segunda-feira (15), ao mesmo tempo em que um incêndio devastou a Catedral Notre-Dame em Paris. O fogo foi contido rapidamente e não houve feridos.

O incêndio irrompeu no quarto dos guardas dos Estábulos de Salomão, que agora é usado como uma sala de oração muçulmana chamada Marwani Prayer Hall, administrada pelo Waqf islâmico.

Segundo a agência de notícias Wafa, “a brigada de incêndio do Waqf lidou com a questão com sucesso”.

Imagens postadas nas redes sociais mostram fumaça saindo do topo do Monte do Templo, um lugar sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, sendo também um dos locais mais disputados do mundo.
Embora a causa do incidente ainda não tenha sido determinada, Sheikh Azzam al-Khatib, chefe do Waqf islâmico de Jerusalém, insinuou que o incêndio poderia ter sido iniciado por crianças que foram vistas brincando na área.

Nenhuma vítima ou dano interno foram provocadas pelo incêndio, que foi ofuscado pela mídia diante das chamas que destruíram parte da estrutura de Notre-Dame, inaugurada na França em 1345.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

O Brasil passou a votar na ONU de acordo com a Bíblia, diz Jair Bolsonaro

Em um almoço com pastores, o presidente afirmou os votos do Brasil na ONU passaram a se basear na passagem de João 8:32.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES D'O GLOBO / AGÊNCIA BRASIL


Jair Bolsonaro tem se empenhado para estreitar os laços com Israel. (Foto: Ultimo Segundo / Alan Santos)


Na última quinta-feira (11), Jair Bolsonaro afirmou durante o encontro com cerca de 100 pastores no Rio de Janeiro que o Brasil agora tem a Bíblia como critério para expor seus posicionamentos e votos na ONU.

“Nós não fugimos a tradição nenhuma. Nós passamos a votar lá na ONU, nas questões dos Direitos Humanos, de acordo com João 8:32. E, de acordo com a verdade, então, por coincidência, passamos a votar junto com Estados Unidos e Israel, além de outros países” disse.

O presidente do Brasil também voltou a defender o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, destacando que esta é uma decisão que cabe "ao povo e aos parlamentares" do país.

“Quem decide onde é a capital ou não de Israel é seu povo, o seu governo, são seus parlamentares. Assumimos aquele compromisso e, obviamente, queremos cumprir esse compromisso”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro afirmou que a fé que tem sustentado e levado Israel a prosperar e destacou que o Brasil ainda tem bastante a aprender neste sentido.

“Nosso compromisso é buscar uma maneira de transformar nosso país no que é Israel.Olha o que eles não têm e o que são. Eles não têm riquezas minerais, reserva, biodiversidade, terras férteis, água ou recursos naturais. Olha o que nós temos, temos tudo. E olha o que nós não somos. O que nos falta? Falta fé. Nos falta gente que sirva de exemplo para os demais”, frisou.

“Bênçãos sobrenaturais”

No encontro também esteve presente o pastor americano John Hagee. O líder destacou que a postura do atual governo brasileiro com relação a Israel trará bênçãos sobrenaturais sobre a nação.

“Israel não é uma nação para turismo ou política, mas Israel é de fato bíblico”, frisou. “Deus irá abençoar as nações que abençoarem Israel. A ‘menina dos olhos de Deus’ precisa da nossa ajuda, e a porta da benção de Deus está aberta para as nações e igrejas [que a abençoarem]”, disse.

Clima amistoso

Bolsonaro tem se empenhado para estreitar cada vez mais os laços entre Brasil e Israel. O presidente cumprimentou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por sua reeleição no parlamento israelense.

“Bibi é um grande líder e seguiremos trabalhando juntos pela prosperidade e pela paz dos nossos povos, com base em nossos valores e convicções profundas”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Alcançando a fé salvadora


Lothar Gassmann

“Pois ele é a nossa paz...” (Efésios 2.14)

Há dois mil anos Deus enviou o seu Filho ao mundo. Ele nasceu em condições de miséria, numa estrebaria. Ele era uma verdadeira pessoa, mas diferente de todas as outras pessoas. Ele é homem e Deus, simultaneamente. Ele pregava sobre o reino de Deus, realizava milagres e curava enfermos. Acima de tudo, no entanto, ele era diferente das outras pessoas porque não tinha nenhum pecado sequer. Deus o escolheu como o inocente cordeiro para o sacrifício, que deveria carregar sobre si os pecados de todo o mundo.

Mesmo sem ter nenhuma culpa, ele foi condenado como se fosse um criminoso e foi pregado na cruz. O inocente morreu pelos culpados, para redimir os culpados. Na verdade, a cruz em que foi pendurado seria o nosso lugar. Ele era inocente, nós somos culpados. Ele era puro, nós somos impuros. Ele veio do reino da luz do Pai celestial, nós estamos envoltos nas trevas de nossos corações. A ira de Deus paira sobre nós, de maneira justa. Contudo, ele, Jesus Cristo, desviou de nós a ira de Deus ao morrer em nosso lugar na cruz. Ele nos reconciliou com Deus, o Pai. Ele convida a cada um de nós – a você e a mim – a aceitar essa reconciliação, essa paz com Deus.

Como isso acontece? Acontece por meio da fé, por meio da plena confiança em Jesus Cristo e no seu sacrifício na cruz. Por meio da fé temos acesso ao Pai e temos paz com Deus. Por meio da fé reconhecemos que nós deveríamos ter sido pregados na cruz por causa de nossa culpa. Por meio da fé reconhecemos que estamos livres da ira de Deus, pelo mérito do sacrifício de Jesus na cruz. Por meio da fé a sua morte torna-se nossa morte. Por meio da fé a sua ressurreição torna-se a nossa ressurreição. A fé no Filho de Deus e na sua obra redentora nos abre a porta para o céu.

Sim, é verdade: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.8). Deus não é somente o Juiz que – com toda a justiça – pode condenar a você e a mim. Não, ele é primordialmente o Salvador que nos convida: “Voltem para mim, e eu me voltarei para vocês” (Zacarias 1.3) e nos promete: “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão” (Isaías 1.18b). Felizes são as pessoas cujas consciências são tocadas por Deus de tal maneira que elas chorem por seus pecados. Tanto mais elas brilharão de felicidade quando pela fé recebem o perdão que Jesus Cristo conquistou na cruz – para nós. Oremos:

Lothar Gassmann nasceu em 1958 na cidade alemã de Pforzheim. É pregador, professor, evangelista e publicista. Escreveu numerosos livros, artigos e canções na área teológica. Desde 2009, é colaborador do Serviço das Igrejas Cristãs (CGD, na sigla original) e editor da revista trimestral Der schmale Weg [O Caminho Estreito]. Completou seu doutorado em teologia em 1992, na Universidade de Tubinga, na Alemanha.
Fonte: chamada

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Bolsonaro cita a Bíblia e fala sobre admiração por Israel: “Precisamos ter a mesma fé”

O presidente Jair Bolsonaro foi recebido com uma cerimônia de honra no aeroporto pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL E UOL

O presidente da República, Jair Bolsonaro, discursa durante cerimônia oficial de chegada à Israel. (Foto: Alan Santos/PR)

O presidente Jair Bolsonaro foi recebido em Israel neste domingo (31) pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em uma cerimônia de honra no aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv.

A recepção de Netanyahu é um gesto de especial atenção que o premiê não tem com todos os líderes que chegam ao país.

Bolsonaro iniciou seu discurso lembrando de sua última visita a Israel, há dois anos, quando foi batizado no Rio Jordão. “Por coincidência, meu nome também é Messias. Senti-me emocionado naquele momento. Aceitei um chamamento de um pastor da nossa comitiva e desci as águas do Rio Jordão, uma emoção, um compromisso, uma fé verdadeira que me acompanhará pelo resto da minha vida”.

Citando a passagem bíblica de João 8:32, que diz ‘conhecereis a verdade e ela vos libertará’, Bolsonaro destacou sua admiração por Israel.

“Nós sabemos que Israel não é tão rico quanto o Brasil em recursos naturais entre outras coisas. Eu dizia: olha o que eles não tem e veja o que eles são. E daí eu dizia para os meus irmãos brasileiros: olha o que nós temos e o que nós não somos. Como poderemos ser iguais a eles? Precisamos ter a mesma fé que eles têm”, afirmou.

Bolsonaro ressaltou que seu governo está firmemente decidido em fortalecer a parceria entre Brasil e Israel. “A amizade entre nossos povos é histórica. Tivemos um pequeno momento de afastamento, mas Deus sabe o que faz. Voltamos”, celebrou.

“Eu e meu amigo Netanyahu queremos aproximar nossos povos, nossos militares, nossos estudantes, nossos cientistas, nossos empresários e nossos turistas. (...) Os israelenses e os brasileiros compartilham valores, tradições culturais, apreço à liberdade e à democracia. Juntas, nossas nações podem alcançar grandes feitos. Temos que explorar esse potencial, e é isso que pretendemos fazer nesta visita”, declarou.

O presidente brasileiro agradeceu a ajuda do Exército israelense na tragédia em Brumadinho (MG) e citou a intervenção do diplomata Oswaldo Aranha na criação do Estado de Israel. Ele finalizou seu discurso dizendo, em hebraico: “Eu amo Israel”.



O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebe o presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de chegada à Israel. (Foto: Alan Santos/PR)

Bolsonaro está acompanhado por uma comitiva formada pelos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Bento Costa Lima (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia, Informação e Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do tenente-brigadeiro do ar Raul Botelho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, e do secretário da Pesca, Jorge Seif. O grupo ainda inclui os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR), Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Soraya Thronicke (PSL-MS) e a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Na agenda, está prevista neste domingo uma reunião ampliada com o primeiro-ministro Netanyahu e assinatura de acordos e parcerias em áreas como defesa, serviços aéreos, saúde e ciência e tecnologia.

Nos próximos dias, Bolsonaro terá reuniões com empresários, representantes políticos e membros da comunidade brasileira em Israel e visitará o Museu do Holocausto e alguns dos lugares santos de Jerusalém, como o Santo Sepulcro e o Muro das Lamentações.

Embora não haja confirmação oficial, a expectativa é que Bolsonaro anuncie a abertura de um escritório de negócios em Jerusalém, que poderia ser um passo prévio à possível transferência da embaixada brasileira à cidade. A previsão é que Bolsonaro retorne ao Brasil na quarta-feira (3).

Confira a cerimônia completa:

segunda-feira, 25 de março de 2019

Brasil vota a favor de Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Faltando uma semana para a visita de Bolsonaro a Israel, o Itamaraty optou por votar a favor do governo Netanyahu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO UOL

No Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o governo brasileiro abandonou tradicional apoio aos palestinos. (Foto: Jamil Chade)

Sob nova orientação em sua diplomacia, o Brasil votou contra uma resolução favorável ao regime da Síria e que condena Israel por violações aos direitos humanos em sua “ocupação” das Colinas de Golã. O território foi anexado por Israel após ser atacado simultaneamente por três países durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Uma das resoluções rejeitadas pelo Brasil pedia justiça diante de supostas violações e crimes por parte de Israel em conflitos registrados em 2018 em Gaza.

Um relatório de 250 páginas dizia que “as forças de segurança de Israel cometeram violações de direitos humanos e de direito humanitário e que estas violações podem constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.

O Brasil votou a favor da criação da investigação internacional, ainda em maio de 2018 e sob o governo de Michel Temer. Mas, na gestão de Bolsonaro, decidiu votar contra. Apenas oito países votaram contra a resolução. O Brasil foi o único latino-americano a tomar tal atitude. Ao lado de Bolsonaro estavam tradicionais aliados dos EUA, como Ucrânia e Austrália, além do governo de extrema-direita de Viktor Orban, da Hungria.

O ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo elogiou a votação do Brasil pró-Israel em sua conta no Twitter. “Apoiar o tratamento discriminatório contra Israel na ONU era uma tradição da política externa brasileira dos últimos tempos. Estamos rompendo com essa tradição espúria e injusta, assim como estamos rompendo com a tradição do antiamericanismo, do terceiromundismo e tantas outras”, escreveu o chanceler.

O deputado Eduardo Bolsonaro, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal demonstrou sua aprovação à nova diplomacia. “Parabéns ao Brasil, que após muito tempo votou a favor de Israel, que ontem enfrentou na Comissão de Direitos Humanos da ONU uma tentativa de punição por ter reagido a ataques terroristas. Brasil votou junto com Israel, Austrália, EUA, Áustria, Hungria, dentre outros”, escreveu no Twiiter.

Segundo o UOL, desde 2006, 29 resoluções contra Israel foram colocadas à votação no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Os diferentes presidentes do Brasil – Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer – votaram a favor de todas elas.

No final do mês, Jair Bolsonaro cumpre sua terceira agenda oficial como presidente do Brasil com a visita a Israel.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Cristão que fez xerox da Bíblia foi sentenciado a 5 anos de prisão na China

Li Lang foi ameaçado pela polícia, que se ele continuasse acreditando em Deus, seria sentenciado a mais dez anos de prisão.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO BITTER WINTER

A pessoa que tem Bíblia é alvo de perseguição na China. (Foto: Divulgação/Bitter Winter)

A Bíblia é reconhecida como o livro de impacto mais significativo no mundo. Na China, esse impacto significa um confronto com as autoridades e motivo de sérias penalidades para aquele que a possui sem que haja autorização do regime comunista chinês.

Ter até mesmo uma xerox da Bíblia é uma ofensa capital na China, onde crentes são frequentemente perseguidos, assediados, vigiados, presos e, às vezes, torturados.

Li Liang (pseudônimo), um líder da Igreja Local na província de Anhui, passou por essa experiência depois que foi sentenciado a cinco anos de prisão por fotocopiar a Bíblia. Embora já tenha cumprido a pena, não reconquistou tecnicamente sua liberdade, pois está constantemente sujeito a vigilância e intimidação da polícia.

Na época de sua libertação, Li Lang foi ameaçado pela polícia, dizendo que se ele continuasse acreditando em Deus, seria sentenciado a pelo menos dez anos de prisão, e os membros de sua família também estariam implicados, já que as autoridades chinesas acreditam em punição coletiva, onde os “pecados” de um membro da família são visitados pelos outros.

De acordo com uma fonte, quando Li Liang foi preso, a polícia revistou sua casa e encontrou duas impressoras, uma grande quantidade de papel para impressão, bem como capítulos bíblicos dos quais ele havia feito cópias e estava se preparando para distribuir aos fiéis. Por causa dessa “evidência”, a polícia considerou Li Liang “o chefe de uma organização contra-revolucionária” e o levou sob custódia, onde foi torturado por informações sobre a fonte dos materiais e outras notícias da igreja, por quatro meses, antes de ser sentenciado.

Um crente anônimo na igreja de Li Liang disse que o motivo pelo qual o Partido Comunista Chinês (PCC) acusou os cristãos de crime de "contra-revolução" é estabelecer a autoridade absoluta do Partido Comunista.

E como a perseguição religiosa das autoridades continua a se intensificar, as pessoas na China podem ser perseguidas apenas por possuir um único livro religioso, enquanto o armazenamento de livros religiosos é ainda mais perigoso.

Li Wenqiang, um pseudônimo, é um cristão da Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de Shenzhen, no sul da província de Guangdong. Dois anos atrás, a biblioteca em sua igreja foi invadida por funcionários do Departamento Municipal de Imprensa, Publicação, Rádio, Cinema e Televisão de Shenzhen e pelo Bureau de Assuntos Étnicos e Religiosos da cidade e outros departamentos. Mais de 200.000 Bíblias e livros religiosos foram apreendidos. Li e outro cristão responsável pela administração dos livros foram condenados a três anos de prisão (com cinco anos de liberdade condicional) por “operações comerciais ilegais”.

Segundo fontes, os dois ainda estão sendo monitorados pelas autoridades e foram impedidos de deixar Shenzhen por cinco anos. Se violarem esta provisão, seu prazo de prisão será calculado novamente.

“Aqueles que acreditam em Deus enfrentarão crescente perseguição e sofrimento no futuro”, disse um crente. “Todos devem estar preparados: sem fé, será difícil continuar”, completou.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Tribunal israelense ordena fechamento de mesquita no Monte do Templo

O conselho nomeado pela Jordânia recebeu um prazo de 60 dias para fechar a estrutura na Porta Dourada, em Jerusalém.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO ISRAEL HAYOM

Tribunal israelense ordenou o fechamento temporário da Porta Dourada no Monte do Templo. (Foto: AFP/Ahmad Gharabli)


Um tribunal israelense estabeleceu um prazo de 60 dias para o conselho nomeado pela Jordânia, que supervisiona os locais sagrados muçulmanos em Jerusalém, fechar a estrutura que seria transformada em uma mesquita no Monte do Templo.

Em fevereiro, muçulmanos deram início ao plano de construir uma mesquita na estrutura da Porta Dourada, um dos oito portões das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém. No último domingo (17), o Tribunal de Magistrados de Jerusalém ordenou o fechamento do local.

Israel fechou a estrutura em 2003, após ter sido usada por um grupo ligado a militantes do Hamas. O Waqf reabriu a área recentemente para reuniões muçulmanas, levando a confrontos entre palestinos e policiais israelenses.

O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia pediu a Israel que rescinda sua “perigosa” ordenança de encerramento, alegando que a área “não está sujeita à jurisdição israelense” e está sob a “autoridade exclusiva do Waqf”.

Significado profético

A Porta Dourada permitia passagem direta ao local exato onde estava o Templo de Salomão. Ela foi fechada em 1541 por ordem do sultão otomano Solimão, o Magnífico, porque, segundo as profecias do Antigo Testamento, seria esse portão que o Messias iria utilizar para entrar em Jerusalém.

Os muçulmanos criaram um cemitério fora do portão para evitar a passagem do Messias, já que os sacerdotes judaicos se tornam impuros ao se aproximem dos mortos.

O que judeus e muçulmanos não sabem, no entanto, é que o Messias já passou pela Porta Dourada. Muito antes de ser selada pelos otomanos, Jesus Cristo entrou pelo portão em Jerusalém por volta de 30 a.C, no episódio conhecido como “Entrada Triunfal”.

Segundo os Evangelhos, Jesus vinha do Monte das Oliveiras em direção a Jerusalém, montado em um jumentinho, quando o povo lançou roupas no chão, assim como pequenos ramos de árvores, para recebê-lo.

terça-feira, 19 de março de 2019

Físico ateu reconhece que a ciência “não explicou a origem do universo”

O físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser recebeu o Prêmio Templeton 2019, por mostrar que a ciência e a religião não são inimigas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AFP

Físico brasileiro Marcelo Gleiser, vencedor do prêmio Templeton 2019. (Foto: Dartmouth College/Eli Burakiae/Divulgação)

O Prêmio Templeton 2019 foi concedido nesta terça-feira (19) ao físico e astrônomo brasileiro Marcelo Gleiser que, mesmo sem acreditar em Deus, se dedica a mostrar que a ciência e a religião não são inimigas.

Professor de física e astronomia no Dartmouth College, em New Hampshire, Gleiser, de 60 anos, nasceu no Rio de Janeiro e vive nos Estados Unidos desde 1986. Mesmo sem acreditar em Deus, Gleiser reconhece que o conhecimento humano é limitado.

“O ateísmo é inconsistente com o método científico”, disse Gleiser à AFP. “O ateísmo é uma crença na não-crença. Então você nega categoricamente algo contra o qual não tem provas. Mantenho a mente aberta porque entendo que o conhecimento humano é limitado”.

O prêmio é financiado pela Fundação John Templeton, uma organização filantrópica batizada em homenagem ao presbiteriano americano que começou a “buscar provas de atuação divina em todos os ramos da ciência”, segundo o jornal The Economist.

Ele é o primeiro latino-americano a ganhar o prêmio, criado em 1973, e vai receber 1,1 milhão de libras esterlinas, o equivalente a R$ 5,5 milhões — superando o Nobel. A cerimônia de premiação será em 29 de maio, em Nova York.

O físico se concentra em tornar assuntos complexos acessíveis. Autor de cinco livros de língua inglesa e centenas de artigos nos EUA e no Brasil, Gleiser também explora como a ciência e a religião tentam responder a perguntas sobre as origens da vida e do universo.

“A primeira coisa que você vê na Bíblia é uma história de criação”, ele observou. “Seja qual for a sua religião, todo mundo quer saber como o mundo teve início”.

Embora a ciência tenha sua metodologia para explicar a origem do mundo, o físico acredita que as explicações são limitadas. “A ciência pode dar respostas a certas questões, até certo ponto”, apontou Gleiser. “Devemos ter a humildade de aceitar que há mistério ao nosso redor”.

Arrogância científica

Gleiser acha que, muitas vezes, as pessoas que acreditam que o mundo foi criado por Deus encaram a ciência como “inimiga”, “porque elas têm uma visão muito antiquada sobre ciência e religião em que todos os cientistas tentam matar Deus”, observou. “A ciência não mata Deus”.

Para o físico, que cresceu em uma comunidade judaica no Rio, a religião não deve ser afastada da ciência.

“Quando você ouve cientistas muito famosos fazendo pronunciamentos como ‘a cosmologia explica a origem do universo’ e ‘não precisamos mais de Deus’, é um absurdo completo”, acrescentou. “Porque nós não explicamos a origem do universo”.

segunda-feira, 18 de março de 2019

Momo aparece em vídeo infantil, instruindo crianças ao suicídio

O relato de um casal que viu sua filha amedrontada pela personagem reforça o alerta sobre este perigo virtual.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REVISTA CRESCER

Personagem virtual Momo desafia crianças a cometerem suicídio. (Imagem: Rolling Stone)

Quando pais de crianças acreditavam ter conseguido se prevenir contra o desafio da Momo, a personagem — no mínimo macabra, que estabelece um desafio do suicídio — reapareceu interrompendo um inocente vídeo infantil, no qual uma garotinha brincava com seu slime.

A informação foi confirmada pela mãe de uma garota, que relatou à revista Crescer, que sua filha estava assistindo ao vídeo sobre a brincadeira inocente no Youtube Kids, quando de repente, as imagens cortaram logo para a Momo, ensinando um "passo a passo" para crianças cortarem os pulsos.

O vídeo, que burla até mesmo os algoritmos de segurança do próprio YouTube Kids, acabou chegando ao conhecimento da professora e produtora de conteúdo Juliana Tedeschi Hodar, 41, de Campinas (SP), por meio de um grupo de WhatsApp da família do marido, o administrador de empresas Juan Hodar, 45. Preocupado, ele propôs que ambos conversassem com sua filha, Bianca, 8, sobre o conteúdo desses vídeos.

A conversa com a filha acabou confirmando a informação assustadora. Bianca revelou que já havia assistido o vídeo cerca de três vezes e estava aterrorizada.

"Assim que começamos a conversa, ela teve uma crise de choro e não conseguia nem falar. Fomos acalmando-a e então ela contou que já tinha acontecido de ver a Momo. Disse também que estava com muito medo de dormir sozinha, de sonhar com a personagem ou de vê-la saindo de dentro do armário. Foram minutos bem complicados para nós", contou a mãe.

Logo mais à noite, vendo o medo de sua filha, Juliana explicou que a Momo nunca iria aparecer de fato na vida da garota.

“Pedimos que, se acontecesse novamente, era para ela pausar o vídeo e nos chamar. Como essas imagens aparecem de maneira aleatória, essa seria a forma de denunciarmos o vídeo”, acrescentou.

A mãe contou que Bianca sempre foi muito doce, apegada aos pais e carinhosa, por isso, o casal não notou que a partir de um momento, a criança tinha uma necessidade real de não sair de perto deles. Posterioremente, Juliana e seu marido ligaram esse fato ao medo que a garota sentia da Momo.

Seguro para crianças?


A conversa com a filha deu um "susto" no casal, também porque eles não esperavam que algo daquele tipo acontecesse, pois haviam habilitado filtros nos vídeos no aplicativo do YouTube Kids, deixando-os no modo restrito.

“Achamos que assim eles estariam mais seguros. Mas agora vamos redobrar ainda mais os cuidados e supervisionar ainda mais de perto o que assistem”, afirmou a professora.

A Momo não tem preocupado pais de crianças somente no Brasil, mas também em outros países, como os Estados Unidos. Até mesmo a socialite Kim Kardashian resolveu fazer um alerta sobre as imagens e o "desafio" que a personagem traz, instruindo ao suicídio. Kim também cobrou um posicionamento do YouTube Kids.

"Cuidado! Isso acabou de ser enviado para mim sobre o que tem sido inserido no YouTube Kids", escreveu Kim.

Segundo uma nota oficial divulgada pelo YouTube sobre o caso, a administração não recebeu links recentes com a aparição da personagem, relacionados à plataforma

"Muitos de vocês compartilharam suas preocupações conosco nos últimos dias sobre o Desafio Momo - prestamos muita atenção nisso. Depois de muita análise, não vimos nenhuma evidência recente de vídeos promovendo o Desafio Momo no YouTube. Vídeos incentivando desafios prejudiciais e perigosos são claramente contra nossas políticas, incluindo o desafio Momo. Apesar dos relatos da imprensa sobre esse desafio, não tivemos links recentes sinalizados ou compartilhados conosco do YouTube que violem nossas Diretrizes da comunidade", explicou.

"É importante notar que permitimos que os criadores discutam, denunciem ou instruam as pessoas sobre o desafio / personagem Momo no YouTube. Vimos capturas de tela de vídeos e / ou miniaturas com eles [...] Essa imagem não é permitida na aplicação YouTube Kids e disponibilizamos garantias para a excluir do conteúdo no YouTube Kids", acrescentou.

Regina Assis, que é doutora em Educação pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e membro do conselho de especialistas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), destacou que o Youtube Kids é um caminho, mas ainda falta uma legislação específica para definir o que é ou não aceitável veicular para crianças na internet.

Enquanto a tecnologia avança com mais velocidade que as leis, é importante que pais moderem o tempo que seus filhos passam em frente às telas de computadores e outros dispositivos com acesso à internet.

“Por causa da superestimulação causada pelas telas, estamos encontrando nos consultórios e salas de aula crianças agitadas, intensas e com uma dificuldade imensa de atenção o que prejudica não só o processo de aprendizado, mas o desenvolvimento saudável de relacionamentos”, alertou.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Viagem oficial: Bolsonaro e Trump devem selar aliança conservadora

A viagem aos Estados Unidos inaugura uma intensa agenda internacional do presidente, que este mês ainda deve visitar Israel e Chile.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AFP E EBC

Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Alan Santos/EBC)

O presidente Jair Bolsonaro embarca para Washington no domingo (17) onde se reunirá na próxima semana com o presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca. A reunião deve selar o início de uma aliança conservadora, que tem como objetivos aumentar a pressão sobre Nicolás Maduro na Venezuela e fortalecer os laços econômicos entre o Brasil e os Estados Unidos.

Confirmada, pelo Ministério das Relações Exteriores, a viagem será a primeira visita ao exterior de caráter bilateral. O encontro com Trump está marcado para o dia 19.

“É a primeira viagem de caráter bilateral realizada pelo presidente Jair Bolsonaro ao exterior, demonstrando a prioridade que o governo atribuiu à construção de uma sólida parceria com os Estados Unidos da América”, declarou o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros.

O porta-voz explicou também que Bolsonaro e Trump, cujo país é o segundo parceiro comercial do Brasil depois da China, vão assinar três acordos de cooperação espacial, sobre os quais não quis dar detalhes.

Acompanhado de seis ministros e de seu filho e deputado federal por São Paulo Eduardo Bolsonaro - muito ativo nas articulações com representantes da onda neoconservadora mundial -, o presidente brasileiro estará em Washington de domingo a quarta-feira e se hospedará na Blair House, residência oficial para hóspedes, situada em frente à Casa Branca. O retorno ao Brasil está marcado para o próximo dia 20.

Além de manter uma "reunião privada" com Trump prevista para a terça-feira no Salão Oval, o presidente aproveitará sua estada na capital americana para se reunir com o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e participará de vários fóruns sobre as oportunidades oferecidas pela economia brasileira.

Comitiva brasileira

Na noite de domingo (17), Bolsonaro participará de um jantar na residência do embaixador do Brasil em Washington com “vários formadores de opinião”, ao qual comparecerão o escritor brasileiro residente nos Estados Unidos, Olavo de Carvalho e Steve Bannon, ex-assessor do presidente americano.

Os analistas esperam que os dois presidentes também discutam medidas para aumentar o comércio bilateral - sem reduzir limites que o Mercosul impõe no caso do Brasil - e a entrada do país na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Depois de sua viagem aos Estados Unidos, Bolsonaro visitará o Chile e no fim do mês irá para Israel, em uma demonstração clara de sua tentativa de aproximação a governos que considera comprometidos com suas opções ideológicas conservadoras e economicamente liberais.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Cristão lê a Bíblia durante ataque incendiário e fogo apaga antes de atingi-lo

O quartel onde o detetive trabalhava foi alvo de um ataque rebelde em 1994. Sua sala ficou intacta em meio às chamas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GOD REPORTS

Imagem ilustrativa. Cristão vivenciou milagre ao ler a Bíblia durante ataque. (Foto: Wycliffe Bible Translators)


Quando um grupo rebelde ateou fogo em as casas e prédios do governo de Kabala, em Serra Leoa, o detetive policial Pa Gbani decidiu não correr. Em sua sala, ele leu sua Bíblia, orou e esperou pelo inevitável.

Por causa de seu trabalho na polícia africana, Pa estava entre os alvos de cerca de 30 rebeldes treinados pelo ditador líbio, Muammar al-Gaddafi, que encharcaram prédios com gasolina e dispararam granadas lançadas por foguete durante o ataque de 1994.

Pa conhecia os riscos, mas sabia que o perigo era ainda maior se ele corresse para a rua e confiou em Deus. Então ele acendeu uma vela e pegou sua Bíblia para ler.

“Ele se trancou em sua sala e começou a orar. Ele sabia que se ele morresse, ele estaria indo para o céu. Ele acreditava no poder da oração, para que Deus pudesse salvá-lo”, disse o pastor Ralph Bowen, que na época atuava como missionário em Serra Leoa.

Os rebeldes incendiaram as salas da frente no quartel para que o fogo consumisse o prédio inteiro, mas a sala de Pa na parte de trás ficou intacta. Milagrosamente, o fogo apagou antes de chegar no local.

“Foi realmente um milagre”, comentou Ralph. “Mesmo que a parede consiga separar o fogo, a transferência de calor teria colocado fogo no resto do lugar”.

O mesmo aconteceu com todos em sua igreja. “Ninguém que estava em nossa igreja foi morto ou ferido ou perdeu suas propriedades”, contou o pastor. “Deus nos protegeu. Foi um dia de milagres”.

Um membro se escondeu em uma bananeira. Outros dois deitaram silenciosamente em cima de uma parede espessa, escondida no anoitecer. O pastor Ralph tinha um veículo, no qual fugiu com sua esposa e alguns fiéis.

O livramento dos membros da igreja missionária americana foi inusitado porque eles não tinham uma atuação discreta. Ralph e seus discípulos pregavam ao ar livre, em espaços públicos e denunciavam audaciosamente as mentiras espalhadas pelo Tamoboro, rituais disfarçados de cultura pelos feiticeiros de Serra Leoa.

Os praticantes do Tamoboro se gabavam de seus poderes sobrenaturais contra os rebeldes. “Kabala era muito orgulhosa de suas proezas de feitiçaria. Era como se eles fossem a capital da bruxaria no país”, contou.

Enquanto isso, Ralph era ameaçado por oficiais do país e bruxos por causa de sua mensagem confrontadora. “Foi a primeira vez na história deles que alguém falou contra a feitiçaria em sua cultura. Foi preciso um estrangeiro”, afirmou Ralph.

Quando foi confrontado pelos africanos, o pastor deu um alerta: “Se vocês confiarem no poder da feitiçaria, só vão atrair os rebeldes para cá. Na época não parecia profético, mas realmente era”.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Fé cristã e aproximação com Israel são defendidas por chanceler brasileiro

Declaração foi feita em aula magna para alunos do Instituto Rio Branco, que forma futuros diplomatas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO GLOBO

Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. (Foto: Valter Campanato/Ag Brasil)

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo defendeu, durante uma aula magna para alunos recém-chegados ao Instituto Rio Branco, instituição que forma futuros diplomatas, que a política externa do Brasil comece a ser marcada pela “fé cristã”.

O chefe do Itamaraty também disse que “o povo brasileiro, que tem valores conservadores e que não se sentia representado, hoje tende a se sentir um pouco mais representado pelo seu governo”.

Ao longo de sua exposição, o ministro fez reiteradas menções aos valores cristãos e chegou a dizer que a aproximação do Brasil com Israel inclui, além de interesses em tecnologias de segurança e defesa, uma influência simbólica da fé.

“Tem também um aspecto simbólico. Voltando à questão dos valores, Israel, para muitos brasileiros, por causa da questão da sua fé, é a Terra Santa, é uma associação, é onde está o Santo Sepulcro”, disse referindo-se ao local em Jerusalém onde o corpo de Jesus Cristo teria sido sepultado.

Ao responder sobre quais características considera importantes para a formulação da política externa nacional, o ministro de Bolsonaro destacou, mais uma vez, seus valores vinculados à crença.

“Acho que antes de mais nada, uma questão que tem a ver é a questão da fé cristã que eu acho que é algo determinante para vida de 80%, 90% dos brasileiros e que nunca encontrou, durante muito tempo, nunca encontrou nenhum espaço na vida política que cada vez mais está procurando esse espaço”.

Defensor de pautas conservadoras, o ministro vem expondo suas opiniões abertamente sem receio de críticas e defende que elas estarão na política externa brasileira.

Em recente entrevista questionou: “Quando me posiciono, por exemplo, contra a ideologia de gênero, contra o materialismo, contra o cerceamento da liberdade de pensar e falar, você me chama de maluco. Mas se isso não é o marxismo, com estes e outros de seus muitos desdobramentos, então qual é a ideologia que você quer extirpar da política externa”.

terça-feira, 12 de março de 2019

Muitos cristãos não jejuam porque não foram ensinados, dizem teólogos

Embora a prática do jejum esteja diminuindo, os teólogos entram no consenso de que este é um hábito bíblico.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Teólogos acreditam que a prática do jejum está diminuindo porque muitos não foram ensinados. (Foto: Getty Images)


Alguns teólogos e líderes acreditam que a prática do jejum pode estar diminuindo, já que muitos cristãos não foram ensinados sobre sua necessidade ou até mesmo como aplicá-lo na prática. O grande consenso entre os religiosos, no entanto, é que o jejum é bíblico e não deixou de ser importante.

“O jejum está completamente fora de sintonia com a forma como o Ocidente aborda o cristianismo (e a religião como um todo) e, o mundo penetrou tanto na igreja, que essa pode ser a principal razão pela qual o jejum não é tão familiar para os cristãos ocidentais do século 21”, observou Guy M. Richard, do Seminário de Teologia Reformada em Atlanta, Geórgia (EUA), em um artigo publicado na revista Tabletalk.

“Mas precisamos nos lembrar que Jesus não está interessado em que os cristãos simplesmente sigam um mecanismo. Ele não está procurando por um simples roteiro de jejum, assim como não está procurando por um roteiro de como orar ou fazer qualquer outra coisa”, Richard acrescentou.

O jejum é um “divisor de águas” para a autora Jennifer Eivaz, líder da Igreja Harvest Christian Center em Turlock, na Califórnia. Ela observa que o jejum é como uma prática de oração não verbalizada.

“Quando você está jejuando — e isso está ligado à oração — muitas pessoas não percebem que você está fazendo um sacrifício com seu corpo físico e está, literalmente, em uma oração contínua”, disse Eivaz. “Imagine o poder do jejum por um dia inteiro. São 24 horas de oração direta. Tal disciplina produz avanços e responde à oração em níveis muito mais altos”.

Eivaz acredita que muitos cristãos, especialmente aqueles que não jejuam, nunca tiveram um ensinamento sólido sobre o tema e não são incentivadora por seus líderes a jejuarem. Ela destaca a importância da prática em Marcos 9:29, onde Jesus diz: “Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”.

“Perdemos o contato com algumas dimensões espirituais do jejum. Nos tornamos mais orientados para a carne, orientados ao entretenimento e negligenciamos o reino espiritual”, ela observa.

Jejum está ligado aos alimentos

Enquanto a Bíblia mostra que existem diferentes tipos de jejuns — o profeta Daniel jejuou carne e vinho, por exemplo — todos eles se resumem a ficar sem comida, esclarece Eivaz.

“Em muitos círculos cristãos estão promovendo jejum de negatividade ou ficar sem celular por um tempo. Acho que tudo isso é útil, mas não é um jejum bíblico”, disse ela.

Donald Whitney, professor do Seminário Teológico Batista do Sul, em Louisville, Kentucky, concorda. “O jejum aparece na Bíblia com mais frequência do que algo tão importante quanto o batismo”, disse ele. “Nas minhas contas, o jejum é mencionado cerca de 77 vezes ou mais, em comparação com 75 vezes em que é citado o batismo”.

Ecoando a mesma opinião, Whitney acredita que as pessoas não vão fazer o que não foram ensinadas. “É difícil ser um defensor de algo do púlpito que você não está fazendo fora dele. É difícil incentivar as pessoas a jejuarem se você não estiver jejuando. O mesmo vale para o culto familiar ou para qualquer outra prática”, destaca.

Jejum com propósito

O teólogo explica que há muitos propósitos para o jejum, mas o principal é fortalecer a oração. Ele enfatiza que, para o jejum ser feito corretamente, deve haver um propósito bíblico. “Não é ideia da igreja ou de uma figura histórica, é uma ideia de Deus”, afirmou, destacando que Deus não é manipulado pelo jejum.

“Se, no momento em que você sentir fome, seu estômago roncar e sua cabeça doer, você disser ‘cara, eu estou com fome’, e seu próximo pensamento for ‘isso mesmo, eu estou jejuando hoje’ e então ‘quanto tempo vai levar para isso acabar?’, então você está fazendo isso errado”, alerta.

Para que o jejum seja feito corretamente, Whitney esclarece que o pensamento após as dores da fome deve ser de orar por alguém. “Sua fome serve ao seu propósito maior. Sem isso é apenas algo a ser tolerado e achamos que estamos impressionando a Deus, como se sofrer nos desse alguns pontos. E esse é provavelmente o erro mais comum daqueles que praticam o jejum”, afirma.

Ele considera o jejum tão importante que exige que seus alunos jejuem pelo menos duas vezes por semestre. Mas ele não aplica o mesmo para casos que possam interferir na saúde, como acontece com as grávidas ou diabéticos.

“Mas eu descobri que onde há vontade, há um caminho”, completou, observando que há muitas formas de privar-se de comida para ser inclinado a orar, mantendo simultaneamente um consumo nutricional que não prejudique o corpo.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Conheça 8 mulheres notáveis na história da Igreja cristã

No Dia Internacional das Mulheres, inspire-se com a história de mulheres que se dedicaram ao Evangelho.


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST E CROSSWALK


O mundo inteiro celebra nesta sexta-feira (8) o Dia Internacional da Mulher, que surgiu no final do século XIX com a luta por melhores condições de vida e trabalho e direito de voto às mulheres.

Muitas mulheres também se tornaram ícones no âmbito cristão, contribuindo para as obras evangelísticas, sociais e missionárias. Inspire-se na vida de oito mulheres notáveis ​​na história da Igreja:


                  Susanna Wesley
Susanna Wesley, mãe dos fundadores do Metodismo, John e Charles Wesley. (Foto: Domínio Público)

Susanna Wesley era esposa de um pastor anglicano e mãe dos irmãos Charles e John Charles Wesley, que fundaram o influente movimento metodista do século XVIII.

Ela é conhecida como a “Mãe do Metodismo” porque, mesmo não sendo oficialmente parte do ministério, Susanna teve uma forte influência nos hábitos espirituais dos irmãos Wesley.

O Rev. Alfred T. Day III, da Comissão Geral de Arquivos e História da Igreja Metodista Unida, afirmou em 2016 que Susanna fez “uma grande diferença na criação” dos rapazes.

“John e Charles são filhos da mãe deles. Ela é a pessoa responsável pela sua educação e formação espiritual”, explicou Day. “A diferença que ela fez está viva desde a história dos séculos 17 e 18 até o presente momento, por causa dos filhos que ela criou”.


                                Fanny Crosby
A famosa escritora de hinos Fanny Crosby, cega desde a infância. (Foto: Domínio Público)

Frances Jane Crosby, nascida em 1820 e mais conhecida como Fanny Crosby, perdeu a visão quando era criança devido a uma infecção e maus-tratos médicos.

No entanto, Crosby não deixou que essa deficiência a impedisse de ser uma prolífica escritora de hinos, tendo criado mais de 8 mil músicas.

Crosby foi a mente por trás de muitos hinos que ainda estão em uso, como “A Deus demos glória”, “Quero estar ao pé da cruz”, “Junto a Ti” e “Quero o Salvador comigo”.

Além de ser uma hinista, ela também foi uma autora de poesias, com seu primeiro trabalho publicado “Uma garota cega e outros poemas”, lançado em 1844.


                  Catherine Booth
Catherine Booth, co-fundadora do Exército da Salvação. (Foto: Domínio Público)

Junto com seu marido, William, Catherine Booth ajudou a fundar o Exército da Salvação em 1865 em Londres, na Inglaterra. Originalmente chamado de Missão Cristã, o Exército era conhecido por seus esforços de caridade nos bairros mais oprimidos da cidade.

Catherine era ativa no movimento desde jovem, liderando uma turma da Escola Dominical e tendo a reputação de ser uma pregadora apaixonada.

“Oposição! É um mau sinal para o cristianismo nestes dias que provocamos tão pouca oposição. Se não houvesse outra evidência de estar errado, eu deveria saber disso”, ela declarou em um de seus sermões.

“Quando a Igreja e o mundo puderem caminhar juntas confortavelmente, você pode ter certeza de que há algo errado. O mundo não mudou. Seu espírito é exatamente o mesmo de sempre e, se os cristãos fossem igualmente fiéis, devotos ao Senhor e separados do mundo, vivendo para que suas vidas seja uma reprovação da impiedade, o mundo os odiaria como nunca”.


                             Lottie Moon
Lottie Moon, uma influente missionária da Igreja Batista do Sul. (Foto: Wikimedia Commons)

Nascida em Virgínia, nos Estados Unidos, Lottie Moon foi um notável evangelista batista que, a partir de 1873, serviu quase quatro décadas como missionário na China.

Acredita-se que Moon tenha influenciado a forma como o trabalho missionário no exterior é feito, de acordo com o Conselho de Missão Internacional da Convenção Batista do Sul.

“Ela foi uma heroína para muitos por sua disposição em deixar o relativo conforto, a posição social e uma família amorosa nos Estados Unidos para viver uma vida de desconforto e luta perpétua”, observou o blog Ethics and Culture em 2015.

“Sua fiel carta escrita para angariar fundos para todos os missionários batistas fez com que ela se tornasse o homônimo da oferta que é feita anualmente na Convenção Batista do Sul. Por causa de sua fidelidade, seu nome se tornou um ponto de união para as Missões Batista do Sul”, acrescentou.


  Sojourner Truth
A abolicionista americana Sojourner Truth, uma ex-escrava que defendia a emancipação. (Foto: Hulton Archive/Getty Images)

Nascida como escrava em Nova York, Sojourner Truth escapou com sua filha recém- nascida e se tornou uma ativista abolicionista e defensora dos direitos das mulheres. Ela é mais conhecida por seu discurso sobre as desigualdades raciais intitulado “Não sou uma mulher?”, que foi feito na Convenção dos Direitos das Mulheres de Ohio em 1851.

Em 1843, Isabella teve uma experiência de mudança de vida . Ela sentiu o chamado de Deus para adotar o nome “Sojourner” e viajar pelos Estados Unidos pregando o Evangelho e seu testemunho.

Quando ouviram essa notícia, seus filhos ficaram horrorizados. Como uma ex-escrava pobre e analfabeta poderia sobreviver como uma pregadora itinerante? As mulheres não podiam falar publicamente nessa época, além de ela ser uma ex-escrava. Sojourner assegurou a sua família que se o chamado fosse realmente de Deus, Ele a protegeria.


  Corrie ten Boom
A holandesa Corrie ten Boom ajudou a salvar muitos judeus durante a II Guerra Mundial. (Foto: Fundação Corrie Ten Boom House)

Quando os nazistas invadiram a Holanda, Corrie ten Boom e sua família começaram a esconder judeus em sua casa na esperança de salvá-los dos campos de concentração. Quando o que eles estavam fazendo foi descoberto, ela foi enviada para um campo de trabalho forçado de mulheres, onde sofreu experiências horríveis nas mãos da polícia secreta da Alemanha nazista. Mais tarde, essas experiências levaram a um ministério mundial em mais de 60 países, onde ela pregou sobre o perdão e o amor de Cristo.

                             Lilias Trotter
Lilias Trotter deixou suas riquezas para pregar aos muçulmanos. (Foto: Reprodução/Lilias Trotter Website)

Desafiando todos os tabus e restrições que impediam as mulheres europeias de entrar no Oriente Médio, Lilias Trotter deixou suas riquezas para pregar o Evangelho aos muçulmanos na Argélia.

De acordo com o Centro Lilias Trotter, ela “viajou por semanas ao deserto para se encontrar com aqueles que não conheciam Jesus e levou Sua luz a cada passo do caminho. Sua perspicácia teológica e intelectual é um desafio para nós hoje”.

“Lilias também expressou seu amor por Deus e Sua criação através da beleza de suas obras de arte. Sua arte e sua vida espiritual estavam entrelaçadas, enquanto usava seus lápis, canetas e tintas para capturar impressões das pessoas e lugares que visitava”, acrescentou a organização.

Harriet Tubman
A ativista Harriet Tubman foi uma abolicionista durante a Guerra Civil Americana. (Foto: Reuters/Biblioteca do Congresso dos EUA)

Apelidada de “Moisés” por seus esforços para levar os escravos à liberdade, a abolicionista Harriet Tubman lutou contra a escravidão antes e durante a Guerra Civil Americana.

Tubman era membro da Igreja Episcopal Metodista Africana e alegou ter tido visões de Deus que ajudaram seus esforços anti-escravidão.

“Ela atribuiu seu senso de proteção à esses poderes sobrenaturais”, disse o Dr. Arthur Jones, da Universidade de Denver, em entrevista ao 9 News em 2015.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Judeus reivindicam estabelecimento de sinagoga no Monte do Templo

Grupo quer que Monte do Templo seja declarado como o lugar mais sagrado para o povo judeu.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA GOD TV

Monte do templo, em Jerusalém. (Foto: Reprodução/GTV)

Ativistas que defendem os direitos israelenses no Monte do Templo realizaram uma reunião de emergência na noite de domingo (03) para discutir a recente ocupação ilegal do complexo Sha'ar HaRachamim (Porta Dourada), além da exigência de uma resposta israelense contra as decisões do Waqf islâmico, entidade encarregada de administrar os edifícios muçulmanos no Monte do Templo.

As tensões se agravaram pela decisão dos muçulmanos de construir uma nova mesquita na estrutura da Porta Dourada, um dos oito portões das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém.

A área da Porta Dourada está fechada sob ordem judicial desde 2003, depois de ter sido usada para terrorismo, mas os militantes Waqf e muçulmanos acessaram o local e estabeleceram ali outra mesquita, a quinta no Monte do Templo.

Diversos ativistas israelenses participaram da reunião para avaliar a situação urgente, na qual pediram visitas dos israelenses em massa ao Monte do Templo na quinta-feira (07) “para fortalecer o poder judaico no local sagrado”.

Eles também reivindicam o estabelecimento de uma sinagoga no Monte do Templo.

Por causa do que chama de “violação do status quo no Monte do Templo”, os ativistas pediram a implementação da exigência de longa data feita pelos rabinos e encabeçada pelo falecido rabino Mordechai Eliyahu para estabelecer uma sinagoga no Monte do Templo, no Portão Dourado, área na qual os muçulmanos estabeleceram recentemente outra mesquita.

A assembleia também fez um apelo para que o Waqf seja declarada uma organização ilegal e banida do Monte do Templo.

Os participantes da reunião de emergência também pediram aos partidos políticos israelenses que exijam a permissão da oração judaica no Monte do Templo como pré-condição para qualquer acordo de coalizão.

Finalmente, os ativistas convocaram o governo para promulgar os regulamentos necessários para definir o Monte do Templo como o local mais sagrado para o povo judeu e estabelecer os regulamentos necessários para a oração dos judeus no Monte do Templo.

Os judeus são banidos de qualquer forma de oração no Monte do Templo, e qualquer tentativa de fazer isso por um judeu é prontamente frustrada pelo Waqf e pela polícia e pode terminar com a prisão do adorador judeu.

A área do Portão Dourado, conhecida pelos muçulmanos como Bab al-Rahma, permanece aberta apesar das tentativas dos israelenses de fechá-la e de violar uma ordem judicial.

Os muçulmanos veem a reabertura da área como uma demonstração de desafio contra Israel, e sem resposta israelense a essa mudança do status quo no Monte do Templo, uma vitória sobre a presença de Israel em Jerusalém.

A liderança muçulmana alega que Israel quer manter o Portão Dourado fechado para os muçulmanos “para dar aos fanáticos judeus, que pedem a reconstrução de seu templo dentro do complexo de Al-Aqsa, livre acesso e presença na área”.

Os muçulmanos, assim como a organização terrorista Hamas, ameaçaram uma explosão de violência se Israel tentar fechar a área.

No domingo, a polícia israelense entregou ao presidente do Conselho Waqf em Jerusalém, xeque Abdul-Azim Salhab, uma ordem proibindo que ele entrasse no complexo da mesquita de Al-Aqsa por 40 dias, o mais recente líder muçulmano a receber tal ordem após a agitação no Monte do Templo.

Mais tensão entre israelenses e palestinos

O Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) “condenou nos termos mais fortes” a proibição “arbitrária” das autoridades israelenses sobre a entrada de funcionários Waqf como “uma escalada perigosa destinada a impedir o acesso de muçulmanos adoradores à mesquita e minar o papel e trabalho do Waqf”.

O ministério em uma declaração na segunda-feira (04) alegou que “Israel tenta esvaziar a mesquita de cidadãos palestinos e adoradores muçulmanos”, que ele enfatizou como parte de seus planos para impor a divisão temporal de al-Aqsa até que seja espacialmente dividido.

O ministério alertou para as repercussões das “medidas arbitrárias israelenses contra a mesquita de al-Aqsa”, que afirmou “vêm no contexto da judaização e alteração do caráter e da identidade da cidade de Jerusalém”.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Muitas pessoas na América Latina têm descendência judaica, aponta estudo

Os dados são resultados do movimento de judeus que fugiram da Espanha e Portugal durante a Inquisição rumo às Américas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO HAARETZ

Muitas pessoas na América Latina têm descendência judaica, diz estudo. (Foto: Exército Brasileiro-12 BI/Rafi Green)

Muitos indícios históricos indicam uma significativa ascendência judaica entre as populações da América Latina, América do Norte e Europa. A tendência se deve ao grande número de judeus que foram forçados e se converter ao catolicismo na Espanha e Portugal e fugiram da Inquisição para as Américas no final do século XV.

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications, em dezembro de 2018, indica que quase um quarto da população na América Latina são descendentes de comunidades judaicas espanholas e portuguesas. Os autores do estudo dizem que este é um fenômeno mais difundido do que se pensava, e observam que hoje há mais descendentes judeus na América Latina do que na Espanha e Portugal.

O estudo, que envolveu mais de 8 mil pessoas do México e outros países, não reflete uma amostra representativa de todos os latino-americanos porque se concentrou em habitantes de áreas urbanas. Por isso, não foi possível atribuir um número percentual à população geral da América Latina.

Uma das descobertas mais importantes diz respeito à proporção relativamente grande de pessoas com raízes genéticas hispano-judaicas. Segundo os autores do estudo, 1% dos brasileiros, 4% dos chilenos, 3% dos mexicanos e 2% dos peruanos são descendentes de judeus do norte da África e do leste do Mediterrâneo. Os pesquisadores dizem que pelo menos 5% do genoma que se origina nessas áreas foi detectado em 23% de todos os indivíduos.

“Não ficamos surpresos com a presença de ascendência judaica na América Latina, uma vez que documentos históricos sugerem uma possível migração, apesar dos registros serem escassos”, disse o geneticista Kaustubh Adhikari, da University College London. “Ficamos surpresos, no entanto, com a ampla extensão de sua presença, já que não havia indicação anterior dessa magnitude. Assim, realizamos testes extensivos para verificar se o que observamos não era um mero artefato de nossa análise”.

Os pesquisadores também analisaram a conexão entre as heranças genéticas e as características físicas externas. Por exemplo, eles descobriram que em uma população mista com uma taxa maior de raízes do noroeste da Europa, a cor da pele era mais clara, em média. Os pesquisadores também analisaram dois grupos com diferenças genéticas claras — um grupo relacionado ao povo indígena mapuche (que é nativo do Chile e do sul da Argentina) e o outro relacionado aos habitantes dos Andes Centrais. O estudo revelou que, além de possuírem um perfil genético diferente dos moradores dos Andes, os descendentes dos mapuches também possuem narizes mais chatos e largos.

Por outro lado, Adhikari observa que, diante da taxa de origem genética judaica relativamente baixa, as ferramentas usadas no estudo não são suficientes para ligar raízes judaicas com as características físicas. “Mas este é um tópico muito interessante e esperamos voltar nisso em estudos futuros”, avaliou.

Apesar da maior precisão das novas descobertas, o geneticista Shai Carmi, da Universidade Hebraica, destaca que “é difícil medir com precisão os percentuais”. No entanto, ele diz que o estudo apoia dados anteriores e aumenta a relevância das informações históricas. Talvez o estudo estimule as pessoas em toda a América Latina a buscarem suas raízes judaicas.

quarta-feira, 6 de março de 2019

Funcionários da ONU perseguem refugiados cristãos na Tailândia, diz defensora internacional

Ann Buwalda denunciou dificuldades impostas a cerca de 4 mil pessoas que esperam liberação de documentos pela ACNUR.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Cristãos participam de uma oração no Paquistão. (Foto: Mohsin Raza/Reuters)

Milhares de cristãos paquistaneses que buscam asilo na Tailândia estão sujeitos a uma carga injusta de provas imposta pelas Nações Unidas, o que levou a muitas negações para os crentes que fugiram da perseguição, disse uma advogada de direitos humanos a membros do Congresso americano nesta terça-feira (27).

Ann Buwalda, diretora do grupo de defesa internacional Jubilee Campaign USA e fundadora da Just Law International, testemunhou perante membros do subcomitê de Relações Exteriores da Câmara sobre a crise de requerentes de asilo de minorias religiosas e étnicas na Tailândia.

Enquanto o Paquistão é o quinto pior país do mundo em perseguição cristã, milhares de cristãos paquistaneses migram para países como Malásia e Tailândia em busca de refúgio contra a violência social associada à sua fé em Cristo.

De acordo com Ann Buwalda, a Jubilee Campaign estima que há entre 3.000 e 4.000 refugiados cristãos paquistaneses na Tailândia, com casos pendentes perante o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Muitos desses refugiados estão na cidade de Bangcoc.

“Alguns deles são aprovados e aguardam o reassentamento”, explicou ela. “Mas alguns casos estão fechados e eles não têm para onde ir.”

Condições deploráveis

Ann Buwalda entrou no depoimento do caso de Michael D´Souza, um cristão paquistanês a quem foi negado o status de refugiado pelo ACNUR em Bangcoc e foi forçado a ficar no notório Centro de Imigração e Detenção (IDC) da capital paquistanesa. As condições no centro, dizem Buwalda e outros ativistas de direitos, são “deploráveis”.

“Depois de um ano de sofrimento e sem esperança, Michael D´Souza retornou ao Paquistão. Ele foi brutalizado pelas pessoas que temia que o perseguissem”, disse Ann Buwalda. “Seu caso não deveria ter sido negado e ele permanece preso em Karachi, Paquistão”.

As condições no IDC são tão difíceis que algumas pessoas morreram dentro do centro. Muitos são levados para lá depois de serem presos em buscas de imigração.

Em maio de 2017, um cristão acusado de blasfêmia no Paquistão morreu no centro depois que as autoridades deixaram de lhe fornecer tratamento para uma condição de saúde curável.

Quanto a Michael D´Souza, Ann Buwalda diz que seu caso demonstra o fato de que os refugiados que fogem da perseguição religiosa “devem ter a oportunidade de ter seus casos com mais racionalidade”.

“Descobrimos que em muitos dos casos no ACNUR em Bangcoc, há negações porque há um padrão não razoável e ônus da prova colocados sobre eles”, explicou a advogada.

“Temos muitos casos, assim como nossos colegas, que auxiliam no processamento de refugiados. Parece-nos claramente que o ACNUR em Bangcoc colocou um ônus da prova mais elevado nos requerentes de asilo cristãos paquistaneses”.

Ann Buwalda e seus colegas tentaram conscientizar sobre as lutas enfrentadas por requerentes de asilo cristãos na Tailândia.

“Nós nos aproximamos do ACNUR. Eles são simpáticos. Mas as condições em termos das entrevistas não mudaram”, disse a advogada perante o Congresso. “Gostaríamos de ver essa mudança acontecer.”

Os cristãos paquistaneses não são os únicos que buscam asilo na Tailândia, pois há também um grupo de cerca de 500 montanheses do Vietnã detidos em Bangcoc.

“Eles estão em uma situação horrível no centro de detenção do IDC, onde na verdade existem mães separadas de seus filhos e não lhes é permitido sequer amamentar”, detalhou a advogada.


Ann Buwalda, diretora do Jubilee Campaign, testemunhou perante uma subcomissão deRelações Exteriores da Câmara em Washington. (Foto: Reprodução/House)

Questionamentos à ONU

Membro de classificação do subcomitê, o deputado Chris Smith expressou sua preocupação com o fato de que apenas “10 a 30 por cento” dos cristãos paquistaneses na Tailândia estão recebendo o status de refugiado pelo ACNUR.

Autor da Lei de Liberdade Religiosa Internacional de Frank R. Wolf de 2016, Chris Smith questionou como o Congresso poderia responsabilizar o ACNUR.

“Mandei cartas para eles. Eu falei com funcionários. Conversamos com o ACNUR e parece que não conseguimos chegar a lugar nenhum”, explicou o deputado.

Ann Buwalda respondeu que uma das razões pelas quais as taxas de negação são tão altas é porque o ACNUR tem um “ônus da prova desequilibrado” colocado sobre os cristãos paquistaneses por causa de um nível de “ceticismo”.

“Nós tivemos um funcionário do ACNUR descrevendo o ceticismo básico dos cristãos paquistaneses que procuravam asilo lá que demonstraram que provavelmente há problemas em todo o sistema dentro de Bangcoc [de] não lidar efetivamente com esses casos”, afirmou a advogada.

Ela observou que houve um esforço em 2016 e 2017 dentro do ACNUR em Bangcoc para diminuir os atrasos quanto às liberações dos refugiados.

“O que eles fizeram para apressar os casos foi negá-los e isso também veio com reivindicações de credibilidade comuns”, recordou a advogada. “Com uma reivindicação de credibilidade média, você quase não tem chance de apelar e fica sem esperança”.

Ann Buwalda afirmou que os próprios relatórios do ACNUR demonstram que os cristãos paquistaneses de fato sofrem perseguição.

“Um dos exemplos que dei em meu testemunho foi Talib Masih”, disse ela aos membros do Congresso. “Masih foi listado no próprio relatório [do ACNUR] antes de negar seu pedido de asilo em Bangcoc e nós trabalhamos muito, seu caso foi revertido. Mas agora ele não tem para onde ir. Ele não foi encaminhado para nenhum país neste estágio, um ano depois, para o reassentamento. Então, continuamos preocupados com ele e outros que deveriam ser reassentados”.

terça-feira, 5 de março de 2019

Evangélicos ajudaram mais de 750.000 judeus a migrarem para Israel

Com o apoio dos evangélicos, a Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus levou milhares de judeus para Israel nas últimas três décadas.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST

Yael Eckstein (à esquerda) recebe imigrantes judeus da Ucrânia em Israel, em fevereiro de 2019. (Foto: IFCJ)

Mais de 750 mil judeus conseguiram começar uma vida nova em Israel com o apoio de uma organização fundada por um rabino e financiada por evangélicos.

O número é resultado do trabalho da Sociedade Internacional de Cristãos e Judeus (IFCJ, na sigla em inglês) nas últimas três décadas, que possibilitou a Aliá — um importante conceito no judaísmo que designa a imigração de judeus para Israel.

A entidade filantrópica foi fundada em 1983 pelo rabino Yechiel Eckstein, com o objetivo de promover a cooperação entre judeus e cristãos e construir amplo apoio ao Estado de Israel. Ele faleceu aos 67 anos em 6 de fevereiro deste ano, e a organização passou a ser comandada por sua filha, Yael Eckstein.

“Meu pai disse que se sentia como se fosse Cristóvão Colombo descobrindo a América - de repente ele percebeu que há milhões de cristãos que amam o povo judeu e que estão com Israel”, disse Yael ao site The Christian Post nesta quinta-feira (28).

Atualmente, a IFCJ é a maior organização filantrópica de Israel. Ela arrecada cerca de 130 milhões de dólares (equivalente a 487 milhões de reais) em doações por ano, muitas das quais vêm de evangélicos dos Estados Unidos.

O primeiro grupo de judeus foi levado de avião da Rússia para Israel em 1992, através do programa On Wings of Eagles, que buscava retirar judeus da situação de pobreza e do antissemitismo. Desde então, milhares de judeus emigraram da antiga União Soviética, Etiópia, Ucrânia, Turquia, Iêmen, Argentina e outros países onde viviam em dificuldades.

“Foi no início dos anos 90 que a União Soviética entrou em colapso e a comunidade cristã ajudou o povo judeu a ir para Israel”, explicou Yael. “Muitos deles eram sobreviventes do Holocausto. Isso faz parte da profecia bíblica que está se cumprindo. Jeremias fala sobre isso, Isaías fala sobre isso”.

Recomeço

Em parceria com o governo israelense, a IFCJ ajuda na compra das passagens aéreas e garante apartamentos para as famílias de imigrantes em comunidades onde as pessoas falam seus idiomas nativos. O governo ainda oferece aulas de hebraico gratuitas.

“Fizemos um estudo para entender por que judeus em situações perigosas não voltam para Israel. Descobrimos que há duas razões: eles têm medo de ir atrás de um apartamento e colocar seus filhos na escola. Eles não conhecem a língua. Eles não sabem nada”, conta Yael.

Em média, há um custo de mais de US$ 1.500 (equivalente a R$ 5.600) para ajudar uma pessoa a migrar para Israel, de acordo com a organização.

Enquanto a IFCJ normalmente freta um avião por mês com grandes grupos de imigrantes, uma média de 17 novos imigrantes chegam a Israel todos os dias em voos comerciais.

“O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegou a dizer há algumas semanas que, no futuro, as únicas pessoas em que podemos confiar para ajudar Israel são os judeus ortodoxos e cristãos”, lembrou Yael. “Essa é uma afirmação bem radical por causa da mudança de como Israel e o povo judeu olham para os cristãos. Obviamente, nos EUA, os cristãos são alguns dos maiores aliados da política [pró-Israel]”.