segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Há apenas um passo entre mim e a morte


Mas, na verdade, como vive o Senhor, e como vive a tua alma, há apenas um passo entre mim e a morte. 1 Samuel 20:3.

Da amizade entre David e Jonatas, aprendí uma lição, que entre eu e a morte, há apenas um passo. Meu Deus! Que glória!
Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido. Passa tão ligeiro. É então que o homem deve ordenar sua vida, porque seus dias são como a sombra que declina, e como a erva que vai secando. Não sabemos o que acontecerá amanhã. Porque, que é a nossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece. Depois, segue-se o juízo.

O relógio marcava depois da meia-noite. Mais próximo à uma hora da madrugada. Estava longe de Deus, de todos e de mim mesmo. Na companhia de um bando de maltrapilhos que também não queriam nada com a vida abundante, resolvi ir para um lugar bem afastado da correria urbana. Retiramo-nos para o cemitério da cidade. Lá, longe de todos e de tudo, poderíamos dar vasão a qualquer coisa que alimentasse a nossa carne. A senhora droga. Talvez uns dez rapazes, mal-educados, inescrupulosos, consentindo dar lugar ao pecado, sem nenhuma vergonha. 

O muro era muito alto; entretanto, um ajudava o outro, para que apoiassemos os pés em suas mãos e alcançássemos a altura necessária para pular. Diabos! Que altura! Dali de cima, só visualizava sepulturas, covas abertas, mausoléus em meio à escuridão. Vasos quebrados caídos ao chão, flores tristes, mortas...

Seria preciso muita coragem para pular! Mas que! O outro lado era baixo, muito baixo. Sorte a nossa. Um a um, pulamos, rapidamente, antes que qualquer transeunte nos visse. Ao longe, chegamos a avistar a barca... Muito longe.

Chegamos.

Acendemos nossos cigarros feitos de tabaco e de maconha. Tragamos, aspiramos, fumamos. Fizemos a cabeça. Atordoados, numa loucura total, perdemos a noção do tempo e do espaço. Fizemos algazarra ali dentro, chutando e derrubando os vasos floridos que estavam em cima da sepultura pintada a cal. Tudo quebrado. Vamos quebrar tudo, era a ordem!

Pessoalmente, assentei-me junto a uma lápide e continuei a fumar mais e mais... Até que resolví deitar meu corpo sobre aquela sepultura tétrica e fria. Deitado sobre a sepultura cruzei as pernas e comecei a tragar aquela droga todinha. Quê! Sim, que coragem! Que baixaria! Que loucura! Que depravação! 

Depois de certo tempo, após tudo bagunçado, quebrado, desarranjado e destruído, resolvemos sair daquele local, para “curtir” mais perto do centro. Acabou-se. Fim.

Passaram-se dias, meses, anos. Deixei as más companhias, deixei as drogas, deixei o pecado, deixei a vida tresmalhada. Crí em Jesus. Pus-me a seguir o Mestre. Senti o amor de Deus. Conheci o seu amor por mim. Tão misericordioso, que não me tratou segundo meus pecados. Ele me esperou, me aguardou, foi paciente para ver minha conversão. Ele é bom! Verdadeiramente, Deus é bom. Hoje, com toda certeza, vejo seu grande amor em minha vida! 

O Diabo, aquele que veio para matar, roubar e destruir levou-me, com a permissão divina, até a sepultura, apenas a um passo da morte. Não mais que isso. Poderia ter me conduzido a um passo abaixo daquela sepultura, mas não era esse, o plano de Deus, que disse: Tu o conduzirás até acima da sepultura; não passarás, além disso. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo. O Senhor conservou-me a vida. Verdadeiramente, Deus é bom.

Há apenas um passo, entre mim e a morte. Basta apenas um passo para a vida eterna. Jesus é o passo que me liga a essa vida. Aleluia!

Fratermauricio