segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Soldado de Cristo



Suponha que o Brasil declare guerra hoje. As Forças Armadas se reúnem e verifica-se que são necessários mais soldados. O Presidente aparece na TV e convoca voluntários para lutar pelo país. Mas não pode ser qualquer pessoa. Os soldados devem ter determinadas características para poderem lutar.
Ou então, imagine que você foi chamado para uma entrevista de emprego. Durante a entrevista, o funcionário do Recursos Humanos (RH) te faz as seguintes perguntas:

O que você mais quer para a sua vida?
Quais são as suas principais características?
O que você mais quer para estes concorrentes?

A última pergunta, com certeza, é a mais complicada! Mas as outras não ficam atrás. O que responder ao funcionário? Essas perguntas também devem ser respondidas pelo voluntário para ir à guerra – a diferença é que ele responde para si mesmo.

O texto que lemos responde a essas perguntas para o cristão. Deus, através de Judas, mostra o que é mais necessário para se batalhar pela fé cristã. Mas, então, o que precisamos para ser bons soldados de Cristo? Como dizer ao mundo, à nossa família, colegas de trabalho e amigos o que somos e o que queremos?

A chave para essas perguntas está nessas características vitais do soldado de Cristo. Eu louvo a Deus porque, estudando esse texto, percebi que é um dos mais claros da Bíblia sobre o que um cristão é e quais os seus objetivos. Para entendê-lo, vamos dividí-lo em três partes.O desejo do soldado para si (v.1a)

A primeira coisa que um soldado precisa é saber o que quer para si. Ora, na guerra, ele quer sobreviver! Mas também, quer vencer, conquistar tal território inimigo… Da mesma forma, podemos perguntar: o que o cristão mais deseja para si? Vejamos o primeiro versículo:

“Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago”.

Esse Judas não é o apóstolo. Provavelmente é o irmão físico de Jesus. Embora muitos não gostem dessa ideia, a Bíblia é bem clara. Em Mt 13, os moradores de Nazaré estavam impressionados com Jesus, e perguntaram:

De onde vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? O nome de sua mãe não é Maria, e não são os seus irmãos Tiago, José, Simeão e Judas? (Mt 13:54-55)

Veja que, embora Judas fosse irmão de Jesus, não usou isso como título. Preferiu ser chamado de servo de Jesus. Como isso é importante! Há pessoas que se vangloriam do cargo que têm na igreja. “Qual é a sua religião?” – perguntam seus amigos. E ele responde: “Sou pastor”, ou “sou diácono”. Mas ninguém responde “Sou servo de Jesus”. Nos nossos dias, apareceram homens que se acham dignos de serem chamados “apóstolos”, sem que cheguem sequer perto do critério estabelecido em Atos (ver Jesus, acompanhar seu ministério, ouvir seus ensinos etc). Gostam de ser conhecidos por seus cargos, mas não fica claro se são servosde Jesus Cristo. Afinal, é difícil imaginar apóstolos em BMWs zero-quilômetros. O que pode ser melhor que ser servo de Jesus? O que éramos antes de conhecer o senhor? Mentirosos, vulgares, adúlteros, pecadores da pior espécie. Hoje, Deus nos chama de seus servos. O que pode ser melhor? Como diz o cantor Paulo César Brito, “ser servo é promoção”.

Certa vez a família de Jesus quis falar com Ele, enquanto ensinava a multidão. Talvez pensassem que, por serem parentes, tivessem maior direito que os outros. E o que Ele respondeu?

“Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” – perguntou ele. E, estendendo a mão para os discípulos, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12:48-49)

Judas entendeu isso e foi completamente transformado. Tanto que, agora, ele prefere ser servo de Jesus. Além disso, Judas também é humilde. Havia duas pessoas ilustres em sua família. Uma, o Senhor Jesus, e a outra, Tiago, líder da Igreja de Jerusalém. Na época de Judas era comum a pessoa se apresentar como “Fulano, filho de Ciclano”. Por que então ele se apresenta como “irmão de Tiago”? A explicação é que este Tiago era muito famoso na Igreja. O estilo da carta é um tanto judeu (veja o número de referências ao Antigo Testamento), o que dá a entender que os leitores provavelmente eram judeus. Alguns acreditam que essa carta foi escrita em Jerusalém. Portanto, só pode ser o irmão de Jesus, já que o apóstolo Tiago havia sido morto por Herodes, já em Atos, e essa carta foi escrita muito tempo depois (provavelmente em 65 a 70 d.C., embora muitos discordem dessa data). E as outras pessoas com esse nome no Novo Testamento não tinham a influência que este Tiago tinha. Porém, note que Judas não se apresenta como irmão de Tiago, para solicitar ou reivindicar que as pessoas o ouçam. É como se ele dissesse: “Sou irmão de Tiago. Mas e daí? Sou menor que ele, e ele é maior que eu”.

Estive pensando sobre Judas e é interessante que seu nome, nas Escrituras, só é citado em Mt 13:55, Mc 6:3 e aqui em sua carta. Todas as outras vezes em que ele aparece está incluído no grupo “os irmãos do Senhor”. E não se sente mau por isso. Judas podia ser o caçula da família, mas ainda assim, Deus o escolheu para escrever um livro da Bíblia, honra dada a apenas alguns homens. Ele ilustra aquele grande princípio de Jesus:

Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mt 20:25-28)

Nunca seremos bons cristãos se não servirmos, humildemente, o nosso irmão. Devemos considerá-lo maior que nós. Devemos querer isso. Se não quisermos, ao ponto desse comportamento começar a ser natural em nós, então falhamos como cristãos. O cristão só faz diferença quando ele serve. Martin Luther King Jr. personificou este conceito. Veja o que ele disse à sua igreja dois meses antes de sua morte:

Se alguém aqui estiver presente quando chegar a minha hora, não quero um enterro prolongado. Se alguém fizer o elogio fúnebre, digam-lhe que não fale demais. Às vezes, penso no que eu gostaria que essa pessoa dissesse.

Digam-lhe que não mencione que eu tenho o Prêmio Nobel da Paz – isso não é importante. Digam-lhe que não fale que eu tenho mais de 300 ou 400 prêmios, isso não é importante. Digam-lhe que não fale na Universidade onde eu estudei. Gostaria que alguém falasse no dia em que Martin Luther King Jr. tentou dar a vida para servir aos outros. Gostaria que alguém falasse do dia em que Martin Luther King Jr. tentou amar alguém.

Sim, se quiserem, digam que eu fui um mensageiro. Digam que fui um mensageiro da justiça. Digam que eu fui um mensageiro da paz. Digam que eu fui um mensageiro da retidão. E todas as outras coisas supérfluas não terão importância. Não terei dinheiro para deixar, não terei as coisas boas e luxuosas da vida para deixar, quero deixar apenas uma vida de serviço.

Se puder ajudar alguém à minha volta, se puder alegrar alguém com uma palavra ou uma canção, se puder mostrar o caminho a alguém que está andando errado, não terei vivido em vão. Se puder cumprir o meu dever de cristão, se puder levar a salvação ao mundo arrasado. Se puder difundir a mensagem como o Mestre ensinou, então, minha vida não terá sido em vão.
A Consciência do soldado sobre si (v.1b)

A segunda pergunta que o funcionário do RH fez foi: “Quais as suas principais características?”. É evidente que, para respondê-la, você precisa saber quem você é. Como o soldado: se não souber no que ele acredita, como pensa o seu país e quais as suas limitações, não pode lutar. Ninguém vai à guerra achando que é o Rambo, pois pode não ser muito eficiente no combate. O cristão, soldado de Cristo, também deve saber quem ele é. E essa resposta está na parte b do versículo 1.

“aos que foram chamados, amados por Deus Pai e guardados por Jesus Cristo…”

A primeira coisa que percebemos é que o cristão sabe que foi chamado. Mas chamado para quê?

E vocês também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo… e chamados para serem santos. (Rm 1:6-7, grifo nosso).

Às vezes, somos místicos demais. Cantamos músicas que dizem que temos um chamado, mas chamado de quê? Com frequência isso se refere à pregação do evangelho. Só que não podemos esquecer que o chamado da pregação é secundário. Antes de tudo, fomos chamados para pertencer a Cristo, e para sermos santos. Isso é reconfortante! Se nos sentimos abandonados, a Bíblia lembra que temos um dono: pertencemos a Jesus. Se nos sentimos incapazes de ser santos, incapazes de cumprir os mandamentos de Deus, é preciso lembrar que Deus nos chamou para sermos santos, e é Ele quem opera em nós a santificação. Quando o dono de uma empresa contrata uma pessoa para trabalhar, ele não lhe dá o treinamento necessário? Da mesma forma, Deus é quem nos ensina a sermos santos. Este é um ideal maravilhoso para nossas vidas!

O cristão também sabe que é amado por Deus. O cristão verdadeiro não tem a menor dúvida de que é amado por Deus, embora não consiga entender o por quê. O cristianismo tem 2000 e poucos anos de existência e, até hoje, nenhum teólogo sério conseguiu responder à pergunta: “Por que Deus me ama?” É uma pergunta sem resposta. Sabemos que somos pecadores e indignos, mas, mesmo assim Deus nos ama e tomou o nosso castigo sobre si, na pessoa de Seu Filho querido, para que pudéssemos ser salvos.

Oh! por que Jesus me ama?

Eu não posso t’explicar!

Mas, a ti também te chama,

Pois deseja te salvar!

E o cristão sabe que é guardado por Jesus. Ou, sabe que é protegido Jesus. Assim Judas conclui essa parte sobre a consciência do cristão. O seu objetivo é que o leitor visse essas expressões e fizesse uma auto-avaliação. “Eu sou isso o que Judas está dizendo?” Se fosse, a carta era destinada a ele. (Mas eu duvido que, se não fosse, estaria lendo esta carta!)

Há um detalhe importante aqui. Judas usa um tempo diferente do verbo “ir” (foram). Aos que foram guardados por Jesus. Escrito assim, entende-se que a ação de guardar aconteceu no passado, mas ainda continua hoje. Seria assim: “Aos que foram (e continuam sendo) guardados por Jesus Cristo.” Guardados do quê? Pela forma como o autor escreve, não parece que se refira a acidentes físicos, dos quais os anjos nos guardam. É algo mais importante e terrível. Fomos e continuamos sendo guardados da perdição. Do inferno. Quando nos entregamos a Jesus, ficamos sob suas asas. Como os pintinhos ficam debaixo das asas da galinha para serem protegidos.

Às vezes nos sentimos fracos espiritualmente, achando que estamos prestes a cair na fé e voltarmos ao caminho do inferno, mais uma vez. Mas é então que precisamos lembrar que Jesus nos guarda de cairmos (Romanos 14). Ele nos protege sob suas asas e nos ampara. Deus é poderoso para nos guardar!
O desejo do soldado para o seu irmão (v.2)

Chegamos à última pergunta feita pelo RH: “O que você deseja para os seus concorrentes?” É algo difícil de responder! No mundo empresarial, as pessoas tendem a desejar o melhor para o outro, contanto que não fique no caminho. É triste que isso aconteça em algumas igrejas também, porque é óbvio que este comportamento não tem nada de cristão. Um soldado sempre quer o melhor para o seu companheiro no campo de batalha. O que, então, um cristão deseja para o seu irmão? Versículo 2:

“Misericórdia, paz e amor lhes sejam multiplicados.”

Judas ora e, em sua oração, ele pede que sejam multiplicados, amontoados sobre os cristãos essas três coisas. Poderíamos considerá-las separadamente, mas, do jeito que Judas pede, elas estão completamente interligadas. (Seguimos, assim, a análise do livro de Matthew Henry).

O que um soldado pode desejar de melhor para o seu companheiro senão que ele sobreviva? No livro “O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien, um grupo de nove amigos sai com a missão de destruir o Anel. No meio do caminho, porém, eles se separam, e cada um segue um destino diferente, mas em todos os momentos eles se preocupam um com o outro, e torcem para que todos fiquem vivos.

Não é assim com o cristão? De forma muito mais profunda, ele deseja que seu irmão seja coberto demisericórdia. Ou seja, deseja que o Juiz perdoe o réu, que é culpado. Deseja que seu irmão tenha paz, porque quer que esse mesmo réu agora tenha uma vida que nunca teve antes, com tranquilidade. E deseja tambémamor. Que esse réu possa ser amado pelo Juiz e por outras pessoas, e possa ser, ele mesmo, alguém que ama os outros – para que possa cumprir a lei.

Perceba que isso é uma história da salvação. Judas está pedindo a Deus que conserve e desenvolva a salvação de seus leitores. Quão diferente tem sido a atitude de muitos! Quando veem que o irmão pecou, “caiu na fé”, não se entristecem, não ajudam; apenas recriminam e desejam justiça. “Está vendo?” – dizem – “Eu avisei que iria cair. Agora caiu e não vai mais se levantar.” Isso é uma insanidade sem tamanho! É como estar no campo de batalha, e ver que o companheiro ao lado levou um tiro e está morrendo. Você tem o remédio, e o outro soldado está pedindo ajuda. Então você olha para ele e diz: “Quem mandou ficar no caminho da bala? Agora, vire-se.” Isso não é um cristão! O cristão se importa com o próximo, e quer o melhor para ele, sempre. Se ama o próximo, quanto mais deve amar o seu próprio irmão em Cristo Jesus!

Somente depois de saber o que quer para si, quem é, e o que quer para os outros que o cristão estará plenamente apto a batalhar pela fé, e cumprir a missão que Deus lhe designou. Estes são os fundamentos do cristianismo: a salvação pela fé e o serviço humilde. Por isso dizemos que o cristão é um humilde servo de Deus, que conhece bem o Senhor e se preocupa com o irmão. Aplicar essas verdades em nossas vidas é entrar na batalha com a vitória garantida.

Daniel Ruy Pereira
https://considereapossibilidade.wordpress.com/2012/06/04/caracteristicas-vitais-do-soldado-de-cristo/
Fonte:http://oleirosdorei.blogspot.com.br/2016/01/o-soldado-de-cristo.html

domingo, 17 de janeiro de 2016

Entupidos com o vazio




Entupidos com o vazio
Quem pode vencer e se salvar dessa era de entupimento de vazio e loucura?
por Samuel Torralbo

A velocidade com que a vida moderna se mostra a cada dia, nos arremete para a declaração bíblia que antevia o cenário atual – “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”. (2 Timóteo 3.1)

Dentro do projeto divino, certamente o trabalho sempre ocupou um lugar de destaque na missão humana – “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.”. (Genesis 2.15)

Porém, em alguns momentos (dependendo do contexto espiritual) o trabalho também pode ser uma espécie de maldição – “Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é aflição; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade”. ( Eclesiastes 2.23)

Diante destas verificações bíblicas sobre o trabalho, ainda que de forma resumida, seria viável refletir sobre a manifestação do juízo de Deus nos últimos dias dando aos homens dias trabalhosos, onde a ocupação com as coisas, demandas e cobranças sufocariam a própria vida, levando o homem a um esgotamento em si mesmo.

E qual seria a causa do juízo divino submetendo o homem a uma espécie de trabalho escravo em massa, onde o escravo é voluntário, é devoto da própria escravidão, é servo submisso do próprio sistema maldito escravizador, é fervoroso em defender o estilo de vida que lhe custa a própria saúde, família e alma?

Descobrimos a razão deste tipo de Juízo divino quando percebemos segundo as escrituras sagradas aquilo que os homens ser tornariam nos últimos dias – “Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. ( 2 Timóteo 3.2-5)

Deste modo, a consequência final do juízo divino atinge o seu ápice numa espécie de entupimento de vazio existencial, onde a sensação é de esgotamento, ansiedade e perspectiva com o nada, parecido com a cena que nos arremete a uma grande mesa de jantar com a humanidade sentada para se alimentar com algodão doce, onde o sabor do alimento é doce, porém comem, comem, e comem, mas nunca saciam a sua verdadeira fome.

Quando o mundo acordar, e se acordar, será com o som vibrante e estarrecedor das trombetas da ira de Deus, e finalmente poderão concluir que estavam numa viagem sem sentido e razão, em resumo, uma espécie de entorpecimento pessoal que se iniciou no Jardim do Éden e finaliza nos desdobramentos apocalípticos.

Quem pode vencer e se salvar dessa era de entupimento de vazio e loucura? O livro do apocalipse responde – “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte”. (Apocalipse 12.11)
Fonte: https://artigos.gospelprime.com.br/entupidos-com-o-vazio/

* As opiniões expressas nos textos publicados são de exclusiva responsabilidade dos respectivos autores

e não refletem, necessariamente, a opinião do Blog.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Vencendo em meio as crises

Vencendo em meio as crises
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." Mateus 6:34
por Dionatan Oliveira



CENÁRIO ATUAL DO BRASIL

É noticia em todas as mídias brasileiras e em várias mídias internacionais a situação financeira deplorável em que se encontra a nossa nação. Gráficos evidenciam que a situação é mais crítica que nunca.
Nível de desemprego subindo e subindo, índices que medem a situação do poder de compra das famílias mostram que pobreza está se agravando em nosso país. As indústrias estão regredindo, nos hospitais faltam médicos, quando tem médicos, faltam os medicamentos, as escolas estão com ensino de péssima qualidade, em contra partida, as universidades estão exigindo mais para o seu ingresso.
Os presídios sequer mantêm os presos lá dentro, devido a superlotação, os juízes estão “mandando” bandidos embora pela porta da frente das delegacias. Resultado disso sobem os índices de violência em todo país. E pra piorar o cenário politico que por si só já é desacreditado por grande parte da população, nosso país passa por um turbilhão de denúncias de desvios da estatal mais poderosa do Brasil.
Presenciamos um dos maiores e vergonhosos escândalos da história, devido aos rombos milionários. Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade. Eclesiastes 5:10. Por esses agravantes que nossa nação está mergulhado na crise. E como ficam aqueles que amam e temem ao Senhor? Devemos preocuparmos? Devemos nos desesperar?
A CRISE É UMA OPORTUNIDADE
“A crise é uma oportunidade de nos apresentarmos diante do Senhor como filhos obedientes”.
Nas páginas das Sagradas Escrituras está registrado muitas histórias de homens que se evidenciaram diante do Senhor, uma das histórias é de um homem que nos ensina o seguinte; Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Hebreus 11:8 Nosso pai da fé, ou como Paulo mesmo o descreve lá em Romanos 8:11 O pai de todos os que tem fé. Abraão, se encontrava em uma situação cômoda na vida, possuidor de bens, morador de um local “próspero”, pois haviam comércios, as necessidades da época ali, eram sanadas com facilidades, Abraão estava cercado por sua família, ou seja, era aceito pelos que o cercavam, era bem tratado por todos.
Porém tinha um problema, Ur dos Caldeus juntamente com seus moradores tinham tudo, exceto, o amor e temor a Deus. Deus vendo aquilo, traçou algo para Abraão, homem de fé com coração obediente, Deus diz: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Atos 7:3 
A partir da ordem de Deus, não vejo Abraão questionar, pedir esclarecimentos, querer saber o por que e para quê. Muito pelo contrário, sua obediência e fé, o conduziu para o centro da vontade de Deus. Não é a toa que estamos aplicando a sua história nesse estudo! Ouça a voz do Senhor, e aprenda obedece-lo sem questionar, fazendo isso, Deus lhe conduzirá para o Centro da vontade dEle, onde você estará protegido.
“A crise é uma oportunidade de nos mantermos fiéis mesmo diante das mais contraditórias, constroversas”
Moisés foi um grande líder, não só isso, foi um grande líder no meio do deserto. Todos nós sabemos que deserto é sinônimo de escassez, de dificuldade de penúria.
Viaje comigo agora ate o passado, vamos de encontro a Moisés e todo aquele povo caminhando pelo deserto em busca de liberdade, em busca da terra prometida. Imagina que escassez, imagina, homens, mulheres, e crianças, animais todos caminhando em um clima árido, hostil com pouca água, comida, sem um mínimo de higiene, sem uma boa cama para recuperar as energias.
Se imagine nessa sena você também, pois quero lhe fazer uma pergunta; Você, em meio a crise, é capaz de ouvir e obedecer a voz do Senhor? Moisés passou por incontáveis dificuldade, todavia em meio a crise, Deus sempre lhe deu escape. De maná a coluna de fogo. Todavia, eu sou o Senhor teu Deus desde a terra do Egito; portanto não reconhecerás outro deus além de mim, porque não há Salvador senão eu. Oséias 13:4 
“A crise é uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Se nos mantivermos fiéis ao Senhor, teremos a certeza que seremos recompensados”
O que dizer de um homem da bíblia chamado Jó? Veja você mesmo o que o próprio Deus diz deste homem; E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. Jó 1:8 Imagina que benção, que honra, que maravilhoso o próprio Deus testificando de você mesmo, para isso é preciso de um processo, é preciso passar por etapas e avaliações. E é justamente o que Deus faz conosco, diariamente e constantemente.
Todos nós conhecemos a história Jó, antes mesmo de ser tentado por Satanás, ele já se encontrava integro, reto e temente a Deus. Porém, a crise que Jó passou a mesma que levou tudo o que ele tinha, no final dessa crise Jó se fortaleceu mais ainda, o fortificou mais ainda diante Deus, e isso fez com que ele fosse retribuindo tudo em dobro. Ei, nossa persistência e fidelidade ao Senhor nos fará superar todas as crises, e essas crises não serão para nos destruir, e sim, para nos deixar mais forte!
EM CRISTO A CRISE É UMA FONTE
É difícil de assimilar, mas nossas maiores fontes de aprendizados são os desertos, as dificuldades a lutas. Ap. Paulo afirma; Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidadeFilipenses 4:12.
Como se aprende passar por problemas financeiros? Quando estamos desempregados, endividados, etc. Como sabemos administrar nossas finanças? Quando temos recursos para administrar. Sabemos lhe dar com a fome, quando passamos fome(que a fome e a miséria, desemprego nunca chegue a tua tenda)!
Não se esqueça, nossas maiores fontes de aprendizados são os desertos, as dificuldades a lutas. É ruim aceitarmos isso, pois temos algo que opera em nossa mente que é senso da autopreservação, nossos instintos nos impulsionam a nos pouparmos da dor, sofrimento e angustia. É natural isso, é do instinto do homem. Mas a verdade é uma só, aprendemos lidar com as crises, nas crises. 
“Em meio as crises, vejo uma oportunidade para você. A oportunidade de firmar sua confiança e fé no Senhor”!
Fonte: https://artigos.gospelprime.com.br/vencendo-em-meio-as-crises/

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Não Deixe Penina Matar seus Sonhos...


“... Até a estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu”.1 Samuel 2:5

Havia um homem chamado Elcana, este tinha duas mulheres, uma era Ana e a outra era Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não.
 Ana tinha um sonho impossível ser mãe, mas o Senhor cerrou( Deus a impedia de ter filhos) a madre de Ana.1 samuel 1.5
Sua rival Penina excessivamente a provocava, para a irritar; porque o SENHOR lhe tinha cerrado a madre. 1 Samuel 1:6

Ana vivia atribulada de espírito, seu desejo de ser mãe era muito intenso. Ana todos os anos ia ao templo oferecer sacrifício ao Senhor, orava, clamava, buscava por um milagre; mas os anos se passavam e nada acontecia e sua rival escarnecia dela.
Um dia Ana com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.

E fez um voto, dizendo: “SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”. 1 Samuel 1:10-11

Passado algum tempo Deus realizou o sonho de Ana de ser mãe. Ela havia pedido um filho a Deus e Ele deu-lhe muito mais que um filho deu-lhe um profeta. O milagre foi além do que Ana pensou, ou pediu.
 Mesmo passando humilhações, vergonha e dor Ana não deixou de ir ao templo, adorava ao Senhor mesmo na adversidade, quiseram matar os sonhos de Ana - Penina, a humilhava e escarnecia dela, Elcana disse-lhe: “Não te sou eu melhor do que dez filhos?” 1 Samuel 1:8; e até mesmo o sacerdote Eli E disse-lhe: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. 1 Samuel 1:14; cada um a sua maneira,foi ferramenta para desanimar e frustrar os sonhos daquela mulher, mas ela não desistiu, perseverou até conseguir realizar seu sonho.
Amados nós estamos cercados de “Peninas”, tentando frustar, matar os sonhos de muitas “Anas.” Não importa qual o tamanho do seu sonho, nem tão pouco se ele te parece impossível, Deus é poderoso para realizá-los e te dar muito além do que tens pedido.

Acredite tua hora chegará, persevere, ore, como fez Ana. Não deixe de ir a igreja, não pare de trabalhar para o Senhor, o adore não importando a situação ou as circunstâncias, Louve, exalte e glorifique ao Deus Todo Poderoso, não saia da presença D’Ele, no tempo apropriado Ele colocará em teus braços teu sonhado “Samuel.” 
Cida Augusto  
http://www.estudosgospel.com.br/


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A eficácia do evangelho


Porque se contentar apenas com o crescimento numérico de igrejas, enquanto que, o Evangelho pode penetrar em todas as camadas...
Porque se contentar apenas com o crescimento numérico de igrejas, enquanto que, o Evangelho pode penetrar em todas as camadas da sociedade? Porque não acreditar que o Evangelho pode curar a maneira adoecida e equivocada de se fazer política? Porque não acreditar que a cultura, a literatura, e as mentes pensantes de nossa geração podem ser transformadas pelo Evangelho?
Seria extraordinário o Evangelho transformando a política brasileira, em um novo modelo de justiça e igualdade. Como seria a sociedade livre dos altos índices de violência, adultério, roubo, homicídio, e suicídio? Como seria acordar um dia e encontrar uma cidade mais saudável, equilibrada, feliz e livre? Qual seria a sensação de abrir o jornal e não encontrar mais as calamidades que assolam as nações? Tudo isso é possível quando o Evangelho torna-se realidade nos corações!
A Igreja não estará cumprindo de fato a sua missão, enquanto, apenas os templos religiosos estiverem abarrotados de pessoas ávidas pela prosperidade material, pacificação emocional ou qualquer outra intenção que não seja de fato a realidade de viver o Reino de Deus e a sua justiça.
O Evangelho almeja modificar desde as mais sutis manifestações da vida até os grandes sistemas e processos existências. Porém, o número de pessoas que tem vivido apenas na periferia dos portões do Reino de Deus é alarmante. Esses indivíduos chegam até a contemplar a beleza e a singularidade do Reino, mas acabam ficando entretidas com as mercadorias e comércios realizados do lado de fora.
Enquanto a Igreja não se desvincular de uma mensagem que apenas procure solucionar problemas de natureza temporais individualistas, jamais influenciará além dos seus portões.
A mensagem do Evangelho de Cristo sempre teve como objetivo tornar o Reino de Deus concreto na vida das pessoas. O espírito do Evangelho atende as necessidades individuais em seus pormenores, como também os de aspecto coletivo.
A dificuldade em absorver o espírito integral da mensagem do Evangelho, normalmente provoca atrasos indizíveis na missão da Igreja. A tentativa da descentralização de Deus para que os desejos narcisistas humanos sejam centralizados, pode ser notado em inúmeras letras de canções e conteúdo de algumas pregações. A doença do narcisismo religioso tem atingido um estágio tão crônico que atualmente muitos cultuam a si mesmos pensando estarem rendendo culto a Deus.
A estagnação e o retardamento da grande comissão da Igreja vêm acontecendo porque as luzes que encantam o mundo estão ofuscando a visão da Igreja. Como é rara a visão espiritual no mundo moderno!
A visão divina não apenas gera ideologias ou teorias, mas efetivamente proporciona a iluminação e o poder de ação.
Através da iluminação divina a Igreja descobre em primeiro plano onde se encontra dentro do panorama divino. Ninguém chega a lugar nenhum, sem antes conhecer de fato onde está no presente. Para um individuo viajar para qualquer lugar, primeiro deverá saber onde se encontra, para depois planejar a viagem.
O fracasso na maioria das vezes ocorre pelo desconhecimento do posicionamento atual. A revelação gerada pela visão proporciona o posicionamento substancial do individuo.
Um exemplo de Igreja que desconhecia seu posicionamento era Laodicéia – “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;” Ap. 3.17A ausência de visão na Igreja de Laodicéia era uma realidade sórdida – “que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Ap3.18, produzindo um estado de anarquia espiritual maquiado pela religiosidade e pela prosperidade material.
Após a visão posicionar o indivíduo dentro de sua realidade substancial, a iluminação atua como elemento de motivação. Isso ocorre porque o reconhecimento do estado de indolência produzirá desassossego – “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;” Lc 15.18 Quase sempre a confrontação do coração dormente com a chama da iluminação divina recondicionará o individuo no caminho da mudança. Não existe nenhum poder de natureza humana ou maligna que pode parar um coração iluminado pela visão divina.
Enquanto existir a visão de Deus a iluminação jamais cessará. E existindo iluminação sempre haverá ação. De modo que, a ação na vida do cristão é consequência da iluminação divina, Jesus disse: “…sem mim nada podeis fazer.” (João 15.5). Existe de fato iluminação em nossos dias? Se existe, qual tem sido a iluminação dos representantes do Reino de Cristo? Temos apenas sonhado ou de fato estamos realizando? Contamos apenas história ou estamos participando efetivamente da construção do Reino de Deus?

domingo, 10 de janeiro de 2016

Crente ou cliente?


É bastante comum encontrarmos dentro da literatura voltada para a liderança eclesiástica temas como: Aumentando a membresia da sua igreja,...
É bastante comum encontrarmos dentro da literatura voltada para a liderança eclesiástica temas como: Aumentando a membresia da sua igreja, Como gerar crescimento na igreja, ou os 7 passos de uma igreja que se multiplica, etc., os dados estatísticos compravam  que os livros mais vendidos e comercializados seguem este caráter e paradigma de conteúdo e proposta reflexiva. É evidente que o crescimento em todos os sentidos é importante e significativo, porém, é válido ressaltar que a missão da Igreja é de pregar as boas novas de salvação em Cristo Jesus, e jamais a fixação ou a obsessão em crescimento de números de membros ou adeptos religiosos.
Atualmente, dentre os diversos desafios que a Igreja contemporânea enfrenta se encontra o perigo da deturpação da verdadeira consciência do legado e missão da Igreja no mundo, uma vez que, sorrateiramente as leis do mercado parecem estar ditando o formato e o conteúdo da missão de alguns cristãos desavisados no século XXI.
Em síntese a lei do mercado ou do comércio baseia-se na relação entre o fornecedor e o cliente (ou consumidor), onde uma das máximas deste contexto diz que o cliente sempre tem a razão. Sendo assim, o fornecedor esta para servir e cumprir as expectativas e demandas daquele que paga pelo produto, a saber, o cliente.
Certa vez, ouvi um líder de uma grande igreja declarar: “Nós somos os fornecedores, Jesus é o produto e os pecadores os clientes”. Precisei prontamente discordar desta declaração que inicialmente tem um caráter  inocente e até inovador. Discordei por quê?
– Primeiro porque o Evangelho não é um produto, mas uma pessoa – Cristo Jesus.
– Segundo porque a Igreja não é fornecedora de algum produto religioso, mas antes, é a noiva de Cristo Jesus que comunica a Sua graça infinita.
– Terceiro porque o pecador não é um cliente, mas um necessitado de arrependimento para perdão dos seus pecados e reconciliação com Deus.
É aterrorizante a possibilidade de que, para algumas lideranças cristãs o significado da missão da Igreja é semelhante ao mesmo significado do mercado capitalista e consumista do século XXI.
Certamente, deve ser por este motivo que algumas comunidades cristãs não pregam mais sobre o pecado, o juízo final, ou o confronto com o erro e o engano. Porque uma vez que, o pecador é uma espécie de cliente, ele agora precisa ser agradado, bajulado, e persuadido a continuar comprando uma religiosidade de mimos e agrados.
Porém, observamos que, Cristo Jesus jamais esteve em conluio ou alinhado ao espírito do mercado religioso de sua época. Cristo Jesus não pregava aquilo que agradava ou massageava o ego das pessoas, mas antes anunciava a verdade eterna de Deus  – “Muitos, pois, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”(João 6.60)
Do mesmo modo, certamente a expectativa de Deus com relação a Sua Igreja é que anunciemos o evangelho puro e simples, jamais negando a verdade, ou se prostrando diante das recompensas imediatistas e passageiras do mercado religioso que sutilmente descaracteriza a verdadeira missão da Igreja de Cristo Jesus. 
por Samuel Torralbo https://artigos.gospelprime.com.br/crente-ou-cliente/